PLANETAS ANÕES INTERNOS
CERES
Ceres é um planeta anão que se encontra no cinturão de asteroides, entre Marte e Júpiter. Ceres tem um diâmetro de cerca de 950 km e é o corpo mais maciço dessa região do sistema solar, contendo cerca de um terço do total da massa do cinturão.
Dados de básicos de Ceres
· Temperatura: média: entre -106°C e -34°C
· Rotação: 9,975 h
· Translação: 4,6 anos
· Distância média para o Sol: 414 milhões de km
· Diâmetro: cerda de 950 Km
· Área da superfície: 1.800.000 Km2
· Massa: 9,5x10 20 Kg
· Gravidade equatorial: 0,028g
Orbita de Ceres ao redor do Sol
Possivelmente possua um núcleo de rocha e metais, recoberto por um manto de água congelada. A crosta de Ceres possivelmente seja composta por uma camada de partículas de poeira.
Geologia de Ceres
Planisfério feito a partir de imagens da sonda orbital da NASA ao redor de Ceres
Ceres e quase perfeitamente esferoide, com uma pequena protuberância de 30 km no equador, ao contrário da grande maioria dos objetos do cinturão de asteroides , tornando-o único entre eles nesta região. A diferença deve-se á Ceres não ser homogêneo, mas estruturado em camadas, com um núcleo denso de rocha coberto por um manto de gelo de água, por sua vez coberto por uma crosta leve.
O manto de Ceres é constituído de gelo de água, comprovado pela característica da densidade de Ceres é menor que a da crosta da Terra e porque marcas espectrais da superfície evidenciam minerais moldados pela água. Assim, estimou-se que Ceres deverá ser composto por 25 por cento de água, mais que toda a água doce na Terra. Esta água encontra-se enterrada sobre uma fina camada de poeira.
Caso não fossem as perturbações gravitacionais de Júpiter há milhares de milhões de anos, Ceres seria, indiscutivelmente, um verdadeiro planeta. Com sua massa Ceres tem mais do que um terço do total da massa de todos os asteroides do sistema solar mesmo que ainda é apenas cerca de 0 4% da massa da Lua.
Apesar de ser um corpo celeste relativamente próximo da Terra, agora a pouco anos que começou a se saber mais sobre Ceres. A superfície de Ceres era enigmática: em imagens de 1995, pareceu-se ver um grande ponto negro que seria uma enorme cratera; em 2003, novas imagens apontaram para a existência de um ponto branco com origem desconhecida até pouco tempo.
Possivelmente zonas de impacto de asteroides de grande expressão sob a superfície de Ceres. Ao que tudo indica, fora os impactos menores mais recentes, em épocas remotas da história do sistema solar;
Hidrografia de Ceres
Ceres se mostrou membro do grupo de objetos do sistema solar que dispõe de atividade geológica tipica doa região do sistema solar frio. Sua posição é o marco inicial da região do criovulcanismo no sistema solar.
Entre as características mais marcantes da superfície de Ceres, estão as manchas brilhantes no centro da Cratera Occator, que já se destacavam quando a sonda Dawn da NASA ainda se aproximava do planeta anão. A idade deste material brilhante que consiste principalmente de depósitos de sais minerais fora datado com apenas quatro milhões de anos.
Esses depósitos são cerca de 30 milhões de anos mais jovens do que a cratera propriamente dita. Isto, bem como a distribuição e natureza do material brilhante dentro da cratera, sugere que a Cratera Occator tem sido o cenário de surtos eruptivos de salmoura subterrânea durante um longo período e até quase recentemente. Ceres é, portanto, o corpo mais próximo do Sol que mostra atividade criovulcânica.
Esta imagem da Cratera Occator mostra o poço brilhante no seu centro e a cúpula criovulcânica. As montanhas rugosas na orla da cratera empurram sombras sob zonas do poço. Esta imagem foi obtida a uma distância de 1478 km da superfície e tem uma resolução de 158 metros por pixel.
Crédito: NASA/JPL-Caltech/UCLA/MPS/DLR/IDA
A Cratera , localizada no hemisfério norte de Ceres, mede 92 km em diâmetro. No seu centro pode se encontrado um poço com um diâmetro de aproximadamente 11 km. Em várias partes da sua orla, montanhas irregulares e encostas íngremes sobem até 750 metros de altura. Dentro do poço formou-se uma cúpula brilhante. Tem um diâmetro de 3 km, 400 metros de altura e mostra fraturas proeminentes.
