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segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

TOMO LV - Orogenia Arqueana



Ur
Ur é o continente mais antigo confirmado (Diferente de Vaalbara que é apenas teoria) Era formado por algumas partes da Austrália, África e Índia. Foi formado cerca de 3.0 Bilhões de anos.

Ur foi um supercontinente formado há 03 bilhões de anos atrás, durante o final do éon Arqueano. Ur sobreviveria enquanto entidade única até ser separado quando o supercontinente Pangeia se fragmentou em Laurásia e Gondwana.

As rochas deste continente são agora partes de África, do Continente Australiano e do Subcontinente Indiano. Durante o primeiro período da sua existência, Ur foi provavelmente a única massa emersa da Terra, (é considerado um supercontinente por não haver outras massas de terra a lhe fazerem companhia), embora tenha provavelmente sido menor do que a Austrália é hoje. 

Enquanto foi o único continente na Terra, toda a restante massa terrestre encontrava-se na forma de pequenas ilhas graníticas e pequenas massas de terra, não tendo dimensão suficiente para serem consideradas em continente.



O ultimo Supercontinente do Arqueano
Kenorland

.Há 2.700 milhões de anos, a acreção de crátons, as primeiras massas terrestres, forma um único e maciço supercontinente, Kenorland. Um dos supercontinentes propriamente dito, mais antigo conhecido, continha rochas do que hoje são parte a América do Norte, Austrália ocidental, Groenlândia e África do Sul.

A imagem da terra primitiva estava com os dias contados. Ao sair deste período nosso planeta seria bem mais semelhante ao atual. Dos mares esverdeados e da Terra Oxidada Iriamos para os mares azulados com os aumentos de O² atmosférico e a diminuição dos gases do efeito estufa como metano e CO².

Acredita-se que tenha se formado durante a Era neoarqueana á. 2,72 bilhões de anos atrás pela adição de crátons neoarqueanos e a formação de uma nova crosta continental. A orogenia estava em alta com a formação das placas tectonicas e a quantidade de terras emersas aumentou exponencialmente.

Kenorland era formado pelo que mais tarde se tornaria Laurentia (o núcleo da América do Norte e Groenlândia de hoje),  Báltica (atual Escandinávia e o Báltico),  Austrália Ocidental e  Kalahari. Também formou uma parte substancial de Nena ou Columbia, o supercontinente que surgiria na proxima junção de terras emersas.

O núcleo de Kenorland, o Escudo Báltico(Fennoscandian), remonta suas origens a mais de 3,1 bilhões de anos. O Yilgarn Craton (atual Austrália Ocidental) contém cristais de zircônio em sua crosta que datam de 4,4 2 bilhões de anos.



Á Separação

Estudos paleomagnéticos mostram que Kenorland estava em latitudes geralmente baixas até que o rompimento tectônico por plumas de magmaticas, ocorridas entre 2,48 e 2,45 bilhões de anos atrás. A 2,45 bilhões de anos atrás o Escudo Báltico estava sobre o equador e se uniu a Laurentia (o Escudo Canadense), e com os crátons Kola e Karelia. 

A prolongada dissolução de Kenorland, que durou entre a Era Neoarqueana ao final da Paleoproterozóica,  deixaria sua marca em diques máficos, bacias sedimentares e margens-fendas por alguns continentes.


O evento de plumas magmáticas bimodal no manto profundo no início da Terra era comum na crosta arqueana e que auxiliou na  formação dos novos continentes.

O período de tempo geológico em torno do rompimento de Kenorland é considerado por muitos geólogos como o começo do ponto de transição do método da formação de continentes no planalto profundo do Hadeano para o Arqueano Primitivo (antes da formação final do núcleo interno da Terra, núcleo e manto em duas camadas), para a subsequente teoria de convecção tectônica de placas. No entanto, as descobertas de um continente anterior, Ur, e um supercontinente de cerca de 3,1 bilhões de anos o Vaalbara, indicam que esse período de transição pode ter ocorrido muito antes.

A 2.45 bilhões de anos já não existia mais um supercontinente e á 2.515 bilhões de anos existia um oceano entre os crátons Kola e Karelia. A evidencias que em algum momento durante a separação, que o escudo do lago do Escravo e crátons do lago Superior, no atual Canadá, não faziam mais parte do Kenorland. Anteriormente  teriam sido duas massas diferentes, como um supercratons, em ambas extremidades  opostas do Kenorland. Subsequentemente viriam a se unir os crátons do Escravo e do  Superior formando as porções noroeste e sudeste do atual Escudo Canadense.


