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terça-feira, 17 de outubro de 2017

TOMO XXXII - ANÉIS SIDERAIS

ANÉIS SIDERAIS

Anéis oriundos da nebulosa mãe da proto estrela no centro.
Os anéis no nosso espaço sideral chamam a atenção dos olhos apaixonados dos astrônomos desde a invenção do telescópio e constatar que um objeto no céu possa ter como no caso de saturno uma beleza exótica.
Com o desenvolvimento das lentes ópticas e de instrumentos fantásticos como o telescópio orbital Hubble. Por meio destas tecnologias verificamos que não só planetas poderiam ter anéis ao seu redor como também estrela e até mesmo asteroides. Adornos oriundo de partículas microscópicas que vão lentamente se aglomerando na forma de objetos estelares de maiores proporções ou sendo por fim dissipados no espaço cósmico. 
Veremos a seguir alguns destes fenômenos estelares.

Anéis de protoestrelas
São disco de poeira nebulosa se condensando através das forças gravitacionais para originar uma protoestrela e futuramente se for a matéria estelar tipo II um sistema planetário como o sistema solar.
Fases de formação de uma estrela.
Anéis em asteroides

Asteroide Chariklo

Ilustração mostra o sistema de anéis encontrado em torno do asteroide Chariklo em campanha de observação liderada pelo astrônomo brasileiro Felipe Braga-Ribas, do Observatório Nacional - 

Para obter a primeira imagem de anéis ao redor de um objeto estelar fora um planeta os cientistas tiram vantagem de um fenômeno conhecido como ocultação fenômeno semelhantes a um eclipse, as ocultações acontecem quando um objeto no Sistema Solar passa em frente a uma estrela distante do ponto de vista de um observador na Terra, fazendo com que ela se oculte e depois ressurja no céu.  A análise das observações, revelou que pouco antes e depois da ocultação da estrela por Chariklo seu brilho teve duas pequenas quedas, sinais de que mais algo tinha passado à sua frente. Diante disso e outras evidências, os cientistas acreditam que o asteroide tem não um, mas dois anéis, o maior com cerca de 6,6 km de largura e o menor, 3,4 km, separados por um vão de 8,7 km, que o astrônomo brasileiro Felipe Braga-Ribas, propôs serem batizados Oiapoque e Chui.

PLANETÁRIOS

Anéis de Júpiter
Visto pela sonda Voyager o anel de Júpiter, até então era invisível aos telescópicos óticos Terrestres. Somente no final do século XX com o Advento do telescópio orbital Hubble que foi possível verificar e analisar estes anéis que tanto diferem dos famosos anéis de saturno
 
Anéis de Júpiter vistos pela sonda Galileu 
Com as sondas atuais podemos ver mais detalhadamente estes anéis rarefeitos ao redor do gigante gasoso, e ao que parece ser uma constante entre estes astros frios do sistema solar.


Sistema de anéis jupiterianos 

A principal hipótese da formação dos anéis é da fragmentação de asteroides, cometas ou dos seus satélites que forma capturados e se aproximaram demais do gigante gasoso e acabaram por ser despedaçados pela fantástica gravidade emitida por este.

 


Anéis de Saturno


Sistema de anéis internos de Saturno
 
Os anéis de Saturno são constituídos essencialmente por uma mistura de gelo, poeiras e material rochoso. Se estendem a cerca de 280 mil quilômetros de diâmetro, não ultrapassam 1,5 km de espessura. A origem dos anéis é desconhecida. Originalmente pensou-se que teriam tido origem na formação dos planetas há cerca de 4 bilhões de anos, mas estudos recentes apontam para que sejam mais novos, tendo apenas algumas centenas de milhões de anos.
Alguns cientistas acreditam que os anéis se formaram a partir de uma colisão que ocorreu perto do planeta ou com este por um objeto ou objetos com massa próxima de Titã. Pensa-se que os anéis de Saturno desaparecerão um dia, cerca de 100 milhões de anos, pois vão sendo lentamente puxados para o planeta.

  
Os anéis D, E e G são os mais tênues.

Os anéis podem mudar de cor. Tem um número elevado de satélites, 61 descobertos até então, e está cercado por um complexo de anéis concêntricos, composto por dezenas de anéis individuais separados por intervalos, estando o mais exterior destes situado a 138 000 km do centro do planeta geralmente compostos por restos de meteoros e cristais de gelo. Alguns deles têm o tamanho de uma casa.
Anel F.    O brilhante anel F 
Saturno possui o mais belo exemplar de sistema de anéis do sistema solar. São extremamente finos mais amplos, com menos de 01km de espessura mas se estende por 420 000 km além da superfície do planeta.
Os anéis A,B e C são suficientemente brilhantes para serem visto da Terra por meio de um binóculo.
 
