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segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

TOMO LV - Orogenia Arqueana



Ur
Ur é o continente mais antigo confirmado (Diferente de Vaalbara que é apenas teoria) Era formado por algumas partes da Austrália, África e Índia. Foi formado cerca de 3.0 Bilhões de anos.

Ur foi um supercontinente formado há 03 bilhões de anos atrás, durante o final do éon Arqueano. Ur sobreviveria enquanto entidade única até ser separado quando o supercontinente Pangeia se fragmentou em Laurásia e Gondwana.

As rochas deste continente são agora partes de África, do Continente Australiano e do Subcontinente Indiano. Durante o primeiro período da sua existência, Ur foi provavelmente a única massa emersa da Terra, (é considerado um supercontinente por não haver outras massas de terra a lhe fazerem companhia), embora tenha provavelmente sido menor do que a Austrália é hoje. 

Enquanto foi o único continente na Terra, toda a restante massa terrestre encontrava-se na forma de pequenas ilhas graníticas e pequenas massas de terra, não tendo dimensão suficiente para serem consideradas em continente.



O ultimo Supercontinente do Arqueano
Kenorland

.Há 2.700 milhões de anos, a acreção de crátons, as primeiras massas terrestres, forma um único e maciço supercontinente, Kenorland. Um dos supercontinentes propriamente dito, mais antigo conhecido, continha rochas do que hoje são parte a América do Norte, Austrália ocidental, Groenlândia e África do Sul.

A imagem da terra primitiva estava com os dias contados. Ao sair deste período nosso planeta seria bem mais semelhante ao atual. Dos mares esverdeados e da Terra Oxidada Iriamos para os mares azulados com os aumentos de O² atmosférico e a diminuição dos gases do efeito estufa como metano e CO².

Acredita-se que tenha se formado durante a Era neoarqueana á. 2,72 bilhões de anos atrás pela adição de crátons neoarqueanos e a formação de uma nova crosta continental. A orogenia estava em alta com a formação das placas tectonicas e a quantidade de terras emersas aumentou exponencialmente.

Kenorland era formado pelo que mais tarde se tornaria Laurentia (o núcleo da América do Norte e Groenlândia de hoje),  Báltica (atual Escandinávia e o Báltico),  Austrália Ocidental e  Kalahari. Também formou uma parte substancial de Nena ou Columbia, o supercontinente que surgiria na proxima junção de terras emersas.

O núcleo de Kenorland, o Escudo Báltico(Fennoscandian), remonta suas origens a mais de 3,1 bilhões de anos. O Yilgarn Craton (atual Austrália Ocidental) contém cristais de zircônio em sua crosta que datam de 4,4 2 bilhões de anos.



Á Separação

Estudos paleomagnéticos mostram que Kenorland estava em latitudes geralmente baixas até que o rompimento tectônico por plumas de magmaticas, ocorridas entre 2,48 e 2,45 bilhões de anos atrás. A 2,45 bilhões de anos atrás o Escudo Báltico estava sobre o equador e se uniu a Laurentia (o Escudo Canadense), e com os crátons Kola e Karelia. 

A prolongada dissolução de Kenorland, que durou entre a Era Neoarqueana ao final da Paleoproterozóica,  deixaria sua marca em diques máficos, bacias sedimentares e margens-fendas por alguns continentes.


O evento de plumas magmáticas bimodal no manto profundo no início da Terra era comum na crosta arqueana e que auxiliou na  formação dos novos continentes.

O período de tempo geológico em torno do rompimento de Kenorland é considerado por muitos geólogos como o começo do ponto de transição do método da formação de continentes no planalto profundo do Hadeano para o Arqueano Primitivo (antes da formação final do núcleo interno da Terra, núcleo e manto em duas camadas), para a subsequente teoria de convecção tectônica de placas. No entanto, as descobertas de um continente anterior, Ur, e um supercontinente de cerca de 3,1 bilhões de anos o Vaalbara, indicam que esse período de transição pode ter ocorrido muito antes.

A 2.45 bilhões de anos já não existia mais um supercontinente e á 2.515 bilhões de anos existia um oceano entre os crátons Kola e Karelia. A evidencias que em algum momento durante a separação, que o escudo do lago do Escravo e crátons do lago Superior, no atual Canadá, não faziam mais parte do Kenorland. Anteriormente  teriam sido duas massas diferentes, como um supercratons, em ambas extremidades  opostas do Kenorland. Subsequentemente viriam a se unir os crátons do Escravo e do  Superior formando as porções noroeste e sudeste do atual Escudo Canadense.


A fragmentação do continente Kenorland foi contemporânea com a glaciação Huroniana, que persistiu por 60 milhões de anos. Uma das primeiras  glaciações registradas. As formações ferríferas bandadas (BIF) mostram sua maior extensão neste período, indicando um aumento maciço no acúmulo de oxigênio de 0,1% da atmosfera para 1%. O aumento nos níveis de oxigênio causou o desaparecimento virtual do gás metano do efeito estufa (oxidado em dióxido de carbono e água) e assim a terra ficaria azul.

A ruptura simultânea de Kenorland provavelmente aumentou a precipitação continental em todas as suas regiões, aumentando assim a erosão e reduzindo ainda mais o dióxido de carbono e outros gases de efeito estufa. Com a redução dos gases de efeito estufa, e com a produção de energia solar sendo inferior a 85% de sua potência atual (devido à juventude de nosso sol), a Terra foi levada a um cenário do primeiro caso de “Terra bola de Neve”, o próximo seria registrado somente com o supercontinente Rodínia. As temperaturas médias em todo o planeta despencaram abaixo de zero, e apesar da anóxia indicada pelo BIF, a fotossíntese continuou, estabilizando os climas em novos níveis para o planeta, durante a segunda parte da Era Proterozoica.


O primeiro registro da Terra bola de neve fora quando Kenorland se fragmentara, durou 60 milhões de anos mas não derrotaria a vida que continuava ativa.