Novas formas de vida...”a união faz a força”...
A nova etapa da vida na Terra e uma das mais incriveis...o surgimento dos metazoários.
Enquanto Marte já se encontrava seco e o planeta Vênus estava tendo seus oceanos evaporados e sendo recoberto por uma camada de superpluma magmática deixando de ser um bastião propício a vida a Terra estava se tornando um mundo que poderia comportar vida pluricelular superior.
Durante três bilhões de anos a Terra era um mundo capaz de sustentar a vida...mas esta vida era em grande parte unicelular ou colônia destas células.
O planeta teve que evoluir muito e se transformar com grande influência destes seres microscópicos em geral para ser capaz de suportar vida mais evoluída. Em geral mesmo pela constante orogenia o planeta se manteve estavel por dois quartos de sua história. A vida só se modificaria pela sua própria ação com a oxidação atmosférica e posterior eliminação dos organismos anairóbicos que não se adaptaram a um mundo com atmosfera de oxigênio e aos novos seres que aprenderam a respirar este gás venenoso. Esta teria sido a primeira grande extinção em massa nos registros históricos.
Mas o mundo começaria a se transformar no que conhecemos após o período criogênico e a grande extinção que a terra bola de neve proporcionou a vida primitiva de nosso planeta. Possivelmente a maioria dos filos de invertebrados e das primeiras plantas surgiram deste periodo mesmo tendo ficado pouco nos palcos da vida primitiva. Depois deste periodo a evolução proporcionaria ensaios biológicos que culminariam na explosão cambriana, marco da vida multicelular de nosso planeta.
Um breve resumo da Vida na Terra.
Foi nos oceanos primitivos que se formaram as primeiras células, e consequentemente os primeiros seres vivos. Só que estas células eram ainda muito simples, sem núcleo, semelhantes às bactérias actuais. Bilhões de anos mais tarde apareceram as células eucaritóticas.
A carambola do Mar do filo Cetnophora, genéticamente conhecido como o primeiro ser com mais de uma célula(metazoário), recentemente reclassificado pela filogenética como o inicio dos animais e não as esponjas.
Um breve resumo da Vida na Terra.
Foi nos oceanos primitivos que se formaram as primeiras células, e consequentemente os primeiros seres vivos. Só que estas células eram ainda muito simples, sem núcleo, semelhantes às bactérias actuais. Bilhões de anos mais tarde apareceram as células eucaritóticas.
Neste meio tempo, começaram a desenvolver-se um tipo particular células fotossintéticas (chamadas cianobactérias), que levaram à acumulação de grandes quantidades de oxigénio na atmosfera. Foi trágico para a maior parte das formas de vida, que não eram capazes de respirar este novo gás e acabaram por morrer gerando a primeira grande extinção em massa da Terra.
Cianobactérias fósseis, encontradas na Austrália, e que se presume que tenham cerca de 3500 M.a.
Contudo, as formas de vida que sobreviveram adaptaram-se e diversificaram-se. Permaneceram ainda na água, pois esta filtrava os intensos raios UV que vinham do sol pois ainda não existia uma camada de ozõnio. Aos poucos o oxigénio produzido começou a combinar-se no O3 criando este escudo contra a radiação solar
Cianobactérias fósseis, encontradas na Austrália, e que se presume que tenham cerca de 3500 M.a.
Cianobactéria actual, presumivelmente semelhante às que terão existido na Terra primitiva
Contudo, as formas de vida que sobreviveram adaptaram-se e diversificaram-se. Permaneceram ainda na água, pois esta filtrava os intensos raios UV que vinham do sol pois ainda não existia uma camada de ozõnio. Aos poucos o oxigénio produzido começou a combinar-se no O3 criando este escudo contra a radiação solar
Na Austrália existe uma praia que está cheia de evidências destes primeiros seres vivos os estromatólitos(do grego stroma - camada e lythos - pedra).
São formações peculiares com camadas alternadas de sedimentos e cianobactérias que se formam nas zonas intertidais (isto é, o espaço que fica na praia entre marés) junto à praia.
Formação de um estromatólito
Os fungos
Os mais antigos fósseis que apresentam caraterísticas típicas dos fungos datam do Proterozoico, há cerca de 1 430 milhões de anos; estes organismos multicelulares possuíam estruturas filamentosas com septos, e eram capazes de anastomose.
