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sexta-feira, 19 de outubro de 2018

O bode Expiatório Judaico Tomo IV


O antissemitismo pós-revolução Francesa.

A principio os países ao norte da Europa e a Franca foram liberais com os Judeus, sua atitude para com eles no inicio do século XIX fora branda e cosmopolita...se comparada ao do leste europeu e o Império Czarista.
Mas isso seria apenas o olho do furacão...em pouco mais de um seculo praticamente todos os judeus da Europa ocidental pereceriam.



Aos judeus foi dada cidadania na França no ano de 1791. A idade do Iluminismo produziu um racionalismo que foi aplicado a assuntos sociais e econômicos. O sentido limitante de nacionalidade única trouxe outra vez dificuldade para os judeus, porque estavam vivendo espalhados através de muitas nações. Os Países Baixos seguindo os preceitos franceses, no ano de 1796 concederam aos judeus plena igualdade e cidadania.

Grande Sinagoga de Copenhague no final do século XIX.

Na Europa entre os anos de 1814 e 1820 aos judeus de Dinamarca foi concedido emancipação quase completa. Cidades alemãs ainda expulsaram regularmente judeus: Lubeque, Brema, Würzburg e outras cidades da Francônia, Suábia e Bavária. Os assim chamados distúrbios HEP! HEP! (um grito de cruzadores: Hierosolyma est Perdita – Jerusalém está perdida) tomaram lugar em Francoforte, Darmstadt, Bayreuth, Karlsruhe, Düsseldorf, Heidelberga, Würzburg e até em Copenhague.

Gregos Romaniotas Judeus

Liberdade de um lado, opressão de outro, como em 1821, onde milhares de judeus fugiram da Grécia, depois de distúrbios antijudaicos. Com o desmantelamento gradual do império Turco, regiões autônomas como a Grécia agiram para eliminar qualquer influencia turca, e como os judeus por séculos estiveram sob as graças do sultão, sofreriam uma reação xenofóbica muito expressiva.

No ano de 1844 Carl Marx que era de origem judaica, se tornaria o pai do comunismo ao lado de Hengel, este que publicou um tratado sobre a Questão Judaica, na Europa, em especial na Alemanha, seus pais de origem.O nome do tratado é Zur Judenfrage, neste repetindo os antigos estereótipos que os cristãos usaram para representar de forma preconceituosa um Judeu. O socialistas judeus se iniciaram como grupo formalmente em 1845, através do francês, Afonso Toussenel, este  publicaria mais tarde seu ataque antissemítico no meio de seus tratados... Os Judeus, Rei da Época, Les Juifs Rois de lepoque.


Karl Marx

Com novas ideologias em ação, em 1848 eclodiu uma revolução entre os reinos alemães  que iria anos depois, formar o segundo Reich, nas mãos do Prussiano Bismarck. Estas revoluções trouxeram a emancipação dos judeus. Durou pouco, pois em 1851 as constituições de Prússia e de Áustria incluíram outra vez restrições antijudaicas.






A com milhares de imigrantes chegando no porto de Nova York no século XIX, á América não passaria incólume ao antissemitismo. Com o aumento substancial da população judaica nos EUA em 1850, explode distúrbios contra judeus na cidade de Nova-York, guiados por um policial irlandês. Mesmo assim os EUA foram o principal porto seguro para as massas fugitivas de suas nações pelo risco iminente de morte.
Mais que 100.000 judeus romenos imigraram nos Estados Unidos somente no ano de 1878, para evitar inanição, devido as leis discriminatórias no seu país priorizando a venda e o comercio entre os cristãos.


A literatura antissemita
Arthur de Gobineau

Arthur de Gobineau publicou em 1855 o seu, "Essai sur linequalité des races humaines" ou em português, “Ensaio sobre a Desigualdade das Raças Humanas”. Um texto sombrio com elementos de xenofobia do moderno antissemitismo. Por meio deste ensaio queria justificar ataques violentos as populações judaicas.


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Pio IX

Os judeus receberam status igual de cidadão na Alemanha, em 1869, e um ano após o gueto de Roma fora formalmente abolido, mesmo contra os desejos do papa Pio IX, Assim todos os judeus a partir de então eram cidadãos iguais no reino da Itália.

O padre August Rohling de Praga publicou seu panfleto O Judeu do Talmude em 1871
“Der Talmudjude”. Era um vicioso ataque antissemita vastamente disseminado entre os europeus católicos.



No ano de 1873, Wilhelm Marr publicou seu panfleto Vitória do judaismo sobre o Germanismo, Der Sieg des Judentums über das Germanentum. Neste panfleto fora o termo antissemitismo usado pela primeira vez.
O Kulturkampf (Luta de Cultura) de 1875 escrito por Otto Von Bismark, que detinha ideais contra os católicos na Alemanha, foi interpretado por estes como sendo patrocinado pelo capital judaico e como vingança pela persecução aos judeus pelo papado.


Heinrich von Treitschke

No ano de 1879, o professor Heinrich Von Treitschke da universidade de Berlim, fez-se um nome no mundo, não somente como historiador, mas também como um moderno antissemita. Numa coleção de ensaios como o Ein Wort über unser Judentum ou em português “Uma palavra sobre o nosso judaísmo”  Neste declarado, por exemplo, que antissemitismo é uma reação natural do sentimento nacional alemão contra um elemento estranho que usurpara espaços demais e locais do povo e em nossa vida.

Hermann  Goedsche publicou sua novela Biarritz em 1868, sob o pseudônimo e Sir John Racliffe. Num capítulo intitulado de “No Cemitério Judaico de Praga” descreve um secreto encontro de meia-noite de representantes das 12 tribos de Israel. Os envolvidos, recebendo direções do Diabo sobre como dominar o mundo. Em 1872, o capítulo da reunião foi reimprimido como um panfleto em St. Petersburg, Rússia, com a declaração de que embora a história fosse ficção, basear-se-ia em fato. O panfleto foi reimpresso, mais tarde, em Moscou, Odessa e Praga.

