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domingo, 15 de abril de 2018

TOMO XXXVII-1 - SISTEMA SOLAR EXTERNO - SATURNO


SATURNO

 O movimento de rotação em volta do seu eixo demora cerca de 10,5 horas, e cada revolução ao redor do Sol leva 29 anos terrestres.

Saturno é o sexto planeta a partir do Sol e o segundo maior do Sistema Solar atrás de Júpiter. Pertencente ao grupo dos gigantes gasosos frios, possui cerca de  95 massas terrestres e orbita a uma distância média de 9,5 unidades astronômicas. Lembrando que uma unidade e de 150 milhões de Km.

 
 Um dos mais bonitos objetos Celestes, desde a antiguidade admirado, aparentemente um planeta de calmaria, mas que esconde sob suas nuvens tempestades violentas.


Possui um pequeno núcleo rochoso, circundado por uma espessa camada de hidrogênio metálico e hélio. A sua atmosfera, também composta principalmente de hidrogênio, apresenta faixas com fortes ventos, cuja energia provém tanto do calor recebido do Sol quanto da energia irradiada de seu centro. Entretanto, estas bandas possuem aspecto pouco proeminente, com coloração que varia do marrom ao amarelado, devido à espessa névoa que envolve o planeta, além das camadas de nuvens. Sazonalmente surgem grandes sistemas de tempestades, além de vórtices permanentes existentes nos polos.

 

Saturno é um esferoide oblato, ou seja, achatado nos polos, seus diâmetros polares e equatoriais variam por quase 10% entre 108 728 km e 120 536 km. Este é o resultado de sua rápida rotação. Na linha do equador é notável uma pequena saliência, devido à velocidade de rotação. Os outros planetas gasosos também são oblatos, mas em um menor grau. Saturno é o único do sistema solar que é menos denso que a água, com uma densidade média de 0,69 g/cm³.



 




Inclinação e rotação de Saturno
Saturno apesar do seu tamanho colossal próximo ao de Júpiter possui bem menos densidade que este. É formado por um núcleo pequeno composto por rochas e gelo imerso em um manto interno de hidrogênio metálico.



 




O clima de Saturno
 
A atmosfera externa tem uma aparência suave, embora a velocidade do vento em Saturno possa chegar a 1.800 km/h, significativamente tão rápido como os de Júpiter, mas não tão rápidos como os de Netuno. Saturno tem um campo magnético planetário.
Troposfera



 



A troposfera é a camada onde se desenvolvem os principais fenômenos atmosféricos, inclusive a formação de camadas de nuvens com diferentes composições, de acordo com a pressão atmosférica. Não há um limite inferior definido onde começa a camada atmosférica pelo fato de que não há uma fronteira que determine quando o hidrogênio passa a se comportar como líquido ou como gás. Desta forma, Saturno não apresenta uma superfície definida. Na estratosfera, logo acima da troposfera, onde os gases são mais rarefeitos, um dos fenômenos característicos é a fotólise do metano, causada pela radiação ultravioleta emitida pelo Sol. Como resultado, formam-se vários hidrocarbonetos mais pesados que caem e se misturam aos componentes da troposfera. Acima encontra-se a ionosfera, formada por íons resultantes da interação das partículas do vento solar e o campo magnético do planeta.


Camadas de nuvens
 
As nuvens de Saturno formam cinturões e zonas semelhantes as encontradas em Júpiter. 

Frequentemente observamos fenômenos atmosféricos como nebulosidades, redemoinhos e tempestades bem como manchas brancas ou vermelhas de milhares de km de diâmetro. A atmosfera de Saturno tem um padrão de faixas escuras e claras, similares as de Júpiter embora a distinção entre ambas esteja muito menos nítida no caso de Saturno.
A atmosfera planetária tem ventos fortes, na direção dos paralelos, alterando-se conforme a latitude e altamente simétricas em ambos os hemisférios, apesar do efeito estacionário da inclinação do eixo do planeta. O vento é dominado por uma corrente equatorial intensa e larga no nível da altura das nuvens que chegaram a alcançar velocidades de até 450 m/s durante a passagem da Voyager. Assim como os demais gigantes gasosos, todo o planeta é envolvido por espessas camadas de nuvens.