A fragmentação do continente Kenorland foi contemporânea com a glaciação Huroniana, que persistiu por 60 milhões de anos. Uma das primeiras  glaciações registradas. As formações ferríferas bandadas (BIF) mostram sua maior extensão neste período, indicando um aumento maciço no acúmulo de oxigênio de 0,1% da atmosfera para 1%. O aumento nos níveis de oxigênio causou o desaparecimento virtual do gás metano do efeito estufa (oxidado em dióxido de carbono e água) e assim a terra ficaria azul.

A ruptura simultânea de Kenorland provavelmente aumentou a precipitação continental em todas as suas regiões, aumentando assim a erosão e reduzindo ainda mais o dióxido de carbono e outros gases de efeito estufa. Com a redução dos gases de efeito estufa, e com a produção de energia solar sendo inferior a 85% de sua potência atual (devido à juventude de nosso sol), a Terra foi levada a um cenário do primeiro caso de “Terra bola de Neve”, o próximo seria registrado somente com o supercontinente Rodínia. As temperaturas médias em todo o planeta despencaram abaixo de zero, e apesar da anóxia indicada pelo BIF, a fotossíntese continuou, estabilizando os climas em novos níveis para o planeta, durante a segunda parte da Era Proterozoica.


O primeiro registro da Terra bola de neve fora quando Kenorland se fragmentara, durou 60 milhões de anos mas não derrotaria a vida que continuava ativa.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

TOMO LIV - AS PRIMEIRAS TRANSFORMAÇÕES NA SUPERFÍCIE TERRESTRE


O primeiro Supercontinente.

Vaalbara:
Vaalbara é o nome do primeiro supercontinente primeiro teorizado da Terra.

Com a crosta terrestre consolidada, o nosso mundo era um oceano global composto por varias pequenas ilhas que representavam as únicas terras emersas do planeta. 
Com o aprofundamento do tectonismo e da formação das placas tectônicas no fundo dos oceanos paulatinamente essas pequenas ilhas começavam a se aglutinar. 

A elas se aliavam as esporádicas plumas magmáticas que emergiam das profundezas da terra e despertavam periodicamente milhares de vulcões pelo globo. Derrames de lava constantes acabavam por preencher o espaço entre as massas de terra e a erosão alargando os litorais.
   
E assim surgiria o primeiro continente global da terra Vaalbrara. Também chamado supercontinente, pois englobou todas as terras emersas do planeta. Vaalbara foi um supercontinente completo há 3.1 bilhões de anos depois de iniciar seu processo de formação há 3600 milhões de anos.

O antigo supercontinente consistia do leste do Cráton Kaapvaal com o Cráton Pilbara a noroeste da Austrália Ocidental. Para os curiosos Vaalbara basicamente era um monte de terra sem vida.

Ainda é incerto quando ele começou a se dividir; evidências geocronológicas e paleomagnéticas mostram que os dois crátons tiveram uma separação rotacional latitudinal de 30° no período de 2780 até 2770 milhões de anos no passado, que indicaria que eles não eram mais únicos depois de 2800 milhões de anos.



As primeiras moléculas da vida

Com o surgimento da vida a terra nunca mais seria a mesma. Raios quebram as moléculas no ar e são transportadas para a sopa primordial onde ocorreria reações e combinações de elementos químicos.

Tempestades que açoitavam o Obre terrestre durante a gradual cheia dos oceanos. A cada novo relâmpago, raio ultravioleta solar cada erupção vulcânica era dada mais condições ao desenvolvimento da vida sob a atmosfera primitiva da terra. Naquele vasto oceano estes elementos por ordem natural começaram a se combinar.

O intenso bombardeio cósmico dos milhões de anos anteriores diminuiria e o saldo deixado, fora inúmeras moléculas orgânicas pelos aerólitos transportados para a terra. Fora os sais e moléculas d’água chegaram pela panspermia aminoácidos os tijolos para a vida.
  