O judaísmo no leste europeu


Cossacos do seculo XVII

Durante a rebelião dos cossacos da Zaporójia e camponeses russos entre 1648 e 1649 na Polônia, Ucrânia, Rússia Branca e Lituânia, as mais cruéis torturas foram inventadas para os judeus.
Milhares de judeus morreram sob prolongada brutalidade. Crianças não foram poupadas. Há relatos de raptos e horríveis chacinas. Atos violentos de tortura como o de pessoas sendo mortas devagar com lanças, de mulheres extripadas e inseridos gatos vivos dentro delas para após serem costurados em seu ventre.

Sraelitischer Tempel Poolstraße, sinagoga do movimento reformista judaico, em Hamburgo.

A cidade de Hamburgo e da Boêmia expulsou os seus judeus em 1744, e em 1745 fora a Morávia, sob ordens da imperatriz Maria Teresa. Oito anos depois em 1753 foi a vez da Imperatriz Isabel Petrovna, da russia a expulsar de seus domínios cerca de 35.000.

Catarina II
A Rússia em 1768 estava em plena expansão, e com a derrota da Polônia depararam-se os russos com enormes comunidades estabelecidas judaicas, que anteriormente não estavam sob o seu domínio. A Czarina Catarina II, a Grande, estabeleceu um território, o assim chamado Recinto de Residência como novo lar ao hebreus. Era para impedir a população judaica de influenciar a sociedade russa e para ser um para-choque entre a Rússia e os seus vizinhos ocidentais. Os judeus precisavam de licenças especiais para viajar fora do Recinto. Perseguições e judeus continuaram violentamente na Polônia, Lituânia e Rússia, aonde os judeus fugiram dos cruzadores e da Inquisição da Europa ocidental.

Alexandre I 
O Czar Alexandre I quis integrar os judeus na sociedade russa  entre 1808 e 1810, ordenando que deixassem as aldeias onde estavam residindo. Um número estimado em 500.000 judeus deixaram o campo e flutuaram para dentro das cidades, onde milhares morreram de fome, de frio ou de doença. Medo de epidemia causou a revogação da lei.


O mal se dissemina



Entre 1870 e o final do século 19, os antissemitas adicionaram uma dimensão política à sua ideologia de ódio, criando partidos políticos antijudaicos na Alemanha, França e Áustria. Publicações fraudulentas, como “Os Protocolos dos Sábios de Sião”, deram legitimidade e apoio a falsas teorias de uma conspiração judaica mundial. Deve-se enfatizar que um forte componente do antissemitismo político é o nacionalismo exacerbado, cujos adeptos muitas vezes acusam através das mais variadas mentiras, os judeus de não serem cidadãos leais a seus países.

Wilhelm Marr

Em 1879, o jornalista Alemão Wilhelm Marr criou o termo moderno  a palavra antissemitismo, que significa ódio contra judeus, e também a não-aceitação de tendências liberais e cosmopolitas da política internacional dos séculos 18 e 19, muitas vezes associadas à imagem dos judeus. As tendências atacadas pelos nazistas abrangiam a igualdade de direitos civis entre os cidadãos de um país, a democracia constitucional, o livre comércio, o socialismo, o capitalismo financeiro, e o pacifismo.

Hessy Taft, foi selecionada pessoalmente pelo ministro da propaganda do III Reich, Joseph Goebbels, para representar o "bebê ariano ideal" na propaganda nazista. O que  Goebbels não tinha conhecimento da ascendência de Taft, que por ironia era uma bebê judia.

O movimento xenófobo Voelkisch, fora um ato popular, criado no século 19 por filósofos, acadêmicos e artistas alemães que consideravam o espírito judaico como diferente e inferior ao alemão, moldando assim a percepção popular de que os judeus, ainda que nascidos na Alemanha, filhos, netos, e bisnetos de israelitas daquele país, não eram alemães. Teóricos de uma antropologia racial fraudulenta forneceram o embasamento pseudocientífico para difusão desta ideia. O Partido Nazista, fundado em 1919 e liderado por Adolf Hitler, deu expressão política às teorias do racismo europeu e, incentivando o antissemitismo latente da população alemã, ganhou popularidade ao apoiar e disseminar este tipo de propaganda política. Milhões de pessoas compraram o livro “Mein Kampf” (Minha Luta), no qual Hitler clamava pela expulsão dos judeus da Alemanha.

Pogrom da Kristallnacht.

Em 1933, com a ascensão dos nazistas ao poder, o partido ordenou boicotes econômicos aos judeus, bem como a queima de livros judaicos, além de aprovar uma legislação discriminatória antissemita.
Em 1935, as Leis de Nuremberg definiram os judeus empregando termos raciais errôneos, pelo “sangue”, e ordenaram a separação total dos chamados “arianos” dos “não arianos”, legalizando assim a hierarquia racista, onde os alemães estavam no topo e os demais povos abaixo. Na noite de 09 de Novembro de 1938, os nazistas destruíram sinagogas e vitrines de lojas de propriedade de judeus na Alemanha e na Áustria, fato que ficou conhecido como o pogrom da Kristallnacht, ou  Noite dos Vidros Quebrados. Este evento marcou a transição de uma era de antissemitismo velado para outra, a da destruição, durante a qual o extermínio semítico era a meta nazista.

Richard Wagner


Richard Wagner

Em 1881 Richard Wagner publicou um ensaio onde recomendava o antissemitismo político e classificava os judeus de "demônio causador da decadência da humanidade". Em 1903 eram publicados pela primeira vez, em São Petersburgo, os "Protocolos dos Sábios de Sião", Os Protocolos, escritos por antissemitas cristãos, falam de uma conspiração mundial judaica para o domínio do mundo. Infelizmente, desde então houve e há muitos que sucumbiram às mentiras dos Protocolos de Sião, dando-lhes mais crédito que às verdades bíblicas.

