ANÉIS
SIDERAIS
Os anéis no nosso espaço sideral chamam a
atenção dos olhos apaixonados dos astrônomos desde a invenção do
telescópio e constatar que um objeto no céu possa ter como no caso de saturno
uma beleza exótica.
Com o desenvolvimento das lentes ópticas e de
instrumentos fantásticos como o telescópio orbital Hubble. Por meio destas
tecnologias verificamos que não só planetas poderiam ter anéis ao seu
redor como também estrela e até mesmo asteroides. Adornos oriundo de
partículas microscópicas que vão lentamente se aglomerando na forma de
objetos estelares de maiores proporções ou sendo por fim dissipados no
espaço cósmico.
Veremos a seguir alguns destes
fenômenos estelares.
Anéis de
protoestrelas
São disco de poeira nebulosa se condensando através das forças
gravitacionais para originar uma protoestrela e futuramente se for a matéria
estelar tipo II um sistema planetário como o sistema solar.
Fases de formação de uma estrela.
Anéis em asteroides
Asteroide Chariklo
Ilustração mostra o
sistema de anéis encontrado em torno do asteroide Chariklo em campanha de
observação liderada pelo astrônomo brasileiro Felipe Braga-Ribas, do
Observatório Nacional -
Para obter a primeira imagem de anéis ao redor de um objeto
estelar fora um planeta os cientistas tiram vantagem de um fenômeno conhecido
como ocultação fenômeno semelhantes a um eclipse, as ocultações acontecem
quando um objeto no Sistema Solar passa em frente a uma estrela distante do
ponto de vista de um observador na Terra, fazendo com que ela se oculte e
depois ressurja no céu. A análise das
observações, revelou que pouco antes e depois da ocultação da estrela por
Chariklo seu brilho teve duas pequenas quedas, sinais de que mais algo tinha
passado à sua frente. Diante disso e outras evidências, os cientistas acreditam
que o asteroide tem não um, mas dois anéis, o maior com cerca de 6,6 km de
largura e o menor, 3,4 km, separados por um vão de 8,7 km, que o astrônomo
brasileiro Felipe Braga-Ribas, propôs serem batizados Oiapoque e Chui.
PLANETÁRIOS
Anéis de Júpiter
Visto
pela sonda Voyager o anel de Júpiter, até então era invisível aos telescópicos
óticos Terrestres. Somente no final do século XX com o Advento do telescópio
orbital Hubble que foi possível verificar e analisar estes anéis que tanto
diferem dos famosos anéis de saturno
Com as sondas atuais podemos ver mais detalhadamente estes anéis
rarefeitos ao redor do gigante gasoso, e ao que parece ser uma constante entre
estes astros frios do sistema solar.
Sistema de anéis jupiterianos
A principal hipótese da formação dos anéis é da fragmentação de asteroides, cometas ou dos seus satélites que forma capturados e se aproximaram demais do gigante gasoso e acabaram por ser despedaçados pela fantástica gravidade emitida por este.
Anéis
de Saturno
Sistema
de anéis internos de Saturno
Os anéis de Saturno
são constituídos essencialmente por uma mistura de gelo, poeiras e material
rochoso. Se estendem a cerca de 280 mil quilômetros de diâmetro, não
ultrapassam 1,5 km de espessura. A origem dos anéis é desconhecida. Originalmente
pensou-se que teriam tido origem na formação dos planetas há cerca de 4 bilhões
de anos, mas estudos recentes apontam para que sejam mais novos, tendo apenas
algumas centenas de milhões de anos.
Alguns
cientistas acreditam que os anéis se formaram a partir de uma colisão que
ocorreu perto do planeta ou com este por um objeto ou objetos com massa próxima de Titã. Pensa-se que os anéis de Saturno
desaparecerão um dia, cerca de 100 milhões de anos, pois vão sendo lentamente
puxados para o planeta.
Os anéis
D, E e G são os mais tênues.
Os
anéis podem mudar de cor. Tem um número elevado de satélites, 61 descobertos
até então, e está cercado por um complexo de anéis concêntricos, composto por
dezenas de anéis individuais separados por intervalos, estando o mais exterior
destes situado a 138 000 km do centro do planeta geralmente compostos por
restos de meteoros e cristais de gelo. Alguns deles têm o tamanho de uma casa.
Saturno
possui o mais belo exemplar de sistema de anéis do sistema solar. São extremamente
finos mais amplos, com menos de 01km de espessura mas se estende por 420 000 km
além da superfície do planeta.
Os anéis
A,B e C são suficientemente brilhantes para serem visto da Terra por meio de um
binóculo.
Anéis a
100000km de distância.
Os anéis
principais são compostos de gelo, formados por milhares de anéis menores, que
variam de partículas de poeira a blocos de vários metros de diâmetro.