Chaminés vulcânicas


A sopa fervia nos mares principalmente pela grande quantidade de chaminés vulcânicas, no fundo jovem dos oceanos. Ali na rocha porosa favada iria se acumular as primeiras moléculas orgânicas e estas reentrâncias lhes serviriam de célula para ali começarem os primeiros ensaios para a vida.

Após cessarem as chuvas primordiais o que teríamos agora era um oceano global rico em ferro de cor esverdeada com pequenas ilhas basálticas de pouca duração, e uma atmosfera avermelhada.

A terra não possuía camada de ozônio ainda, e os raios ultravioletas entravam sem grandes obstáculos em contato com a superfície, a temperatura estava longe da primordial, mas ainda quente, chegando na zona equatorial a 90ºC, ajudando a quebrar mais componentes e proporcionar novas recombinações de moléculas menores em moléculas gigantes como aminoácidos.




Microesferas de protenóides.

Base dos seres vivos os aminoácidos através de inúmeras combinações estes se aglomeraram em esferas semelhantes a bolhas, os protenóides.
 Em ambientes fechados em balões de vidro dentro de laboratório recriamos as condições da terra primitiva, e assim obtivemos aminoácidos componentes de todas as proteínas atuais.

 Mas os seres vivos não são somente feitos de aminoácidos são compostas de polímeros, moléculas gigantes com centenas e por vezes milhares de unidades semelhantes aos aminoácidos e nucleotídeos.

Possivelmente numa oscilação constante entre evoluções vantajosas e desvantajosas ao longo de inúmeras eras, as moléculas orgânicas do caldo primitivo se tornariam precursoras das moléculas gigantes que constituem a base da vida.
Os polímeros se agrupam em cadeias duplas como zíperes onde o ponto de contato entre as cadeias sempre esta presente um átomo de hidrogênio.

  

Enzima.



Nos seres vivos modernos a função de fecho bioquímico e realizado pelas enzimas estas são também moléculas gigantes formadas por proteínas. As macromoléculas proteicas são compostas por vinte aminoácidos diferentes, seis nucleotídeos formam a espiral de que se originaria a dupla hélice da substancia genética ADN (acido desoxido ribonucleico).

Na terra primitiva não havia enzimas nem muito menos qualquer ser vivo, para tanto os nucleotídeos tiveram que depender de outros fatores para se juntar e originar polímeros. Julga-se que tanto aminoácidos como nucleotídeos devem ter reagido com determinados minerais que desempenharam o papel de enzimas, depois de milhares de tentativas uma destas macromoléculas deve ter conseguido se reproduzir, mas sem outra substancia como proteína ou acido nucleico deve ter sua copia tido tantos erros que a maioria das principais informações acabaria se perdendo, os primeiros ensaios para a vida não foram muito animadores.

 Supõe-se que tanto proteínas e acido nucleicos devem ter surgido ao mesmo tempo e em estreita relação (uma não surgiria se a outra não existisse) .
Estas moléculas especiais povoaram rapidamente todos os nichos ecológicos, onde mutações casuais e as adaptações ao meio em que viviam acabariam por formar grupos moleculares com duas classes de moléculas diferentes:

-Os ácidos nucleicos, responsáveis por guardar informações.
- As proteínas, portadoras de funções.



Exemplo moderno, os príons interagem  atualmente com as células por vezes infectando as e destruindo as, não passa de uma única molécula gigante sem membrana nem genes em geral com apena 20 000 átomos. São medidos em bilionésimo de milímetro.

  
NEM VIVO NEM MORTO

Coacervos.

Novamente após inúmeras combinações os protenóides de que falamos mais acima, se combinavam quimicamente até que assumiram a forma de  proto seres chamados de coacervo, que são bolhas coloidais semelhante a células.

Os coacervo são substâncias intermediárias entre matéria inanimada e o que hoje chamamos de vida, ainda estavam longe de se reproduzir ou de se manter por muito tempo, pois se nutria se assim poderia dizer por osmose, com o ambiente externo!
Estas bolhas para formarem células autênticas, vivas, teriam que seguir um longo caminho ainda. Acredita-se que desta ordem de substancias descenderiam os vírus modernos que seria um passo acima das bolhas coloidais.