 

Assim como Júpiter, ocasionalmente formam-se tempestades na atmosfera de Saturno, algumas poderiam ter sido observadas da terra. Em 1933 foi observado um ponto branco situado na zona equatorial pelo astrônomo W.T. Hay. Era suficientemente grande para ser visível com um refrator de 7 cm, mas não demorou para dissipar-se e desaparecer. Em 1962 começou a desenvolver uma mancha, mas nunca chegou a se destacar. Em 1990 pôde ser observada uma gigantesca nuvem branca no equador de Saturno que foi associada a formação de uma grande tempestade. Foram observados pontos similares em fotografias feitas no último século. Em 1994 pôde ser observada uma tempestade, com aproximadamente a metade do tamanho que ocorreu em 1990.


 


Em Saturno, as nuvens se formam com diferentes composições em três níveis principais distintos, que dependem basicamente das temperaturas de condensação dos gases. Sendo assim, a partir da modelagem térmica e química da atmosfera, bem como a partir de dados de sondas espaciais, constatou-se que a camada mais alta de nuvens é formada por amônia (NH3), cujos cristais se formam a temperaturas da ordem de -250 °C. Logo abaixo, outra camada de nuvens é formada por hidrossulfeto de amônio (NH4SH), quando a temperatura chega ao redor de -70 °C e, por fim, uma camada de nuvens de água se forma logo abaixo, onde a temperatura é de 0 °C. A altitude de ocorrência destas nuvens é de difícil determinação, pois depende da abundância de diversas substâncias químicas, as quais não se conhece com exatidão.
 Abaixo da camada de nuvens de água, é difícil determinar a composição química e a temperatura da atmosfera. No entanto, a pressão aumenta continuamente conforme se diminui a altitude. Estima-se que na base da troposfera a temperatura possa chegar a mais de 700 °C.


Fotografia de parte do planeta, em que aparecem faixas paralelas de coloração branca, alaranjada e vermelha com algumas ondulações e vórtices em suas bordas. Faixas de nuvens de diferentes tonalidades realçadas na fotografia feita pela sonda Cassini.


Dinâmica atmosférica
Saturno, assim como Júpiter, possui diversas bandas de circulação atmosférica com diferentes características. No entanto, a presença de uma névoa acima das nuvens de amônia formada por partículas em aerossol que envolve todo o planeta, faz com que, quando observado no espectro visível, estas faixas apareçam com coloração dourada e amarelada, pouco proeminentes.
 As faixas mais claras estão associadas a nuvens formadas por correntes de gases quentes ascendentes, enquanto que as faixas escuras adjacentes são formadas por gases descendentes, que fazem com que as nuvens se desfaçam conforme a temperatura aumenta. No entanto, tempestades convectivas são observadas em faixas escuras, indicando que não há uma relação direta entre a coloração da faixa e o movimento ascendente ou descendente dos gases.

 
Como nos demais planetas gigantes, a circulação atmosférica de Saturno ocorre na forma de jatos turbulentos, e regiões onde ventos sopram com mais força do que noutros lugares, agitam-se de Leste para Oeste de Saturno.

Em sua zona equatorial, os ventos chegam a 1 800 km/h, e suas zonas de circulação possuem sempre um correspondente no hemisfério norte e outra no hemisfério sul. Esta simetria sugere que haja uma conexão com as características do interior do planeta. De fato, boa parte da energia responsável por manter estes ventos vem de seu interior, dando origem a correntes de convecção, que geram correntes de circulação global, que se tornam bandas paralelas devido ao efeito Coriolis criado pela rápida rotação. A força de Coriolis é provocada pelo movimento de rotação do planeta. Ela altera o movimento de um corpo para a direita, no hemisfério Norte, e para a esquerda, no hemisfério Sul.  Como isso ocorre? É que o planeta gira com uma velocidade angular constante. Por isso, quando um objeto que não esteja conectado à superfície, se move para o Norte ou para o Sul, a velocidade de rotação do planeta vai interferir na posição final do objeto.

 
 As bandas escuras estão normalmente associadas a ventos fortes na direção leste, mais estreitas e com uma fina faixa clara em seu centro. Estas bandas são intercaladas por bandas mais claras e largas, onde podem ocorrer correntes na direção oposta. A velocidade dos ventos nestas bandas varia sensivelmente em intervalos curtos de tempo, ao contrário de Júpiter.