Anéis a 100000km de distância.

Os anéis principais são compostos de gelo, formados por milhares de anéis menores, que variam de partículas de poeira a blocos de vários metros de diâmetro.
Anéis a 1000Km de distância


Anéis de Urano
Variação sazonal Urano em 2005. Anéis, colar sul e nuvens brilhantes no hemisfério norte são visíveis (imagem da Advanced Camera for Surveys do Hubble).
Urano apresenta onze anéis compostos de rochas entremeadas por faixas de poeira. Os anéis são compostos pela matéria mais escura do sistema solar e extremamente estreitos.
                 
Nove dos anéis de Urano não passam de 10 km de largura, bem diferente dos vistos em Saturno.

Anéis de Netuno
Possui quatro grupos principais de anéis bem mais tênues que os de Saturno.
O mais afastado do planeta tem por nome de Adams, o mais largo logo a seguir se chama Planalto, o terceiro junto ao Planalto estreito porem mais denso que este se chama Le Verrier e o ultimo também largo se chama Galle.


Os tênues anéis de Netuno
Aspecto dos anéis em objetos de sistemas planetários de grande diâmetro
O efeito de satélites em manter os bordos de um anel de poeira bem nítidos foi visto pela primeira vez quando a sonda espacial Voyager voou sobre Saturno e obteve imagens detalhadas do sistema de anéis deste planeta. Ainda noutro exemplo do nosso Sistema Solar, um dos anéis do planeta Urano está claramente confinado pelos satélites Cordélia e Ofélia. Os satélites que confinam os anéis destes planetas popularmente  são chamados “luas pastoras”.
No caso do recente caso de anéis ao redor de um asteroide a causa mais provável é do choque de meteoros de diminutas dimensões contra o de porte maior, pulverizando os primeiros e ejetando partículas de poeira para o espaço ao redor do objeto maior. 
A força gravitacional do asteroide, dependendo de sua composição, mesmo que fraca, acaba por atrair estas partículas a rotação do objeto circundando-o. Por fim provavelmente acabarão por se dissipar pela orbita do asteroide ou cair sobre a superfície deste e acrescer o seu volume.
Recentemente do mesmo modo que os observadores do Telescópico ALMA propõem um anel em torno do sistema estelar de Fomalhaut. Analises posteriores culminaram por afirmar correta esta afirmativa. Este anel se situaria numa zona muito fria da estrela, onde hoje para nos estaria a nuvem de Oort, o que poderia dar uma ideia de como seria a aparência do sistema solar em seus primórdios.


Anel estelares
 Anel estelar de poeira que orbita o sistema de Fomalhaut

As imagens ALMA extremamente nítidas de um disco, ou anel, de poeira que orbita o sistema estelar de Fomalhaut, situada a cerca de 25 anos-luz da Terra, e ajuda a resolver uma controvérsia que se gerou entre os primeiros observadores deste sistema. As imagens ALMA mostram que tanto as bordas interiores como as exteriores do disco de poeira fino estão muito bem delineadas. Este facto, combinado com simulações de computador, levou os cientistas a concluir que as partículas de poeira permanecem no interior do disco devido ao efeito gravitacional de dois planetas - um mais próximo da estrela do que o disco e outro mais distante.

Os planetas do sistema Fomalhaut possuem dimensões  entre Marte á algumas vezes o tamanho da Terra.

Os seus cálculos também indicam o tamanho provável dos planetas - maiores que Marte mas não maiores que algumas vezes o tamanho da Terra. Estes valores são muito mais pequenos do que os astrônomos tinham inicialmente pensado. Em 2008, o Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA revelou o planeta interior, que na altura se pensou ser maior que Saturno, o segundo maior planeta do Sistema Solar. No entanto, observações posteriores com telescópios infravermelhos não conseguiram detectar o planeta.

 As observações do ALMA, a comprimentos de onda maiores que o visível, traçam os grãos de poeira maiores - com cerca de 1 milímetro de diâmetro - que não são deslocados pela radiação estelar. Estes grãos revelam de modo claro as bordas nítidas do anel, que em tamanho é mais ou menos 16 vezes a distância entre o Sol e a Terra, e a sua espessura é apenas um sétimo da largura.

O anel encontra-se a uma distância da estrela de cerca de 140 vezes a distância Terra-Sol, Plutão encontra-se cerca de 40 vezes mais afastado do Sol do que a Terra, o que faz do pequeno tamanho dos planetas próximos do anel, aliados à sua grande distância da estrela os mais frios alguma vez encontrados a orbitar uma estrela normal.

*O observatório Atacama Large Millimeter/submillimeter Array  de sigla ALMA, na época deste artigo, ainda estava em construção.