A cúpula contém o material mais brilhante de Ceres. Os cientistas chamam a este material brilhante no poço central Cerealia Facula. Os dados obtidos pela sonda mostram que é rico em certos sais chamados carbonatos. Dado que impactos posteriores, nesta área, não expuseram qualquer outro material das profundezas, esta cúpula possivelmente consiste inteiramente de material brilhante. As manchas brilhantes (Vinalia Faculae), localizadas mais para o exterior da cratera, são mais pálidas, formam uma camada mais fina e como tal, como os dados do VIR e as câmaras mostram, são uma mistura de carbonatos e material escuro circundante.
Criovulcaniasmo
A última dessas erupções, há quatro milhões de anos atrás, deve ter criado a superfície atual da cúpula.
Mosaico a cores falsas que mostram partes da Cratera Occator. As imagens foram obtidas a uma distância de 375 km. O lado esquerdo do mosaico mostram a região central da cratera, que contém o material mais brilhante de Ceres. Mede 11 km em diâmetro e é parcialmente rodeada por montanhas íngremes. No meio está uma cúpula com 400 metros de altura coberta por fraturas. Tem um diâmetro de 3 km. O lado direito do mosaico mostra outras manchas menos brilhantes da Cratera Occator.
Crédito: NASA/JPL-Caltech/UCLA/MPS/DLR/IDA
O grande impacto que rasgou a gigante Cratera Occator, à superfície do planeta anão, deve ter originalmente desencadeado a ação criovulcânica posterior. Após a perturbação do impacto, os investigadores da salmoura suspeitam que ou uma camada completa ou remendos espalhados sob o manto rochoso, foi capaz de se aproximar da superfície.
A pressão mais baixa permitiu com que a água e os gases dissolvidos, como o metano e dióxido de carbono, escapassem, formando um sistema de aberturas. À superfície apareceram fraturas através das quais a solução saturada surgiu das profundezas. Os sais depositados formaram gradualmente a presente cúpula.
Não se sabe se a atividade crio vulcânica cessou completamente ou se ainda está em curso num nível mais baixo. As imagens da cratera, que mostram neblina quando fotografada em certos ângulos, parecem suportar a última hipótese. No final de 2015, os investigadores do MPS explicaram este fenômeno com a sublimação da água.
CANDIDATOS A PLANETAS ANÕES OU PROTOPLANETAS
O termo planeta anão poderá vir a ser aplicado 03 corpos do cinturão de asteroides que são :Vesta, Palas e Hígia; mas ainda estão aguardando definição do conselho internacional de Astronomia obter mais dados para poderem ou não nominar estes objetos como planeta anão.
VESTA
Vesta possui um diâmetro médio de 530 km, seu nome provém da deusa romana Vesta, a deusa virgem da casa, correspondente à deusa da mitologia grega Héstia. Está localizado no cinturão de asteroides, região entre as órbitas de Marte e Júpiter, a 2,36 UA do Sol.
Vesta é um possui forma V, e seu tamanho e o brilho pouco comum na superfície fazem de Vesta o mais brilhante no cinturão de asteroides. É o único nesta região que é ocasionalmente visível a olho nu.
Teoriza-se que nos primeiros tempos do sistema solar, Vesta era tão quente que o seu interior derreteu. Isto resultou numa diferenciação para o tipo planetária do objeto. Por isto está em análise de sua inserção ou não na categoria de planetas anões.
Geologia de Vesta
Provavelmente tem uma estrutura em camadas: um núcleo metálico de níquel-ferro coberto por uma camada (manto) de olivina. A superfície é de rocha basáltica, originária a partir de antigas erupções vulcânicas. A atividade vulcânica não existe aparentemente mais atualmente.
Palas
Pallas é um planetoide de 530 km de diâmetro (em média), ainda não classificado entre os membros da família de planeta anões.
O asteroide Pallas é o segundo maior elemento do Cinturão de Asteroides, logo a seguir ao planeta anão Ceres.
As dimensões de Pallas são de aproximadamente 582 x 556 x 500 km. Apesar do asteroide Pallas ser ligeiramente maior que o asteroide, Vesta é menos massivo, fazendo com que seja o terceiro elemento mais massivo dessa região do Sistema Solar.
O asteroide Pallas (de nome oficial 2 Pallas)
Pallas possui uma órbita com uma excentricidade elevada, sendo que o seu afélio (ponto da órbita mais afastado do Sol) é aproximadamente 510 milhões de km, enquanto que o seu periélio (ponto da órbita mais próximo do Sol) é aproximadamente 319 milhões de km.
Este asteroide possui ainda uma órbita com uma elevada inclinação relativamente ao plano da eclíptica. Devido a sua geologia superficial e de sua composição Palas não e um objeto muito brilhante, ou seja pouco reflexivo.