São formações peculiares com camadas alternadas de sedimentos e cianobactérias que se formam nas zonas intertidais (isto é, o espaço que fica na praia entre marés) junto à praia.
Estromatólitos em Shark Bay, na Austrália. Estas estruturas são formadas por camadas sucessivas de cianobactérias e sedimentos, e são muito semelhantes às que existiriam no Pré-Câmbrico.
Formação de um estromatólito
Estromatólito fóssil encontrado na Bolívia com cerca de 2400 bilhões de anos atrás.
Estromatólito fóssil ;
Fragmento de estromatólito actual
Os fungos
Os mais antigos fósseis que apresentam caraterísticas típicas dos fungos datam do Proterozoico, há cerca de 1 430 milhões de anos; estes organismos multicelulares possuíam estruturas filamentosas com septos, e eram capazes de anastomose.
Novas descobertas recentes foram encontrados no Ártico, em território canadense. Testes feitos determinaram que os fósseis têm entre 900 milhões e 1 bilhão de anos de idade.
Os minúsculos organismos foram descobertos em xisto de águas rasas, uma espécie de rocha sedimentar de grãos finos, em uma região ao sul da ilha Victoria, na borda do Oceano Ártico.
A idade da rocha torna o fungo meio bilhão de anos mais velho que o recordista anterior, um fungo de 450 milhões de anos que foi descoberto em Wisconsin, nos Estados Unidos. Em estudo publicado sobre a descoberta, cientistas descrevem como uma série de análises químicas e estruturais ajudou na identificação da espécie (Ourasphaira giraldae). Os esporos do fungo têm menos de um décimo de milímetro de comprimento e se conectam uns aos outros por filamentos ramificados.
De acordo com o relatório, o fungo ficou preso na lama solidificada, fato que impediu a entrada de oxigênio e a decomposição: "A preservação é tão boa que ainda temos os compostos orgânicos", disse Corentin Loron, autora do estudo, ao The Guardian.
Fósseis mais antigos do Pré-Câmbriano são, atualmente, considerados cápsulas vazias de cianobactérias ou então não são suficientemente claro para serem colocados em qualquer dos filos atuais reconhecidos.
Estudos mais recentes (2009), estimam o aparecimento de organismos fúngicos há aproximadamente 760 – 1060 milhões de anos com base em comparações das taxa de evolução em grupos aparentados.
O choque
Copernicus, com 93 quilômetros de diâmetro e 3,8 quilômetros de profundidade é um vestigio de um período agitado em termos cosmicos no interior do sistema sola.
A Terra e a Lua entre 800 e 735 milhões de anos atrás foi atingida por uma série de impactos de meteoros devido provavelmente a fragmentação de um objeto com um tamanho estimado entre 90 e 100 km de diâmetro. O asteroide seria de classe C tipo Eulália rico em fósforo em vez dos tradicionáis carbonicos meteoritos.
Na superfície Lunar nas proximidades da cratera de copérnico das 59 crateras de impácto analizadas entre 8 e 12 foram formadas simultaneamentes neste período de tempo indicando que parte desta chuva de meteoros partiu em direção ao sistema solar interior e consequentemente para a Terra.
O impácto ou impáctos sofridos pelo nosso planeta foram da ordem de 30 a 60 vezes mais potentes que o que causou a extinção K-T do final do mesosóico. A época do impácto fora pouco antes do chamado período criogênico da Terra bola de neve não havendo ainda evidencias de que este reia sido o elemento desencadeador da era glacial global de nosso planeta mas com certeza um dos elementos participantes pelo fenômeno.
Na Terra foram inseridos um elemento fundamental para a vida multicelular o fósforo. A seleta lista da vida como a conhecemos é formada por carbono, hidrogênio, nitrogênio, oxigênio, enxofre e, por fim, o fósforo, essencial para o armazenamento e a transferência de energia entre as células. O fósforo, é crucial ao componente Adenosina trifosfato (ATP), que as células dos organismos vivos usam para armazenar e transportar a energia usada na atividade celular.
Coincidencia ou não, após esta serie de eventos a vida multicelular se desenvolveria exporencialmente na Terra e nas eras seguintes desencadearia a explosão cambriana...marco do domínio dos animais pluricelulares em nosso mundo.
