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domingo, 25 de outubro de 2015

OS GATOS E A EVOLUÇÃO DA SOCIEDADE HUMANA

Os gatos na História



Dinictis, um dos primeiros felinos

A jornada do gato doméstico começou nas florestas e desertos próximos à bacia mediterrânea. Lá, um punhado de espécies pequenas (pesando menos de 10 kg) havia emergido gradativamente como o gato-da-selva do leste asiático, o gato-do-deserto do oriente médio, o gato-de-patas-negras da África e uma espécie onipresente de gato selvagem com quatro subespécies bem reconhecidas (europeia, centro-asiática, do leste próximo e chinesa).

Uma dessas subespécies deu origem a um dos mais bem-sucedidos experimentos da história, o da domesticação dos gatos. Todos os gatos domésticos carregam uma assinatura genética compatível com a dos gatos selvagens de Israel e do leste próximo.






Distribuição dos pequenos felinos

Agora podemos afirmar que o gato foi domesticado em diferentes ocasiões, todas entre 8 mil e 10 mil anos atrás, na região do Crescente Fértil (nordeste da África), à medida que populações humanas nômades começaram a se reunir em pequenos povoados em torno dos primeiros assentamentos agrícolas. Esses antigos fazendeiros cultivavam trigo e cevada. Os gatos selvagens da região, talvez atraídos pela grande quantidade de roedores, atraídos, por sua vez, pelos grãos cultivados, aparentemente “se ofereceram” como companheiros cautelosos, ganhando abrigo em troca da eliminação dos roedores. O número crescente de gatos selvagens já domesticados proliferou naturalmente e, desde então, seu destino se uniu definitivamente ao dos humanos.




Esses animais ainda empreenderam uma nova migração. Ela teve início primeiro a pé, depois passou para os vagões de trens e finalmente para os navios transoceânicos, espalhando os gatos domesticados pelo mundo. Cerca de 600 milhões de gatos domésticos vivem hoje no planeta – praticamente a única espécie de felino não considerada ameaçada ou em perigo de extinção pelas organizações de preservação. No século XIX, os donos de gatos tentaram fazer com que seus bichanos se acasalassem de forma seletiva, para produzir animais exóticos.

Os Gatos nas culturas no geral sempre foram bem quistos, em especial pelo seu controle de pestes urbanas e domésticas como cobras, aracnídeos, insetos e em especial os Ratos. Facilitando assim o controle de pragas e a expansão de doenças por estes transmitidos além da sua independência do seu criador.

Os Gatos no Egito

Bastet


Desde o antigo Egito com a representação dos felinos no panteão de deuses, estava associado a saúde e a sorte, talvez pelos préstimos citados acima nos locais onde se encontravam presentes.


Entre os egípcios, esse grau de proximidade entre o homem e os felinos se estreitou quando várias divindades assumiam partes do corpo de um gato. Bastet, a deusa egípcia da fertilidade e do amor materno, era comumente representada por uma mulher com cabeça de gato.


Observando os vários registros de imagem organizados pelos egípcios, podemos ver que os gatos perambulavam pela corte e não tinham cerimônia algum em se aproximar de qualquer indivíduo pertencente àquela civilização.


Nesta época, os gatos eram considerados guardiões do outro mundo, e eram comuns em muitos amuletos.


O gato na Grécia Antiga



Artêmis, a deusa da caça.

Na Grécia Antiga, o gato foi associado à feminilidade, amor e prazer sexual, os mesmos atributos de Afrodite. Também foi muito associado à deusa Ártemis, protetora da caça e da Lua, da qual se dizia que teria escapado um perseguidor, Tiphon, enquanto transformada em gata.

Os gatos entre os romanos


Vênus

No Império Romano, o gato esteve ligado a várias deusas. Diana, a caçadora, governava a fecundidade e a lua, assim como Bastet, e uma lenda antiga atribui a ela a criação do gato. Também a sensual Vênus é representada como uma gata, uma encarnação de emoções maternas.

Os gatos entre os Celtas

Ceridwen

Na cultura celta, a deusa Ceridwen está têm uma relação com o culto ao gato, por meio de seu filho Taliesin, o qual, em uma de suas reencarnações foi descrito como sendo um gato de cabeça sarapintada.

Os gatos entre os nórdicos



Freya

Na mitologia nórdica existe uma deusa denominada Freya que possui uma carruagem puxada por dois gatos, que representavam as qualidades da deusa: a fertilidade e a ferocidade. Esses gatos exibiam as facetas do gato doméstico, ao mesmo tempo afetuosos, ternos e ferozes. Os templos pagãos da região nórdica eram frequentemente adornados com imagens de gatos.


Na Finlândia, havia a crença de que as almas dos mortos eram levadas ao além por meio de um trenó puxado por gatos.

O gato entre os Budistas


O gato bom.

Nos cânones originais do budismo, o gato é excluído da lista de animais protegidos, devido ao fato de que, no momento da morte de Buda, quando todos os animais se reuniram para chorar seus restos, o gato havia não só mantido os olhos secos como comido tranquilamente um rato, provando sua falta de respeito pelo acontecimento solene. Entretanto, apesar da lenda, o gato foi venerado pelos primeiros budistas por seu autodomínio e ao fato do animal apresentar capacidade de concentração semelhante à obtida por meio da meditação.



O gato demônio Chinês

Na China, estatuetas de gatos eram utilizadas para afugentar maus espíritos. Esse povo acreditava na existência de dois tipos distintos de gatos: os bons e os maus, que podiam ser facilmente diferenciados, uma vez que os maus tinham duas caudas.

Os gatos entre os Hebreus


A arca de Noé

O Talmude, o gato só aparece cerca de 500 d.C., quando o livro sagrado louva brevemente seu asseio. Entretanto, uma antiga lenda hebraica conta que o gato teria sido criado em plena Arca, quando Noé, em desespero porque os ratos estavam se multiplicando e devorando todas as provisões, implorou à Deus que lhe enviasse uma solução. O gato então teria sido criado de um sopro do leão.



Cena da animação o Gato do Rabino

Outra antiga lenda da cabala judaico-espanhola diz que Lilith, a primeira mulher de Adão, o teria deixado para se transformar em um vampiro, que sob o aspecto de um gato preto, atacava bebês adormecidos e indefesos e lhes sugava o sangue.



Lilith na forma de gato preto, que atacava bebês adormecidos

Os gatos na Suméria e na Babilônia



Imagem do tempo Sumério

Os Sumérios babilônios apesar de não terem um culto propriamente dito aos gatos, também possuíam uma lenda semelhante a hebraica, onde o gato também teria surgido derivado do espirro de um leão por isso o respeito destas civilizações pelos felinos de pequeno porte.


Ishtar deusa babilônica sobre felinos.

Os felinos na América pré-colombiana


Estatuetas pré-colombianas expostas num museu Chileno

Na América pré-colombiana, embora não houvesse gatos domésticos, os grandes felinos, como o puma e as onças, eram reverenciados como deuses. O jaguar era símbolo de extrema força e sabedoria. Alguns povos locais acreditavam que seus curandeiros se transformavam neste animal após a morte. Por isso após a conquista espanhola fora rápido a aceitação deste novo mascote entre os nativos.

Os gatos foram venerados pelos primeiros budistas devido a sua capacidade elevada de autodomínio e ao fato do animal apresentar capacidade de concentração semelhante à obtida por meio da meditação. Na China, estatuetas de gatos eram utilizadas para afugentar maus espíritos. Esse povo acreditava na existência de dois tipos distintos de gatos: os bons e os maus, que podiam ser facilmente diferenciados, uma vez que os maus tinham duas caudas.

Os Gatos da idade média na Europa


As Bruxas e seus gatos representavam o mal na idade média

Na Idade Média da Europa e Rússia, ambas as regiões abrangidas pelo cristianismo fora instituído literalmente uma caça às Bruxas. A Igreja, no início de sua história, adotou alguns símbolos pagãos e rejeitou outros. Assim, Jesus se tornou "O Leão de Judá", e a serpente a égide do mal.

Na seita dos coptas, surgida por volta do século I d.C., havia no evangelho gatos que julgavam os homens após a morte. A primitiva Igreja celta associou vários santos às tradições pagãs e ao culto ao gato. Santa Gertrudes de Nivelles, por exemplo, é representada sempre com um gato, e, na França, dizia-se que Santa Ágata transformava-se em um gato enfurecido para punir os infiéis.

Entretanto, a imagem do gato começou a mudar. No século V, os gnósticos, que atribuíam igual importância a Jesus, Buda e Zoroastro, foram acusados de adorar o demônio na figura de um gato preto.

Entre os católicos nos primórdios da Idade Média, as parteiras, que comumente carregavam a imagem de um gato, símbolo da deusa Bastet, foram proibidas de utilizar tal apetrecho. Por volta do século XIII, a relação entre os gatos e as religiões pagãs e talvez pelos felinos representarem o Islamismo, logo se orientou para a construção de uma imagem demoníaca do animal. Em uma de suas várias bulas, o papa Gregório IX determinou que os gatos fossem terminantemente exterminados.



