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segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

TOMO LIV - AS PRIMEIRAS TRANSFORMAÇÕES NA SUPERFÍCIE TERRESTRE


O primeiro Supercontinente.

Vaalbara:
Vaalbara é o nome do primeiro supercontinente primeiro teorizado da Terra.

Com a crosta terrestre consolidada, o nosso mundo era um oceano global composto por varias pequenas ilhas que representavam as únicas terras emersas do planeta. 
Com o aprofundamento do tectonismo e da formação das placas tectônicas no fundo dos oceanos paulatinamente essas pequenas ilhas começavam a se aglutinar. 

A elas se aliavam as esporádicas plumas magmáticas que emergiam das profundezas da terra e despertavam periodicamente milhares de vulcões pelo globo. Derrames de lava constantes acabavam por preencher o espaço entre as massas de terra e a erosão alargando os litorais.
   
E assim surgiria o primeiro continente global da terra Vaalbrara. Também chamado supercontinente, pois englobou todas as terras emersas do planeta. Vaalbara foi um supercontinente completo há 3.1 bilhões de anos depois de iniciar seu processo de formação há 3600 milhões de anos.

O antigo supercontinente consistia do leste do Cráton Kaapvaal com o Cráton Pilbara a noroeste da Austrália Ocidental. Para os curiosos Vaalbara basicamente era um monte de terra sem vida.

Ainda é incerto quando ele começou a se dividir; evidências geocronológicas e paleomagnéticas mostram que os dois crátons tiveram uma separação rotacional latitudinal de 30° no período de 2780 até 2770 milhões de anos no passado, que indicaria que eles não eram mais únicos depois de 2800 milhões de anos.



As primeiras moléculas da vida

Com o surgimento da vida a terra nunca mais seria a mesma. Raios quebram as moléculas no ar e são transportadas para a sopa primordial onde ocorreria reações e combinações de elementos químicos.

Tempestades que açoitavam o Obre terrestre durante a gradual cheia dos oceanos. A cada novo relâmpago, raio ultravioleta solar cada erupção vulcânica era dada mais condições ao desenvolvimento da vida sob a atmosfera primitiva da terra. Naquele vasto oceano estes elementos por ordem natural começaram a se combinar.

O intenso bombardeio cósmico dos milhões de anos anteriores diminuiria e o saldo deixado, fora inúmeras moléculas orgânicas pelos aerólitos transportados para a terra. Fora os sais e moléculas d’água chegaram pela panspermia aminoácidos os tijolos para a vida.
  


Chaminés vulcânicas


A sopa fervia nos mares principalmente pela grande quantidade de chaminés vulcânicas, no fundo jovem dos oceanos. Ali na rocha porosa favada iria se acumular as primeiras moléculas orgânicas e estas reentrâncias lhes serviriam de célula para ali começarem os primeiros ensaios para a vida.

Após cessarem as chuvas primordiais o que teríamos agora era um oceano global rico em ferro de cor esverdeada com pequenas ilhas basálticas de pouca duração, e uma atmosfera avermelhada.

A terra não possuía camada de ozônio ainda, e os raios ultravioletas entravam sem grandes obstáculos em contato com a superfície, a temperatura estava longe da primordial, mas ainda quente, chegando na zona equatorial a 90ºC, ajudando a quebrar mais componentes e proporcionar novas recombinações de moléculas menores em moléculas gigantes como aminoácidos.




Microesferas de protenóides.

Base dos seres vivos os aminoácidos através de inúmeras combinações estes se aglomeraram em esferas semelhantes a bolhas, os protenóides.
 Em ambientes fechados em balões de vidro dentro de laboratório recriamos as condições da terra primitiva, e assim obtivemos aminoácidos componentes de todas as proteínas atuais.

 Mas os seres vivos não são somente feitos de aminoácidos são compostas de polímeros, moléculas gigantes com centenas e por vezes milhares de unidades semelhantes aos aminoácidos e nucleotídeos.

Possivelmente numa oscilação constante entre evoluções vantajosas e desvantajosas ao longo de inúmeras eras, as moléculas orgânicas do caldo primitivo se tornariam precursoras das moléculas gigantes que constituem a base da vida.
Os polímeros se agrupam em cadeias duplas como zíperes onde o ponto de contato entre as cadeias sempre esta presente um átomo de hidrogênio.