Coincidentemente esta ultima grande chuva de meteoros teria sido um dos motivos devido a um grande impácto ativado vulcanicamente Venus acabando com seus oceanos, criando uma atmosfera densa e caustica e recobrindoo com uma capa basaltica.
Análises moleculares, determinam que os coanócitos das esponjas são células estritamente relacionadas aos coanoflagelados, datados exatamente em 900 milhões de anos Há registros fosseis mais antigos, datados em 1,2 bilhões de anos como a Bangiomorpha pubescens.
Rodínia
Em geologia, Rodínia refere-se a um supercontinente que existia e se rompeu na era Neoproteozóica. Acredita-se que este supercontinente formou-se há 1 bilhão de anos e que abrangia a maior parte da porção continental da Terra. Acredita-se que quebrou-se em oito continentes cerca de 750 milhões de anos atrás. Durante na parte final deste super continente a Terra ficou toda congelada (hipótese da Terra bola de neve), com temperaturas muito baixas e com seu oceano tendo uma capa de gelo que poderia ter em torno de um quilômetro de profundidade.
Antes do congelamento do super continente formou-se grande deserto sem vida vegetal ou animal. Os movimentos dos continentes antes da formação de Rodínia são incertos. Entretanto os movimentos das massas continentais depois do rompimento do supercontinente são melhor compreendidos e continuam sendo objetos de pesquisa. Os oito continentes que compunham Rodínia foram posteriormente reunidos em outro supercontinente chamado Panótia e, depois, Pangeia. Rodínia vem da palavra russa e búlgara Rodina que significa terra natal.
Havia muitos mares no interior desse continente e fósseis de estromatólitos foram encontrados tanto nos mares interiores (de água doce) quanto ao longo das costas externas (ambiente marinho). Evidências fósseis, como trilhas e tocas encontradas na era Toniana podem indicar a presença de vermes triploblásticos, de aproximadamente 5 mm de largura e com relativo grau de complexidade.
Cratons associados: seu núcleo seria formado pelo craton Norte Americano, sendo este cercado por outros cratons.
Período Criogênico
Por diversas vezes a terra fora bombardeado por meteoros, cometas e assemelhados que mudavam o clima drasticamente a nível global, mas por um curto espaço de tempo, isto geologicamente falando, mas o que se seguiu fora uma combinação da orbita terrestre que se alterna ao redor do sol de 20 em 20 milhões de anos, posição dos pólos magnéticos que se alterna muito mais freqüentemente e fundamentalmente a configuração das terras emersas choque com meteoros e vulcanismo.
Bangiomorpha pubescens
Rodínia
Em geologia, Rodínia refere-se a um supercontinente que existia e se rompeu na era Neoproteozóica. Acredita-se que este supercontinente formou-se há 1 bilhão de anos e que abrangia a maior parte da porção continental da Terra. Acredita-se que quebrou-se em oito continentes cerca de 750 milhões de anos atrás. Durante na parte final deste super continente a Terra ficou toda congelada (hipótese da Terra bola de neve), com temperaturas muito baixas e com seu oceano tendo uma capa de gelo que poderia ter em torno de um quilômetro de profundidade.
Antes do congelamento do super continente formou-se grande deserto sem vida vegetal ou animal. Os movimentos dos continentes antes da formação de Rodínia são incertos. Entretanto os movimentos das massas continentais depois do rompimento do supercontinente são melhor compreendidos e continuam sendo objetos de pesquisa. Os oito continentes que compunham Rodínia foram posteriormente reunidos em outro supercontinente chamado Panótia e, depois, Pangeia. Rodínia vem da palavra russa e búlgara Rodina que significa terra natal.
Havia muitos mares no interior desse continente e fósseis de estromatólitos foram encontrados tanto nos mares interiores (de água doce) quanto ao longo das costas externas (ambiente marinho). Evidências fósseis, como trilhas e tocas encontradas na era Toniana podem indicar a presença de vermes triploblásticos, de aproximadamente 5 mm de largura e com relativo grau de complexidade.
Cratons associados: seu núcleo seria formado pelo craton Norte Americano, sendo este cercado por outros cratons.
Período Criogênico
O Criogeniano, entre 790 a 630 milhões de anos atrás.