A velocidade dos ventos da banda equatorial, caiu de 450 m/s para 250 m/s entre as visitas das sondas Voyager e Cassini, respectivamente. Eventualmente, surgem instabilidades que geram formatos ondulatórias das correntes de ventos, possivelmente associadas às mudanças sazonais de iluminação do Sol e o efeito da sombra causada pelos anéis. Cassini revelou que as faixas espirais de nuvens penetram muito mais profundamente no planeta do que os cinturões de nuvens de Júpiter, que atingem cerca de 3.000 quilômetros abaixo do topo da atmosfera. As nuvens de Saturno atingem mais de 6.000 quilômetros abaixo da atmosfera planeta.

 


Os Vórtices

 

No polo sul do planeta, existe uma tempestade ciclônica com um olho definido, conhecida como Vórtice Polar Sul, com oito mil quilômetros de diâmetro. Ao redor do olho, paredes de nuvens se elevam a dezenas de quilômetros de altitude, além de nuvens pontuais que surgem ao redor da zona polar sul. Os ventos em direção leste chegam a 160 m/s. no polo norte, outra tempestade ciclônica, que exibe um formato de nuvens hexagonal, motivo pelo qual é conhecida como Hexágono de Saturno, permanece por vários anos, cujo diâmetro ultrapassa 25 000 km. Não se sabe o motivo pelo qual este formato se mantém por tanto tempo. As duas tempestades são caracterizadas por serem pontos quentes, ou seja, a temperatura no seu centro é maior que em seus arredores. De fato, a temperatura aumenta gradualmente quando se aproxima dos polos, sendo que o polo sul é 10 °C mais quente que o polo norte.

  
Foto da tempestade hexagonal do polo norte e do vórtice do polo sul de Saturno, fonte NASA.
Tempestade de raios de saturno.


 
Ilustração por dentro de uma tempestade de raios nas camadas troposféricas de Saturno.

A ocorrência de eventos atmosféricos de pequena escala, como vórtices e manchas brancas, marrons e vermelhas é comum, durando por curtos intervalos de tempo. Especialmente no hemisfério sul, entre as latitudes de 30° e 35°, o surgimento de vórtices com diâmetro de até mil quilômetros é recorrente, durando até no máximo um mês. Nestas tempestades observou-se a ocorrência de raios mil vezes mais intensos que as descargas elétricas na Terra.

A saturação excessiva de agua contribui para as tempestades de raios, que curiosamente ocorrem em locais com ventos mais calmos que a região circundante.
Os anéis e as nuvens de amônia escondem a aproximadamente 100km de profundidade um fenômeno de tempestades de raios violentas.
Detectadas pela Sonda espacial Cassini através de ruído estático causado pelos relâmpagos ocultos.

 
Mosaicos de cores falsas do relâmpago captado pela sonda Cassini no meio das nuvens da gigantesca tempestade que rodeava o hemisfério norte de Saturno.


As nuvens superiores são formadas provavelmente por cristais de amônia. Neles uma névoa uniforme parece estender sobre todo o planeta ja comentado, na forma de um aerosol. Esse é produzido por fenômenos fotoquímicos na atmosfera superior. Em níveis mais profundos (perto de 10 bar de pressão) a água da atmosfera condensa-se provavelmente em uma camada da nuvem de água que não poderia ter sido observada.
Oriundas da fricção de cristais de gelo e gotículas de água como o ocorre na Terra, mas com uma intensidade 100 vezes maior na ordem de centenas de bilhões de volts.

 
Estas duas imagens de Saturno mostram a totalidade da região polar Sul de Saturno, não apenas a pequena área em torno do núcleo do vórtice tipo-furacão.




A Grande Mancha Branca De Saturno
 
Assim como Júpiter, saturno nos agracia com uma grande mancha em sua atmosfera. Ao contrário do outro gigante esta e branca e demonstrou ser bem mais efêmera que a sua homônima. Se constitui de um sistema ciclônico de tempestade que se move pelas camadas de nuvens entre 100 e 300km abaixo da superfície de Saturno.


Entre bandas cujos ventos circulam em direção oposta, surgem tempestades em forma de turbilhões permanentes. Entretanto, sistemas de tempestades notáveis com milhares de quilômetros de extensão eventualmente surgem. Em períodos de aproximadamente trinta anos, forma-se uma estrutura proeminente no planeta, apelidada de Grande Mancha Branca, que se expande ao longo da banda onde está situado e desaparece em questão de poucos meses. A coincidência com o período de translação do planeta sugere que este fenômeno seja sazonal e esteja associado com a variação da incidência de luz solar.