Origem e manifestação da peste Bubônica.


Os gatos agora associados ao mal, foram sistematicamente dizimados do oeste da Ásia e do continente Europeu. O preço pago fora muito alto, pois associado a total falta de higiene típica dos Europeus daquele período histórico, a falta de Gatos para o controle de ratos entre outros, auxiliou o rápido avanço da peste negra, que dizimou aproximadamente 75 milhões de pessoas em um curto período de anos.

Cidades inteiras ficaram vazias, grupos humanos ficaram isolados e a desconfiança a qualquer estranho, possível contaminante, era tanta que virou uma xenofobia violenta entre os povos afetados. Nações do norte da África também sofreram com a peste, mas não na mesma intensidade que no continente Europeu. A pulga portadora da peste bubônica vinha em geral junto com os ratos contaminados via navio, por isso sua rápida disseminação.

A doença era infectocontagiosa com o surgimento nos infectados de tumores no corpo que geravam dores horríveis. Se os contaminados sobrevivessem até a eclosão dos tumores, só iria partir para outra fase de dor alucinante, que acompanhava a produção de secreções verde-amarela-das que disseminavam mais ainda a peste.


Cena de filme que demonstra os efeitos da peste bubônica Season of the Witch no Brasil “Caça às Bruxas”.


Avanço da peste pela Europa no século XVI.


Para piorar, 1344, surge na França, o culto de São Vito, em Metz, queimando vivos anualmente 13 gatos em uma gaiola. Durante a peste inicialmente os gatos foram considerados culpados e perseguidos, ordenando-se a sua destruição.

No século XV, na Alemanha, ressurgem cultos pagãos como o da deusa Freya. Em 1484, o Papa Inocêncio VIII difunde a crença de que as feiticeiras veneravam Satanás encarnado em gato. Por toda a Europa, pessoas inocentes foram torturadas em nome de Deus. E, com elas, seus gatos. Em Ypres, na França, centenas de gatos eram atirados do alto de um campanário em um festival anual, bem como milhares de gatos que também eram sacrificados em rituais durante a Páscoa.


Cidades inteiras ficaram despovoadas e as matas avançaram sobre os campos vazios.

O preço pago pelos Europeus as perseguições religiosas dos felinos fora alto, despovoou o continente, enfraqueceu os exércitos o que levou a invasão europeia até o Império Húngaro, nos séculos seguintes, além de um êxodo populacional em direção ao ocidente. Mas dentro de tantos males gerou a consolidação dos Burgos como meio de proteção, dos estados nacionais e por que não do início das navegações em busca de outros caminhos para o extremo oriente que não passassem por terras Turcas, estes comum máquina de guerra fabulosa para a época.

Claro, que é um exagero de minha parte julgar que um fato isolado e simples teria todas estas consequências, mas como sabemos fora um todo de fatores em que a caça as bruxas e seus associados, no caso os gatos, fizeram sim parte deste gigantesco contesto que moldou a história do mundo ocidental.

A visão começa a mudar


O Papa emérito Bento XVI


O Papa emérito Bento XVI, era um conhecido protetor dos felinos de rua. Sempre procurando auxilia-los e lhes dar um lar, aos qual vários terminaram por ficar sob a sua tutela.

Entretanto, mesmo nestes tempos inglórios, os gatos foram também companheiros amados em alguns países, como na Rússia, onde eram comuns serem encontrados em conventos e mosteiros.

O Cardeal Richelieu possuía vários gatos, entre eles um angorá preto chamado Lúcifer.
No sul da França, corria a lenda dos gatos mágicos chamados matagots, que traziam fortuna e sorte a quem os acolhia e amava. Com o passar do tempo, a perseguição foi recrudescendo, e a importância dos gatos como controladores dos roedores foi reconhecido. No século XVIII, são abolidas as leis sobre a feitiçaria, e até mesmo o Papa Pio IX rendeu-se aos seus encantos bem como o Papa emérito Bento XVI.

O gato no mundo Muçulmano


Os Muçulmanos nos dizem que o Alcorão pede respeito aos animais. Salvo algumas tradições tribais, como no leste do Iraque e Irã que não se importam muito com os cães, os fiéis da crença do Islã, segue à risca este mandamento de Alá! Tanto na forma de se alimentarem, quanto no dia das oferendas, nada é feio com que os animais a serem mortos e sacrificados sejam maltratados. Devem ter o mínimo de estresse possível. O alimento sempre é abençoado e usufruído o suficiente para se saciar a fome, quando não houver outra alternativa nutricional. Os animais não devem sofrer maus-tratos nem trabalhar em demasia para benefício de seu proprietário. Mesmo os considerados impuros pela tradição (mas isso quanto ao seu consumo) devem ser tratado de forma diferente.

Dentre todos os animais da criação, o Gato é um dos mais admiráveis entre os Muçulmanos, como exemplo muitas pessoas ficam impressionados por exemplo ao ver a quantidade de gatos que moram nas ruas da Turquia, principalmente em Istambul. Inumeras pessoas levando ração, comida e leite para estes gatos, sempre em maior número, que andam livremente bem como outros animais. Os órgãos oficiais em geral se empenham para manter sob controle a população dos felinos via castração dos animais soltos, mas ainda a muitos que relutam em realizar este procedimento em seus animais.


Nas mesquitas, nos jardins, nas ruínas de antigas cidades, existem sempre vários gatos.Os gatos andam livremente nas lojas, bares, praças e qualquer outro estabelecimento que não seja restaurantes ou hospitais, sem o menor incomodo, ocupando cadeiras, sofás e outros cômodos destes estabelecimentos, sendo um atrativo turístico a parte para quem gosta de ver animais tão belos soltos.

A cultura islâmica relata várias associações entre os gatos e o profeta Maomé, a quem teriam inclusive salvo da morte, ao matar uma serpente que o atacava.


Um ditado popular na cultura oriental diz: “Se você matou um gato, vai precisar construir uma mesquita para ser perdoado por Deus.”

Na tradição muçulmana o gato é dotado de Baraka, a chama sagrada do espírito, outra lenda muito popular conta que, certo dia, a sua gata preferida chamada Muezza, estava dormindo sobre o manto do dono quando ele foi chamado para uma batalha. Maomé não cogitou acordá-la: preferiu cortar o manto com a espada.

Outra lenda conta que na hora de Maomé fazer a sua oração, outra vez a mesma gata , estava dormindo em cima de uma manga da sua túnica, e como Maomé não quis acordá-lo, cortou a manga da sua túnica e foi rezar.



Os gatos pelas ruas e praças de Istambul.

Os Gatos mundo Árabe


Fiel Muçulmana em mesquita com seu mascote.

No mundo árabe praticamente não tem pet pois no Islã, animais como porcos e cachorros são considerados sujos e impuros e todos os animais, desde o mais o menor ao maior, mesmo assim devem ser respeitados, incondicionalmente.

Por isso, quase ninguém tem cachorros como animais de estimação! A maioria das família não tem pets mas volta e meia tem quem possui uns gatinhos em casa.

OS GATOS NO JAPÃO

Os gatos são um dos bichos mais estimados na “Terra do Sol Nascente”. Tanto é verdade que existem lugares e lendas que o tem como sagrado. São Santuários, amuletos, mascotes, cafés e até ilhas, isso mesmo, ilhas conhecidas como “Ilha dos Gatos”, onde o bichano é reverenciado.


Os gatos de Aoshima.


Os gatos da ilha de Aoshima.

Os primeiros gatos de Aoshima, uma pacata ilha no sul do Japão, foram trazidos para cá para lidar com os ratos que infestavam barcos pesqueiros.

A estratégia funcionou. Hoje, não há nem sinal dos ratos – mas agora são os gatos que estão por toda parte. Mais de 120 destes felinos habitam a ilha. O número de animais é seis vezes maior do que o de seus 22 habitantes humanos.

Isso rendeu a Aoshima o apelido de "Ilha dos Gatos" e a transformou em uma atração turística, apesar de ali não haver hotéis, lojas ou restaurantes.

Sem predadores naturais, os animais vagam livremente pelas ruas e vivem em construções abandonadas, como esta escola . Eles são alimentados por alguns dos moradores e por visitantes ou comem o que encontram pela frente.

Numa tentativa de controlar a crescente população de gatos, as autoridades iniciaram um programa de castração dos felinos. Mas, até o momento, apenas cerca de dez animais passaram pelo procedimento.

Nestas duas ilhas japonesas, a de Aoshima e Tashirojima, os gatos, rodeados por um pequeno grupo de humanos, é que reinam. O amor por esses pequenos felinos é tamanho que existe até um dia dedicado a homenageá-los, é o dia 22 de fevereiro, conhecido no Japão como “Neko-no-hi”, ou “O dia dos gatos”.


Neko-no-Hi O Dia dos Gatos no Japão



Um dos “cafés” para gatos do Japão.

