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sábado, 14 de setembro de 2019

TOMO XLIX- OBJETOS TRANSNETUNIANOS - NUVEM DE OORT


ALÉM DA HELIOPAUSA
Visto do disco disperso o sistema solar o Sol é envolvido por uma bolha de névoa compostas por Partículas lançadas por ele próprio.

O vento solar arremessa partículas como elétrons e prótons oriundos da coroa solar. As partículas percorrem o sistema solar em altas velocidades d (cerca de 1,4 milhões de Km/h) e formam uma bolha de matéria chamada de heliosfera. 

O ambiente interestelar contém matéria na forma de gases e grãos microscópicos de poeira que preenchem o espaço vazio entre os astros. Em algum ponto as partículas externas ao sistema solar trombam com as partículas da heliosfera, frenando sua velocidade para algo próximo a do som, esta frenagem prolonga-se até que as partículas terminam por se acumular no limite do sistema solar para o espaço aberto, chamado de heliopausa.  
A partir desta região começa a nuvem de Oort, uma região densamente povoada mas por objetos de pequeno tamanho, dentre eles se encontram partículas espaciais, rochas, meteoritos e cometas. Uma esfera de muitos bilhões de quilômetros que nos circunda invisível ao olharmos o céu noturno.

A nuvem de Oort, é uma nuvem esférica de cometas e asteroides, e agora com planetas anões hipotética (ou seja, não observada diretamente).
 A nuvem de Oort tem por seu limite externo quase um ano luz de distância do Sol, e faz com que ela fique a aproximadamente a um quarto da distância de  Próxima Centauro, a estrela mais próxima da Terra além do Sol.
O gigantesco aglomerado esférico de corpos celestes  que se inicia entre 2000 e 5000 UA e se estende até cerca de 50 000 ou 100 000 UA ( 0.8 e 1.6 anos Luz) seria a origem dos cometas de longo período que adentram no sistema solar interior.
Até o final do século XX os astrônomos concluíam que a região era uma grande “terra de ninguém”, com raros objetos espalhados por ela. Mas o observado até agora comprovam justamente o contrário com as novas tecnologias do inicio do século XIX.
Limite Interior
Astrônomos sugerem que á  população da parte interna da Nuvem de Oort onde se encontra Sedna seria um mar de objetos maiores que asteroides e cometas. Essa região seria densamente povoada por objetos com diâmetro e massa suficientes para serem classificados como planeta anão!



Os astrônomos estimam que a região abrigue cerca de 900 objetos com mais de mil quilômetros de diâmetro, sendo que alguns destes objetos nos limites do disco disperso e da parte interna da Nuvem de Oort poderiam rivalizar com o tamanho de Marte e mesmo da Terra. 
O fato de não enxergarmos muitos dos objetos da parte interna da Nuvem de Oort e disco disperso se deve por estarem muito distantes, e mesmo os maiores,  possuem um brilho muito tênue para serem detectados com a atual tecnologia.
Segundo algumas estimativas e estatísticas, a nuvem poderia abrigar algo em torno de 10 trilhões de cometas, sendo a sua massa total seria de cerca de cinco vezes a massa da Terra.
Nuvem de Objetos fragmentados da nuvem de Oort.

O cinturão de Kuiper e o disco disperso, as outras duas regiões do Sistema Solar que contêm alguns objetos transnetunianos, se localizam a menos de um centésimo da distância estimada da nuvem de Oort. A parte externa da nuvem de Oort define o limite gravitacional do Sistema Solar.

Análises de isótopos de carbono e nitrogênio revelam que quase não existem diferenças entre os cometas da nuvem de Oort e os cometas de Júpiter, apesar das enormes distâncias que os separam, evidenciando que chegaram às suas posições atuais na nuvem de Oort devido a efeitos gravitacionais causados pelos planetas gigantes. Este fato sugere que todos eles se formaram na nuvem protossolar, durante a formação do Sistema Solar.
Estas conclusões são também aceitas pelos estudos do tamanho granular nos cometas da nuvem de Oort, assim como também pelo estudo dos impactos do cometa 9P/Tempel.