Por diversas vezes a terra fora bombardeado por meteoros, cometas e assemelhados que mudavam o clima drasticamente a nível global, mas por um curto espaço de tempo, isto geologicamente falando, mas o que se seguiu fora uma combinação da orbita terrestre que se alterna ao redor do sol de 20 em 20 milhões de anos, posição dos pólos magnéticos que se alterna muito mais freqüentemente e fundamentalmente a configuração das terras emersas choque com meteoros e vulcanismo.
Tudo isto gerou um período que durou quase 70 milhões de anos em que ouve um congelamento global, onde a vida só sobrevivera nos mares abaixo de uma grossa camada de gelo em que se tornaram os mares.
Aproximadamente a 700 milhões de anos as massas de terra se uniriam novamente em uma única situada mais ao sul do planeta, esta posição geográfica do supercontinente Rodínia cortou o fluxo das corrente marítimas que aqueciam o globo no hemisfério sul iniciando uma era geleira no sul do continente.
O congelamento do Hemisfério Sul.
O oceano do hemisfério norte se congelaria e por fim se uniria ao gelo da massa continental numa única grande geleira.
Regiao de geleiras.
O mar agora estava coberto por 01km de gelo e a vida quase se extinguiria por completo somente algumas espécies suportaram uma temperatura superficial de 40 ºc negativos durante milhões de anos.
Quem observa-se a terra naquele período acharia ela bem semelhante a Europa, um dos satélites de Júpiter, que possui grossa camada de água congelada em um oceano global.
A existencia deste período foi observada pela presença dos fósseis em um tipo de xisto negro, altamente orgânico. Isso sugere condições de deposição livres de oxigênio (anóxicas). Provavelmente a oxigenação dos oceanos deve ter oscilado muito ao longo dos milhões de anos no fim do Proterozóico.
Europa, satélite de Júpiter com oceano global congelado.
Uma pergunta que fica é como uma comunidade evoluiu neste lugar e neste período? Esta assembléia fóssil é claramente diferente em termo de número de espécies em comparação com biotas preservadas em rochas mais antigas. Há mais espécies e elas são maiores e mais complexas e estes depósitos foram formados logo após esse evento de glaciação. Há 635 milhões de anos atrás, o evento terminou e o grande oceano estava livre de gelo. Talvez isto tenha preparado o terreno para a evolução de eucariotos complexos.
Oceanos congelados.
As rochas de xisto negro porque, apesar de terem sido estabelecidas em condições não favoráveis para organismos dependentes de oxigênio, são conhecidas por serem capazes de preservar muito bem os fósseis. Na maioria dos casos os organismos mortos são carregados e só então preservados em folhelhos deste tipo. Neste caso, os pesquisadores descobriram que alguns fósseis foram preservados em sua condição original aonde viviam.
Glaciares
O ambiente teria sido venenoso, porém, a superfície exata aonde estão depositados os fósseis representaria um período de tempo durante o qual o oxigênio estava livre e disponível para os organismos – as condições eram favoráveis! Tratou-se de um momento muito breve, mas o suficiente para que os organismos dependentes de oxigênio colonizassem a Bacia de Lantian estas criaturas eram oportunistas em um mundo de raras oportunidades.
A Bacia de Lantian foi em grande parte um ambiente incapaz de sustentar a vida complexa, porém durante breves episódios foi oportunamente preenchida por novas formas deste tipo de vida, que foram posteriormente mortas e preservadas quando o oxigênio desapareceu. Para localizar estes intervalos demandam-se estudos geoquímicos de alta resolução. Somente assim poder-se-á entender parte da complexa dinâmica ambiental desta localidade durante período Ediacarano.
EROSAO NO PERIODO GLACIAL
Na era da terra bola de neve tivemos registrado as primeiras evidencias de zonas cobertas por geleiras e com elas as primeiras formas de erozao glacial como as que conhecemos atualmente. Seus indicios que nos retrataram este periodo congelante ao qual nossas ultimas glaciaçoes não foram mais que uma palida lembraça em tamanho e duração.
Abrasão e atrito
Comparaçoes com evendos atuais e de outros periodos glaciais
A abrasão ocorre quando o gelo e a carga de fragmentos rochosos deslizam sobre o leito de rocha e funcionam como um papel de lixa que alisa e pule a superfície situada abaixo. A rocha pulverizada pela abrasão recebe o nome de farinha de rocha. Esta farinha está formada por grânulos de rocha do tamanho da ordem dos 0,002 a 0,00625 mm. Às vezes, a quantidade de farinha de rocha produzida é tão elevada que as correntes de água de fusão adquirem uma cor acinzentada.