Os virus, exemplos modernos

Vírus da poliomielite com 25 milionesimos de milímetros.
Proteína com genes o vírus não pode se reproduzir sozinho é varias vez menor que uma bactéria as quais primeiramente parasitaram, mas poderia ser um descendente de um elemento intermediário da vida como a conhecemos.

  

OS PRIMEIROS SERES VIVOS

Bactérias se alimentando por fermentação.

Quando a atmosfera terrestre se acomodou um pouco mais em suas tormentas, a Lua estava a aproximadamente 100 000km mais afastada e com isto os dias estavam mais longos e as experiências químicas puderam se estabilizar um pouco mais também, assim neste meio surgiu por reação química algumas cadeias em hélice, de composição próxima ao acido ribonucleico(RNA).




Unicelular fossil

Absorvida pelo coacervo do caldo primitivo e a eles incorporado em vez de digeridos, surgia assim o primeiro unicelular procarionte (sem membrana nuclear) com capacidade de se dividir, agora que podiam se perpetuar, os erros e acertos levariam pela evolução, uma quantidade cada vez maior de seres que se alimentavam do caldo onde nasceram, (como fazem as leveduras nos dias de hoje) dando origem aos seres que chamamos de vivos.



 Nas chaminés do fundo dos mares, onde as falhas tectônicas das placas continentais se encontram ou em montanhas submarinas, micro-organismos vivem nas mesmas condições que os primitivos habitantes do planeta, e para completar todo um ecossistema se forma ao redor destes seres numa forma nova de coexistência.

Logicamente após longo período, o poder de sustento dos oceanos estava diminuindo e na primeira crise alimentar alguns dos unicelulares primitivos aprenderiam a se nutrir de outros unicelulares que não tinham a mesma capacidade ou não eram armados biologicamente para se defender, surgiam os primeiros predadores.


sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

TOMO LIII - UM PLANETA MUTÁVEL -PARTE 4


O Ciclo das Rochas

Os Resíduos

A rocha erodida e facilmente levada da superfície da terra para o fundo dos oceanos.Os detritos minerais mais comuns são o quartzo e o feldspato, o primeiro claro ou transparente e o segundo escuro, mas no geral todos os minerais são observados entre os resíduos.





Os resíduos são compostas por sedimentos carregados pela água e pelo vento, acumulados em áreas baixas de planície ou litorâneas. Estas áreas correspondem a 80%  dos continentes e é nelas que foi encontrada a maior parte do material fóssil.
A sedimentação se caracteriza:
-Pela deposição das partículas originadas pela erosão de outras rochas - rochas sedimentares de origem por detritos e clásticas;
-Pela precipitação de substâncias em solução - rochas sedimentares de origem química;
-Pela deposição dos materiais de origem biológica - rochas sedimentares biogênicas.


Tipos de Solos


Os primeiros solos são rochas sedimentares não consolidadas, seus detritos não estão ligados entre si, como no caso acima de diversos tipos de solo.

Solos de montanhas

São aqueles que o solo é jovem.

Solo lixiviado

São aqueles que a grande quantidade de chuva carrega seus nutrientes, tornando o solo pobre (pobre de potássio, e nitrogênio).

Solo árido


São aqueles que pela ausência de chuva não desenvolvem seu solo.




                                                          

Solos arenosos

São aqueles que tem grande parte de suas partículas classificadas na fração areia, de tamanho entre 2mm e 0,05mm, formado principalmente por cristais de quartzo e minerais primários. Os solos arenosos têm boa aeração e capacidade de infiltração de água. Certas plantas e microrganismos podem viver com mais dificuldades, devido à pouca capacidade de retenção de água.

 Solos Siltosos

São aqueles que têm grande parte de suas partículas classificadas na fração silte, de tamanho entre 0,05 e 0,002mm, geralmente são muito erosivos. O silte não se agrega como as argilas e ao mesmo tempo suas partículas são muito pequenas e leves. São geralmente finos.

Solo Latossolo

Geralmente são solos muito profundos (maior que 2 m), bem desenvolvidos, localizados em terrenos planos ou pouco ondulados, tem textura granular e coloração amarela a vermelha escura. São solos zonais típicos de regiões de clima tropical úmido e semiúmido, como Brasil e a África central. Sua coloração pode ser vermelha, alaranjada ou amarelada. Isso evidencia concentração de óxidos de Fe e Al em tais solos. São profundos, bastante porosos e bem intemperados.

