Hemicordados Ordovicianos
Graptozoários
Os graptozoários foram animais
exclusivamente marinhos. Os limites do Ordoviciano são marcados pelo
surgimento dos Gaptozoários em forma planctônicas.
Os
graptozoários foram hemicordados que surgiram no Cambriano, eram indivíduos
sésseis e incrustantes. O seu exoesqueleto fora constituídos de quitina,
consistia em uma série de tecas dispostas de modo vário, em um ou mais ramo. A
primeira grande diversificação do grupo ocorreu no Ordoviciano inferior com o
aparecimento de formas planctônicas.
Graptólitos
Isograptus é um gênero extinto de graptólitos do Ordoviciano
Os graptólitos foram organismos coloniais pertencentes à classe
Graptolitina (do grego graptos, escrita + lithos, rocha) do filo Hemicordada,
que habitaram os mares do Paleozoico. O grupo surgiu no Cambriano superior e
extinguiu-se no Carbonífero inferior (viveram entre 523 e 330 milhões de anos
atrás).
Uma colônia de graptólitos era constituída por
um esqueleto colonial, o rabdossoma, composto por várias cápsulas denominadas
tecas que albergavam os organismos individuais. As tecas eram compostas de
colágeno e uniam-se umas às outras através do nema que suportava a estrutura.
Os rabdossoma dos graptólitos podem apresentar uma ou várias estirpes, ou
ramos, e são classificados pelos paleontólogos de acordo com a relação
geométrica entre estirpes e nema.
Devido à natureza proteica do esqueleto
colonial, os fósseis de graptólitos são abundantes apenas em rochas
sedimentares depositadas em ambientes calmos e anóxicos, como xistos ou
calcários negros ricos em matéria orgânica. O colágeno das tecas devia ser
destruído em ambientes sedimentares mais oxidados ou turbulentos.
Climacograptus.
Climacograptus, fora um gênero de graptólitos que viveu no período
Ordoviciano do Médio ao superior (cerca de 470 a 444 milhões de anos atrás). Climacograptus é caracterizado por
um único ramo serrilhado, suspenso uma haste fina abaixo de um flutuador
irregular; seu contorno é nitidamente angular. Diversas espécies são
reconhecidas, e o gênero é útil para correlacionar as divisões dentro do menor
tempo Ordoviciano.
Ordem de Graptólitos
Os graptólitos possuíam diversos tipos de
formas e estilo de vida. Os Graptólitos eram, portanto, organismos coloniais
pelágicos, que andavam por vezes ao sabor das águas. Eram constituídos fundamentalmente por uma
haste alongada chamada “vírgula” ou tubo de nema (Stipe) onde se dispunham uma
série de pólipos. Na parte inferior tinham uma câmara embrionária de grandes
dimensões chamada de sícula. As câmaras onde se dispunham os pólipos tomam o
nome de hidrotecas (thecae) e estão ligadas por um canal axial (nema). Por sua
vez, estas várias hidrotecas ligadas à vírgula, constituem um rabdosoma. Estes
indivíduos estavam ligados a uma espécie de flutuador, de forma ovóide ou
circular, a que se dá o nome de pneumatóforo.
-Ordem do Graptolóides
Graças ao modo de vida
livre, os graptolóides são comuns nos sedimentos do Paleozoico inferior que
viviam em águas mais profundas . Esses
organismos pertencentes à classe Graptolitina do filo
Hemicordada surgiram no Ordoviciano inferior e extinguiram-se mais cedo que os dendróides, no
Devoniano inferior.
Os Graptolóides
(Graptoloidea – N e O) subdividem-se em Axonóforos (centrífugos) e Axonólipos
(centrípetos) e Acanthograptus. Quanto aos primeiros, apresentavam rabdosoma
preso ao pneumatóforo e a sícula mantem-se em posição proximal em relação ao
pneumatóforo. O crescimento das várias hidrotecas faz-se no sentido centrífugo.
São fósseis típicos do Siluriano com formas como Dichograptus (E). O Diplograptus
caracterizado por apresentar duas fiadas de hidrotecas, caracterizado por
possuir oito ramos em que os vários tubos de nema estavam ligados dando a este
um aspeto típico.
Os Tetragraptus possuíam
só quatro ramos e os Didymograptus apenas dois ramos e são típicos do
Ordoviciano. No caso dos Acanthograptus o tubo do nema tem um certo
enrolamento.
O gênero Monograptus
pertence a esta ordem, possuía uma só fiada de tecas e é típico das rochas de
idade do Siluriano. Estes organismos em que a haste ou o tubo de nema era de
natureza quitinosa, fossilizavam frequentemente por carbonização, dado o facto
de serem organismos coloniais e pelágicos. Os fósseis característicos do
Ordoviciano e Siluriano, ocorrem em formações xistosas, em xistos carbonosos,
em formações de origem arenosa, o que mostra a sua presença em mares ou regiões
do mar próximas da costa.
-Ordem dos
Dendróides
Graptolites Dictyonema.
Os dendróides formavam colônias elementares de
Graptólitos (Rabdossoma) que viviam fixas ao fundo do mar. No Ordoviciano
inferior, estas formas sésseis deram origem aos graptólitos graptolóides planctônicos.
Os Dendróides foram organismos coloniais comum
no Ordoviciano, com registros fósseis desde o cambriano superior. Esses
organismos eram caracterizados por uma estrutura cônica, semelhante à rede. As
colônias (conhecidas como rabdomas) são ramificadas e podem variar de quase
discoidal a quase cilíndrica. Eram alimentadores de suspensão planctônica
estacionárias.
O Dictyonema.
-Ordem Camaróides, caracterizam-se por
possuírem uma autoteca com a parte basal globulosa e uma coluna vertical.
Algumas espécies apresentam estolotecas e bitecas.
-Ordem Crustóides, engloba formas coloniais,
semelhantes aos dendróides, com aberturas das autotecas modificadas.
-Ordem Stolonóides, possui formas irregulares
com muitas ramificações na estoloteca.