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segunda-feira, 18 de julho de 2022

TOMO LVIII - PALEOZOICO- PERÍODO ORDOVICIANO - HEMICORDADOS

 Hemicordados Ordovicianos

 

Graptozoários

Os graptozoários foram animais exclusivamente marinhos. Os limites do Ordoviciano são marcados pelo surgimento dos Gaptozoários em forma planctônicas.

 

Os graptozoários foram hemicordados que surgiram no Cambriano, eram indivíduos sésseis e incrustantes. O seu exoesqueleto fora constituídos de quitina, consistia em uma série de tecas dispostas de modo vário, em um ou mais ramo. A primeira grande diversificação do grupo ocorreu no Ordoviciano inferior com o aparecimento de formas planctônicas.


Graptólitos

 










Isograptus é um gênero extinto de graptólitos do Ordoviciano


Os graptólitos foram organismos coloniais pertencentes à classe Graptolitina (do grego graptos, escrita + lithos, rocha) do filo Hemicordada, que habitaram os mares do Paleozoico. O grupo surgiu no Cambriano superior e extinguiu-se no Carbonífero inferior (viveram entre 523 e 330 milhões de anos atrás).

Uma colônia de graptólitos era constituída por um esqueleto colonial, o rabdossoma, composto por várias cápsulas denominadas tecas que albergavam os organismos individuais. As tecas eram compostas de colágeno e uniam-se umas às outras através do nema que suportava a estrutura. Os rabdossoma dos graptólitos podem apresentar uma ou várias estirpes, ou ramos, e são classificados pelos paleontólogos de acordo com a relação geométrica entre estirpes e nema.

 

Devido à natureza proteica do esqueleto colonial, os fósseis de graptólitos são abundantes apenas em rochas sedimentares depositadas em ambientes calmos e anóxicos, como xistos ou calcários negros ricos em matéria orgânica. O colágeno das tecas devia ser destruído em ambientes sedimentares mais oxidados ou turbulentos.

 




Climacograptus.

Climacograptus, fora um gênero de graptólitos que viveu no período Ordoviciano do Médio ao superior (cerca de 470 a 444 milhões de anos atrás). Climacograptus é caracterizado por um único ramo serrilhado, suspenso uma haste fina abaixo de um flutuador irregular; seu contorno é nitidamente angular. Diversas espécies são reconhecidas, e o gênero é útil para correlacionar as divisões dentro do menor tempo Ordoviciano.

 

Ordem de Graptólitos

Os graptólitos possuíam diversos tipos de formas e estilo de vida. Os Graptólitos eram, portanto, organismos coloniais pelágicos, que andavam por vezes ao sabor das águas.  Eram constituídos fundamentalmente por uma haste alongada chamada “vírgula” ou tubo de nema (Stipe) onde se dispunham uma série de pólipos. Na parte inferior tinham uma câmara embrionária de grandes dimensões chamada de sícula. As câmaras onde se dispunham os pólipos tomam o nome de hidrotecas (thecae) e estão ligadas por um canal axial (nema). Por sua vez, estas várias hidrotecas ligadas à vírgula, constituem um rabdosoma. Estes indivíduos estavam ligados a uma espécie de flutuador, de forma ovóide ou circular, a que se dá o nome de pneumatóforo.

 




 -Ordem do Graptolóides

Graças ao modo de vida livre, os graptolóides são comuns nos sedimentos do Paleozoico inferior que viviam em  águas mais  profundas . Esses organismos  pertencentes à classe Graptolitina do filo Hemicordada surgiram no Ordoviciano inferior e extinguiram-se mais cedo que os dendróides, no Devoniano inferior.

Os Graptolóides (Graptoloidea – N e O) subdividem-se em Axonóforos (centrífugos) e Axonólipos (centrípetos) e Acanthograptus. Quanto aos primeiros, apresentavam rabdosoma preso ao pneumatóforo e a sícula mantem-se em posição proximal em relação ao pneumatóforo. O crescimento das várias hidrotecas faz-se no sentido centrífugo. São fósseis típicos do Siluriano com formas como Dichograptus (E). O Diplograptus caracterizado por apresentar duas fiadas de hidrotecas, caracterizado por possuir oito ramos em que os vários tubos de nema estavam ligados dando a este um aspeto típico.

Os Tetragraptus possuíam só quatro ramos e os Didymograptus apenas dois ramos e são típicos do Ordoviciano. No caso dos Acanthograptus o tubo do nema tem um certo enrolamento.

O gênero Monograptus pertence a esta ordem, possuía uma só fiada de tecas e é típico das rochas de idade do Siluriano. Estes organismos em que a haste ou o tubo de nema era de natureza quitinosa, fossilizavam frequentemente por carbonização, dado o facto de serem organismos coloniais e pelágicos. Os fósseis característicos do Ordoviciano e Siluriano, ocorrem em formações xistosas, em xistos carbonosos, em formações de origem arenosa, o que mostra a sua presença em mares ou regiões do mar próximas da costa.

 

-Ordem dos Dendróides

Graptolites Dictyonema.

Os dendróides formavam colônias elementares de Graptólitos (Rabdossoma) que viviam fixas ao fundo do mar. No Ordoviciano inferior, estas formas sésseis deram origem aos graptólitos graptolóides planctônicos.

Os Dendróides foram organismos coloniais comum no Ordoviciano, com registros fósseis desde o cambriano superior. Esses organismos eram caracterizados por uma estrutura cônica, semelhante à rede. As colônias (conhecidas como rabdomas) são ramificadas e podem variar de quase discoidal a quase cilíndrica. Eram alimentadores de suspensão planctônica estacionárias.

 


O Dictyonema.

 -Ordem dos Tubóides. Apresentam formas semelhantes aos dendróides. Possuem estirpes eretas com autotecas e bitecas, além de uma ramificação irregular com uma estoloteca reduzida.

 

-Ordem Camaróides, caracterizam-se por possuírem uma autoteca com a parte basal globulosa e uma coluna vertical. Algumas espécies apresentam estolotecas e bitecas.

 

-Ordem Crustóides, engloba formas coloniais, semelhantes aos dendróides, com aberturas das autotecas modificadas.

 

-Ordem Stolonóides, possui formas irregulares com muitas ramificações na estoloteca.