OS TETRÁPODES
Primeiros Anfíbios
Os peixes anfíbios, entre o devoniano médio
e superior se proliferariam e se diversificariam. Apesar de ainda dependerem de
ambientes úmidos e sua prole viver na água até a idade adulta, os peixes anfíbios
tirariam vantagem de poder andar em terra. Os alimentos eram mais abundantes e
variados, mas ainda não tinham inimigos a altura no solo costeiro e do leito
dos rios, percorriam longas distancias quando o nicho se tornava inóspito, e
alguns com o tempo se imersos totalmente na agua se afogavam. Estava lançada a
pedra para a conquista da terra com os Anfíbios.
Elpistostege watsoni
O Elpistostege watsoni possuía uma cabeça
curta, um tronco alongado e delgado, uma região caudal relativamente curta e
uma pequena nadadeira anal. O crânio representava apenas 14,4% do comprimento
total, menor do que a média de outros tetrapodomorfos (peixes em transição para
tetrápodes) do Devoniano (21,38%). Com 1,57 metro, era o maio predador vivendo
em áreas marítimas rasas de onde é a península de Quebec atualmente, mas há
cerca de 380 milhões de anos.
O
Elpistostege watsoni seria o elo faltante ligando o desenvolvimento de membros
durante a evolução dos tetrápodes e a eventual emergência das mãos observadas
dos vertebrados terrestres modernos.
A nadadeira peitoral
do E. Watsoni era amplamente digitalizada, e requeria somente a perda de uma
estrutura externa cobrindo o endoesqueleto da nadadeira (Lepidotrichia) para
permitir movimento livre dos elementos radiais, de muito similar aos dedos
vistos em um típico tetrápode terrestre.
Por fim, a análise filogenética colocou o gênero Elpistostege isolado como o táxon irmão dos tetrápodes, mais próximo destes do que qualquer outro clado sarcopterigiano e imediatamente abaixo dos tetrápodes com dedos.
Em conclusão, os pesquisadores afirmaram que o E. Watsoni marca uma tênue linha separando peixes e tetrápodes terrestres, revelando um maior número de novidades exclusivas de tetrápodes do que em outros peixes tetrapodomorfos.
Assumindo certos pontos de referência sobre a interpretação do clado Tetrápoda, os tetrápodes podem ser definidos como organismos derivados do primeiro sarcopterigiano a possuir dedos homólogos com aqueles da nossa espécie (Homo sapiens). Nesse sentido, o gênero Elpistostege pode representar o nosso mais antigo e mais primitivo tetrápode conhecido. O típico padrão de mãos - formado por uma fileira de dedos nos tetrápodes - encontrado nesses peixes provavelmente evoluiu por fornecer vantagens adaptativas na busca por alimentos e exploração de novos habitats livres de competidor
Concentrando as análises nas nadadeiras
peitorais, o escaneamento CT de alta-energia revelou a presença de um úmero
(braço), rádio e ulna (antebraço), linha do carpo (pulso) e falanges
organizadas em dedos. Em especial, esses dedos articulados na nadadeira do E. Watsoni
se mostraram homólogos aos dedos ósseos encontrados nas mãos da maioria dos
animais, incluindo humanos, e, nesse sentido, a descoberta coloca a origem dos
dedos e do padrão estrutural das mãos em vertebrados ainda nos peixes, antes
destes saírem de vez das águas. O sistema articulado mais complexo e
especializado do que aquele encontrado no Tiktaalik suposto era capaz de
sustentar sua massa corporal, apoiando-se e locomovendo-se de forma eficiente
no chão associado ao mar raso ou mesmo em ambientes terrestres próximos ao mar.
ANFÍBIOS
Cobras
Cega, Salamandras, Axolotes, Rãs, Sapos e Pererecas nos mostra o nível de
especialização que os anfíbios atingiram, mesmo que sendo uma pálida amostra do
que já foram esse grupo de mais de 300 milhões de anos de história da vida na
Terra.
Principais adaptações para o ambiente
terrestre:
Tímpano, uma membrana que vibra com o som e
remete estímulos para as estruturas nervosas do ouvido;
Pálpebras que protegem os
olhos e realizam sua limpeza;
Patas bem definidas, sem
unhas.
Alguns grupos quando adultos, possuem
patas e não cauda e outros não tem patas mas apresentam cauda.
Anfíbios Respiração diversa
-Possuem
brânquias na fase larval;
-Perda
de brânquias internas e externas parcial ou total(ao menos na vida adulta).
-Redução
e perda do opérculo;
Respiração Cutânea
Ocorre em todos os anfíbios,desde a fase larval, mas
alguns grupos é vital(salamandras) e em outros, bem menos restritiva(anuros).
A pele é a principal barreira protetora do
corpo contra as agressões externas. A dos anfíbios, apesar de muito fina,
possui características cruciais para garantir a sua sobrevivência.
Os
anfíbios podem inspirar e expirar através da pele, em terra ou debaixo de água,
e através dela absorvem água, não
através da boca como nos demais vertebrados terrestres, mas pela pele
permeável, na parte de baixo do corpo. A maioria dos anfíbios adultos atuais
possuem pulmões, mas há ainda algumas salamandras que não dispões do orgão e
respiram exclusivamente pela pele, Outros ainda absorvem oxigénio através da
pele para complementar o fornecimento de O², mesmo possuindo pulmões.
