EROSÃO EÓLICA
Erosão eólica
é um tipo de erosão pelo vento com a retirada superficial de fragmentos mais
finos. Este processo só se intensificou com o aumento das terras emersas e do
surgimento dos primeiros continentes.
Na terra assim que emergiu a primeira massa de terra exposta a atmosfera se iniciou a erosão eólica. Os ventos primordiais quase não tinham obstáculos orogênicos para frená-los e portanto tinham sua intensidade potencializada drasticamente. Com o erguimento dos continentes o processo de erosão faria com que surgissem os primeiros desertos de dunas e a ação dos ventos auxiliaria a mudar a face de nosso planeta.
A
diminuição da velocidade do vento ou deflação ocorre freqüentemente com o contato com a superfície. Em regiões
de campos de dunas a deflação ocorre com a retirada preferencial de material superficial mais
fino (areia, silte), permanecendo, muitas vezes, uma camada de pedregulhos e
seixos atapetando a superfície erodida.
Pode
ocorrer forte erosão associada à deflação, esculpindo nas rochas formas
reniformes e outras feições típicas de regiões desérticas e outras assoladas
por fortes ventos.
Em
locais de forte e constante deflação podem se formar zonas rebaixadas, em meio
a regiões desérticas, e que com as escassas chuvas formam lagos rasos (playa),
secos na maior parte do tempo; lama endurecida ou camadas de sal atapetam
muitas vezes essas playas.
O loess significa solo solto, sendo constituído de espessos pacotes de sedimentos finos (fração argila e silte) transportados em suspensão pelo vento a grandes distâncias. Em geral as áreas fontes destas partículas são depósitos não consolidados de sedimento glaciais pouco alterados quimicamente, o que permite sua mineralogia diversificada: quartzo, feldspato, anfibólio, mica, argila e alguns carbonatos.
Os grãos são pouco polidos e angulosos, facilitando um grande acúmulo de material com declives íngremes. No entanto é um material muito friável e muito susceptível à erosão, mesmo não sendo perturbado pela ação do homem.
Solos formados sobre loess são bem drenados, e em função de sua composição mineralógica diversificada, são muito férteis, apesar de serem facilmente erodidas. Perdas anuais de até 25 toneladas por hectare têm sido reportadas, mesmo em áreas bem manejadas, podendo chegar a 100 toneladas anuais por hectare se não forem tomados os cuidados de preservação necessários.
Na China, ao longo do Rio Amarelo, depósitos de loess tem sido cultivados por milhares de anos, mantendo uma alta fertilidade, em função de boas práticas agrícolas. Devido à sua capacidade de poderem ser facilmente esculpidos, mantendo paredes íngremes, os depósitos de loess da China são escavados pelos camponeses locais, fornecendo originais e típicas cavernas-residências.
Na Europa, grandes pacotes de loess são encontrados na Hungria, na Bulgária, Bélgica e Alemanha, formando altas falésias. Na foto acima vemos uma falésia formada de material proveniente da Ásia.
Nos Estados Unidos loess é encontrado em Iowa, Nebraska e Mississipi.
TORNADOS
E FURACÕES
Na natureza existem diferentes fenômenos
resultantes das ações dos ventos, das variações da temperatura, da umidade, do
clima e de muitos outros fatores. Alguns desses fenômenos são muito temidos
pela sua agressividade e pelos impactos por eles gerados. Os principais deles
são os furacões, os tornados e os ciclones.
Eles caracterizam-se por serem ventos muito
fortes, com velocidades que podem ultrapassar 120 km/h, com um diâmetro que
pode variar entre 200 km e 400 km. Por outro lado, os tornados são mais
intensos e destrutivos que os furacões, porém apresentam tamanhos e duração
menores.
Furações e Tufões
São a forma mais destrutiva, em curto período, da ação eólica na superfície da Terra.
Em
primeiro lugar, é preciso lembrar que o Furacão e o Tufão são o mesmo fenômeno,
porém em localizações distintas. Quando ocorre na porção leste do Oceano
Pacífico ou no Oceano Atlântico, é chamado de Furacão, quando ocorre na porção
oeste do Pacífico, é chamado de Tufão. Eles caracterizam-se por serem ventos
muito fortes, com velocidades que podem ultrapassar 120 km/h, com um diâmetro
que pode variar entre 200 km e 400 km.
São a forma mais destrutiva, em curto período, da ação eólica na superfície da Terra.
Fruto
da ação erosiva do vento. Deflação
Tornados
Destruição
por tornardos
Os tornados são mais intensos e destrutivos
que os furacões, porém apresentam tamanho e duração menores. O seu diâmetro não
ultrapassa 2 km e a sua duração é, em média, de 15 minutos, enquanto os
furacões podem durar por vários e vários dias. Apesar disso, as velocidades dos
tornados são bem maiores, podendo ultrapassar 500 km/h, o que eleva o seu poder
de destruição. Os tornados só podem ser considerados como tal se tocarem o
solo, caso contrário, são chamados apenas de “funis”.
Um tornado pode ser percebido inteiramente a
olho nu, enquanto os furacões são grandes demais para isso. O primeiro forma-se
geralmente em terra e o segundo, nos oceanos. Quando os tornados se formam na
água, eles passam a ser chamados de tromba d’água.
Por fim, é importante lembrar que tornados,
furacões e tufões são apenas alguns dos tipos de ciclones. Na verdade, essas
denominações são subtipos dos ciclones tropicais, isto é, aqueles ciclones que
ocorrem ao sul do Trópico de Câncer e ao norte do Trópico de Capricórnio,
existindo também os ciclones extratropicais.
Erosão
marinha em zona de furacões é bem mais acentuada do que em áreas de tempestades
esparsas. O grau de aplanamento da superfície e bem mais acentuado onde
ocorrem sazonalmente os ciclones.