A escolha da data tem uma razão, na língua japonesa o número 2 é pronunciado como “ni” e 22 de fevereiro pode ser escrito 22/2, ou seja, “Ni Ni Ni”. Portanto se repetida três vezes a data, a pronúncia: “Nyan Nyan Nyan” se assemelha ao miado de um gato.

Considerada uma jogada de marketing, a data foi criada em 1987, por uma fabricante de ração para pets, a “Japan Pet Food Association”. Neste dia os donos celebram seus bichanos queridos com presentes, passeios especiais como a ida a um Santuário dedicado ao felino. Acontecem ainda diversos eventos e campanhas no arquipélago, seguida de atividades educativas sobre os gatos.

Inspirados por esse apego dos japoneses ao gato, no Japão existem Santuários Xintoístas destinados exclusivamente a rezar por saúde e vida longa de seus animais de estimação, os “Nekogami Jinja” (Santuário dos Gatos). Localizados em Kagoshima e Kannushi, os Santuários Xintoístas tem uma fonte de água, onde os visitantes jogam moedas e fazem pedidos logo em seu “Toril” (Portal de entrada). Existe até uma lenda que justifica a criação dos Santuários para gatos.

Lenda sobre origem do Santuário dos Gatos do Japão


shimazu yoshihiro

Segundo a lenda, por volta do ano de 1572, Yoshihiro Shimazu, um grande samurai, viajou certa vez de Kyushu para a Coreia, para a “Batalha de Kizakibaru”. Junto com sua comitiva, ele levou sete gatos, porém não como animais de estimação.

Contam que, o samurai conseguia decifrar as horas ao longo do dia através das pupilas dos olhos dos 7 gatos, que mudavam de acordo com a posição do sol, especificamente 6:00 , 8:00 , 10:00 , meio-dia, 14:00 , 16:00 e 18:00 hrs. O que possibilitou Yoshihiro ter uma maior precisão do tempo durante sua longa batalha, permitindo vencer seu inimigo.

A vitória contra o clã Ito, é tida com grande contribuição para a unificação de Kyushu.
Sendo um budista devoto, Yoshihiro construiu um monumento para as tropas inimigas durante a “Segunda Guerra Sete Anos”. A participação de Yoshihiro foi essencial para o clã Shimazu, tornar-se o 17 º Senhor de Shimadzu.

Por fim, ao final da batalha, apenas dois dos sete gatos sobreviveram e foram levados de volta à Kagoshima. Como forma de gratidão ao serviço e lealdade prestados, em 1602, o senhor Shimadzu construiu um santuário dedicados exclusivamente a eles.


Templo dos Gatos

Após a Restauração Meiji (1868), a família mudou-se para a Vila Shimadzu e o Santuário dos Gatos foi transferido para lá, tornando-se um local de devoção a todos os gatos.

Ainda relacionado ao evento, no Santuário foi criado o “Toki no kinenbi” (Dia do Tempo) comemorado no dia 10 de junho anualmente.

Nessa data, no Templo, relojoeiros e apreciadores de gatos, prestam homenagem a estes dois gatos sobreviventes da lenda, os “gatos do tempo”. No local também, são feitas orações para os gatos que tenham morrido ou que estejam doentes, ou para encontrar seus bichos perdidos. Ou simplesmente agradecer e celebrar seu animal de estimação, com mensagens escritas em plaquinhas de madeira, que são penduradas nas paredes do Santuário.

O Gato Da Sorte




Maneki Neko


Existem muitas lendas sobre a origem do Maneki Neko, O Gato Da Sorte Japonês e as razões dele ter se tornado um talismã para os japoneses. Uma das mais populares é a Lenda do Templo Gotoku-ji, ocorrido no início do Período Edo (1603-1867), sobre um sacerdote deste templo, em Tóquio, que tinha um gato.

Apesar de não ser um homem de muitas posses, o sacerdote sempre compartilhava sua refeição com seu gato. Um dia, durante uma tempestade, um samurai se abrigou embaixo de uma árvore e ao olhar em direção ao templo, viu o gato do sacerdote que, aparentemente, parecia acenar para ele.

O samurai deduziu que o gato estava chamando-o para se abrigar no templo, e seguindo sua intuição, foi em direção ao gato. Instantes depois, um raio atingiu a árvore em que estava. Grato pelo gato ter salvado sua vida, o samurai fez do Templo Gotokuji, um local de culto de toda sua família.

O samurai também recompensou o sacerdote e ajudou o templo a prosperar. Quando o gato do sacerdote morreu, foi enterrado em um cemitério especial e como homenagem, uma estátua foi criada à sua semelhança, iniciando, assim, a imagem do gato de sorte que conhecemos atualmente.

A paixão pelos felinos é tamanha, que no Japão existem locais onde, pessoas que não tenham oportunidade de manter esses bichanos em seu lar, possam passar um tempo com seus animais preferidos, os chamados “Cat Cafe”.

Ou, se preferir, pode adquirir um amuleto com o gato da sorte, o “Manekineko” ou um exemplar do mascote do Castelo de Hikone, província de Shiga, muito popular no Japão o “Hikonyan” também chamado de “Gato Samurai”. Ou ainda, a gatinha mais famosa do Japão, a “Hello Kitty”.


Hikonyan

Enfim, gatos não faltam na “Terra do Sol Nascente” e são, sem sombra de dúvidas, um dos animais mais queridos dos japoneses.

A expectativa de vida de um gato


Quando abandonados em áreas remotas, distante da sociedade humana, filhotes de gatos podem converter-se ao meio de vida selvagem, passando a caçar pequenos animais para sobreviver. A expectativa de vida de um gato de rua é de apenas 3 anos. Já um gato que seja cuidado por humanos pode superar os 20 anos de idade e a caso no Guines Book de gatos com mais de 38 anos de vida.

Os benefícios para os humanos


Fora o controle de certas pragas domésticas, e rurais estudos científicos indicam que existe uma redução de 30% no risco de ocorrências de infartos nas pessoas que têm gatos como animais de estimação. O provável motivo desse fato é que o convívio com esses pequenos felinos minimizam o nível de estresse, um dos principais responsáveis pelo surgimento de problemas cardiovasculares. Apesar disso há pessoas que desenvolvem um medo patológico de gatos, problema que é denominado como ailurofobia.

O PROBLEMA DO ABANDONO


A Organização Mundial da Saúde estima que só no Brasil existam mais de 30 milhões de animais abandonados, entre 10 milhões de gatos e 20 milhões de cães. Em cidades de grande porte, para cada cinco habitantes há um cachorro.

Destes, 10% estão abandonados. No interior, em cidades menores, a situação não é muito diferente. Em muitos casos o numero chega a 1/4 da população humana.

Preconceitos e falta de medidas que visem a castração dos animais de rua e dos domésticos é o principal agravante da explosão populacional de animais de rua.

Como castrar animais que não são domiciliados? Que não tem dono e ninguém responde por sua guarda. Quem pode fazer? Com quais recursos? Como se faz isso?

São questões delicadas e enquanto tentamos responder, mais uma ninhada nasceu em algum cemitério ou terreno baldio. As ONGs, que prestam serviços que de longe são mais eficazes no controle populacional de animais em especial dos felinos.

Temos contabilizados centenas de castrações utilizando o método chamado CED (captura, esterilização e devolução). Método que é considerado pela ASPCA (American Society for the Prevention of Cruelty to Animals) a mais humana, efetiva e financeiramente sustentável estratégia para a questão.


Castração

Compreende identificar uma colônia de gatos, capturá-los, castrá-los e devolvê-los para o mesmo local. Dois motivos sustentam a devolução: (1) não há lugar para todos nos lares e abrigos e (2) a maioria dos gatos não se adapta a lugares fechados pois são ferais, nasceram e vivem longe do convívio humano. A negação do segundo motivo coloca em risco a saúde do gato e da pessoa que o confina.

O extermínio sistemático retorna!!!!

Muitos países reuniram evidências de que o gato, um dos mais competentes predadores entre os mamíferos, está envolvido na extinção de muitos animais. Em 2013, uma meta-análise feita pelo Smithsonian Conservation Biology Institute, renomada instituição de conservação americana, revelou que, no país, os 84 milhões de gatos domésticos, junto com os 30 milhões "de rua", matam anualmente 4 bilhões de pássaros.

Eles também eliminam entre 6 bilhões a 22 bilhões de pequenos mamíferos, como esquilos e coelhos.

Além da Austrália, países como Estados Unidos, Inglaterra e Alemanha estão preocupados com o crescimento dos gatos, associado ao aumento do ritmo de extinção de pequenas espécies. Todas essas nações cogitam replicar o método australiano como estratégia para reduzir o número de espécies ameaçadas.

o método Australiano


Envenenamento é uma forma cruel de controle animal.

Até 2020, a Austrália planeja matar 2 milhões de gatos. O governo federal australiano vai usar iscas com veneno e criou um aplicativo chamado FeralCatScan, para que os habitantes avisem as autoridades sobre regiões com grande número de gatos. De acordo com estimativas, existem cerca de 20 milhões desses felinos no país. Em Julho de 2015, o ministro do meio ambiente, Greg Hunt, disse que uma "guerra ao felinos" é necessária para prevenir extinções futuras.

conclusão

O problema ciado pela especie humana causa e infelizmente ainda causará muitos males a vida dos felinos domésticos. O controle populacional depende da consciência humana, esta egocêntrica que não consegue ver os males que geram seus atos de descaso. Salvando os gatos do extermínio, cruel e doloroso, o controle das proles via castração evitara o sofrimento inútil dos animais e a preservação das espécies de aves, répteis e anfíbios por eles lesadas, mas de forma inocente e somente por extinto. Bem diferente do bicho homem!

Fonte bibliográficas:

- Revista Superinteressante set de 2002.












































quinta-feira, 10 de setembro de 2015

OS PROTESTANTES E O RADICALISMO RELIGIOSO



A CRENÇA CRISTÃ QUE MAIS CRESCE NO PLANETA

São muitos, os vemos por todos os lados, na rua, nos gramados de futebol, na política, na medicina, ciência e muito outros lugares. Começou a se espalhar mediante corajosos missionários que por sua fé foram para os quatro cantos do mundo. Possuem cânticos de louvor para os mais variados gostos, se vestem das mais variadas formas, mas sempre com pudor e requinte, principalmente quando vão ao seu culto. São visto como detentores de honestidade e confiabilidade, bem como respeitantes da ordem social que se encontram. Mas já não é mais assim para todos os movimentos protestantes. As segregações e outros males que já permeiam outras crenças eão germinando e criando raízes nesta fé que a tantos cativa. Onde está o erro? Vejamos primeiro como surgiram.

QUEM SÃO OS PROTESTANTES

louvores e ou hinos são um grande diferencial atrativo das Igrejas Evangélicas

Breve comentário histórico

Primeiro entenda-se por PROTESTANTES  aos grupos que se segmentaram da Igreja Católica a partir do século XVI. O termo também acabou sendo aplicado aos grupos que foram dissidentes das primeiras denominações e assim sucessivamente. 
Surgidos após o segundo cisma da Igreja Católica (o primeiro fora o da igreja Ortodoxia Grega) no início do século XVI, que conseguiram sobreviver as perseguições da sua igreja mãe, e culminariam por alterar a forma de pensar do mundo religioso ocidental. Antes a riqueza e a usura eram pecados e a pobreza estimulada como virtude pela Igreja Católica, pois a riqueza era legitimada apenas para o clero e a nobreza. A ideologia protestante estimulou a prosperidade de comerciantes e da burguesia em geral,  A nova noção religiosa  auxiliou em muito o desenvolvimento econômico das colônias com base na mesma ética.


A ÉTICA PROTESTANTE 

A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo’,  Max Weber discorre sobre a relevância da reforma protestante para a formação do capitalismo moderno, de modo que relaciona as doutrinas religiosas de crença protestante, para demonstrar o surgimento de um modus operandi de relações sociais, que favorece e caracteriza a produção de excedentes, gerando o acúmulo de capital.
A visão Católica
Há de se dizer, então, que o mundo outrora dominado pela religião católica, era também concebido a partir da cultura por ela promulgada. Isso quer dizer que o modo de vida pregado no catolicismo, era propagado para além dos limites da Igreja, perpassando a vida dos sujeitos. Entretanto, o catolicismo condenava a usura, e pregava a salvação das almas através da confissão, das indulgências e da presença aos cultos. Desta forma, o católico enxergava o trabalho como modo de sustentar-se, mas não via prescrição em também divertir-se, buscando modos de lazer nos quais empenhava seu dinheiro, e produzindo apenas para seu usufruto. Menos temerário ao pecado que o protestante, e impregnado pela proibição da usura, o católico pensava que pedir perdão a seu Deus seria suficiente para elevar-se ao “reino dos céus”. Assim, seguindo esta cultura religiosa, a acumulação de bens não encontrou caminhos amplos, e permaneceu adormecida.
A nova visão dos protestantes
Contudo, com o advento do protestantismo, a doutrina – e portanto, a cultura – católica modificou-se, e a salvação passou a ser para alguns, não mais passível de ser conquistada, mas sim uma providência divina, onde o trabalho era meio crucial para glorificar-se. Para o protestante, o trabalho enobrece o homem, o dignifica diante de Deus, pois é parte de uma rotina que dá às costas ao pecado. Durante o período em que trabalha, o indivíduo não encontra tempo de contrariar as regras divinas: não pratica excessos, não cede à luxúria, não se dá a preguiça: não há como fugir das finalidades celestiais. E, complementando toda a doutrina protestante, ainda é crucial pontuar que nesta religião não há espaço para sociabilidade mundana, pois todo o prazer que se põe a parte da subserviência a Deus, fora considerado errado e abominável. Assim, restava a quem acreditava nestas premissas, o trabalho e a acumulação, já que as horas estendidas na produção excediam as necessidades destes religiosos, gerando o lucro.
Esta mudança no comportamento social, além do choque de culturas exposto nos parágrafos acima, suscita uma abrupta mudança no cenário econômico. Isso decorre do seguinte ciclo: O católico trabalha para viver, o protestante vive para trabalhar. O protestante gera excedente, e o acumula, investindo-o em cadernetas de poupança, gerando lucro. A finalidade protestante é salvar-se, e se o trabalho é salvador, empregar outros auxilia na salvação alheia. Logo, o protestante é dono dos meios de produção, detém os funcionários e acumula cada dia mais excedentes, gerando mais capital. E assim, a gênese do capitalismo moderno é concebida.



Basicamente são três as ramificações que se apresenta no meio Protestante: tradicional, pentecostal e neopentecostal.

As Tradicionais Denominações
:

Compreende principalmente as chamadas igrejas históricas que tiveram origem no início da Reforma Protestante ou bem próximo dela. São elas:

· Luterana: fundada por Martinho Lutero (Século XVI), não tinha a principio a rebelião contra Roma, mas sim a revisar praticas que considerava como fora do contexto biblicos pela igreja.

Lutero propôs, com base em sua interpretação das Sagradas Escrituras, especialmente da Epístola de Paulo aos Romanos, que a salvação não poderia ser alcançada pelas boas obras ou por quaisquer méritos humanos, mas tão somente pela fé em Cristo Jesus (sola fide), único salvador dos homens, sendo gratuitamente oferecida por Deus aos homens. Sua teologia desafiou a infalibilidade papal em termos doutrinários, pois defendia que apenas as Escrituras (sola scriptura) seriam fonte confiável de conhecimento da verdade revelada por Deus. Opôs-se ao sacerdotalismo romano (isto é, à consagrada divisão católica entre clérigos e leigos), por considerar todos os cristãos batizados como sacerdotes e santos. Aqueles que se identificaram com os ensinamentos de Lutero acabaram sendo chamados de luteranos.
 A Bíblia Luterana terminou ficando a bíblia padrão evangélica com 66 livros enxugando alguns livros da bíblia católica tidos como de fontes dúbias .



· Presbiteriana: Oriunda do século XVI Sua diferença principal é nas pessoas predestinadas a salvação e a danação eterna. O  presbiterianismo refere-se às igrejas cristãs protestantes que aderem à tradição teológica reformada (calvinismo) e cuja forma de organização eclesiástica se caracteriza pelo governo de uma assembleia de presbíteros, ou anciãos. Há muitas entidades autônomas em países por todo o mundo que subscrevem igualmente o presbiterianismo.

· Anglicana: Fundada pelo rei da Inglaterra Henrique VIII (Século XVI) - O rei Inglês Henrique VIII separa-se da igreja católica se apossa de seus bens no seu reino tornando seu líder máximo. Isso tudo efetivado sob o pretexto do Papa não ter lhe dado o divórcio da sua esposa e Rainha da Inglaterra.


· Batista: Fundada por John Smith (Século XVII) - As Igrejas batistas interpretam o batismo, imergir em água, como uma exposição bíblica e pública de sua fé, mas da vida adulta e voluntária e da Ceia do Senhor como ordenanças. Foram uma das precursoras do gospel americano já no meio do século XX.


· Metodista: Fundada por John Wesley (Século XVIII) -Enfatizou o estudo metódico da Bíblia, e busca a relação pessoal entre o indivíduo e Deus



Adventistas

Surgida também no século XIX tem como base teológica a literalidade da bíblia e da imutabilidade da lei dos 10 mandamentos com ênfase na santificação do Sábado. Possuem uma profetisa ao qual consideram a ultima dos profetas e que foi também uma das fundadoras da Igreja, Ellen Wigth, que em sua vasta bibliografia, enfatiza o Grande Conflito entre Deus e o mal, tema literal inclusive de um de seus livros, bem como a guarda do Sábado e de formas de manter a boa saúde e a convivência social. Os adventistas também possuem ensinamentos distintos de outras denominações cristãs como o estado inconsciente dos mortos, o santíssimo santuário e a doutrina de um juízo investigativo que está ocorrendo atualmente no céu. São de índole inquestionável e firmes em suas convicções, tem como pilar da congregação o auxilio mutuo e aos que estão necessitados de ajuda, membros ou não da igreja. Os Adventistas são muito organizados hierarquicamente, pregam a moderação nas vestimentas e a discrição nas atitudes. Possuem rede de rádio e televisão, bem como editora e gravadora de musicas gospeis. Seu principal estilo musical é mais voltado aos vocais, duplas, trios quartetos com estilo clássico de louvor e adoração de temor a Deus além do famoso hinário Adventista. Estipula-se que sejam no mundo cerca de 10 milhões de membros, dispersos em praticamente todos os países do globo. 