Cometa 9P/Tempel.

Acredita-se que as partes interna e externa da nuvem pode abrigar bilhões de cometas de mais de 1,3 quilômetros de diâmetro, pouco se comparado aos trilhões de menor tamanho. Apesar do número levado de cometas, cada um estaria separado em média dezenas de milhões de quilômetros com referência ao cometa mais próximo. 

Os objetos da nuvem de Oort seriam compostos principalmente por gelo, metano, etano, monóxido de carbono e ácido cianídrico, mas com a descoberta do asteroide 1996 PW, que possui uma órbita mais característica como um cometa de período longo, sugere que a nuvem também abriga objetos rochosos.

Estrutura da nuvem de Oort.

A nuvem de Oort compreende duas regiões distintas, a parte exterior esférica e uma parte interior esférica com seu centro elipsado em forma de um disco chamado também de nuvem de Hills.


Nuvem de Hills
Nuvem de Hills.


A Nuvem de Hills, também chamado de Nuvem de Oort interior ou Nuvem Interior seria um vasto corpo esférico dentro da nuvem de Oort. A borda  interna, não tão definido precisamente seria entre 300.000 bilhões de Km e 750.000 bilhões de Km (2000 e 5000 UA), muito além das órbitas dos planetas e objetos do cinturão de Kuiper, mas as distâncias podem ser muito mais elevadas. Esta  nuvem conteria cerca de 5 vezes mais cometas e objetos rochosos do que a Nuvem de Oort em si.

Os cometas da nuvem de Oort são continuamente perturbados por seu ambiente. Uma percentagem significativa deles deixa o Sistema Solar, ou vai para o interior deste. Por isso, deveria ter esgotado o número de cometas há muito tempo, mas na prática não seria assim.

Em teoria da nuvem de Hills refere-se à longevidade da nuvem de Oort. A Nuvem interior seria uma zona tão densamente povoada que os objetos projetados da nuvem de Hills terminariam na região clássica da nuvem de Oort, perpetuando depois de 04 bilhões de anos a nuvem. Provavelmente a nuvem de Hills seria maior concentração de cometas no Sistema Solar.

A existência da nuvem de Hills é plausível porque muitos corpos já foram encontrados desde o final do século XX, seria mais espessa e massiva  que a nuvem de Oort, mas logicamente,muito menor.

interações gravitacionais com as estrelas próximas e efeitos da maré galactia  têm dado órbitas circulares aos cometas na Nuvem de Oort, o que não é visto no caso dos cometas na nuvem de Hills que sofrem mais com a interação gravitacional do Sol e dos planetas gigantes ou quem sabe até com o planeta Nove.

Alguns objetos descobertos no inicio do século XIX como Sedna, 2000 CR105, 2006 SQ372 e 2008 KV42, são atualmente considerados membros temporários da nuvem de Oort interna, ou seja, em algum momento de suas orbitas se encontram na borda interior desta.


  
Nuvem de Oort Exterior




A esférica borda externa da nuvem de Oort.

A borda exterior da nuvem de Oort e bem menos densa que a interior, mais estável e possivelmente seus limites seriam como a interação da borda da nuvem de outro sistema estelar como a de Alfa Centauro. 

Para um observador óptico convencional, a grandiosidade da nuvem passa desapercebido, invisível devido a quase total ausência de luminosidade por parte dos objetos nela presente, mas se olhássemos por outros meios veríamos boa parte do que está oculto, mas presente em sua constituição. 

Essa parte externa da nuvem de Oort é muito pouco influenciada pela gravidade do Sol, e isso faz com que outras estrelas, inclusive a própria Via Láctea, possam interferir na órbita de seus objetos e mandá-los para o Sistema Solar interior esporadicamente. De todos os cometas de curto período do Sistema Solar, muitos podem vir do disco disperso, mas alguns podem ter se originado na nuvem de Oort.