Outra das características visíveis da erosão glaciária são as estrias glaciárias. Estas são produzidas quando o gelo do fundo contém grandes blocos de rocha que marcam sulcos no leito de rocha. Cartografando a direção das estrias pode-se determinar o deslocamento do fluxo glaciário, o qual é uma informação de interesse no caso de antigas geleiras.
Velocidade da erosão
A velocidade da erosão de uma geleira é muito variável. Esta erosão diferenciada levada a cabo pelo gelo é controlada por quatro fatores importantes:
1. Velocidade do movimento da geleira.
2. Espessura do gelo.
3. Forma, abundância e dureza dos fragmentos de rocha contidos no gelo na base da geleira.
4. Capacidade erosiva da superfície debaixo da geleira.
Os Sedimentos
Bloco errático.
Uma vez que o material sólido é incorporado à geleira, pode ser transportado por vários quilómetros antes de ser depositado na área da ablação. Todos os depósitos deixados pelos glaciares recebem o nome de sedimentos glaciares. Os sedimentos glaciares são divididos pelos geólogos em dois tipos distintos:
-Materiais depositados directamente pela geleira, sendo conhecidos como tilito ou argila glaciária.
-Os sedimentos deixados pela água provenientes da fusão da geleira, denominados sedimentos estratificados.
Os grandes blocos que se encontram no tilito ou livres sobre a superfície designam-se por erráticos glaciários que são diferentes ao leito de rocha em que se encontram (isto é, a sua litologia não é a mesma que a rocha encaixada subjacente). Os blocos erráticos de uma geleira são rochas soltas e portanto logo abandonadas pela corrente de gelo. O seu estudo litológico permite averiguar a trajectória da geleira que os depositou.
Morenas ou morainas
O nome mais comum para os sedimentos das geleiras é o de morenas ou morainas. O termo tem origem francesa e foi atribuído por camponeses para referir-se aos rebordos e terraplanagens aluviais de sedimentos encontrados perto das bordas das geleiras nos Alpes franceses. Na geologia moderna, este termo é mais usado num sentido mais lato, porque se aplica a uma série de formas, todas elas compostas por tilito.Há diferentes tipos de morenas, conforme a posição que ocupam na geleira:
Morena terminal
Uma morena terminal é um montículo de material removido previamente e que se deposita ao término de uma geleira. Este tipo de morena forma-se quando o gelo está fundindo e evaporando perto do gelo da extremidade da geleira a uma velocidade igual a que o avanço fazia adiante da geleira desde sua região de alimentação. Ainda que o extremo da geleira esteja estacionário, o gelo segue fluindo depositando sedimentos como um cinturão transportador.
Morena de fundo
Quando a ablação supera a acumulação, a geleira começa a retroceder; à medida que o faz, o processo de sedimentação da cinturão transportador continua deixando um depósito de tilito em forma de planícies onduladas. Esta camada de tilito suavemente ondulada se chama morena de fundo. As morenas terminais que se depositaram durante as estabilizações ocasionais da frente de gelo durante os retrocessos se denominam morenas de retrocesso.
Morena lateral
As geleiras de vale produzem dois tipos de morenas que aparecem exclusivamente nos vales de montanha. O primeiro deles chama-se morena lateral. Este tipo de morena se produz pelo deslizamento da geleira produzindo severos atritos de encontro às paredes do vale em que estão confinadas; desta maneira os sedimentos se acumulam de forma paralela às laterais do vale.
Morena central
O outro tipo são as morenas centrais. Este tipo de morenas é exclusivo das geleiras de vale e se forma quando as geleiras se unem para formar uma só corrente de gelo. Neste caso as morenas laterais se unem para formar uma franja central escura.
Morena superficial
estão situadas na superfície da geleira.
Morena frontal
situam-se na parte dianteira da geleira.
Os Vales glaciários
Vista de um glaciar ativo.