Pentecostais:

Compreende as igrejas que tiveram início no reavivamento nos Estados Unidos entre 1906-1910. As experiências do "batismo no Espírito Santo" levaram os membros que experimentaram essa experiência a serem excluídos de suas antigas igrejas, formando assim outras comunidades que levaram o nome de Assembleias de Deus (não confundir com a denominação brasileira que leva o mesmo nome, enquanto que aquela é um movimento que reuniu várias igrejas que aceitavam a experiência dos dons espirituais no batismo com o Espírito Santo, esta última foi uma denominação fundada em terra brasileira), congregações etc...

As principais igrejas pentecostais no Brasil são:

Assembleia de Deus; Congregação Cristã no Brasil; Igreja do Evangelho quadrangular; O Brasil para Cristo; Deus é Amor.

· Assembleia de Deus: Fundada pelos missionários suecos Daniel Berg e Gunnar Vingren (1911) é a principal expoente do pentecostalismo no Brasil. Com interpretações próprias e rigidez das vestes e atitudes.

Creem na doutrina do batismo no Espírito Santo, com a glossolalia — o falar em línguas espirituais .
A influência sueca teve forte peso na formação assembleiana brasileira, em razão da nacionalidade de seus fundadores, e graças à igreja pentecostal escandinava, principalmente a Igreja Filadélfia de Estocolmo, que, além de ter assumido nos anos seguintes o sustento de Gunnar Vingren e Daniel Berg, enviou outros missionários para dar suporte aos novos membros em seu papel de fazer crescer a nova Igreja.  A partir de 1936 a igreja passou a ter maior colaboração das Assembleias de Deus dos Estados Unidos através dos missionários enviados ao país, os quais se envolveram de forma mais direta com a estruturação teológica da denominação. Seu estilo musical gospel é basicamente o da Harpa Cristã nas mais antigas denominações e o pop gospel nas novas congregações.

Desde a década de 1980, por razões administrativas, a Assembleia de Deus brasileira tem passado por algumas cisões que deram origem a diversas convenções e ministérios, com administração autônoma, em várias regiões do País. Particularmente na América do Sul, hoje existem muitas Assembleias de Deus autônomas e independentes. Hoje é a maior denominação evangélica e pentecostal no Brasil e no mundo, contabilizando mais de 66 milhões de membros.






· Congregação Cristã no Brasil: Fundada por Louis Francescon (1910), A Congregação Cristã distingue-se do protestantismo convencional ou mesmo do pentecostalismo e derivados sob diversos aspectos. Dentre eles destacam-se o seu caráter declaradamente apolítico, anti-dizimista e sua oposição deliberada à mídia.
Em seus cultos, a Congregação Cristã combina uma ordem pré-estabelecida com atividades espontâneas. Acredita na espontaneidade e uma contínua predisposição à inspiração do Espírito Santo - como o condutor de toda e qualquer ação referentes ao serviço de culto, incluindo-se a leitura e explanação do texto bíblico. Prioriza-se ainda a participação coletiva em detrimento de manifestações individualizantes, a exemplo do canto congregacional, em uníssono. A respeito à apresentação feminina. Todas as mulheres presentes (à critério das visitantes) devem cobrir-se com véu - em atenção à primitiva orientação apostólica (I Coríntios, 11:1-15). Conserva-se ainda a saudação seguida do ósculo santo ou "beijo da paz" (ao término das reuniões e entre elementos do mesmo gênero). O recinto é divido em duas alas, sendo os assentos reservados para homens e mulheres. Exceto a oração da invocação inicial e da bênção final, as orações de súplicas e agradecimento são feitas de joelhos. 




· Igreja do Evangelho Quadrangular: Fundada por Aimée Semple McPhersom (1950), 


O significado do tema do simbolo da igreja: Jesus Cristo o Salvador, O Batizador com o Espírito Santo, O Médico dos médicos, O Rei que há de vir.
O lema bíblico da Igreja do Evangelho Quadrangular é Hebreus 13:8 Jesus Cristo é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente. A Igreja não prega usos e costumes, estando o membro disposto a vestir o que lhe convir perante seu entendimento. Nada é proibido, porque Deus nos deu o livre arbítrio, mas para que as pessoas saiam ou não entrem no pecado tudo é ensinado e você mesmo se proíbe após entender profundamente do assunto. A denominação também prega que devemos cuidar do nosso corpo pois é o templo do Espírito Santo, especial para Deus.

A obra começou numa casa na cidade de Poços de Caldas, MG, junto com uma escola de inglês, indo depois para São João da Boa Vista, onde foi construído pelos fundadores um pequeno templo.Na década de 1960, sob a liderança do Pastor George Russell Faulkner, estabeleceu-se a meta de levar a mensagem a cada capital de Estado, sendo depois espalhada nos outros municípios. As tendas, que os membros usavam para culto nas cidades, passavam e deixavam uma nova comunidade formada. Os finais das décadas de setenta e oitenta foram marcados pelo evangelismo dinâmico e pela construção de grandes e belos templos. 
A partir do ano 2000, teve uma adesão de mais de 7.000.000 de pessoas, com 68.000 igrejas em 136 países. 


· O Brasil para Cristo: Fundada por Manoel de Melo (1955).


Em 1955, Manoel de Mello teria tido uma visão de Jesus Cristo, a qual " deu ordens para começar, no Brasil, um movimento de reavivamento espiritual, evangelização e cura divina, e o Senhor Jesus mesmo deu-me o nome: 'O Brasil Para Cristo'." 
Teve um programa chamado A Voz do Brasil Para Cristo ficou no ar por duas décadas Conduziu reuniões em praças públicas e estádios de futebol. A Igreja O Brasil Para Cristo cresceu na maior parte em áreas pobres e operárias da Zona Leste de São Paulo. A igreja alcançou destaque entre as denominações pentecostais do Brasil mas é timidamente representada no exterior. Alguns movimentos pentecostais têm origem na igreja, como a Igreja Pentecostal Deus é Amor, e a Casa da Bênção. Por um período de tempo, a igreja O Brasil Para Cristo foi membro do Conselho Mundial das Igrejas.
Missionário Manoel de Mello deixou a direção de sua igreja em 1986 e morreu em 05 de maio de 1990. Possui hoje, 4300 congregações com 3.600.000 membros no Brasil e presença no Paraguai, Bolivia, Peru, Chile, Uruguai, Argentina, Portugal e nos EUA.

A igreja O Brasil Para Cristo tem como sua sede o Grande Templo, no bairro da Pompeia, zona oeste de São Paulo, com capacidade de aproximadamente 9000 pessoas.



· Deus é Amor: Fundada por Davi M. Miranda (1962), uma com regras mais ortodoxias e rígidas.


Igreja Pentecostal Deus é Amor (IPDA) é uma denominação evangélica brasileira. Fundada em 1962 pelo missionário David Martins Miranda , com sede mundial  na cidade de São Paulo, é considerado um dos maiores templos evangélicos do mundo, com capacidade para 60 mil pessoas. 

O numero de fiéis está estimado em mais 30 milhões de membros em todas as I.P.D.A do Brasil e mundo. Atualmente conta com mais de 22 mil igrejas espalhadas pelo Brasil e milhares em 136 países.

O  Regulamento Interno da IPDA é o manual de conduta e ensinamentos para os membros batizados; cada regra é amparada por versículos e contextos bíblicos que os líderes falam. 
A regras gerais rigidas quanto a usos, costumes e postura social como:
-proibições como o de não assistir programas de televisão principalmente as novelas e filmes que são meios de se propagar mentiras, enganos, destruição de famílias, dentre outros fatores que afetam a sociedade.
-Praticar qualquer tipo de Esportes (os adolescentes podem participar das Aulas de Educação Física e até usar calça no caso das mulheres, mas somente no horário das atividades da Educação Física, ou somente em colégios e lugares obrigatórios conforme circular de reuniões e do novo regulamento interno da igreja).
As mulheres são terminantemente proibidas de:
-Usarem calças compridas, podendo usar somente saias com medida de 4 dedos abaixo do joelho ou mais abaixo, sem encostar no calcanhar, sem rasgo lateral; não podem usar brincos e enfeites.
-Usarem qualquer tipo de maquiagem (I Pe 3:3;)
-Cortar os seus cabelos ou depilar-se(I Co 11:15;)




Neopentecostais:

Os neopentecostais são igrejas oriundas do pentecostalismo original ou mesmo das igrejas tradicionais. Surgiram 60 anos após o movimento pentecostal. Nos Estados Unidos, que são chamados de carismáticos neste pais.