Solos argilosos

São aqueles que tem grande parte de suas partículas classificadas na fração argila, de tamanho menor que 0,002mm (tamanho máximo de um coloide). Não são tão arejados, mas armazenam mais água quando bem estruturados. São geralmente menos permeáveis, embora. Sua composição é de boa quantidade de óxidos de alumínio (gibbsita) e de ferro (goethita e hematita). Formam pequenos grãos que lembram a sensação táctil de pó-de-café e isso lhes dá certas características similares ao arenoso.


ROCHAS SEDMENTARES (Solos Consolidados)

As rochas sedimentares ou Consolidadas possuem os detritos ligados por um cimento, como é o caso do xisto ou das brechas;

xisto
Brecha
A Rocha sedimentada dos continentes e ilhas acaba sendo compactada em camadas no fundo dos oceanos.

Montanhas de rochas sedmentares escavadas pelo rio colorado do grand Quenion, EUA.






ROCHAS METAMÓRFICAS

Em geologia, chamam-se rochas metamórficas àquelas que são formadas por transformações físicas e/ou químicas sofridas por outras rochas, quando submetidas ao calor e à pressão do interior da Terra, num processo denominado metamorfismo.






As rochas metamórficas são muito distintas daquelas onde a rocha se formou. Nestes ambientes, os minerais podem se tornar instáveis e reagir formando outros minerais, estáveis nas condições vigentes. Não apenas as rochas sedimentares ou ígneas podem sofrer metamorfismo, as próprias rochas metamórficas também podem, gerando uma nova rocha metamorfizada com diferente composição química ou física, e também ambas, da rocha inicial.



A Gnaisse

É uma rocha metamórfica de grande abrangência e duração nos continentes. Possui uma granulometria média a grosseira, muito semelhante ao granito original. Sendo composta predominantemente de feldspato, quartzo e mica biotita, orientados segundo direções preferenciais e formados em ambiente de pressões e temperaturas elevadas. Caracterizada pela segregação de seus minerais escuros dos claros (quartzo e feldspato) dando origem a um bandeamento metamórfico. Os minerais escuros são ferro magnesianos. A Granada e magnetita são sempre comuns como minerais acessórios.
Com o intenso tectonismo primordial do planeta e na era atual, pela ação geológica as rochas acabam saindo do âmago terrestre e sendo expostas a nova erosão. Algumas das rochas mais antigas do mundo são gnaisses. Um exemplo de formação rochosa em gnaisse é o Pão de Açúcar, é a rocha mais abundante no Estado do Rio de Janeiro, tendo sido formadas em sua grande maioria há cerca de 600 milhões de anos atrás, no processo de colisão de placas tectônicas do desmembramento do supercontinente Rodínia.




quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

TOMO LIII - UM PLANETA MUTÁVEL -PARTE 3


EROSÃO EÓLICA
Erosão eólica é um tipo de erosão pelo vento com a retirada superficial de fragmentos mais finos. Este processo só se intensificou com o aumento das terras emersas e do surgimento dos primeiros continentes.

Na terra assim que emergiu a primeira massa de terra exposta a atmosfera se iniciou a erosão eólica. Os ventos primordiais quase não tinham obstáculos orogênicos para frená-los e portanto tinham sua intensidade potencializada drasticamente. Com o erguimento dos continentes o processo de erosão faria com que surgissem  os primeiros desertos de dunas e a ação dos ventos auxiliaria a mudar a face de nosso planeta.

A diminuição da velocidade do vento ou deflação ocorre freqüentemente com o contato com a superfície. Em regiões de campos de dunas a deflação ocorre com a retirada preferencial de material superficial mais fino (areia, silte), permanecendo, muitas vezes, uma camada de pedregulhos e seixos atapetando a superfície erodida.

Pode ocorrer forte erosão associada à deflação, esculpindo nas rochas formas reniformes e outras feições típicas de regiões desérticas e outras assoladas por fortes ventos.

Em locais de forte e constante deflação podem se formar zonas rebaixadas, em meio a regiões desérticas, e que com as escassas chuvas formam lagos rasos (playa), secos na maior parte do tempo; lama endurecida ou camadas de sal atapetam muitas vezes essas playas.