Antes da glaciação, os vales das montanhas tinham uma característica forma de V, produzida pela erosão da água na vertical. Contudo, durante a glaciação esses vales alargam-se e aprofundam-se, o que dá origem à criação de um vale glaciário em forma de U. Além do seu aprofundamento e alargamento, a geleira também alisa este vale graças à erosão. Desta forma vai eliminando os esporões de terra que estendem no vale. Como resultado desta interacção, são criadas falésias triangulares designadas esporões truncados, visto que muitas geleiras aprofundam mais os seus vales do que fazem os seus pequenos afluentes.
Em consequência, quando as geleiras acabam retrocedendo, os vales das geleiras afluentes ficam por cima da depressão glaciária principal, e são designados por vales suspensos. As partes do solo que foram afectadas pelo atrito e a abrasão, podem ser ocupadas pelos denominados lagos paternoster.Na cabeceira de uma geleira há uma estrutura muito importante chamada de circo glaciário que tem a forma de uma grande taça com paredes escarpadas em três lados, mas aberta no lado que desce para o vale. No circo, dá-se a acumulação do gelo. Estes começam como irregularidades no lado da montanha e logo vão aumentando de tamanho pelo acúmulo do gelo. Depois do que a geleira derrete estes circos são ocupados por um pequeno lago de montanha designado por tarn.
Às vezes, quando há duas geleiras separadas por uma divisória, e esta, situada entre os circos, sofre erosão, é criada uma garganta ou desfiladeiro. A esta estrutura dá-se o nome de passo de montanha.
As geleiras também são responsáveis pela criação de fiordes, enseadas profundas e escarpadas que se encontram nas altas latitudes. Com profundidades que podem ultrapassar o quilómetro, são provocados pela elevação pós-glaciária do nível do mar e, portanto, à medida que este aumentava, as geleiras alteravam o seu nível de erosão.
Arestas e espigões
Além das características que as geleiras criam em um terreno montanhoso, também é possível encontrar cristas sinuosos de bordos aguçados que recebem o nome de arestas e picos piramidais e agudos designados por espigões.
Esses dois traços podem ter o mesmo processo desencadeante: o aumento do tamanho dos circos produzidos pelo atrito e pela acção do gelo. No caso dos espigões, o motivo da sua formação são os circos que rodeiam uma única montanha.
As arestas surgem duma maneira similar; a única diferença é que os circos não estão dispostos em círculo, mas sim em lados opostos de uma divisória. As arestas também podem ser produzidas com a junção das geleiras paralelas. Neste caso as línguas glaciárias vão estreitando as divisórias à medida que sofrem erosão e fazem o polimento dos vales adjacentes.
Rochas moutonnées
São formadas pela passagem da geleira, quando esta esculpe pequenas colinas a partir de protuberâncias do leito de rocha. Uma protuberância de rocha deste tipo dá-se o nome de rocha moutonnée (do francês mouton), porque se assemelham a carneiros. As rochas moutonnées são formadas quando a abrasão da geleira alisa a suave pendente que está na frente do gelo glaciário que se aproxima e o atrito aumenta a inclinação do lado oposto à medida que o gelo passa por cima da protuberância. Estas rochas indicam a direcção do fluxo da geleira.
Colinas assimétricas
Drumlins
As colinas assimétricas têm perfil aerodinâmico e são formadas principalmente por terreno errático ou tilitos. A sua altura oscila entre 15 a 50 metros e podem chegar a medir até um quilómetro de comprimento. O lado mais vertical da colina está na direcção do avanço do gelo, enquanto a pendente mais larga está virada para a direcção da deslocação do gelo.
As colinas assimétricas não aparecem isoladas, pelo contrário, encontram-se agrupadas naquilo que se chama de "campos de colinas". Podemos citar o campo de Rochester, Nova Iorque, que se calcula conter cerca de 10.000 colinas.
Apesar de não se ter a certeza como são formadas, ao observar-se o aspecto aerodinâmico, pode-se inferir que foram moldadas na zona de fluxo plástico de uma geleira antigo. Pensa-se que muitas colinas foram originadas quando as geleiras avançam sobre os detritos glaciários previamente depositados, remodelando o material.
Sedimentos glaciários estratificados
A água que surge da área de ablação afasta-se da geleira numa camada plana que transporta sedimentos finos; à medida que diminui a velocidade, os sedimentos transportados, começam a depositar-se e então a água resultante da fusão começa a originar canais anastomosados. Quando esta estrutura se forma, associada a uma calota de gelo, recebe o nome de planície aluvial.
Esboço representando uma geleira em retração.