No Brasil as principais igrejas que representam os neopentecostais são:
Igreja Universal do Reino de Deus, Igreja da Graça, Sara Nossa Terra, Renascer em Cristo.



· Universal do Reino de Deus: Fundada por Edir Macedo (1977) - De acordo com a instituição, as doutrinas da Igreja Universal do Reino de Deus derivam dos ensinamentos bíblicos interpretados de maneira semelhante à de outras denominações protestantes Neopentecostais . Entretanto, existem particularidades importantes, como os sacrifícios espirituais e materiais, e pregar a teologia da prosperidade destacando em seus programas de televisão testemunhos de sucesso financeiro de seus fiéis.





· Igreja Internacional da Graça de Deus: Fundada por Romildo R. Soares
(1980) - Uma das principais doutrinas praticadas pela Igreja Internacional da Graça de Deus é a determinação, que se baseia no texto de João 14:13: “E tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho”. Bastaria determinar a benção a ser alcançada em nome de Jesus para tomar posse do almejado. 





· Sara Nossa Terra: Fundada por Robson Rodovalho (1980) - O nome da igreja teria vindo de uma revelação recebida pelo bispo, baseada na passagem de II Crônicas 7:14: “Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar (...), então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra”. Buscar a Deus de todo coração e alma é o dever do arrependido.



· Renascer em Cristo: Fundada por Estevan Hernandez (1986) -a igreja utiliza a designação "Apostólica" por acreditar na existência da figura do apóstolo como um cargo eclesiástico válido na atualidade. 
No Brasil há cerca de 600 templos e mais de dois milhões de seguidores. A Renascer é a segunda maior denominação neopentecostal brasileira.



-Mundial do poder de Deus- Fundado em 1998 pelo auto denominado Apóstolo Santiago, uma vertente da Igreja Universal de grande apelo popular. A prosperidade financeira, ênfase à cura e milagres associada à venda de amuletos ungidos em troca de bênçãos e prosperidade é outra dinâmica.



Diferenças entre os grupos:

TRADICIONAIS X PENTECOSTAIS

Os evangélicos tradicionais diferem dos pentecostais apenas em relação a experiência do chamado "Batismo no Espírito Santo". Não aceitam o "Falar em outras línguas" (glossolalia) e dão forte ênfase no ensino teológico e no trabalho social, não se preocupam com usos e costumes como vestimentas e adornos.


PENTECOSTAIS X NEOPENTECOSTAIS

Os carismáticos formaram uma outra igreja coexistindo juntamente com os pentecostais mas sem se identificar com elas. Dão bastante ênfase ao louvor e são mais flexíveis teologicamente não permanecendo estáticos na doutrina como são os pentecostais. Distingue-se também quanto aos usos e costumes. É o grupo que mais cresce atualmente no Brasil devido a um maciço investimento na mídia, como é o caso das igrejas Universal e da Graça. Pregam o dom dos milagres e da ostentação da prosperidade que dizem ser  a prova de Deus agindo na vida dos fiéis. 

Pouco é alterado no comportamental e no vestuário, salvo as músicas Gospel as quais são estimulados a escutarem, as quais muitas incorporam vários ritmos desde Samba a Havy Metal, mas com mensagens bíblicas.

Abaixo um trecho de uma crítica a este segmento.

"Os evangélicos afirmam crer nos valores bíblicos e no poder de Deus de transformar vidas. Contudo, pesquisas demonstram que muitos não vivem de modo diferente do resto do mundo. De dinheiro a sexo, de racismo a realização pessoal, um escandaloso número de cristãos não vivem o que pregam. O Escândalo do Comportamento Evangélico revela a profundidade do problema e contrasta-o com o ensino bíblico."

O Escândalo do Comportamento Evangélico-Ronald J. Sider

AS NOVAS NEOPENTECOSTAIS

-Bola de Neve- Fundada em São Paulo em 1999 por Rinaldo Luís de Seixas Pereira, o Apóstolo Rina, pastor, Surfista e formado em marketing. Diferentemente da maioria das igrejas neopentecostais e pentecostais, tem um apelo voltado ao público jovem e informal, que ressalta características como ausência de dogmas, tradições e costumes religiosos, e a chamada "liberdade" de se poder seguir a Jesus sem precisar se converter a um estilo de vida muito distinto ao qual já se está acostumado e seguir um grande número de regras religiosas. A igreja também busca manter sua imagem associada à prática de esportes radicais, tais como surf e skate, sendo que muitos de seus templos possuem uma decoração baseada nestes esportes. Está presente em todas as regiões do Brasil e também no exterior

AS SEITAS CRISTÃS

São considerado seitas cristãs as que fogem por um ou mais fatores da linha tradicional, como na divindade de cristo, o desuso da Bíblia como a palavra de Deus, Criacionismo, evolução espiritual entre outros.

Montagem  colocando Allan kardec e Jesus com Chico Xavier

O Kardecismo - Teoria criada pelo professor catedrático francês Hipólite Leon  Rivail que através de uma sistemática de estudos tidos de cunho cientifico pela observação de seções mediúnicas com o intuito de conhecer os fenômenos que nestas ocorriam. Sua doutrina fora formulada através de perguntas e respostas aos espíritos que estavam incorporados nos médiuns e a comparação das respostas obtidas da mesma sistemática em vários outras seções sem ligação alguma entre elas. A teoria revela a imortalidade da alma, a evolução do espirito através da pluralidade de existências rumo a perfeição. O mal personificado na figura de uma entidade não existiria e sim espíritos inferiores voltados mara a maldade em um estado não permanente. Jesus não seria o Deus trino e sim um espírito perfeito nascido nas eras primeiras da criação e regente da Terra. Rivail mudaria seu nome para o que usara numa suposta vida pretérita na época romana, Allan Kardec. No Brasil são cerca de 06 milhões de adeptos oficiais e muitos cristãos católicos também aceitam e frequentam as casas espíritas Kardecistas. Seu maior divulgador nacional fora Francisco Cândido Xavier o Chico Xavier, com vasta bibliografia dita psicografada ( cerca de 50 milhões de cópias) da qual nunca ficou com nada de valor. Morreu em 2002, pobre por opção, numa casa modesta vivendo com a aposentadoria de escrivão, seu único luxo era sua coleção de boinas para esconder seus poucos cabelos, sua conhecida e aparente exclusiva vaidade.

Testemunhas de Jeová- As Testemunhas de Jeová iniciaram suas atividades a partir da década de 1870, quando Charles Taze Russell e alguns amigos formaram um pequeno grupo de estudo não sectário da Bíblia, em Allegheny nos EUA. Com o fim de publicar as suas pesquisas bíblicas em contraste com erros doutrinais que era encontrado em outras denominações religiosas. Chamada de seita devido a não ter Jesus Cristo como Deus, mas filho de Deus, o primogênito da Criação enviado para combater o mal. São conhecidos mundialmente pela perseverança em seu credo, boas convivência social. Possuem rígidas regras de vestuário e de interpretações bíblicas literais ortodoxias, como a transfusão de sangue e o nome Jeová(Javé) no lugar de senhor. 




Mórmons
Fundada por Joseph Smith Jr. no século XIX, depois de ter recebido a obra base de sua crença por meios divinos a determinou como comparável a Bíblia em importância, mas intacta de influencia. Segundo Smith o livro do profeta Mórmon, ficou protegido por séculos antes de vir a luz da Humanidade, e que contém, entre outras narrativas, as trajetória de Jesus no Novo Mundo. É a igreja que mais cresce no mundo atualmente, em 1990, eram apenas 7,7 milhões. Atualmente, é a 10ª maior denominação religiosa no mundo. No Brasil, a igreja relatou possuir pouco mais de 1,1 milhão de adeptos. A Igreja também pratica outras ordenanças, já praticadas antigamente, que foram reveladas novamente por Deus por meio de Joseph Smith Jr., como o casamento eterno e o batismo vicário




O RADICALISMO EVANGÉLICO

Como todo grupo(os) religiosos que se destacam no mundo Ocidental temos a ala extremista que leva a ponta de espada suas convicções religiosas quando contrariados. E esta juntamente com o crescimento do movimento evangélico no Brasil e em outros países da América se despontando na sociedade. 
São pessoas ou grupo destas que incitam ou praticam a violência a outros grupos minoritários ou de ideais religioso ou etnias diversas, criando grupos sectários em vários casos que atentam contra a ordem civil e a vida humana. Tudo isso ocorre pela crença irrestrita e incondicional de suas convicções do que é Deus e do que ele quer que o crente faça. Muitos não fazem certas atividades, ou trabalhos por questões de atos ou dias que não seriam em concordância Bíblicas. 

No que se baseiam as fundamentalistas

Infelizmente pouco divulgado na mídia ocidental, o radicalismo evangélico está se tornando endêmico. Os meios de comunicação enfatizam no radicalismo Islâmico, generalizando como todos os membros desta religião com o mesmo padrão comportamental. Casos seguidos de atos como agressão física, de atitudes desrespeitosas, sectária e verbal desta ala radical do protestantismo.