Em 1881 foi feita uma petição com 250.000 assinaturas, que foi submetido a Bismark pelo Movimento Berlim, exigindo severas restrições na vida judaica na Alemanha. Em 1905 foi fundado o movimento partidário a "União do Povo Russo", livremente de cunho antissemita.


Pogrom de Kiev em 1880

O primeiro de muitos severos pogrons contra os judeus foi iniciado pela Sagrada Liga na Rússia, consistindo de 300 oficiais de exército. Os pogrons causaram uma das maiores emigrações na história judaica. Eugen Duhring publicou seu , Die Judenfrage als Racen-, Sitten- und Kulturfrage (A Questão Judaica como um Problema de Raça, Costume e Cultura), eis alguns trechos do tratado:

-" A origem do desprezo geral, sentido pela raça judaica, jaz na sua absoluta inferioridade em todos os campos intelectuais. Os judeus mostram uma falta de espírito científico, uma fraca compreensão de filosofia, uma inaptidão para criar em matemática, arte e até música.

-Fidelidade e reverência com respeito a qualquer grande e nobre são-lhes alheias. Por isso, a raça é inferior e depravada… A obrigação dos povos nórdicos é exterminar tais raças parasitas como exterminamos serpentes e bestas de presa."

Novos Movimentos  antissemitas


Max Liebermann von Sonnenberg.


Apos a reunificação da Alemanha, ocorreram comícios do Movimento Berlim, liderado por Max Sonnenberg,  terminaram em distúrbios de bandos inflamados movimentando-se pelas ruas e gritando Juden raus! (Judeus fora!). Por onde percorreram acabaram atacando judeus ou pessoas de aparência judaica, quebrando janelas de casas e dos prédios comerciais judaicos. 


Otto Boeckel, em 1887, um dos líderes da Aliança Antissemítica Alemã, foi eleito ao Reichstag(Parlamento) em Berlim. Da mesma linha de pensamento, Karl Lüger, um político da esquerda, fez público o seu antissemitismo chegou a ser o líder maior do antissemitismo austríaco. Em Mein Kampf(Minha Luta), Hitler atribui seu antissemitismo à influência de Lüger.

Max Sonnenberg, terminaria no ano de 1889 por fundar o Partido Anti-semítico Social Alemão, Deutsch-Sociale Antisemitische Partei, em Bochum, Vestfália. O primeiro jornal anti-semítico na Hungria apareceu em Pressburg.

Principais escritos antissemitas do final do século XIX .



O padre E. A. Chabauty em 1882 publicou Les Juifs, nos Maitres (Os Judeus, nossos Mestres) sobre nações cristãos sendo atacadas por conspiração mundial judaica.

No ano de 1886 a Aliança Antissemítica Alemã era formada por partidos da ala direita. Eduard Adolfo Drumont publicou seu La France Juive (A França Judaica), uma obra violentamente antissemítica, largamente difundida nas esferas de poder europeias.




Sionismo


Theodor Herzl, o pai do Sionismo moderno.

Quatro milhões de judeus fugiram para a menos radical Europa Ocidental e a mais liberal América, devido à perseguições na Europa Oriental. Mas também, na Terra dos Livres, os judeus foram restritos, sofrendo as antigas acusações por fanáticos religiosos e ignorantes. Os pensadores judaicos em geral chegaram a conclusão de que, ou criavam uma pátria para seu povo, sob suas leis e sua auto determinação ou mais cedo ou mais tarde iriam sucumbir como povo. Muitos procuraram em qualquer lugar do mundo uma área de terra que pudessem chamar de lar, seu salvo conduto, mas o apreço da tradição e da religião falava mais alto e por fim focaram na terra dos patriarcas. Iriam retornar a Israel.

Congresso Sionista.

Enquanto súditos do outrora poderoso império turco, os judeus se viam muito bem em suas terras, bem como em seu acesso as terras de seus antepassados. Mas com a invasão tática de províncias por potencias ocidentais e o enfraquecimento turco como império, os judeus já não contavam com a relativa segurança que dispuseram por 400 anos. Muitos dos povos dominados pelos turcos, ao se libertarem da subjugação vinham nos judeus inimigos. Se precisassem voltar para o lar ancestral teriam de readquirir via colonização e compra de terras. Tudo isso seria muito bem elaborado, e uma vez iniciado, só teria uma consequência, o ressurgimento de Israel.


O Sionismo desenvolveu-se na Europa, já em idos do século XVI, e esta denominação vinha de Sião, nome do monte onde ficava o templo de Jerusalém, Inicialmente de caráter religioso, o sionismo pregava a volta dos judeus à Terra de Israel, como forma de estreitar os laços cultural do povo judeu, em torno, de sua religião e de sua cultura ancestral.


Imigrantes judeus indo a Terra Santa.

No final do século XIX seu idealizador pratico seria Theodor Herzl. Judeu abastado residente no Império britânico, e deste obteve nos momentos finais seus maiores aportes para se infiltrarem colonos na palestina,cujo mandatário era a França. Os ingleses viram neste movimento um forte aliado a suas pretensões no oriente médio.


Europa entre 1890 e 1900


Alemanha
Charges antissemíticas. 

Neste intervalo de tempo, do final do século XIX, Hermann Ahlwardt publicou seu livro Der Verzweiflungskampf der Arischen Völker mit dem Judentum, “ A Luta de Desespero dos Povos Arianos Contra o Judaísmo”, Retratava o povo judeu como se este controlasse qualquer setor da nação alemã. Antissemíticos partidos ganharam cinco vagas no Reichstag (Parlamento) e em 1893 ganhariam mais dezesseis vagas no parlamento alemão.


França
Eduardo Drumont.

