MAKEMAKE
Possui
um diâmetro de 1434km, ou aproximadamente, 3/4. o de Plutão. Possui um
satélite conhecido, como Plutão e Sedna, o que o torna possuir satélites uma característica dos grandes corpos do cinturão de Kuiper. Sua superfície possivelmente deve ser
coberta por metano, etano e talvez nitrogênio, devido à sua baixíssima
temperatura.
Imagens
com tons espectrais diferenciados de Makemake.
Makemake
é classificado como um objeto clássico do cinturão de Kuiper, o que significa que sua órbita está
longe o suficiente de Netuno para se manter estável.
Ao contrário de objetos
como Plutão que podem cruzar a órbita de Netuno devido a ressonâncias com este,
os objetos clássicos de Kuiper têm periélio maior que Netuno, livres das perturbações
do planeta. Objetos assim têm
excentricidades orbitais relativamente baixas (inferiores a 0,2) e orbitam o
Sol da mesma forma que os planetas o orbitam.
Makemake, no entanto, é um membro
da população quente dos objetos do cinturão de Kuiper, o que significa que ele
tem uma inclinação orbital elevada em relação aos outros objetos da região.
Órbitas de Makemake (em azul), Haumea
(verde), Plutão (vermelho) e a eclíptica (cinza). O periélio (q) e o afélio (Q)
estão marcados juntos com as datas de passagem.
Makemake
é o segundo planeta anão mais afastado do Sol trasnetuniano ( Ceres e Vesta
fazem parte do sistema solar Interno) e o segundo mais brilhante. e no ano de 2013, estava a uma distância de 52,2UA (ou
7.830 bilhões de km) do Sol, quase atingindo seu afélio (53,074 UA). Makemake tem
uma órbita parecida à de Haumea, altamente inclinada a 29° tendo um período
orbital de aproximadamente 310 anos.
Geologia de Makemake
Makemake é considerado o terceiro maior planeta anão no sistema solar, devido à sua magnitude absoluta na banda V de -0,45 que praticamente garante que ele é grande o suficiente para alcançar equilíbrio hidrostático para tornar-se um esferoide oblato.
A distância de Makemake do Sol nos sugere
uma temperatura de cerca de 30 ºK (-243,2 °C), e seu tamanho não é
conhecido precisamente, embora observações em infravermelho com o Telescópio
Spitzer e Observatório Espacial Herschel, combinadas com as semelhanças de
espectro com Plutão, sugerem uma estimativa de diâmetro de 1 360 a
1 480 km.
Embora existam evidências
da presença de nitrogênio na sua superfície, em nenhum lugar de Makemake há o
mesmo nível de nitrogênio que há em Plutão e em Tritão, onde ele constitui aproximadamente
98% da crosta. A relativa falta de nitrogênio sugere que o fornecimento de
nitrogênio acabou de algum modo durante a evolução do sistema solar.
Comparação em escala dos tamanhos de Plutão, Haumea, Terra e Lua com Makemake.
Análises
feitas pelos telescópios Spitzer e Herschel revelaram que a superfície de
Makemake não é homogênea. Sua maior parte é coberta por nitrogênio e gelos de
metano, porém existem pequenas áreas de terreno escuro que compõem 3–7% da superfície.
Atmosfera
Os
resultados mostraram que Makemake atualmente carece de uma atmosfera
substancial e colocou um limite superior de 4-12 nanobar na pressão em sua
superfície.
A
presença de metano e possivelmente nitrogênio sugerem que Makemake pode ter uma
atmosfera transitória, semelhante à de Plutão perto de seu periélio. O nitrogênio, se presente, é provavelmente
o principal componente desta atmosfera efêmera.
A existência de uma atmosfera também fornece uma explicação natural para o
esgotamento de nitrogênio pois uma vez que a gravidade de Makemake é mais fraca
do que a de Plutão, Éris e Tritão.
Uma
grande quantidade de nitrogênio provavelmente foi perdida por causa do escape
atmosférico, e sendo o metano menos leve que o nitrogênio, mas com uma pressão
de se tornar vapor significativamente menor nas temperaturas registradas em Makemake
(-243,2 °C a -238,2 °C), tem impedido sua fuga. O resultado desse
processo é uma relativa abundância de metano.
Satélite de Makemake
S/2015 (136472) 1 ou simplesmente MK2.
Observações feitas em abril de 2015 com a câmera de
campo largo (WFC3) do Telescópio Espacial Hubble detectaram um satélite
orbitando o planeta anão, que foi provisoriamente denominado S/2015 (136472) 1
e apelidado de MK2. Seu diâmetro foi estimado em cerca de 160 km.