Primeiramente falando, este segmento teima em não aceitar o outro que possui diferente credo sem avaliar o caráter e as atitudes destas pessoas. Outros fatorem acompanham o desrespeito as crenças e aos símbolos de outras religiões principalmente por crerem se a sua a detentora da verdade. Mas o principal, o padrão em todas é o “temor a Deus” e as consequências severas quanto a não observância de suas leis


O pluralismo cristão evangélico possui mais de 40 000 denominações com as mais variadas “verdades absolutas” que se alternam de vestuário, atitudes, relacionamentos, proibições entre tanto outros argumentos, todas sem exceção dizem ter como base de seus princípios a Bíblia sagrada.

A BIBLIA

Ai esta outro fator de verdades absolutas! As protestantes em geral seguem o padrão de 66 livros. Mas o problemas são a versões. A versões tradicionais, modernas, revisadas atualizadas, etc.

Cada denominação parece querer ter sua própria interpretação. Algumas palavras das primeiras traduções tem um contexto bem diferente nas mais atuais o que de praxe gera diferentes significados. No Brasil temos várias denominações que se baseiam nas seguintes Traduções e versões:

    • Bíblia Sagrada - Almeida Revista e Atualizada
    • Bíblia Sagrada - Almeida Revista e Corrigida
    • Bíblia de Jerusalém
    • Bíblia Sagrada - Ave Maria
    • Bíblia Sagrada - Edição Pastoral
    • Tradução Brasileira
    • Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas
    • Nova Tradução na Linguagem de Hoje
    • Nova Versão Internacional


AS INTERPRETAÇÕES

Fora as versões temos as interpretações dos textos que para alguns são referências, outros indicações mas a maioria crê na literalidade das escrituras. Que em alguns casos associados a leitura de trechos fora do contesto criam novas verdades dentro da verdade absoluta dos textos.




 Protestos em passeata Gay.

Por isso temos a leitura que diz que “homem não pode deitar com outro homem” que gera todo um movimento intolerante contra o homossexualismo.



Ser humano rebaixado a escravidão 
Outro trecho justificou a escravidão negra por séculos com a passagem “Maldito seja Canaã [Gênesis 9,25] — esta maldição se tem cumprido na . . . escravização dos africanos, os descendentes de Cão.” Afirma-se que não só a escravização dos negros cumpria tal maldição bíblica, mas que sua cor preta também. Assim, muitos brancos foram levados a presumir que os negros são inferiores, e que Deus propôs que fossem servos dos brancos. Muitos negros ficaram amargurados pelo tratamento recebido, em resultado desta interpretação religiosa.

O dilema do sangue das Testemunhas de Jeová.

Temos os que não aceitam transfusão de sangue por ser proibido ingerir algo feito de sangue, base em Gênesis 9:4. Embora tivesse permitido que Noé e sua família passassem a se alimentar de carne animal após o Dilúvio, Deus os proibiu de comer o sangue. Ele disse a Noé: “Somente a carne com a sua alma — seu sangue — não deveis comer.” Desde então, isso se aplica a todos os humanos, porque todos são descendentes de Noé; e em Atos 15:20. ‘Abstenham-se do sangue.’ Deus deu aos cristãos a mesma proibição que deu a Noé. A História mostra que os primeiros cristãos não consumiam sangue, nem mesmo para fins medicinais.

Vestes padrão Bíblico

Temos casos de interpretação quanto a mulheres se depilarem ou cortar o cabelo como em 1Co 11:6 “Portanto, se a mulher não se cobre com véu, tosquie-se também. Mas, se para a mulher é coisa indecente tosquiar-se ou rapar-se, que ponha o véu.”

Em geral os crentes que não se adaptam a esta ou aquela denominação que lhe atende os anseios ou lhe é agradável costuma migrar para outra maia ao seu gosto e assim várias vezes o fazem.

Templos cada vez mais Luxuosos

Temos este relato de um membro migrante... “Sou de uma igreja que homens não pode jogar futebol, usar short e boné só para serviço. E as mulheres não podem usar brincos, joias, depilar as pernas, usar maquiagem e nem tirar a sobrancelha. E está difícil lidar com esta situação, pois éramos de outro ministério e trocamos para esse, pois até agora Deus tem suprido as nossas necessidades. Mas minha esposa não está conseguindo lidar com essa situação. O que na verdade devemos fazer? Afinal o que é certo? Os que não seguem essa doutrina não entram no Reino dos Céus? ...”
O Apostolo Santiago possui um extenso Latifúndio com própria manada de gado e uma estilo Hollywood que afirma" ...ser para meu descanso e da Bispa..." Segundo reportagem do R7.

A mais ferrenha ferramenta do crescimento Evangélico no Brasil é o Dizimo dado pelos fiéis, que "colaboram" com seus pastores e denominações com medo da perdição eterna pregada pelo religiosos como castigo aos infiéis.
A bíblia mesmo confirma que o homem "rouba a Deus"... Em Malaquias 3 - 8 "Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. " e as pessoas dificilmente deixam de contribuir para DEUS, sem falar nas maldições citadas, como também em Malaquias 3 - 9 responde ai. "Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, sim, toda esta nação." que servem de efeito extorsivo.
O problema que este dinheiro não sofre ação do imposto de renda Brasileiro, e por tanto como já vimos em vários processos de Enriquecimento ilícito e lavagem de dinheiro como na recente acusação para com o Presidente da Câmara de deputados federal o Sr. Eduardo Cunha, que segundo os fatos de acusação usara a sua denominação para tal atos.

Enfim a livre associação de capitulas ou versículos pode gerar interpretações radicais da “verdade de Deus” e levar os membros de determinada denominação a cometer diversos atos que no final os afastam do Cristo que dizem seguir.

OS ATOS
Um grupo jovem Evangélico em presépio.

Os grupos que desta forma procedem costumam ter as seguintes atitudes:

-Isolamento social, somente o da sua comunidade.

Psicopata que se dizia evangélica pelos familiares esquarteja os pais no Maranhão.
-Atos de intolerância contra grupos religiosos divergentes ao seu modo de ver a verdade de Deus.

Suicido em massa de uma seita Crista em 18 de novembro de 1978
- Destruição de objetos ou artefatos ligados a esta ou aquela religião.

Religiões Afro como alvo preferido.
- Radicalismo na forma de agir e seguir as regras da denominação a qual é membro sem questionamento.

- Insultos a aqueles que creem não estarem de acordo com as verdades contidas nos trechos das escrituras que acham relevantes.

A BANCADA EVANGÉLICA

O professor de Antropologia Ronaldo Almeida, da Unicamp, Brasil vive ambiente de intolerância generalizada fincado em três palavras: ódio, fobia e vingança. A partir dos anos 2000, começou um movimento mais agressivo de influência dos fundamentalistas evangélicos que foi além do espaço que antes era ocupado por essa bancada no Congresso. Até então, os parlamentares dessa base se juntavam em comissões específicas, como a de Comunicação – até pelo interesse em espaços de mídia. Agora partem para uma esfera de ação de um padrão social que coincidem com seus dogmas religiosos.  

O Brasil hoje, que poderia estar discutindo pautas progressistas e avanços sociais, vê-se obrigado a mobilizar seus trabalhadores e outros segmentos da sociedade para impedir retrocessos impostos pela bancada evangélica, que é a terceira da Casa em número de parlamentares e a primeira a defender os “valores sagrados” da família, contra os direitos dos segmentos LGBT e dos grupos de direitos humanos, e a plataforma dos movimentos feministas. Valendo-se de alianças até mesmo com parlamentares católicos, diálogo historicamente impensável no campo eclesiástico.

Tudo se agrava à medida em que constitucionalmente somos um país laico que garante liberdade de crença. Isso significa direitos a todos que incluem os que não creem. Isso é resultante do crescimento das igrejas evangélicas, em especial as pentecostais, e do desejo desses grupos de mais visibilidade e influência social. Soma-se a isso o claro projeto político de igrejas como a Universal do Reino de Deus e a Assembleia de Deus de ocupação e criação de partidos e busca de mais poder decisório na esfera pública.

O escritor e teólogo Frei Betto disse que a bancada evangélica “um movimento político-religioso fundamentalista” ressaltou “...ameaça à democracia brasileira porque equivale ao ovo da serpente, dos anos 30 do qual nasceu o nazismo”.

 AÇÕES  CONTRA OUTROS CREDOS

Contra o Espiritismo

Liderados por Isolina dos Santos, 60, cerca de dez evangélicos invadiram no domingo às 22h o apartamento de um pintor de 41 anos e lhe deram uma surra por ter reclamado do barulho do culto, no apartamento de baixo. A vítima teve deslocamento de clavícula.


Líderes de religiões dominantes pentecostais e néopentecostais estimulam a intolerância religiosa no Brasil

O ataque dos cristãos ocorreu em São André, na Grande São Paulo. Eles ficaram enfurecidos quando souberam que o pintor tinha se queixado das orações com a síndica e arrombaram a porta do vizinho, começando por quebrar os móveis com a alegação que o pintor estava "endemoniado".