 O LOESS


O loess significa solo solto, sendo constituído de espessos pacotes de sedimentos finos (fração argila e silte) transportados em suspensão pelo vento a grandes distâncias. Em geral as áreas fontes destas partículas são depósitos não consolidados de sedimento glaciais pouco alterados quimicamente, o que permite sua mineralogia diversificada: quartzo, feldspato, anfibólio, mica, argila e alguns carbonatos. 

Os grãos são pouco polidos e angulosos, facilitando um grande acúmulo de material com declives íngremes. No entanto é um material muito friável e muito susceptível à erosão, mesmo não sendo perturbado pela ação do homem. 

Solos formados sobre loess são bem drenados, e em função de sua composição mineralógica diversificada, são muito férteis, apesar de serem facilmente erodidas. Perdas anuais de até 25 toneladas por hectare têm sido reportadas, mesmo em áreas bem manejadas, podendo chegar a 100 toneladas anuais por hectare se não forem tomados os cuidados de preservação necessários. 








Na China, ao longo do Rio Amarelo, depósitos de loess tem sido cultivados por milhares de anos, mantendo uma alta fertilidade, em função de boas práticas agrícolas. Devido à sua capacidade de poderem ser facilmente esculpidos, mantendo paredes íngremes, os depósitos de loess da China são escavados pelos camponeses locais, fornecendo originais e típicas cavernas-residências. 



Na Europa, grandes pacotes de loess são encontrados na Hungria, na Bulgária, Bélgica e Alemanha, formando altas falésias. Na foto acima vemos uma falésia formada de material proveniente da Ásia.








Nos Estados Unidos loess é encontrado em Iowa, Nebraska e Mississipi. 










TORNADOS E FURACÕES

Na natureza existem diferentes fenômenos resultantes das ações dos ventos, das variações da temperatura, da umidade, do clima e de muitos outros fatores. Alguns desses fenômenos são muito temidos pela sua agressividade e pelos impactos por eles gerados. Os principais deles são os furacões, os tornados e os ciclones.

Eles caracterizam-se por serem ventos muito fortes, com velocidades que podem ultrapassar 120 km/h, com um diâmetro que pode variar entre 200 km e 400 km. Por outro lado, os tornados são mais intensos e destrutivos que os furacões, porém apresentam tamanhos e duração menores.

Furações e Tufões

São a forma mais destrutiva, em curto período, da ação eólica na superfície da Terra.  


Em primeiro lugar, é preciso lembrar que o Furacão e o Tufão são o mesmo fenômeno, porém em localizações distintas. Quando ocorre na porção leste do Oceano Pacífico ou no Oceano Atlântico, é chamado de Furacão, quando ocorre na porção oeste do Pacífico, é chamado de Tufão. Eles caracterizam-se por serem ventos muito fortes, com velocidades que podem ultrapassar 120 km/h, com um diâmetro que pode variar entre 200 km e 400 km.
São a forma mais destrutiva, em curto período, da ação eólica na superfície da Terra. 

Fruto da ação erosiva do vento. Deflação

Tornados
Destruição por tornardos

Os tornados são mais intensos e destrutivos que os furacões, porém apresentam tamanho e duração menores. O seu diâmetro não ultrapassa 2 km e a sua duração é, em média, de 15 minutos, enquanto os furacões podem durar por vários e vários dias. Apesar disso, as velocidades dos tornados são bem maiores, podendo ultrapassar 500 km/h, o que eleva o seu poder de destruição. Os tornados só podem ser considerados como tal se tocarem o solo, caso contrário, são chamados apenas de “funis”.

Um tornado pode ser percebido inteiramente a olho nu, enquanto os furacões são grandes demais para isso. O primeiro forma-se geralmente em terra e o segundo, nos oceanos. Quando os tornados se formam na água, eles passam a ser chamados de tromba d’água.

Por fim, é importante lembrar que tornados, furacões e tufões são apenas alguns dos tipos de ciclones. Na verdade, essas denominações são subtipos dos ciclones tropicais, isto é, aqueles ciclones que ocorrem ao sul do Trópico de Câncer e ao norte do Trópico de Capricórnio, existindo também os ciclones extratropicais.

Erosão marinha em zona de furacões é bem mais acentuada do que em áreas de tempestades esparsas. O grau de aplanamento da superfície e bem mais acentuado onde ocorrem sazonalmente os ciclones.