Eduardo Drumont fundou em 1892 o jornal francês La Libre Parole para popularizar seu antissemitismo. Na Franca em 1894, fora o ano do famoso processo de conselho de guerra contra oficial francês Alfredo Dreyfus (um judeu) acusado de traição. Preso ele ficou por 05 anos. E durante este período fora provado que foi causado por oficiais antissemitas de alta patente do exército e agentes do ministério de guerra. Estes forjaram os documentos incriminatórios contra o oficial. O Caso Dreyfus causou distúrbios antissemíticos na França e lançou um alerta a imprensa mundial sobre as perseguições aos judeus e a propaganda antissemita.

Inglaterra

Houston Stewart Chamberlain no ano de 1899 publicou sua obra The Foundations of the Nineteenth Century (As Fundações do Século Dezenove). Levou a teoria racial de Gobineau à sua conclusão lógica, proclamando os germânicos como a raça mestre e exigindo uma cruzada contra povos inferiores como os judeus.

A Fênix do século XX

Com a ida de milhares de judeus da Europa Ocidental para a América, a parte centro oriental comportaria desde então a maioria da população judaica, bem como todo o foco racista.
Os judeus ocidentais puderam se organizar melhor para promover as migrações e logicamente, criaram empreendimentos para tentar levar seus irmãos russos, poloneses, lituanos bem mais empobrecidos e vitimas de extrema intolerância, para tentarem uma chance no novo mundo.


Da Rússia Czarista a URSS
Pogrom de Bielostoky, no me dado ao que incutiu suas idéias xenófobas em certos pogrons anti-judaicos.

Centenas de pogrons contra os judeus foram iniciados e sustentados pelas Centuárias Negras, movimento sustentado por autoridades governamentais na Rússia e Ucraína. Uma breve versão dos Protocolos dos Doutos Anciãos de Sião foi publicada por Pavolackai Krushevan no seu jornal Znamya em St. Petersburgo. As aceitações da sua ficção pela polícia segreda do Czar, e mais tarde em outros países, provaram como o Antijudaísmo cristão tinha predisposto o povo a crer na mais fantástica propaganda antissemita.
S. A. Nilus publicou o texto inteiro dos Protocolos na terceira edição do seu livro O Grande e o Pequeno em St Petersburgo. G. Butmi publicou sua versão dos Protocolos de Sião, intitulado "Os Inimigos da Raça Humana em St. Petersburgo" (quatro edições em dois anos). (Veja também 1917 e 1939).

Pogrom de Chisinau, Moldávia, que deixou 49 judeus mortos.

Até o inicio da grande guerra os judeus adolescentes eram incorporados ao exercito czarista para facilitar sua assimilação pelo cristianismo. E os que não colaborassem eram atormentados e por vezes desapareciam das fileiras militares. As leis antijudaicas foram abolidas em 1914, para que judeus agora pudessem lutar para a Santa Mãe Rússia na Primeira Guerra Mundial, e assim evitar o êxodo auto imposto a muitas famílias para com seus filhos no exterior, dos quais a maioria não retornava ao pais, em especial a região da Bessarabia e Ucrânia.
Pogrom de Odessa

Mas em 1915 o grã-duque Sergei, comandante-em-chefe dos exércitos russos, decretou a recolocação de todos os judeus num campo de refugiados,pois temiam que tomassem partido com os alemães. 600.000 foram transportados à força ao interior da Rússia. Cerca e 100.000 deles morreram de abandono às intempéries e pela inanição.

Em 1918 no pós revolução Russa, foram afogados no mar em Ialta cerca de 900 judeus, pelas mãos de antissemitas. Em Sebastopol (Crimeia) todos os líderes judeus foram assassinados.

Entre 1918 e 1921 durante os conflitos internos entre Mencheviques e Bolcheviques na então URSS, a violência sairia das mãos de um imperador despótico para o soviet supremo e dos aliados vencedores da grande guerra.

Uma manifestação de "Agudath Israel" em Pinsk.

Aproximadamente 200.000 judeus sofreram morte violento durante a fratricida guerra civil da Rússia e da guerra russo-polonesa em 1920. Era os conflitos principalmente na Ucraína, mas também ocorreram massacres em massa de judeus em Minsk, Pinsk e Vilna pelo exército polonês (documentado pelo governo dos EUA) e em Yekaterinburg, Sibéria.



Vilna.

Em julho de 1919, mais que 2.000 judeus foram massacrados pelo Exército Branco sob o almirante Kolchak. Os judeus foram acusados pelos bolcheviques de serem capitalistas e opostos a eles, e pelos Brancos de serem comunistas. Sofreram mais pelos Brancos, que não fizeram diferença entre eles e os Vermelhos. Lêmin proscrevia pogrons, mas o tratamento melhor que os judeus recebiam dos Vermelhos dava mais prova aos Brancos de que os judeus eram comunistas. Torturas terríveis e massacres aconteceram na Ucraína sob o general Denikin, cujo Exército Branco no sul da Rússia era armado e financiado principalmente pelos aliados, geralmente auxiliado pela armada britânica.

Aleksandr Kolchak.

Os pogroms continuaram na URSS, avançando entra as décadas de 20 e 30. Agora não somente nos países eslavos como a Polônia, mas cresceriam e saíram das fronteiras europeias da Romênia, Hungria, Grécia indo para o novo mundo como no México.

No ano de 1936, durante os expurgos de Stalin, muitos judeus perderam suas vidas na URSS. O Cardeal Hloud, o primaz da Polônia, numa carta pastoral, exortou os católicos a boicotarem negócios judaicos pela certeza de estarem ligados aos comunistas soviéticos.


Do Império Alemão ao III Reich


O alemão Werner Sombart publicou seu livro em 1911 O Judeu e o Moderno Capitalismo (Der Jude und der moderne Kapitalismus). Afirma que Judaísmo e capitalismo são praticamente sinônimos. Declarou: Interesses intelectuais e habilidade intelectual são mais fortemente desenvolvidos nele (no judeu) que forças físicas (manuais). (Compare 1881, onde Duhring declarara exatamente o contrário).

Primeiro discurso Hitler. 

