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sábado, 15 de julho de 2023

TOMO LIX PALEOZOICO- PERÍODO SILURIANO - A CONQUISTA VERDE DA TERRA PARTE III

 Plantas vasculares



 Talvez o mais surpreendente de todos os eventos biológicos no Siluriano (443,8 a 419,2 milhões de anos atrás), foi à evolução das plantas vasculares, estas plantas primitivas são conhecidas como Psilophytales e Lycophytales.  O desenvolvimento de vegetais de tecidos especializados de transporte foi de enorme importância na evolução das plantas terrestres (vascularização), relacionando-se com o aparecimento e o sucesso de plantas de grande porte.

 Registros de plantas a desenvolverem surgem no registro fóssil á cerca de 420 milhões de anos atrás no período Siluriano, na Austrália. A ausência de fósseis anteriores ao Siluriano pode ser apenas um hiato no processo de conservação, pois tudo indica que o processo de vascularização teria surgido no Ordoviciano.

A invasão do ambiente terrestre proporcionou uma série de alterações ecológicas, como maior estabilidade do solo devido às raízes e o aumento da umidade local devido a transpiração.

  

Licofilos e Eulofilos se diferenciam apenas pela forma de vascularização.


O Siluriano foi um momento de eventos importantes na história da evolução, incluindo muitos “primeiros”, que provariam altamente consequentes para o futuro da vida na Terra. Sucesso evolutivo das plantas deve-se à sua adaptação ao meio terrestre, através de mudanças estruturais, verificando-se, ao longo do tempo, um aumento de complexidade e, consequentemente, de diversidade.

Efetivamente, enquanto num meio aquático os organismos fotossintéticos encontram dissolvidos na água, todos os materiais de que necessitam para a fotossíntese, no meio terrestre, a acessibilidade à água torna-se crítica, sendo necessário criar sistemas de transporte específicos.

 As Psilophytales eram plantas pequenas, sem folhas verdadeiras e com caules finos e ramificados, que se reproduziam através de esporos. As Lycophytales, por sua vez, eram semelhantes às Psilophytales em tamanho e forma, mas tinham folhas verdadeiras e estruturas reprodutivas mais complexas.

Entre as espécies mais conhecidas de plantas vasculares do período Siluriano estão as Psilophyton e as Cooksonia. Essas plantas foram importantes porque foram as primeiras a evoluir tecidos especializados para transporte de água e nutrientes, permitindo que crescessem maiores e mais complexas do que as plantas não vasculares que as precederam.


Polisporangiófitos



Infográfico de como teriam surgidos os clados das plantas terrestres


Os polisporangiófitos, são plantas terrestres ou semiaquáticas em que a geração portadora de esporos ( esporófito ) tem hastes ramificadas (eixos) que carregam esporângios . O nome significa literalmente muitas plantas de esporângios. O clado inclui todas as plantas terrestres como os embriófitos (menos as briófitas, musgos e Hepáticas).

 Todos os polisporangiófitos vivos também possuem tecido vascular, ou seja, são plantas vasculares ou traqueófitas. São conhecidos polisporangiófitos extintos que não possuem tecido vascular e, portanto, não são traqueófitas.

  

Psilophyta

 

Psilophytopsida Fóssil

 

Estudos paleontológicos mostram que os primeiros organismos fotossintetizantes a ganhar o  ambiente  terrestre foram  pertencentes  as psilófitas que eram plantas vasculares sem folhas. A maioria dos paleobotânicos agora considera que psilófitas não são um grupo taxonômico coerente, e os classificam separadamente de acordo com ancestrais de fetos e Lycopodiopsidas.

Na evolução da vascularização a absorção de água e nutrientes só tornou-se possível graças a estruturas que penetram que percorriam o solo, o rizoma, com rizoides que penetravam no solo e  puxavam  os elementos essenciais. Os rizoides das psilófitas, são semelhantes aos encontrados em briófitas e os rizomas eram apenas um ramo caulinar prolongado que  penetrava  ao  solo  fixando  a  planta  em  um  local. 

 

 

Então as pressões seletivas e evolutivas que atuaram internamente ao solo eram distintas daquelas expostas a superfície, permitindo seguirem caminhos evolutivos diferentes e diversos. Assim como nas briófitas, a condução era feita através do processo de difusão. 

 Posteriormente as plantas  terrestres  semelhantes  as  Rhynia, a  água  era  absorvida  pelos  rizoides,  passada célula  a  célula  através  do  parênquima  cortical  chegando  as  delicados  xilemas  e  subindo  pelo  caule  ereto obedecendo o gradiente de concentração.


Psilophyta

 

Estruturas como os rizoides foram fundamentais para o surgimento das raízes primitivas. Nas plantas terrestres a perda de água  excessiva  foi  evitada  através  da  produção  de  substancias  impermeabilizantes  como  a  cutícula, adaptações fundamentais para a sobrevivência, uma cera que reveste as partes mais delicadas da planta. Apesar de a cutícula evitar a perda  excessiva  de  água  ela  também  impede  a  troca  de  gases  realizada  pela  planta então surgira os  estômatos, que são estruturas que permitem a troca de gases feita pela planta.

  

Eohostimella heathana

 

Eohostimella heathana é uma "planta" primitiva, proto-terrestre, do início do Siluriano, comparada com uma hepática., conhecida a partir de fósseis de compressão  do início da idade siluriana (á cerca de 440 a 430 milhões de anos atrás ).

 

A química de seus fósseis é semelhante à das plantas vasculares fossilizadas, em vez de algas. Sua anatomia consiste em tubos cilíndricos eretos, com um córtex externo espesso, que pode conter vestígios de lignina ou um composto semelhante, embora nenhum traqueídeo ou vasos semelhantes tenham sido encontrados; o composto semelhante à lignina estava presumivelmente associado ao seu espesso córtex externo. Ramificou-se  dicotomicamente e pode ter suportado pequenos espinhos. Provavelmente foi associado aos riniófitos ou um antepassado destes.


Psilófitas


 As primeiras plantas terrestres conhecidas a partir de fósseis detalhados são psilófitas. Asteroxylon mackiei cresceu a uma altura de 1 m e a  E. Rhynia, a 50 cm.

 

Psilophyta ou Psilófitas fora uma divisão extinta do Reino das plantas, onde teria sido um grupo de plantas vasculares fósseis, primitivas, que viveu entre o período Siluriano superior e Devoniano. Alguns paleobotânicos incluem o Rhynia(Rinófitas) e Psilophyton(devônico), no grupo das psilófitas. Estes espécimes, as quais não possuem raízes verdadeiras e folhas, mas têm um sistema vascular dentro de um caule com ramificação cilíndrica. A maioria dos paleobotânicos  os classificam separadamente como ancestrais de fetos e Lycopodiopsidas.