 



Nuvens Hexagonais de Saturno
 
No centro da imagem um vórtice de coloração vermelho escuro. Ao seu redor, nuvens bege-escuro pontuadas por pequenas manchas laranjas.
Estas, por sua vez, são contornadas por nuvens bege-claro que formam um hexágono ao seu redor.
Na parte externa, nuvens bege uniforme e no topo faixas azuladas que são a sombra dos anéis.

As regiões polares apresentam correntes a 78ºN e a 78ºS. As sondas Voyager detectaram nos anos 1980 um padrão hexagonal na região polar norte que foi observado também pelo telescópio espacial Hubble durante os anos 1990. As imagens mais recentes obtidas pela sonda Cassini mostraram o vértice polar com detalhe. Saturno é o único planeta conhecido que tem um vértice polar destas características embora os vértices polares sejam comuns nas atmosferas da Terra ou de Vénus.
No caso do hexágono de Saturno, os lados têm aproximadamente 13.800 km no comprimento (maior que o diâmetro da terra) e na estrutura, com um período idêntico a sua rotação planetária, é uma onda reta que não muda de comprimento e nem estrutura, diferentemente das demais nuvens da atmosfera. Estes formatos em polígono, entre dois e seis lados, podem ser simulados em laboratório por meio dos modelos do líquido na rotação da escala.


Ao contrário do polo norte, a imagem do polo sul mostra uma forte corrente, sem a presença de vértices ou formas sextavadas persistentes. No entanto, a NASA informou em novembro do 2006 que a sonda Cassini tem observado um ciclone no polo sul, com um centro bem definido. Os únicos centros de furacões definidos tinham sido observados na terra (nem mesmo foi observado dentro da grande mancha vermelha de Júpiter pela sonda Galileu). Esse vértice de aproximadamente 8000 km de diâmetro, poderia ter sido fotografado e estudado com detalhe pela sonda Cassini, sendo ventos moderados de mais de 500 quilômetros por hora. A atmosfera superior nas regiões polares desenvolve fenômenos de auroras pela interação do campo magnético planetário com o vento solar.


Campo magnético de Saturno
 
Como Júpiter e a Terra, Saturno também dispõe de auroras boreais criadas pelo seu campo magnético. Embora como as tempestades de raios oculto pela atmosfera em imagens infravermelho se descortina o fenômeno.

Uma das origens de seu campo magnético é a rápida rotação do planeta (menos de onze horas), que faz ainda que Saturno seja o planeta mais achatado do Sistema Solar. Seu campo magnético é muito mais fraco que o de Júpiter, cerca de um terço da de Júpiter. A magnetosfera de Saturno consiste em um conjunto de cinturões de radiação que se estendem por aproximadamente 02 milhões de quilômetros do centro planetário, principalmente, no sentido oposto do Sol.
Embora o tamanho da magnetosfera varie dependendo da intensidade do vento sola, este associado aos satélites e aos sistemas de anéis fornecem as partículas elétricas para o cinturão de partículas. O período de rotação em 10 horas, 39 minutos e 25 segundos do interior de Saturno foi medido pela Voyager 1 quando esta cruzou a sua magnetosfera. Esta gira em forma assíncrona com o interior de Saturno. A magnetosfera interage com a ionosfera, a camada superior da atmosfera de Saturno, causando emissões de auroras de radiação ultravioleta.

 
Nas proximidades da órbita de Titã e estendendo até a órbita de Reia, se encontra uma grande nuvem de átomos do hidrogênio neutro. Como um disco plasma, composto do hidrogênio e possivelmente de íons de oxigênio, estendendo da órbita de Tétis até as proximidades da órbita de Titã. O plasma gira em quase perfeitamente assíncrona com o campo magnético de Saturno.




Geologia de Saturno


 
Em volta do manto interno Saturno possui um manto externo formado por um oceano de hidrogênio liquido que imerge na atmosfera gasosa do planeta.

Saturno tem um interior muito quente, alcançando 11,700 °C no núcleo, e o planeta irradia 2.5 vezes mais energia no espaço do que recebe do Sol. A maior parte desta energia extra é gerada pelo mecanismo de Kelvin-Helmholtz de compressão gravitacional lenta, mas este sozinho pode não ser suficiente para explicar a produção de calor saturniana. Um mecanismo adicional pode ser empregado no qual Saturno gera parte de seu calor através da "chuva" de gostas de hélio em seu interior. Conforme as gotas descem através da densidade do hidrogênio menor, o processo libera calor por fricção e deixa as camadas anteriores esgotadas de hélio e se acumulam em uma concha ao redor do núcleo.

