ALÉM
DA HELIOPAUSA
Visto do disco disperso o sistema solar o Sol
é envolvido por uma bolha de névoa compostas por Partículas lançadas por ele
próprio.
O vento solar arremessa partículas como
elétrons e prótons oriundos da coroa solar. As partículas percorrem o sistema
solar em altas velocidades d (cerca de 1,4 milhões de Km/h) e formam uma bolha
de matéria chamada de heliosfera.
O ambiente interestelar contém matéria na
forma de gases e grãos microscópicos de poeira que preenchem o espaço vazio
entre os astros. Em algum ponto as partículas externas ao sistema solar trombam
com as partículas da heliosfera, frenando sua velocidade para algo próximo a do
som, esta frenagem prolonga-se até que as partículas terminam por se acumular
no limite do sistema solar para o espaço aberto, chamado de heliopausa.
A partir desta região começa a nuvem de Oort,
uma região densamente povoada mas por objetos de pequeno tamanho, dentre eles
se encontram partículas espaciais, rochas, meteoritos e cometas. Uma esfera de
muitos bilhões de quilômetros que nos circunda invisível ao olharmos o céu
noturno.
A nuvem de Oort, é uma nuvem esférica de
cometas e asteroides, e agora com planetas anões hipotética (ou seja, não
observada diretamente).
A
nuvem de Oort tem por seu limite externo quase um ano luz de distância do Sol,
e faz com que ela fique a aproximadamente a um quarto da distância de Próxima Centauro, a estrela mais próxima da
Terra além do Sol.
O gigantesco aglomerado esférico de
corpos celestes que se inicia entre 2000
e 5000 UA e se estende até cerca de 50 000 ou 100 000 UA ( 0.8 e 1.6 anos Luz)
seria a origem dos cometas de longo período que adentram no sistema solar
interior.
Até o final
do século XX os astrônomos concluíam que a região era uma grande “terra de ninguém”,
com raros objetos espalhados por ela. Mas o observado até agora comprovam
justamente o contrário com as novas tecnologias do inicio do século XIX.
Limite Interior
Astrônomos sugerem que á população da parte interna
da Nuvem de Oort onde se encontra Sedna seria um mar de objetos maiores que asteroides e cometas. Essa região seria densamente povoada por objetos com
diâmetro e massa suficientes para serem classificados como planeta anão!
Os astrônomos estimam que a região abrigue cerca de 900 objetos com mais de mil
quilômetros de diâmetro, sendo que alguns destes objetos nos limites do disco
disperso e da parte interna da Nuvem de Oort poderiam rivalizar com o tamanho
de Marte e mesmo da Terra.
O fato de não enxergarmos muitos dos objetos da
parte interna da Nuvem de Oort e disco disperso se deve por estarem muito
distantes, e mesmo os maiores, possuem
um brilho muito tênue para serem detectados com a atual tecnologia.
Segundo algumas estimativas e estatísticas,
a nuvem poderia abrigar algo em torno de 10 trilhões de cometas, sendo a sua
massa total seria de cerca de cinco vezes a massa da Terra.
Nuvem
de Objetos fragmentados da nuvem de Oort.
O cinturão de Kuiper e o disco disperso, as
outras duas regiões do Sistema Solar que contêm alguns objetos transnetunianos,
se localizam a menos de um centésimo da distância estimada da nuvem de Oort. A
parte externa da nuvem de Oort define o limite gravitacional do Sistema Solar.
Análises de isótopos de carbono e
nitrogênio revelam que quase não existem diferenças entre os cometas da nuvem
de Oort e os cometas de Júpiter, apesar das enormes distâncias que os separam,
evidenciando que chegaram às suas posições atuais na nuvem de Oort devido a efeitos
gravitacionais causados pelos planetas gigantes.
Este fato sugere que todos eles se formaram na nuvem protossolar, durante a
formação do Sistema Solar.
Estas conclusões são também aceitas pelos
estudos do tamanho granular nos cometas da nuvem de Oort, assim como também pelo estudo dos
impactos do cometa 9P/Tempel.