  

Enzima.



Nos seres vivos modernos a função de fecho bioquímico e realizado pelas enzimas estas são também moléculas gigantes formadas por proteínas. As macromoléculas proteicas são compostas por vinte aminoácidos diferentes, seis nucleotídeos formam a espiral de que se originaria a dupla hélice da substancia genética ADN (acido desoxido ribonucleico).

Na terra primitiva não havia enzimas nem muito menos qualquer ser vivo, para tanto os nucleotídeos tiveram que depender de outros fatores para se juntar e originar polímeros. Julga-se que tanto aminoácidos como nucleotídeos devem ter reagido com determinados minerais que desempenharam o papel de enzimas, depois de milhares de tentativas uma destas macromoléculas deve ter conseguido se reproduzir, mas sem outra substancia como proteína ou acido nucleico deve ter sua copia tido tantos erros que a maioria das principais informações acabaria se perdendo, os primeiros ensaios para a vida não foram muito animadores.

 Supõe-se que tanto proteínas e acido nucleicos devem ter surgido ao mesmo tempo e em estreita relação (uma não surgiria se a outra não existisse) .
Estas moléculas especiais povoaram rapidamente todos os nichos ecológicos, onde mutações casuais e as adaptações ao meio em que viviam acabariam por formar grupos moleculares com duas classes de moléculas diferentes:

-Os ácidos nucleicos, responsáveis por guardar informações.
- As proteínas, portadoras de funções.



Exemplo moderno, os príons interagem  atualmente com as células por vezes infectando as e destruindo as, não passa de uma única molécula gigante sem membrana nem genes em geral com apena 20 000 átomos. São medidos em bilionésimo de milímetro.

  
NEM VIVO NEM MORTO

Coacervos.

Novamente após inúmeras combinações os protenóides de que falamos mais acima, se combinavam quimicamente até que assumiram a forma de  proto seres chamados de coacervo, que são bolhas coloidais semelhante a células.

Os coacervo são substâncias intermediárias entre matéria inanimada e o que hoje chamamos de vida, ainda estavam longe de se reproduzir ou de se manter por muito tempo, pois se nutria se assim poderia dizer por osmose, com o ambiente externo!
Estas bolhas para formarem células autênticas, vivas, teriam que seguir um longo caminho ainda. Acredita-se que desta ordem de substancias descenderiam os vírus modernos que seria um passo acima das bolhas coloidais.



Os virus, exemplos modernos

Vírus da poliomielite com 25 milionesimos de milímetros.
Proteína com genes o vírus não pode se reproduzir sozinho é varias vez menor que uma bactéria as quais primeiramente parasitaram, mas poderia ser um descendente de um elemento intermediário da vida como a conhecemos.

  

OS PRIMEIROS SERES VIVOS

Bactérias se alimentando por fermentação.

Quando a atmosfera terrestre se acomodou um pouco mais em suas tormentas, a Lua estava a aproximadamente 100 000km mais afastada e com isto os dias estavam mais longos e as experiências químicas puderam se estabilizar um pouco mais também, assim neste meio surgiu por reação química algumas cadeias em hélice, de composição próxima ao acido ribonucleico(RNA).




Unicelular fossil

Absorvida pelo coacervo do caldo primitivo e a eles incorporado em vez de digeridos, surgia assim o primeiro unicelular procarionte (sem membrana nuclear) com capacidade de se dividir, agora que podiam se perpetuar, os erros e acertos levariam pela evolução, uma quantidade cada vez maior de seres que se alimentavam do caldo onde nasceram, (como fazem as leveduras nos dias de hoje) dando origem aos seres que chamamos de vivos.



 Nas chaminés do fundo dos mares, onde as falhas tectônicas das placas continentais se encontram ou em montanhas submarinas, micro-organismos vivem nas mesmas condições que os primitivos habitantes do planeta, e para completar todo um ecossistema se forma ao redor destes seres numa forma nova de coexistência.

Logicamente após longo período, o poder de sustento dos oceanos estava diminuindo e na primeira crise alimentar alguns dos unicelulares primitivos aprenderiam a se nutrir de outros unicelulares que não tinham a mesma capacidade ou não eram armados biologicamente para se defender, surgiam os primeiros predadores.