 
Uma das últimas imagens da Sonda Cassini registrada.



Anéis de Saturno
 
Foto, NASA

Há quatro bilhões de anos, quando nosso Sistema Solar ainda não tinha a configuração que possui hoje, uma forte chuva de meteoros e invasão de planetas aconteceu por aqui. O período, denominado de Bombardeio Intenso Tardio, foi um dos principais responsáveis pela criação dos anéis de Saturno. É o que afirmam os astrônomos da Universidade de Kobe, no Japão. Saturno deve ter se formado mais próximo do Sol e nesta época já estava se deslocando quase na atual posição.  Júpiter e Urano ficaram presos um ao outro em um efeito que leva o nome de ressonância orbital. O que acontece é que ambos os planetas possuem grande massa e, portanto, um campo gravitacional imenso. Como se um empurrasse o outro em um grande balanço, os planetas impulsionavam-se de forma compassada.

 
Uma das consequências deste “duelo de titãs” foi a destruição das órbitas de muitos objetos na Cintura de Kuiper.

Como resultado, os objetos presentes no cinturão de Kuiper foram atraídos para os planetas em torno do Sol. O cinturão de Kuiper é onde se acumularam restos da formação do Sistema Solar. A maior parte deles formada por rochas no interior e uma camada de gelo no exterior. Os cientistas acreditam que milhares destes resíduos tinham o tamanho parecido com o de Plutão.

 

Ao sofrerem o puxão exercido pelos dois grandes planetas, os objetos ali presentes bombardearam o interior do sistema e, ao passarem perto de planetas como Saturno, Urano e Netuno, acabavam sendo apanhados por suas órbitas e destruídos por sua força gravitacional. Quando isso acontecia, uma pequena quantidade da massa desses objetos sobrevivia (em torno de 0,1% a 10%) e permanecia orbitando os planetas.
 Foi assim que provavelmente nasceram os anéis, tanto de Saturno, quanto de Netuno e Urano. Já a maior quantidade de gelo presente nos anéis saturnianos (em torno de 95%) pode ser explicada a partir da diferença de densidade entre os três planetas, contam os cientistas.

 
Pode não parecer, mas cada um desses fragmentos está viajando em sua órbita ao redor de Saturno numa velocidade alucinante, da ordem de dezenas de milhares de Km/h.

Enquanto Netuno e Urano são muito mais densos, Saturno é bem mais leve. Por causa disso, os objetos atraídos para os dois primeiros acabavam sendo puxados em sua totalidade de rocha e gelo para suas órbitas. Já aqueles que atravessavam o caminho de Saturno a uma distância longe o suficiente para não caírem, tinham apenas sua camada de gelo arrancada, que acabava ficando presa na órbita do planeta, dando a seus anéis a curiosa semelhança com enormes arenas de patinação de gelo, como mostram as imagens captadas pela sonda Cassini.

Sistema de anéis internos de Saturno


 

Alguns cientistas acreditam que os anéis menores se formaram a partir de uma colisão que ocorreu perto do planeta ou com o planeta. Pensa-se que os anéis de Saturno desaparecerão um dia, em cerca de 100  a 500 milhões de anos, pois vão sendo lentamente puxados para o planeta.

 

   
Os anéis D, E e G são os mais tênues.

Os anéis podem mudar de cor. Tem um número elevado de satélites, 61 descobertos até então, e está cercado por um complexo de anéis concêntricos, composto por dezenas de anéis individuais separados por intervalos, estando o mais exterior destes situado a 138 000 km do centro do planeta geralmente compostos por restos de meteoros e cristais de gelo. Alguns deles têm o tamanho de uma casa.

Anel F
 
A sonda Cassini da NASA tem revelado detalhes em um nível nunca antes observados do Anel F de Saturno, incluindo evidência para o efeito de perturbação de um satélite nos detritos.


O anel F é o mais brilhante.



 

Saturno possui o mais belo exemplar de sistema de anéis do sistema solar. São extremamente finos mais amplos, com menos de 01km de espessura, eles se estendem por 420 000 km além da superfície do planeta. Os anéis A,B e C são suficientemente brilhantes para serem visto da Terra por meio de um binóculo.

 
Anéis a 100 000 km de distância.

Os anéis principais são compostos de compostos gelo sujo, formados por milhares de anéis menores, que variam de partículas de poeira a blocos de vários metros de diâmetro.

 
Anéis a 1000 Km de distância.