A violência foi presenciada pela mulher do pintor — uma secretária de 39 anos — e pelas filhas do casal, uma de 4 anos, outra de 13 e a terceira de 19. Já chamei ela (Isolina) para conversar aqui na minha casa, mas ela disse que não aceita falar com gente da minha cor e religião”, disse.

Ataque a reunião Espirita.

CONTRA AS RELIGIÕES DE CUNHO AFRO

No meio ano de 2015, uma série de denúncias de ataques contra membros e templos de religiões de matriz africana  tomou a mídia. Em um dos casos mais graves, uma menina candomblecista de 11 anos foi agredida a pedradas na saída de um culto no Rio de Janeiro, o que fez com que o tema da intolerância religiosa voltasse a preocupar lideranças de diferentes matizes.

Formado em Teologia e mestre em Ciências da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo, Kivitz, que integra o movimento Missão Integral - que congrega diferentes lideranças evangélicas - questiona os argumentos do que considera como algumas "lideranças extremistas".

Terreira Destruída.
Para ele, o tom bélico assumido por alguns políticos de origem evangélica e alguns pastores que se utilizam dos meios de comunicação de massa - do "nós contra eles" - cria um "clima propício para que gente doente, ignorante, mal esclarecida e mal resolvida dê vazão ao seus impulsos de violência e de rejeição ao próximo".

CONTRA AS DENOMINAÇÕES TRADICIONAIS EVANGÉLICAS



"Era um dia como outro qualquer no seminário teológico em que eu dava aula. De repente, em meio aos debates da classe, uma irmã soltou o comentário: “Ah, professor, porque na época em que eu era da Igreja Sorveteriana…”. Eu parei, de início sem entender. Mas, enfim, caiu a ficha. O seminário pertencia a uma denominação pentecostal. E a referência que aquela irmã estava fazendo era à Igreja Presbiteriana. O trocadilho ficou por conta da intolerância que existe da parte dos pentecostais com as igrejas tradicionais que, segundo eles, são “frias” (como um sorvete, na lógica da piada). Então a totalmente bíblica, séria e relevante Igreja Presbiteriana virou…sorveteriana. Esse episódio, aparentemente bobo, ocorreu há alguns anos, mas ficou marcado na minha memória. Pois, naquele dia, eu tive de admitir algo que é muito doloroso para um cristão: nós, evangélicos, somos intolerantes. Aliás, muito intolerantes..Mauricio Zágari.

O argumento xenófobo quase sempre passa por terminologias como: “Deus me mostrou que não podemos mais ficar aqui” ou então: “A Palavra diz: ‘saí do meio dela, meu povo’” e por aí vai.
Entrementes, esses casos que determinam novos conceitos, práticas e idéias que costumeiramente levam ao rompimento com determinadas tradições e ritos são capazes de produzir discriminação, a xenofobia teológica. Ou seja, havendo a permanência de um grupo ou indivíduo que se contrasta do convencional, dentro de um grupo, o próprio grupo trata de promover sua exclusão.
A exclusão pode ocorrer através de preconceitos velados, constrangimentos, assédios morais ou ainda por um convite expresso para ir embora. É uma situação que tem se tornado comum na história das igrejas evangélicas do Brasil e, sem dúvida, tem sido uma das fortes razões para a existência de tão grande diversidade de denominações e comunidades, as quais, sob um olhar superficial, parecem idênticas entre si.
Seria bem melhor se a Igreja Evangélica fosse capaz de construir uma situação que promovesse a igualdade do meio de toda essa diversidade. Infelizmente, a fragmentação está se tornando cada vez mais caótica e vem produzindo festivais de intolerância, além de gerar ambientes e pessoas fascistas.
Já é possível notar exemplos de fascismo nas imediações de grande parte das igrejas. Isso sempre foi notório nas igrejas americanas e também na África do Sul, onde negros e brancos nunca participavam dos mesmos cultos. Aqui no Brasil, temos igrejas elitizadas, grupos onde somente empresários de grosso calibre participam, igrejas de descolados, de artistas, igrejas de adoradores extravagantes, igrejas onde se fala em línguas estranhas e outras onde se acha ridículo falar, igrejas onde se ri descontroladamente e igrejas onde cultos mais parecem velórios, igrejas onde há iluminação, fumaça e telões de led, como num mega show, igrejas que transmitem cultos ao vivo por meios de comunicação de massa e igrejas onde só podem participar quem é batizado, ou quem é dizimista. Teria mais exemplos…
De fato, a história se repete sempre como um ciclo. Se formos notar bem veremos a Reforma Protestante potencializada por interesses políticos e econômicos. Diversas nações da Europa, cansadas de ter que se submeter ao cajado de Roma – a religião que virou império – e não querendo mais receber suas cartas no jogo político e econômico do mundo daquele tempo, fundaram suas próprias denominações. Luteranos na Alemanha, Presbiterianos na Suíça etc. etc. etc.

(Rafael Reparador-observador da igreja dos últimos dias )



CONTRA O ISLÃ

Pastores queimando exemplares do Alcorão.
Apesar do pastor Terry Jones ter desistido da ideia, outros queimaram mesmo o livro sagrado dos muçulmanos. Um deles, o pastor Bob Old (à esquerda na foto) de Springfield, no Tennessee, explicou a sua atitude dizendo acreditar que os muçulmanos veneram "um deus falso".

"Têm um texto falso, um falso profeta e umas escrituras falsas", afirmou perante uma TV local, acompanhado por outro pastor, Danny Allen .

CONTRA OS CATÓLICOS

Pastor destruindo Itens que considera do Demônio
O Padre Querino Pedro, administrador da Paróquia Santo Afonso, na cidade de Carrapateira, região de Cajazeiras lamentou nesta terça-feira (03), a destruição da imagem de Nossa Senhora por algumas pessoas evangélicas.

“Mijaram em cima da imagem, jogaram gasolina e queimaram Nossa Senhora. Dizem que os católicos estão condenados ao inferno”. Lastimou o padre

Deboche televisivo de Santa Católica
O religioso destacou também a preocupação das mães, pois as crianças estão sendo taxadas de que estarem “condenadas ao inferno”.

O padre disse que essas declarações são feitas por evangélicos até nas escolas, e isso está deixando os católicos constrangidos e as crianças amedrontadas. “Estão fazendo a cabeça das crianças para repudiarem Nossa Senhora”





O FUTURO DA CRENÇA EVANGÉLICA NO BRASIL

Antes dos anos 1990 não era a religião Cristã que mais se desenvolvia no Brasil. Pelo contrario, antes ser crente era motivo de chacota e até perseguições, em especial de Católicos,mas isso mudou. Depois que alcançou a mídia, os credos evangélicos se alavancaram virando uma febre entre os Brasileiros. Muitos trabalhos sociais, de auxilio aos desabrigados, drogados entre outros aspectos vieram a contribuir com a aceitação dos evangélicos pela sociedade como um todo
O movimento evangélico é de extrema importância para o desenvolvimento do pais no futuro próximo, pelo seus padrões comportamentais com ênfase na honestidade e verdade. Não podemos deixar de ver as grandes transformações sociais e de apoio a ordem publica que proporcionam esta forma de crença religiosa.
 O problema são os fanáticos, minoria que se mascara de subterfúgios para praticar a violência. Que se esquecem, ou não querem mesmo, serem tolerantes, perdoar o próximo, não fazer ao outro o que não gostaríamos que fizessem a nós mesmos e o principal, quem NUNCA PECOU que atire a primeira pedra, como diria a BASE  da crença cristã JESUS.

Os intolerantes se esquecem que sua própria crença diz que serão cobrados por cada alma que deixarem se salvar. Pois bem, com agressões, insultos, desprezo e preconceito, atitudes como esta é que não servirão nunca como modelo para atrair uma pessoa para a ideologia que querem impor.
O exemplo, sempre foi e será o melhor argumento para trazer uma ovelha desgarrada novamente para o rebanho. O amor e a compaixão para o caído é que servira de moeda para levar a salvação não o ódio. Jesus fora o exemplo de amor e paciência para com os seus inimigos, pelas suas atitudes de perdão e não de reprovação é que conseguiu para segui-lo pecadores, fornicadores, adúlteros, praticantes de usuras e até ladrões. Ele deu o exemplo, pena que muitos do que o dizem seguir não procedem da mesma forma.

Espero que tenhamos maior atenção a estes movimentos religiosos e que toda a sociedade possa evitar o grau de magnitude e influencia que o radicalismo alcançou nos países de credo Muçulmano onde por incrível que pareça, a grande maioria pacifica é vitima e associada a grupos com intolerância religiosa.

Max Weber_ A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo.  



























https://terminologiaatemporal.wordpress.com/2013/05/02/resenha-a-etica-protestante-e-o-espirito-do-capitalismo-max-weber/

http://colunas.gospelmais.com.br/xenofobia-evangelica_5816.html/