Seria um tipo de
planeta terrestre que não sofreu diferenciação significativa na formação planetária. Isso o impossibilitaria de formar um núcleo metálico, isto é, o planeta é na
verdade, um manto de rocha gigante.
Um planeta ou satélite sem núcleo poderia ser um estágio
de formação, ou seja, temporário, como por exemplo na formação planetária. O
planeta seria um mundo de lava, como o vivido pela Terra em sua formação orogênica
primordial, para após ocorrer a diferenciação estrutural pelo decaimento dos
materiais pesados para o centro da esfera planetária.
Estágio de formação planetária tido como convencional
Outros casos poderiam gerar planetas sem núcleo de
forma permanente como veremos a seguir:
No primeiro caso o planeta orbita em uma zona muito
fria. Possui acreção de materiais do
tipo condricte, completamente oxidados, ricos em água, em que a totalidade do
ferro metálico é consolidado na forma de cristais de minerais de silicato. Tais
planetas podem se formar além das regiões mais frias, como também, nas mais
remotas da estrela central. Em seguida, o planeta aumenta durante sua formação,
tanto de água como de materiais metálicos ricos em ferro.
O ferro metálico reage com a água formando óxido de
ferro e de hidrogênio, bem como também as temperaturas da nuvem de acreção do obre esfriam rapido demasiado, impedindo assim que ocorra a diferenciação do núcleo de
metal. As gotas de ferro geralmente são bem homogêneas, além de pequenas (cerca
de 1 cm), o resultado final esperado é que o óxido de ferro acaba ficando preso
no manto, assim sendo incapaz de formar um núcleo.
Planeta com um resfriamento muito rápido , onde o s metais como ferro terminam oxidando antes de afundarem no manto liquido em direção ao centro planetário e lá se acumularem.
No segundo caso, também seria formado em zonas frias, constituído de gelo e rocha de uma nuvem de detritos muito homogenia, e dependendo da quantidade de material para a formação planetária poderia criar um obre como a possível constituição do satélite de Saturno, Encélado. Este obre possuiria um núcleo constituído de rocha com um oceano intermediário global salgado envolto de uma crosta superficial sólida de gelo.
um planeta sem núcleo.
No terceiro caso, o planeta teria sido formado por um impacto
planetário, onde apenas parte da crosta do planeta doador fosse impactada, e retirada
com ela parte do manto e água oceânica. Esta massa de detritos poderia atingir
o tamanho variável entre um satélite ou um planeta tipo Marte, dependendo do
obre doador.
Impacto de um corpo celeste com ejeção da crosta e do manto planetário.
A esfera que se formaria poderia seguir seu caminho ao
redor da estrela mãe, se tornar um sistema planetário duplo ou, dependendo
logicamente da massa do planeta doador, se tornar seu satélite.