Hitler fez o seu primeiro discurso importante contra os judeus em 13 de agosto de 1920, exigindo que se tirasse deles todos os seus direitos. Em distúrbios de Berlim e Munique, os judeus foram culpados por Alemanha ter perdido a guerra.

Os Protocolos dos Doutos Anciãos de Sião foram primeiramente publicados na Inglaterra. Entre 1920 e 21 Gottfried zer Beek (Ludwig Müller) os publicou em alemão, onde  alcançaram seis edições.(falaremos mais no final do artigo)

Walther Rathenau

Em 1922 o ministro do Exterior da Alemanha, Walther Rathenau (o primeiro judeu a ocupar esse cargo), foi assassinado por um antissemita. Apartir deste ato se iniciava o ataque á cemitérios judaicos e sinagogas que foram profanados.

Mein Kampf

Hitler publicou seu Mein Kampf (Minha Luta) em 1925: Se, com a ajuda do seu credo marxista, o judeu está vitorioso sobre outros povos do mundo, sua coroa será a grinalda funeral da humanidade… Hoje creio que estou agindo de acordo com a vontade do Criador Onipotente: defendendo-me contra o judeu, luto pela obra do Senhor.

Queima de livros ligados a judeus por Hitler.

O partido Nazista assume o poder total em 1933, na figura de Adolf Hitler. Milhares de obras de pensadores judeus são queimados nas ruas de Berlim, o medo se instaura nas comunidades Judaicas por toda a Alemanha. Segundo Hitler, ele iria purificar o povo ariano alemão dos cidadão de segunda classe. Afirmou o inicio do III Reich.

Império britânico

Declaração de  Balfour.

Na Declaração Balfour, em meados dos anos 20 a British Foreign Secretary (Ministério do Exterior Britânico) declarou a Palestina como sendo o lar nacional (national home) para os judeus. As nações árabes protestaram. Os Protocolos dos Doutos Anciãos de Sião foram primeiramente publicados na Inglaterra, e depois na Alemanha, também na França, Estados Unidos e Polônia

Protocolos dos Sábios de Sião em árabe.

Após a Revolução Russa de 1917, os bolcheviques, cujo partido foi criado por Vladimir Lênin, e que tinha entre suas fileiras membros judeus, conseguiu o controle do processo revolucionário. Os inimigos do bolchevismo fugiram daquele país como refugiados políticos, levando consigo cópias dos Protocolos dos Sábios de Sião para países do Ocidente. Logo após, passaram a circular traduções do mesmo pela Europa, Estados Unidos, América do Sul e Japão. A primeira tradução para o idioma árabe apareceu na década de 1920

EUA

Imigrantes judeus da Europa Oriental.

Lar de milhões de judeus imigrados e agora nativos, os Estados Unidos mudariam sua politica de portas abertas no inicio do secul XX o que afetaria a tentativa de fuga dos judeus, principalmente do leste europeu. Mudariam a rota para a américa do sul em especial Argentina e Brasil.

. Aproximadamente 1.450.000 judeus imigraram nos Estados Unidos num período de cerca de 30 anos. Para frear a imigração, o presidente Harding e o Congresso rescreveram as leis, limitando a imigração por nacionalidade por ano a três por centos do número das pessoas dessa nacionalidade já nos Estados Unidos no censo de 1910.

Reunião da Ku Klus Klan em 1924

Os Protocolos de Sião foram publicados também na França, Estados Unidos e Polônia. O Retorno à Normalidade do pós primeira guerra reviveu o Ku Klux Klan nos Estados Unidos. na seita sulista norte americana inicialmente focava seu ódio derrotista da guerra da secessão nos escravos negros, como fonte da disputa. Após 1918 incorporaria o sentimento xenófobo a outras "raças" em especial aos judeus, pois estes "desejavam" dominar os EUA seguindo a linha dos protocolos de Sião. Como consequência uma série de restrições de todas as espécies foram impostas na gente de descendência hebraica Outra severa restrição de imigração foi legislada em 1924.



Seguindo os passos americanos, novos grupos antijudaicos formaram-se pela América do norte com relatos no México, e Canadá. Na América do Sul vemos movimentos não tão radicais mas em geral associado aos imigrantes europeus, em especial pelos de origem alemã, onde o antissemitismo era espalhafatoso em muitos magazines e jornais. No sul do Brasil criou-se o movimento Integralista de cunho fascista, que lançou cartilhas com a mensagem dos protocolos de Sião, como base de seus artigos.


Gustavo Adolfo Luiz Guilherme Dodt da Cunha Barroso foi um dos líderes nacionais da Ação Integralista Brasileira e um dos seus mais destacados ideólogos divulgadores.

No Brasil, os movimentos de extrema direita se aliarem ao preconceito religioso tão em evidencia no início do seculo XX no país. Em geral, com raros relatos obtidos na literatura da época e de imigrantes judeus, o tratamento dado aos imigrantes era até acolhedor. Atos de intolerância, quando ocorriam eram em colonias alemãs, possivelmente devido a difusão dos textos antissemitas em suas comunidades. Dos brasileiros nativos, o relacionamento beirava a indiferença, e em muitos casos, como é tipico no pais, ocorreu um sincretismo mesmo que superficial entre as culturas.

A palestina

Kibutz em Nazaré no ano de 1920.

Durante anos a população judaica de emigrados exilados principalmente do leste europeu aumentara substancialmente. Terras eram adquiridas a preços elevados, bem como em áreas pantanosas e desérticas. Basicamente mediante superação em baixo de superação, fizeram florescer lavouras, pastos e toda uma agricultura, em assentamentos onde luxo era comer aveia no café da manhã como e relatado na biografia de Golda Meier. Até este momento o movimento sionista estava de mãos dadas com o império britânico nos assentamentos.


Jerusalém em 1932.

