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quarta-feira, 7 de agosto de 2019

TOMO XLIII- OBJETOS TRANSNETUNIANOS - CINTURÃO DE KUIPER - MAKEMAKE


MAKEMAKE

Makemake é um dos três maiores corpos do cinturão de Kuiper, ao menos  até 2013.

Possui um diâmetro de 1434km, ou aproximadamente, 3/4. o de  Plutão. Possui um satélite conhecido, como Plutão e Sedna, o que o torna possuir satélites uma característica dos grandes corpos do cinturão de Kuiper. Sua superfície possivelmente deve ser coberta por metano, etano e talvez nitrogênio, devido à sua baixíssima temperatura.


Imagens com tons espectrais diferenciados de Makemake.

Makemake é classificado como um objeto clássico do cinturão de Kuiper, o que significa que sua órbita está longe o suficiente de Netuno para se manter estável. 
Ao contrário de objetos como Plutão que podem cruzar a órbita de Netuno devido a ressonâncias com este, os objetos clássicos de Kuiper têm periélio maior que Netuno, livres das perturbações do planeta. Objetos assim têm excentricidades orbitais relativamente baixas (inferiores a 0,2) e orbitam o Sol da mesma forma que os planetas o orbitam. 

Makemake, no entanto, é um membro da população quente dos objetos do cinturão de Kuiper, o que significa que ele tem uma inclinação orbital elevada em relação aos outros objetos da região.

Órbitas de Makemake (em azul), Haumea (verde), Plutão (vermelho) e a eclíptica (cinza). O periélio (q) e o afélio (Q) estão marcados juntos com as datas de passagem.

Makemake é o segundo planeta anão mais afastado do Sol trasnetuniano ( Ceres e Vesta fazem parte do sistema solar Interno) e o segundo mais brilhante. e no ano de  2013, estava a uma distância de 52,2UA (ou 7.830 bilhões de km) do Sol, quase atingindo seu afélio (53,074 UA). Makemake tem uma órbita parecida à de Haumea, altamente inclinada a 29° tendo um período orbital de aproximadamente 310 anos.

Geologia de Makemake

Makemake é considerado o terceiro maior planeta anão no sistema solar, devido à sua magnitude absoluta na banda V de -0,45 que praticamente garante que ele é grande o suficiente para alcançar equilíbrio hidrostático para tornar-se um esferoide oblato.

A distância de Makemake do Sol nos sugere uma temperatura de cerca de 30 ºK (-243,2 °C), e seu tamanho não é conhecido precisamente, embora observações em infravermelho com o Telescópio Spitzer e Observatório Espacial Herschel, combinadas com as semelhanças de espectro com Plutão, sugerem uma estimativa de diâmetro de 1 360 a 1 480 km.

 Análises espectrais da superfície de Makemake revelaram que o metano deve estar presente na forma de grandes grãos de pelo menos um centímetro de tamanho e também quantidades de etano e tolina que podem estar presentes, muito provavelmente, criados por ação da radiação solar sobre o metano. As tolinas provavelmente são responsáveis pela cor vermelha do espectro visível. 

Embora existam evidências da presença de nitrogênio na sua superfície, em nenhum lugar de Makemake há o mesmo nível de nitrogênio que há em Plutão e em Tritão, onde ele constitui aproximadamente 98% da crosta. A relativa falta de nitrogênio sugere que o fornecimento de nitrogênio acabou de algum modo durante a evolução do sistema solar.

Comparação em escala dos tamanhos de Plutão, Haumea, Terra e Lua com Makemake.

Análises feitas pelos telescópios Spitzer e Herschel revelaram que a superfície de Makemake não é homogênea. Sua maior parte é coberta por nitrogênio e gelos de metano, porém existem pequenas áreas de terreno escuro que compõem 3–7% da superfície.

Atmosfera

Os resultados mostraram que Makemake atualmente carece de uma atmosfera substancial e colocou um limite superior de 4-12 nanobar na pressão em sua superfície.

A presença de metano e possivelmente nitrogênio sugerem que Makemake pode ter uma atmosfera transitória, semelhante à de Plutão perto de seu periélio. O nitrogênio, se presente, é provavelmente o principal componente desta atmosfera efêmera. A existência de uma atmosfera também fornece uma explicação natural para o esgotamento de nitrogênio pois uma vez que a gravidade de Makemake é mais fraca do que a de Plutão, Éris e Tritão.

Uma grande quantidade de nitrogênio provavelmente foi perdida por causa do escape atmosférico, e sendo o metano menos leve que o nitrogênio, mas com uma pressão de se tornar vapor significativamente menor nas temperaturas registradas em Makemake (-243,2 °C a -238,2 °C), tem impedido sua fuga. O resultado desse processo é uma relativa abundância de metano.

Satélite de Makemake
S/2015 (136472) 1 ou simplesmente MK2.

Observações feitas em abril de 2015 com a câmera de campo largo (WFC3) do Telescópio Espacial Hubble detectaram um satélite orbitando o planeta anão, que foi provisoriamente denominado S/2015 (136472) 1 e apelidado de MK2. Seu diâmetro foi estimado em cerca de 160 km.