São possivelmente os mais abundantes dos planetas da nossa galaxia devido justamente
a quantidade das suas estrelas mãe. Aqui reproduzimos o hipotético planeta Aurélia ou olho de Tigre, que se tornou real em 2014, o Gliese 581C. Aurélia, foi assim batizado, em homenagem ao documentario que tratava de um planeta fictício com as mesmas características.
A vida nestes
planetas como a conhecemos só seria possível em pequenas faixas entre as áreas limítrofes do dia e da noite.
Possuem condições de abrigar a vida, com tamanho,
massa e proximidade da estrela dentro da zona habitável, mas com duas ressalvas:
-Orbitam uma estrela anã vermelha na extremidade interior da zona habitável...
O problema desta localização, próxima da estrela,
como já observado, é que o planeta fica com o eixo de rotação lento, como Vênus
ou paralisado, ou seja, com a mesma face sempre voltada para a estrela, como Mercúrio. Assim o planeta
em questão mesmo tendo atmosfera e água em estado líquido, as possuiria propícias a vida como a conhecemos em zonas específicas, sendo o resto do planeta detentor de zonas climáticas extremas.
O lado oposto a estrela, passaria por um clima glacial imerso
numa noite eterna, o frontal a esta, teria um clima tórrido, longe mais agressivo que o deserto mais severo da terra, envolto num dia sem fim.
Se possuísse oceanos, estes seriam vaporizados na zona diurna em terríveis tempestades, e no lado noturno teríamos tempestades de neve e glaciares imensos.
A vida só poderia se originar, como a conhecemos, nas
zonas intermediarias entre o deserto escaldante e as geleiras congelantes.
Nesta zona haveria água em estado liquido e os ventos oriundos das regiões opostas
dosariam o clima, temperando-o!
Tempestades descomunais ocorreriam
periodicamente, mas geralmente seria um local acolhedor.
- Instabilidade estrelar
As estrelas anãs vermelhas, apesar de pequenas, e possuírem uma vida na sequencia principal extremamente longa, parecem possuir com bastante frequência tempestades solares. Estes picos de tempestades estrelares são muito mais
intensas e corriqueiros do que estrelas como o nosso Sol.
Instabilidades climaticas causadas pelas tempestades estelares frequentes
As tormentas estelares, poderiam destruir a vida fora do meio
liquido ou sem local de proteção, devido a radiação nestes períodos de instabilidade da estrela.
O planeta possivelmente não possuiria um campo
magnético devido a frenagem gravitacional, o que o tornaria indefeso as partículas do vento estelar.
-Ponto a favor.
Mesmo com a rotação congelada, o solo e atmosfera, assim mesmo, poderia ser renovado pelo vulcanismo e orogenia
corriqueiros como o ocorrido na Terra e em Vênus. Este por sinal mesmo tendo a rotação retrograda e muuuito lenta e não possuir magnetosfera, tem a atmosfera mais densa dos planetas telúricos do sistema Solar, justamente devido ao seu intenso vulcanismo.
Ao contrario do observado em nosso
planeta, não pelo núcleo em movimento, mas pela ação das marés gravitacionais gerados pela proximidade com a estrela mãe, se encarregariam de gerar elementos renováveis no solo e gases para a continuidade atmosférica. Temos exemplos clássicos no sistema solar dos satélites de grande massa próximos aos planetas gigantes, estes corpos tem uma orogenia sempre ativa mesmo em mundos congelados superficialmente como Encelados e Europa.