Anéis a
1000Km de distância
Anéis de Urano
Variação
sazonal Urano em 2005. Anéis, colar sul e nuvens brilhantes no hemisfério norte
são visíveis (imagem da Advanced Camera for Surveys do Hubble).
Urano
apresenta onze anéis compostos de rochas entremeadas por faixas de poeira. Os
anéis são compostos pela matéria mais escura do sistema solar e extremamente
estreitos.
Nove dos
anéis de Urano não passam de 10 km de largura, bem diferente dos vistos em
Saturno.
Anéis de Netuno
Possui
quatro grupos principais de anéis bem mais tênues que os de Saturno.
O mais
afastado do planeta tem por nome de Adams, o mais largo logo a seguir se chama
Planalto, o terceiro junto ao Planalto estreito porem mais denso que este se
chama Le Verrier e o ultimo também largo se chama Galle.
Aspecto dos anéis em objetos de sistemas
planetários de grande diâmetro
O efeito de satélites em manter
os bordos de um anel de poeira bem nítidos foi visto pela primeira vez quando a
sonda espacial Voyager voou sobre Saturno e obteve imagens detalhadas do
sistema de anéis deste planeta. Ainda noutro exemplo do nosso Sistema Solar, um
dos anéis do planeta Urano está claramente confinado pelos satélites Cordélia e
Ofélia. Os satélites que confinam os anéis destes planetas popularmente são chamados “luas
pastoras”.
No caso do recente caso de anéis
ao redor de um asteroide a causa mais provável é do choque de meteoros de
diminutas dimensões contra o de porte maior, pulverizando os primeiros e
ejetando partículas de poeira para o espaço ao redor do objeto maior.
A força gravitacional do asteroide, dependendo de sua composição, mesmo que fraca, acaba por atrair estas partículas a rotação do objeto circundando-o. Por fim provavelmente acabarão por se dissipar pela orbita do asteroide ou cair sobre a superfície deste e acrescer o seu volume.
A força gravitacional do asteroide, dependendo de sua composição, mesmo que fraca, acaba por atrair estas partículas a rotação do objeto circundando-o. Por fim provavelmente acabarão por se dissipar pela orbita do asteroide ou cair sobre a superfície deste e acrescer o seu volume.
Recentemente do mesmo modo que os
observadores do Telescópico ALMA propõem um anel em torno do sistema estelar de
Fomalhaut. Analises posteriores culminaram por afirmar correta esta afirmativa.
Este anel se situaria numa zona muito fria da estrela, onde hoje para nos
estaria a nuvem de Oort, o que poderia dar uma ideia de como seria a aparência
do sistema solar em seus primórdios.
Anel estelares
As imagens ALMA extremamente
nítidas de um disco, ou anel, de poeira que orbita o sistema estelar de Fomalhaut,
situada a cerca de 25 anos-luz da Terra, e ajuda a resolver uma controvérsia
que se gerou entre os primeiros observadores deste sistema. As imagens ALMA
mostram que tanto as bordas interiores como as exteriores do disco de poeira
fino estão muito bem delineadas. Este facto, combinado com simulações de
computador, levou os cientistas a concluir que as partículas de poeira
permanecem no interior do disco devido ao efeito gravitacional de dois planetas
- um mais próximo da estrela do que o disco e outro mais distante.
Os planetas do sistema Fomalhaut possuem dimensões entre Marte á algumas vezes o tamanho da Terra.
Os seus cálculos também indicam o tamanho provável dos planetas - maiores que Marte mas não maiores que algumas vezes o tamanho da Terra. Estes valores são muito mais pequenos do que os astrônomos tinham inicialmente pensado. Em 2008, o Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA revelou o planeta interior, que na altura se pensou ser maior que Saturno, o segundo maior planeta do Sistema Solar. No entanto, observações posteriores com telescópios infravermelhos não conseguiram detectar o planeta.
As observações do ALMA, a comprimentos de onda
maiores que o visível, traçam os grãos de poeira maiores - com cerca de 1
milímetro de diâmetro - que não são deslocados pela radiação estelar. Estes
grãos revelam de modo claro as bordas nítidas do anel, que em tamanho é mais ou
menos 16 vezes a distância entre o Sol e a Terra, e a sua espessura é apenas um
sétimo da largura.
O anel encontra-se a uma distância
da estrela de cerca de 140 vezes a distância Terra-Sol, Plutão encontra-se
cerca de 40 vezes mais afastado do Sol do que a Terra, o que faz do pequeno
tamanho dos planetas próximos do anel, aliados à sua grande distância da
estrela os mais frios alguma vez encontrados a orbitar uma estrela normal.
*O observatório Atacama Large Millimeter/submillimeter Array de sigla ALMA, na época deste artigo, ainda estava em construção.