Tudo mudaria durante o ano de 1936, quando palestinos árabes rebelam-se contra o Sionismo, motivados pela decisão anterior britânica de oferecer aos judeus terras árabes, isso uma década antes.
Cerca de meio milhão de judeus já haviam sido assentados na Palestina. Milhares fugidos dos regimes ditatoriais e despóticos viajavam de qualquer jeito. Os do Leste Europeu até a pé fizeram a marcha. Quando o numero de judeus chegara próximo ao dos palestinos ali residentes os britânicos tentaram bloquear o fluxo de imigração e negociar com organizações paramilitares judaicas. O fora criado pelos mandatários da palestina em concordância com os alarmados árabes o “Livro Branco”. Este impediria a criação de um Estado judeu, mas sim um estado palestino de maioria árabe.

Os protocolos dos Sábios de Sião, a base do antissemitismo moderno.


Ainda na atualidade, é fonte de informação para aqueles que são antissemitas.

A obra literária “Os Protocolos dos Sábios de Sião” é a publicação antissemita mais famosa e divulgada da época contemporânea. A fraude embora repetidamente desmentida por estudiosos e autoridades continua a circular até os dias atuais, principalmente com o advento da Internet.



Sergei Nilus.
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Em 1903, o jornal russo Znamya,(A Bandeira), publicou, de forma seriada trechos dos Protocolos,  o que gerou muitos atos violentos contra os judeus. Esta é a versão que perdura até hoje e que foi traduzida para dezenas de idiomas. Em 1905, os protocolos foram publicados como um apêndice ao texto do escritor e místico russo Sergei Nilus, o texto fora intitulado “Os Grandes e os Pequenos: A Vinda do Anticristo e o Domínio de Satã na Terra”.

Mesmo que não se conheça a origem exata dos Protocolos, o que importa é sua intenção de falsamente retratar os judeus como conspiradores contra o Estado moderno. O texto contém 24 capítulos, ou “protocolos”, que são apresentados como se fossem atas de encontros entre líderes judeus, denominados os “sábios de Sião “e descrevem planos secretos judaicos para controlar o mundo através da manipulação da economia, controle dos meios de comunicação, e estímulo a conflitos religiosos”“.


O jornal The Dearborn Independent, de propriedade do magnata dos automóveis, Henry Ford, a partir de 1920 iniciou a publicação de uma série de artigos baseados em trechos dos Protocolos. Posteriormente, Ford os publicou em um livro intitulado “O Judeu Internacional”, o qual foi traduzido para, pelo menos, 16 idiomas. Tanto Adolf Hitler quanto Joseph Goebbels, que mais tarde se tornou Ministro da Propaganda Nazista, elogiariam Ford por seu trabalho.

A Fraude Exposta

Maurice Joly

Em 1921, o jornal londrino Times desmascarou Os Protocolos, apresentando provas conclusivas de que ele não passava de um plágio grosseiro, copiado em grande parte de uma sátira política contra Napoleão III, escrita pelo francês Maurice Joly em 1864, e intitulada “O Diálogo no Inferno entre Maquiavel e Montesquieu”, e esta obra sequer mencionava os judeus. Outras investigações revelaram que um capítulo do romance Biarritz, escrito pelo prussiano Hermann Goedsche em 1868, também mesmo que não intencionalmente inspirou a invenção dos Protocolos.

 O romance Biarritz, escrito pelo prussiano Hermann Goedsche sob o pseudônimo de John Retcliffe.


Em 1964, o Senado dos Estados Unidos, após cuidadoso estudo, divulgou um relatório declarando que Os Protocolos haviam sido inventados e que seu conteúdo era formado por "um palavrório incoerente", criticando aqueles que o vendiam de porta em porta, usando a mesma técnica propagandista de Hitler.

Em 1993, uma corte judicial russa emitiu uma sentença contra a Pamyat, organização nacionalista de extrema direita, por haver a mesma cometido ato antissemita ao publicar Os Protocolos de Sião.

Os Protocolos Hoje

Mesmo sendo uma grotesca fraude, os ideias da nova ordem mundial sob domínio econômico judaico é visto como uma verdade por muitos.

De acordo com o Relatório sobre o Antissemitismo no Mundo, elaborado por especialistas do departamento de Estado Norte-Americano em 2004, "o propósito óbvio dos Protocolos é incitar o ódio contra os judeus e o estado de Israel".

Tanto nos Estados Unidos quanto na Europa, os grupos neonazistas, que são partidários da supremacia branca e negam a existência do Holocausto, apoiam e distribuem Os Protocolos. Muitos outros livros que se baseiam nestes escritos encontram-se disponíveis em todo o mundo, até mesmo em países que não possuem população judaica, como é o caso do Japão.

Os protocolos de sião são currículo escolar em alguns países árabes.

Tantos nos países árabes quanto islâmicos, os livros escolares ensinam Os Protocolos de Sião como se fossem um fato histórica. Inúmeros discursos políticos, editoriais, e até mesmo desenhos infantis, têm sua origem em leituras dos Protocolos. O tema é tão divulgado que, por exemplo, em 2002 um canal patrocinado pelo governo egípcio exibiu uma minissérie baseada nos Protocolos, mostrando, com cenas grotescas e violentas, fato este, que foi condenado pelo Departamento de Estado Norte-Americano. A organização palestina Hamas apoia-se parcialmente nos Protocolos para justificar seu terrorismo contra civis israelenses. Resumindo, um boato maldoso, virou uma ideia e uma ideia um ideal e um ideal tornou-se um fato ao mudar a “verdade” de uma geração inteira.



A Era Nazista


Campos de extermínios

Alfred Rosenberg, ideólogo do Partido Nazista, apresentou uma cópia dos infelizmente já famosos Protocolos de Sião a Adolf Hitler no início da década de 1920, período em que o futuro líder nazista desenvolvia sua visão do mundo. Em alguns de seus primeiros discursos políticos, e ao longo de sua vida, Hitler fez referência aos Protocolos, explorando o mito de que os "judeus bolcheviques" conspiravam para dominar o mundo.
A versão de Ludwig Müller dos Protocolos dos Doutos Anciãos de Sião chegou a ser a versão oficial dos nazistas em 1929.


 Ludwig Müller.

Müller alemão protestante que chefiou os "cristãos alemães" (Deutsche Christen) e mais tarde tornou-se Bispo da Igreja do Reich. Ele apoiava o cristianismo positivo, e o revisionismo que considerava Jesus Cristo como sendo ariano e depurava o cristianismo em sua forma atual por considerá-lo "ter sido corrompido pelos judeus".

Os Protocolos teve papel de destaque no arsenal de propaganda nazista, e o Partido Nazista publicou pelo menos 23 edições dos Protocolos. Após os nazistas alcançarem o poder na Alemanha, em 1933, algumas escolas passaram a usar Os Protocolos para doutrinar seus estudantes.

Antes de eclodir a segunda guerra mundial, em 1935, uma corte judicial suíça multou dois líderes nazistas por distribuírem uma edição em alemão dos Protocolos em Berna. O juiz que presidia o tribunal declarou que o conteúdo daquele livro era "difamatório", "falsificação óbvia" e com "absurdos sem sentido".

A noite dos cristais.

Mais tarde Hitler anunciava: "o extermínio dos judeus será minha prioridade ao assumir o poder. Eles não sabem protegerem-se a si mesmos e ninguém vai apresentar-se como seu protetor". Em 1938 aconteceu a chamada "Noite dos Cristais" na Alemanha, quando 191 sinagogas e inúmeras instalações judaicas foram destruídas, 91 judeus foram assassinados e 30.000 arrastados para campos de concentração.

A segunda Grande Guerra

Einsatzkommandos.

O início da Segunda Guerra Mundial entre 1939 e 1941 trouxe uma mudança da política de emigração para a de exterminação. Milhares de judeus foram arrebanhados pelos comandos de ação (Einsatzkommandos) da SS atrás da frente alemã que avançava e fuzilados ou levados a campos de concentração na Polônia. A GESTAPO (Geheime Staatspolizei = Polícia Secreta do Estado) arrebanhava judeus, ciganos, Testemunhas de Jehovah, comunistas, homossexuais e outros, e os pôs em campos.



Em 20 de janeiro, a conferência de dezasseis oficiais nazistas de alto patente em Berlim, Wannsee planejou a solução final, a completa exterminação da Judiaria Européia.

1942 – 1945

Auschwitz

Aproximadamente seis milhões de judeus, entre eles cerca de um milhão de crianças, foram mortos em campos especiais de extermínio, todos situados na Polônia, que estava ocupada pelo exército alemão. O mais proeminente desses campos era Auschwitz. Holocausto é um termo bíblico que significa oferta queimada. O povo judaico se refere a esse evento mais devastador da sua história como à Shoáh.

Assassinatos coletivos eram metodos usuais das tropas da SS.

Muitas Igrejas cristãs na Alemanha idealizavam Hitler como herói nacional. Algumas outras lhe resistiram. Mas a Cristandade como um todo falhou miseravelmente no resistir ao mal feito aos judeus e a outras minorias. E quando judeus refugiados bateram nas portas das nações opostas aos nazistas, esses refugiados foram rejeitados.

Sobreviventes do Holocausto ao serem encontrados pelas tropas aliadas.

Por todo o mundo ocidental, todas as denominações ficavam caladas, enquanto os judeus necessitavam de ajuda, sendo quase sempre massacrados. O Holocausto é, portanto, também a culminação do Antijudaísmo cristão desde o inicio da era cristã até o século XX. O seu próprio ato de ensinar o Antijudaísmo paralisava os cristãos de agirem apropriadamente, não conseguiam separar o fator religioso do fator humano. Quantas seculares forças cristãs se abstiveram em prol de atos anticristãs e pagãos, assumiram a linguagem contra os Judeus dentro do próprio seio, dentro de suas próprias construções, levando este à mortífera conclusão. No início havia a palavra e atos antijudaicos – no fim a Solução Final e o extermínio frio e calculado de uma etnia e credo religioso de um continente inteiro.



O voo da Fênix -  A criação do Estado de Israel




Milhões de judeus foram exterminados nos campos de concentração durante a Segunda Guerra Mundial. Os sobreviventes foram alocados pelos aliados em novos campos, só que agora de refugiados. Os judeus olhavam temerosos para os Russos e Alemães, e com tristeza e indignação para com os Franceses, ingleses e Americanos devido a sua apatia. Não queriam mais permanecer naquele local de imensuráveis tristezas. Milhares de sobreviventes se atiraram ao tudo ou nada para ir a onde lhes protegeriam efetivamente, onde estava seu povo, este caminho era a Palestina.


Navio Exoudus com sobreviventes do holocausto que fugiram dos campos de refugiados na Europa do pós guerra.

Imigrantes e refugiados iam apinhados em navios, trens e mesmo em caravanas e marchas para a terra Santa. O governo inglês não aceitou muito bem este novo êxodo e procurou barrar de toda e qualquer forma novos imigrantes em receio a criar inimizade com os árabes.


Ataque sionista a aldeia palestina de Deir Yassin marcava o final de o ideário de povo oprimido intitulado sempre aos judeus.

Por ironia do destino, os primeiros ataques terroristas em Jerusalém foram o de grupos extremistas judaicos com finalidade de desestabilizar o governo mandatário. Tentavam com unhas e dentes manter o plano de criação de um estado Judaico na região.  Se não em toda palestina ao menos em parte dela.



Manchetes de todos os veículos de comunicação, a Independência de Israel.

Depois da aceitação na ONU por parte da Franca, EUA e URSS, abstenção da Índia e China, o voto contrario britânico e dos países da liga  árabe, estava autorizado a criação do estado de Israel. No que a Inglaterra terminou seu mandato na região, e no prazo oficial o estado judaico  fora criado. A alegria mal durou a noite, pois os árabes atacaram. Os conflitos e a resistência desesperada judaica, aliada ao incremento de 100 mil refugiados vindos do Chipre tornaram um caos o sistema interno do novo país.