Cometa
9P/Tempel.
Acredita-se
que as partes interna e externa da nuvem pode abrigar bilhões de cometas de
mais de 1,3 quilômetros de diâmetro, pouco se comparado aos trilhões de menor
tamanho. Apesar do número levado de cometas, cada um estaria separado em média
dezenas de milhões de quilômetros com referência ao cometa mais próximo.
Os objetos da nuvem de Oort seriam compostos
principalmente por gelo, metano, etano, monóxido de carbono e ácido cianídrico, mas com a descoberta do asteroide 1996 PW,
que possui uma órbita mais característica como um cometa de período longo,
sugere que a nuvem também abriga objetos rochosos.
Estrutura da nuvem de Oort.
A
nuvem de Oort compreende duas regiões distintas, a parte exterior esférica e
uma parte interior esférica com seu centro elipsado em forma de um disco
chamado também de nuvem de Hills.
Nuvem de Hills
Nuvem de Hills.
A
Nuvem de Hills, também chamado de Nuvem de Oort interior ou Nuvem Interior seria
um vasto corpo esférico dentro da nuvem de Oort. A borda interna, não tão definido precisamente seria
entre 300.000 bilhões de Km e 750.000 bilhões de Km (2000 e 5000 UA), muito
além das órbitas dos planetas e objetos do cinturão de Kuiper, mas as distâncias
podem ser muito mais elevadas. Esta nuvem conteria cerca de 5 vezes mais cometas e
objetos rochosos do que a Nuvem de Oort em si.
Os
cometas da nuvem de Oort são continuamente perturbados por seu ambiente. Uma
percentagem significativa deles deixa o Sistema Solar, ou vai para o interior
deste. Por isso, deveria ter esgotado o número de cometas há muito tempo, mas na
prática não seria assim.
Em teoria da nuvem de Hills refere-se à longevidade da nuvem de Oort. A Nuvem
interior seria uma zona tão densamente povoada que os objetos projetados da
nuvem de Hills terminariam na região clássica da nuvem de Oort, perpetuando
depois de 04 bilhões de anos a nuvem. Provavelmente a nuvem de Hills seria maior
concentração de cometas no Sistema Solar.
A
existência da nuvem de Hills é plausível porque muitos corpos já foram
encontrados desde o final do século XX, seria mais espessa e massiva que a nuvem de Oort, mas logicamente,muito
menor.
interações gravitacionais com as estrelas próximas e efeitos da maré galactia têm dado órbitas circulares aos cometas na
Nuvem de Oort, o que não é visto no caso dos cometas na nuvem de Hills que
sofrem mais com a interação gravitacional do Sol e dos planetas gigantes ou
quem sabe até com o planeta Nove.
Alguns
objetos descobertos no inicio do século XIX como Sedna, 2000 CR105, 2006 SQ372 e
2008 KV42, são atualmente considerados membros temporários da nuvem de Oort
interna, ou seja, em algum momento de suas orbitas se encontram na borda
interior desta.
Nuvem de Oort Exterior
A
esférica borda externa da nuvem de Oort.
A borda exterior da nuvem de Oort e bem
menos densa que a interior, mais estável e possivelmente seus limites seriam
como a interação da borda da nuvem de outro sistema estelar como a de Alfa
Centauro.
Para um observador óptico convencional, a grandiosidade da nuvem
passa desapercebido, invisível devido a quase total ausência de luminosidade
por parte dos objetos nela presente, mas se olhássemos por outros meios veríamos boa parte do que está oculto, mas presente em sua constituição.
Essa parte
externa da nuvem de Oort é muito pouco influenciada pela gravidade do Sol, e
isso faz com que outras estrelas, inclusive a própria Via Láctea, possam
interferir na órbita de seus objetos e mandá-los para o Sistema Solar interior
esporadicamente. De todos os cometas
de curto período do Sistema Solar, muitos podem vir do disco disperso, mas
alguns podem ter se originado na nuvem de Oort.