O
aspecto viscoso dos anfíbios deve-se ao facto de a sua pele estar repleta de
glândulas que produzem muco, que se espalha pela superfície da pele,
humedecendo-a e tornando-a mais suave e, logo, mais absorvente.
A
Perca das escamas, caracteristicas dos peixes, favoreceu arespiração cutânea
também destes animais.
Respiração
pulmonar
Os
Urodelos respiram basicamente pela pele(Salamandras); os girinos(forma larval) e
algumas nereidas e tritões ainda possuem
brânquias na fase adulta.
A
respiração pulmonar é uma forma de respiração mais comum para as os anuros,
especialmente os que vivem em ambientes mais secos, onde a pele não é tão úmida
para facilitar as trocas gasosas.
Pulmões,
mais eficientes, pele não tão úmida em alguns casos não inviabiliza as trocas
gasosas cutâneas, mas são menos eficientes que nos demais anfíbios.
Sistema vascular
-Coração
com três câmaras, com circulações sistêmica e
pulmonar
próprias, mas sem separação do sangue no ventrículo.
Sistema Excretor e reprodutor
Excreção
Desidratação
ainda é um problema para muitos anfíbios!
-Geralmente fertilização externa, com ovos deixados na água
Estrutura Corporal
Características estruturais do esqueleto
-Esqueleto axial com
zigapófises:
-coluna
rígida
-cinturas
e membros mais fortes e firmemente conectados
-Ílio
unido a costelas sacrais
-Costelas
formando a caixa torácica.
-Evolução
de membros pares
-Úmero
e fêmur alongados e dirigidos lateralmente
-Dedos radiados e articulados.
Crânio
Perda
de ossos cranianos, separando o ombro do crânio:
-pescoço
flexível.
-Balanço
hídrico
Audição mais adaptado a ambiente terrestre, bem como um ouvido médio, que é derivado do espiráculo das larvas(girinos).
- O Hiomandibular é um osso que, com o simpléctico, articula a mandíbula com o crânio nos peixes teleósteos a partir de agora está livre e modificado formando a columela. A columela forma estruturas ósseas finas no interior do crânio e serve para transmitir sons do tímpano.
Visão
-Mudança
no formato do cristalino, associada com os
-diferentes
índices de refração da água e do ar.
Os
primeiros tetrápodes (clado mais inclusivo do que Tetrapoda)
mais
bem conhecidos o Acanthostega e Ichthyostega que eram carnívoros, e mediam 50 a
120 cm comprimento.
O sistema nervoso dos Anfíbios é bem mais
desenvolvido que o dos peixes ósseos, sendo
complexo, possuindo um encéfalo (cérebro) dentro do crânio e um cordão nervoso
dorsal (medula espinal) protegido pelas vértebras.
O encéfalo é dividido em três partes principais
(prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo), cada uma com funções específicas:
Prosencéfalo:
Inclui o cérebro e o diencéfalo,
responsáveis por funções como o olfato e a integração sensorial.
Mesencéfalo:
É o centro da visão nos anfíbios,
processando informações visuais e coordenando comportamentos relacionados à
visão.
Rombencéfalo:
Inclui a medula oblonga e o cerebelo,
envolvidos em funções como o controle do equilíbrio e a respiração.
Medula espinhal:
Transmite impulsos nervosos entre o
encéfalo e o corpo, controlando movimentos e reações.
Os anfíbios possuem órgãos sensoriais bem
desenvolvidos, como os olhos, que são importantes para a visão, e órgãos
auditivos que permitem a detecção de sons e vibrações. O sistema nervoso dos
anfíbios é essencial para a sua sobrevivência, permitindo a interação com o
meio ambiente, a busca por alimento e a fuga de predadores.
Digestão
A digestão nos anfíbios é um processo
extracelular que ocorre principalmente no estômago e intestino. A língua,
geralmente bem desenvolvida, ajuda na captura de presas, envolvendo-as em muco
para facilitar a passagem pelo tubo digestivo. Os anfíbios não mastigam os
alimentos, mas sim engolem-nos inteiros, o que requer a produção de ácidos para
auxiliar na digestão.
Detalhes do processo digestivo:
1. Ingestão:
Os anfíbios capturam suas presas (insetos,
aranhas, etc.) com a língua, que é fixada na parte anterior da cavidade oral e
pode ser projetada para fora.
2. Esôfago:
O alimento é então engolido e passa pelo esôfago,
que liga a boca ao estômago.
3. Estômago:
No estômago, os alimentos são digeridos por meio
da ação de ácidos e enzimas.
4. Intestino:
A digestão continua no intestino, onde os
nutrientes são absorvidos.
5. Cloaca:
Os resíduos não digeridos são eliminados pela
cloaca, um orifício único que também serve para a excreção de urina e
reprodução.
Outras características da digestão em anfíbios:
Fígado e pâncreas:
O fígado e o pâncreas produzem substâncias que
auxiliam na digestão.
Dentes:
Algumas espécies de anfíbios possuem pequenos
dentes, mas, em geral, eles não os utilizam para mastigar.
Adaptabilidade
A dieta dos anfíbios varia de acordo com a
espécie e a fase de vida, com girinos sendo herbívoros e anfíbios adultos sendo
carnívoros.
Digestão extracelular: