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segunda-feira, 3 de abril de 2017

TOMO XIV-ESTRELAS DE GRANDE DIÂMETRO - PARTE 1


 
São estrelas de grande diâmetro estão acima de 08 vezes o do Sol sendo divididas em Estrelas de Grande Diâmetro massivas e de Grande diâmetro pouco massivas.



AS MASSIVAS

Estrelas Hipergigantes

As estrelas hipergigantes são estrelas que possuem massa acima de 50 vezes a massa do Sol e luminosidade acima de 1 milhão de vezes àquela emitida pela estrela do Sistema Solar. Supõem-se que as primeiras estrelas no universo eram consideravelmente mais brilhantes e maciças do que as estrelas do universo moderno. Estas estrelas eram parte da  população III de estrelas como já vistas no inicio deste livro ( página 38 ). Sua existência é necessária para explicar observações de elementos além de hidrogênio e hélio em quasares. Fora observado na primeira década dos anos 2000 a objetos que são tão maciços que nem resquícios moribundos chegam a deixar em sua implosão nuclear.

No final de 2006, astrônomos observaram a maior explosão estrelar que se tem noticia, e isto a 240 milhões de anos luz da terra, 100 vezes mais intensa que a mais intensa de uma supermassiva comum já avistada. Era uma estrela hipermassiva com o nome de 2006GY, que possuia massa entre 150 e 200 vezes a do Sol, fora a estrela mais maciça já observada até o momento. Possivelmente fora uma amostra de como eram a morte das primeiras estrelas hipermassivas, que a todas as demais originaria.

A próxima explosão de uma supernova e de grande força, a ser observada na nossa vizinhança pode ser a de Eta Carinae, uma estrela a 7,5 mil anos-luz. Visível apenas no Hemisfério Sul, ela chegou a rivalizar com Sirius no ano de 1843 como uma das estrelas mais brilhantes do céu. Décadas depois, foi observado que Eta Carinae estava perdendo sua luz até que, ela dobrou de brilho.
Graças às pesquisas realizadas pelo professor do Instituto de Astronomia da Universidade de São Paulo (USP) Augusto Damineli foi possível provar que a estrela é na realidade um sistema duplo e passa por eventos de baixa excitação, algo como flashes, a cada 5 anos e meio e o ultimo fora no inverno de 2014. Felizmente, quando Eta Carinae explodir, a maior parte da energia liberada será espalhada ou absorvida pela imensidão do espaço. Por estarmos a uma distância suficientemente grande da estrela, a explosão de raios gama também não atingirá a Terra. Não é possível prever com exatidão quando isso vai acontecer, mas quando o astro se for, a luminosidade será como a de 10 luas no Hemisfério Sul quando se teria praticamente um mês sem noite.


Estrela hipergigante VY Canis Majoris,

Uma das maiores estrelas do universo conhecido. Espreitando no cosmos a cerca de 4.900 anos-luz da Terra (cerca de 28,8 quatrilhões de quilômetros de nossa casa), Canis Majoris é um monstro. Se essa estrela estivesse no centro do nosso sistema solar, se estenderia para além da órbita de Saturno.
Como comparação, a circunferência do nosso Sol é de aproximadamente 4,3 milhões de quilômetros, enquanto a de Canis Majoris é de aproximadamente 3 bilhões de quilômetros. A quantidade de energia que o nosso Sol emite em 1 ano é igual ao que está hipergigante lança em alguns segundos.
Anteriormente, a Estrela da Pistola era o objeto estelar mais pesado conhecido. Medindo cerca de 150 massas solares, e abrangendo cerca de 4 anos-luz, a maior concha de gás expelida pela estrela da Pistola é tão grande que poderia se esticar a partir de nosso Sol até as pontas da estrela mais próxima (Próxima Centauro, que está a cerca de 4,2 anos-luz de distância).



Estrela hipergigante R136a1
Mas, com uma massa que já foi de 320 vezes maior do que a do Sol de, R136a1 torna a pistola uma minúscula partícula.
Descoberta no início de julho de 2010, R136a1 é a estrela de maior massa no nosso canto do universo, e também tem a maior luminosidade. Atualmente, a estrela tem uma massa de 265 vezes a massa solar. Mas quando ela nasceu (cerca de um milhão de anos atrás), a estrela pesava 320 vezes mais do que o sol. No entanto, estrelas pesadas rapidamente perdem massa, convertendo-a em energia. R136a1 já perdeu 20% da sua massa durante sua curta vida.
Em termos cósmicos, R136a1 ainda é um bebê. Mas, infelizmente, a sua vida já está chegando ao fim. Os cientistas estimam que as estrelas desse porte vivem apenas 3 milhões de anos.

Estrelas WOLF-RAYET
São estrelas supermassivas com massa entre 25 e 100 vezes a do nosso Sol e super luminosas tendo temperaturas superficiais de  até 70,000 ºK.  São notavelmente diferentes da demais já que são formadas na maior parte por hélio em vez do hidrogênio. Elas são consideradas como Supergigantes em processo de morte, com sua camada de hidrogênio arrancada pelos quentes ventos estelares causados por suas altas temperaturas, expondo assim seu núcleo quente do hélio.




Estrelas Supergigantes

As estrelas supergigantes podem ter massas de 8 a 70 massas solares e brilho de 30.000 a centenas de milhares de vezes a luminosidade do Sol, variando sua cor do Azulada, laranja ou vermelha. Seu raio varia consideravelmente entre 30 e 500, ou mesmo em mais de 1000 raios solares. A lei de Stefan-Boltzmann estabelece que as superfícies relativamente frias das supergigantes vermelhas irradiam muito menos energia por unidade de área do que aquelas das supergigantes azuis; assim, para uma dada luminosidade, supergigantes vermelhas são maiores do que suas contrapartidas azuis.
As estrelas supergigantes por causa de suas massas excessivas, possuem um curto (em termos estelares) ciclo de vida, de somente 10 a 50 milhões de anos, e são observadas principalmente em estruturas cósmicas jovens tais como aglomerados abertos, nos braços de galáxias espirais e em galáxias irregulares. Elas são menos abundantes no núcleo de galáxias espirais, e raramente são observadas em galáxias elípticas ou aglomerados globulares, sendo que a maioria dos quais supõe-se ser constituídos de estrelas velhas.
As estrelas supergigantes ocorrem em todas as classes espectrais, de jovens supergigantes azuis classe O até velhas supergigantes vermelhas classe M. Rígel, a estrela mais brilhante da constelação de Orion é uma típica supergigante branco-azulada; por outro lado, Betelgeuse e Antares são supergigantes vermelhas.
Como já falado o destino esta na massa, se for superior a 6 vezes a massa do sol a estrela ao expelir suas camadas em uma explosão de proporções dantescas, pode se tornar um pulsar, um magnetar ou se torna um buraco negro convencional.




Estrelas Gigantes
 
São conhecidas como estrelas gigantes normais.
Em geral entram dentro deste grupo aquelas estrelas gigantes que não são tão brilhantes nem tão massivas como para ser classificadas como supergigantes.
São estrelas gigantes têm raios entre 10 e 100 raios solares e luminosidade entre 10 e 1.000 vezes a do Sol. Uma estrela quente e luminosa da seqüência principal também pode ser citada como gigante, além disso, por conta de seus grandes raios e luminosidade, estrelas gigantes estão acima da seqüência principal (luminosidade de classe V na classificação estelar Yerkes) do diagrama de Hertzsprung-Russell e correspondem às luminosidades classes II ou III.