As planícies de aluvião só podem estar acompanhadas por pequenas depressões conhecidas por kettles ou marmitas de gigante (termo espanhol derivado do francês), ainda que seja uma forma menor de relevo que se forma nas correntes fluviais, motivo pelo qual não se deveria considerar no sentido estrito do termo, relacionado com as geleiras, apesar de serem muito frequentes em terrenos fluvioglaciários. As depressões das geleiras também se produzem em depósitos de tilitos.
As depressões maiores produzem-se quando blocos de gelo enormes ficam presos nos sedimentos glaciários e depois ao derreterem-se deixam buracos no sedimento, dando origem, quase sempre, a um sistema formado por numerosos lagos ligados entre si com formas alargadas e paralelas entre si, com uma direcção mais ou menos coincidente com a direcção do avanço do gelo durante as glaciações do Pleistoceno.
É uma morfologia glaciária muito frequente na Finlândia (que é hábito chamar-se "o país dos 10.000 lagos"), no Canadá e em alguns estados dos Estados Unidos da América, como Alasca, Wisconsin e Minnesota. A amplitude destas depressões geralmente não ultrapassa os dois quilómetros, excepto no Minnesota e mais alguns lugares, ainda que em alguns casos cheguem a alcançar os 50 quilómetros de diâmetro. As profundidades oscilam entre os 10 e os 50 metros.
Depósitos em contato com o gelo
Quando uma geleira diminui o seu tamanho até chegar a um ponto crítico, o fluxo detém-se e o gelo para. Entretanto, as águas de fusão que correm por cima, no interior e por baixo do gelo, deixam depósitos de sedimentos estratificados. Por isso, à medida que o gelo vai-se derretendo, vai deixando depósitos estratificados em forma de colinas, terraços e cúmulos. Este tipo de depósito é conhecido como depósito em contacto com o gelo.
Depósitos em contato com o gelo
Quando uma geleira diminui o seu tamanho até chegar a um ponto crítico, o fluxo detém-se e o gelo para. Entretanto, as águas de fusão que correm por cima, no interior e por baixo do gelo, deixam depósitos de sedimentos estratificados. Por isso, à medida que o gelo vai-se derretendo, vai deixando depósitos estratificados em forma de colinas, terraços e cúmulos. Este tipo de depósito é conhecido como depósito em contacto com o gelo.
Quando estes depósitos têm a forma de colinas com encostas empinadas ou montículos são designados por kames. Alguns kames são formados quando a água de fusão deposita sedimentos através de aberturas no interior do gelo. Noutras situações, só são a consequência de deltas até o exterior do gelo, produzidos pela água de fusão.
Quando o gelo glaciário ocupa um vale, podem formar-se terraços ou Kames ao longo dos lados do vale.
Um terceiro tipo de depósitos formado em contacto com o gelo é caracterizado por sinuosas cristas longas e estreitas compostas essencialmente por areia e gravilha. Algumas destas cristas têm alturas que superam os 100 metros e o seu comprimento ultrapassa os 100 quilómetros. Trata-se dos eskers, cristas depositadas por rios de águas de fusão que correm por baixo de uma massa de gelos glaciários que avançam lentamente.
Estes rios servem de fuga para a água de fusão que forma a geleira em contacto com o solo e ocupam uma espécie de grutas muito largas por baixo do glaciar. A origem destas colinas alargadas encontra-se na capacidade de arrasto de sedimento entre o gelo (que é muito maior) e a água: no leito destes rios subterrâneos vão-se acumulando materiais arrastados pela geleira que a água não é capaz de continuar a transportá-los. Por esse motivo, os eskers são colinas alargadas por onde passaram os rios internos de uma geleira. São muito frequentes na Finlândia e apresentam sempre a mesma direcção no mesmo sentido do deslocamento da geleira.
O fim do periodo criogênico
Logo após se formar Rodínia já começaria a se fragmentar em três grandes continentes um maior com África, America, Austrália, índia e ibérica outro com Europa e Sibéria e por ultimo Groelândia, America do norte e leste europeu. As temperaturas voltariam a se estabilizar num patamar tropical como antes e um novo mundo cheio de vida seria construído em um curto período de tempo geológico, pois o nicho anterior de vida fora alterado e novas oportunidades em um mundo mais atrativo para os multicelulares do pré-criogênico.