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quinta-feira, 26 de maio de 2022

TOMO LVIII - PALEOZOICO- PERÍODO ORDOVICIANO - CNIDÁRIOS - PARTE 1

 

Celenterados Ordovicianos

Colunariida


As colunariidas ou colunarias possuíam uma teca delgada com forma de cone é comum nos registros fósseis do Ordoviciano até as formações do devoniano. 



Os conulariídeos, que são organismos extintos atualmente e foram pertencentes ao grupo dos cnidários. Eram animais fixos ao substrato, habitavam as plataformas continentais marinhas e apresentavam um corpo no formato de cone, também chamado de teca, (simetria tetramitara) de quatro faces ou mais. Os conulariídeos representam um dos mais primitivos celenterados e, em conjunto com braquiópodes, entre outros, compunham o grupo de animais das barreiras de recife da época Ordoviciana.

 


A reconstrução predominante do organismo faz com que pareça superficialmente como uma anêmona do mar sentada dentro de um cone angular e duro mantido perpendicular ao substrato.

Conulariídeos produziam pérolas dentro de suas conchas, semelhantes à forma como moluscos como ostras fazem hoje. Estas pérolas dão uma pista sobre a anatomia interna do animal conulariide.

Um A-braquiópodes e conulariídeo preservados agrupados; B. teca praticamente completa de um conulariídeo.

 

 

 

Exoconularia

 


Todos os organismos pertencentes Cnidário são constituídos por células eucarióticas especializadas e, portanto, são considerados organismos multicelulares. Os Cifozoários passam a maior parte, ou toda à sua existência na fase de medusa, ou seja, de vida livre. Todos atualmente são predominantemente carnívoros.



Os animais modernos possuem simetria tetraradial, o que implica que o corpo pode ser dividido em quatro partes exatamente iguais, como nos conulariídeos e no caso da Exoconularia, a semelhança fisiológica fizeram os pesquisadores as incluírem no clado dos Cifozoários. Os fósseis são bastante abundantes em rochas em outros locais como a china.

  

Antozoários Ordoviciano

 


 


Os antozoários distinguem-se dos restantes cnidários por terem uma vida inteiramente fixa sem estado livre de medusa. São formadores de corais. Os membros da classe dos antozoários são cnidários pólipos; o estágio de medusa encontra-se completamente ausente.

Coral fóssil da espécie Halysites, esses animais viveram do Ordoviciano ao Siluriano (de 449,5 a 412 Ma.

 O pólipo antozoário é mais especializado que o dos hidrozoários, que apesar de terem muitos tipos de células, formam apenas dois tipos de tecidos para os seus corpos, epiderme e gastroderme., fora a sua mesogleia celular. Os Antozoários com sua cavidade gastrovascular septada, seus cnidócitos nos filamentos gástricos e suas gônadas gastrodérmicas apontam uma relação filogenética mais íntima com os cifozoários do que com os hidrozoários. Os cifozoários não exibem cefalização, mas em algumas espécies, a células receptoras de estímulos e de pontos sensíveis à luz. que localizam-se ao longo da margem do sino da medusa, esta por sinal difere das medusas dos hidrozoários por possuírem uma camada de células chamadas de véu,

 

Os antozoários possuem uma  actino-faringe, é uma garganta tubular que se estende desde a boca até algum ponto do cnidário. A actino-faringe da maioria das espécies contém pelo menos um canal longitudinal histologicamente especializado, flagelado, chamado sifonóglifo, que conduz a água para o interior dos celenterados.

 Na maioria das anêmonas e corais do mar, dois sifonóglifos estão situados diametralmente opostos um ao outro na actino-faringe. Sifonóglifos e suas estruturas associadas conferem uma simetria bilateral ou birradial ao pólipo.

 

Rugosa



Rugosa, também conhecidos como tetracorais, surgiram no período Ordoviciano e viveram até a grande extinção do Permiano. Formaram o grupo mais diversificado de corais do Paleozoico com cerca de 1.000 gêneros. Viviam de forma solitária e colonial onde possuíam um tamanho variado, desde poucos milímetros ou até quase 1 m. de comprimento. Varias foram sua Forma onde os  solitários apresentavam formato de chifre, discoide ou turbinal.




Pode se perceber nos fósseis um rejuvenescimento da espécie no período de escassez de alimento, quando formas solitárias reabsorvem seus próprios tecidos.

Formas coloniais podem ser tanto fasciculadas como coralitos cilíndricos e separados ou como maciços como coralitos poligonais e em contato.

Tabulata


Os Tabulatas foram corais Paleozoicos de vida coloniais com esqueleto de calcita. Seus coralitos(no coralo colonial, coralito é a estrutura formada por um pólipo individual), são mais simples que os dos rugosos pois possuem septos reduzidos ou ausentes e à tabula é abundante.



O nome "tabulata" ("corais do solo") vem das plaquetas horizontais no esqueleto dos pólipos individuais (do latim, tabulatus ou painel). Dos 300 descritos, exclusivamente os gêneros coloniais da Tabulata, estavam ao lado dos Rugosos (corais enrugados) como os primeiros construtores de recifes celenterados.




Prosperaram a partir do Devoniano superior, devido ao forte aumento do nível do mar conhecido como evento Kellwasser, os corais rugosas e tabulatas foram reduzidos quase a extinção, com a morte de 90% dos espécimes das águas rasas e 50% das formas de águas profundas. Na grande extinção em massa na fronteira Permiano/Triássico, eles finalmente se extinguiram como muitos outros seres vivos.

Zoantários

O zoantários, também chamado hexacoraliários são uma subclasse da classe de antozoários. Possuem tentáculos e septos em número de seis ou um múltiplo de seis.


Estes Celenterados são pólipos, conhecidos como os verdadeiros corais ou corais de pedra. Podem ser descritos como miniaturas de anêmonas-do-mar (classe de antozoários) que vivem em taças calcárias que os próprios segregam.

Apresentam um número variável de tentáculos, mas nunca em número de oito. A cavidade gastrovascular está subdividida por septos dispostos em múltiplos de seis (hexâmeros). O pólipo vivo pode retrair-se no interior da taça quando não se está se alimentando. Como o calcário que constitui a taça é segregado pelo tecido vivo, este material é um exoesqueleto.



Coral Fóssil.

 

Corais multicoloridos e a vista das Zoantelas que proporcionam esta pgmentação no corpo do animal que é translucido.


Nos corais coloniais os esqueletos podem unir-se se tornando maciços, onde crescem sempre para cima durante vários anos, com os corais vivos formando um tapete na superfície. As cavidades gastrovasculares dos diferentes pólipos podem ligar-se nesta cobertura onde contribuem de base para formação de recifes e atóis.

Coral em estado natural, sem a pigmentação das Zooxantelas.

Sua cor viva e diversificada na realidade não lhes é própria, pois são translúcidos. As Zooxantelas são algas simbióticas que vivem no interior dos tecidos dos corais e outros invertebrados marinhos. A simbiose se dá través da fotossíntese alimentam o coral com açúcares, aminoácidos e oxigênio e recebendo dele dióxido de carbono e nutrientes que o animal excreta, como nitrogênio, fosfato e amoníaco.