Movimentos de guerra.

Em uma guerra amplamente desfavorável quase um ano, foi visto que os instintos de sobrevivência dos Israelenses os fizeram sair vitoriosos. O custo fora alto em vidas e a um novo êxodo, o de 100 000 palestinos árabes, migrando a força e muitos sendo coagidos ou mortos na ida para os campos de refugiados na Cisjordânia, Os Judeus haviam cansado de ser o bode expiatório dos pecados do mundo por quase 3000 anos, e desta nova posição decidiram não serem mais a s vitimas... mas essa e outra historia que contarei no devido tempo.

Vitoria de Israel sobre a liga árabe.

O restabelecimento do moderno Estado de Israel, o intitulado “verdadeiro lar espiritual do povo judeu”, depois de quase dois mil anos em domínio estrangeiro estava terminado. A diáspora principal terminou em 1948, com a tomada da Palestina. O estado Judaico ainda veria sua população aumentar exponencialmente, com as levas de imigrantes de todo o mundo. Isso abrandaria somente 20 anos depois da independência.



No ano de 1996, estimou-se que havia seis milhões de judeus vivendo em Israel, cerca de 5,5 milhões nos Estados Unidos, 400000 na França, 380000 no Canadá, 375000 no Reino Unido, 190000 na Rússia, 180000 na Argentina, 120000 na Alemanha, 110000 no Brasil e 70000 no Chile.


Membros da Neturei Karta durante manifestação pacifista de apoio ao Líbano e à Palestina, em Trafalgar Square (julho de 2006).

Mesmo entre os judeus a criação do Estado de Israel não e unanimidade. As visões a respeito da diáspora (tefutzah) se misturam. Enquanto boa parte dos judeus apoia o sionismo (retorno a Israel), a outros,  uma minoria denominada Neturei Karta, além de pequenos grupos não radicais que não aceitam o atual Estado Judaico... uma oposição ao conceito de moderna nação como um Estado democrático secular, e acreditam que esta só poderá existir após a chegada do Messias.


Movimentos antissemitas ainda persistem.

Movimento moderno antissemita pela libertação da Palestina.

Com a virada do século XXI, vimos surgir por todo mundo grupos xenófobos e antissemitas por todo o mundo. Europa e América do Norte lideram o ranking com mais de 400 grupos do gênero. Na Europa centro e norte ao o ressurgimento do ideal da supremacia ariana e bolsões Nazistas.

Destruição de cemitérios judaicos no século na primeira década do XXI.

Esses grupos estão em plena ascensão devido as ondas migratórias de refugiados semitas...desta vez árabes... e sua visão própria de sociedade. Passeatas, confrontos e ataques são tolerados em prol da democracia e da liberdade de expressão. Os dirigentes no entanto se esquecem menos de 80 anos depois que a pensamentos que podem e vão virar atos e os atos em violência contra aquilo que alguns indivíduos consideram inaptos e nocivos a sua forma de viver.



Fontes de conteúdo dos quatro Tomos sobre o Bode Expiatório.

INPR-Texto inglês em A Short Review of a Troubled History, by Fritz B. Voll
See also: Paul E. Grosser and Edwin G. Halperin, Anti-Semitism: The Causes and Effects of a Prejudice. Secaucus, NJ: Citadel Press, 1979 (1976) / Don Mills, Ontario: George J. McLeod Ltd. and bibliography.

Schweidson-Jacques: Judeus de Bombachas e Chimarrão.

Eban-Abba-A História do Povo de Israel;o livro possui 456 páginas mais 27 páginas de um glossário etimológico de nomes da história judaica, por Salomão Serebrenick. Edições Bloch, Rio de Janeiro, 1975;

Sirkin-Marie: Livro Golda Meir Golda Meir.1975

Ebbam-Abba: História do Povo de Israel; 1969. um glossário etimológico de nomes da história judaica, por Salomão Serebrenick.

Phillips; Ellen-A Marcha do Islã 600-800-Coleção Historia Em Revista. . Ano: 1992 Editora: Abril Livros-Time Life
Phillips; Ellen-Campanhas Sagradas Ano 1100 a 1200-Coleção Historia Em Revista. . Ano: 1992 Editora: Abril Livros-Time Life 


Fonte : INPR -Texto inglês em A Short Review of a Troubled History, by Fritz B. Voll 
See also: Paul E. Grosser and Edwin G. Halperin, Anti-Semitism: The Causes and Effects of a Prejudice. Secaucus, NJ: Citadel Press, 1979 (1976) / Don Mills, Ontario: George J. McLeod Ltd. and bibliography.

Lorenz , Charles Adams-For Good and Evil: The Impact of Taxes on the Course of Civilization Books.

www.morasha.com.br/comunidades-da...1/cordoba-berco-da-idade-de-ouro.html
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Inscripci%C3%B3n_en_hebreo_en_la_Sinagoga_de_C%C3%B3rdoba_(Espa%C3%B1a).jpg
https://www.esbocandoideias.com/2011/09/o-que-significa-bode-expiatorio-na-biblia.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_do_antissemitismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pogrom
http://www.morasha.com.br/comunidades-da-diaspora-1/a-cordoba-judaica.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Idade_de_Ouro_da_cultura_judaica_no_Al-Andalus
https://pt.wikipedia.org/wiki/Maim%C3%B4nides
http://www.morasha.com.br/historia-judaica-na-antiguidade/judeus-durante-a-primeira-cruzada.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_bizantino-sass%C3%A2nida_de_602%E2%80%93628
http://www.wikiwand.com/pt/Cruzada_Popular
http://apesardosopressores.blogspot.com/2013/01/eu-sou-um-judeu.html
http://www.sefaradi.com.br/historia.html

http://zivabdavid.blogspot.com/2012/11/os-sefarditas-no-imperio-otomano.html
http://culturahebraica.blogspot.com/2010/06/o-anti-semitismo-historico.html