Ur
Ur é o continente mais antigo confirmado
(Diferente de Vaalbara que é apenas teoria) Era formado por algumas partes da
Austrália, África e Índia. Foi formado cerca de 3.0 Bilhões de anos.
Ur foi um supercontinente
formado há 03 bilhões de anos atrás, durante o final do éon Arqueano. Ur
sobreviveria enquanto entidade única até ser separado quando o supercontinente
Pangeia se fragmentou em Laurásia e Gondwana.
As rochas deste
continente são agora partes de África, do Continente Australiano e do
Subcontinente Indiano. Durante o primeiro período da sua existência, Ur foi
provavelmente a única massa emersa da Terra, (é considerado um supercontinente
por não haver outras massas de terra a lhe fazerem companhia), embora tenha
provavelmente sido menor do que a Austrália é hoje.
Enquanto foi o único
continente na Terra, toda a restante massa terrestre encontrava-se na forma de
pequenas ilhas graníticas e pequenas massas de terra, não tendo dimensão
suficiente para serem consideradas em continente.
O ultimo Supercontinente do Arqueano
Kenorland
.Há 2.700 milhões de anos, a acreção de crátons, as
primeiras massas terrestres, forma um único e maciço supercontinente,
Kenorland. Um dos supercontinentes propriamente dito, mais antigo conhecido,
continha rochas do que hoje são parte a América do Norte, Austrália ocidental,
Groenlândia e África do Sul.
A imagem da terra
primitiva estava com os dias contados. Ao sair deste período nosso planeta
seria bem mais semelhante ao atual. Dos mares esverdeados e da Terra Oxidada
Iriamos para os mares azulados com os aumentos de O² atmosférico e a diminuição
dos gases do efeito estufa como metano e CO².
Acredita-se que
tenha se formado durante a Era neoarqueana á. 2,72 bilhões de anos atrás pela
adição de crátons neoarqueanos e a formação de uma nova crosta continental. A orogenia estava em alta com a formação das placas tectonicas e a quantidade de terras emersas aumentou exponencialmente.
Kenorland era formado pelo que mais tarde se tornaria Laurentia (o núcleo da América do Norte e Groenlândia de
hoje), Báltica (atual Escandinávia e o Báltico), Austrália Ocidental e Kalahari. Também formou uma parte substancial de Nena ou Columbia, o
supercontinente que surgiria na proxima junção de terras emersas.
O núcleo de
Kenorland, o Escudo Báltico(Fennoscandian), remonta suas origens a mais de 3,1
bilhões de anos. O Yilgarn Craton (atual Austrália Ocidental) contém cristais
de zircônio em sua crosta que datam de 4,4 2 bilhões de anos.
Á Separação
Estudos
paleomagnéticos mostram que Kenorland estava em latitudes geralmente baixas até
que o rompimento tectônico por plumas de magmaticas, ocorridas entre 2,48 e 2,45 bilhões
de anos atrás. A 2,45 bilhões de anos atrás o Escudo Báltico estava sobre o
equador e se uniu a Laurentia (o Escudo Canadense), e com os crátons Kola e
Karelia.
A prolongada
dissolução de Kenorland, que durou entre a Era Neoarqueana ao final da
Paleoproterozóica, deixaria sua marca em
diques máficos, bacias sedimentares e margens-fendas por alguns continentes.
O evento de
plumas magmáticas bimodal no manto profundo no início da Terra era comum na
crosta arqueana e que auxiliou na
formação dos novos continentes.
O período de
tempo geológico em torno do rompimento de Kenorland é considerado por muitos
geólogos como o começo do ponto de transição do método da formação de
continentes no planalto profundo do Hadeano para o Arqueano Primitivo (antes da
formação final do núcleo interno da Terra, núcleo e manto em duas camadas),
para a subsequente teoria de convecção tectônica de placas. No entanto, as
descobertas de um continente anterior, Ur, e um supercontinente de cerca de 3,1
bilhões de anos o Vaalbara, indicam que esse período de transição pode ter
ocorrido muito antes.
A 2.45 bilhões de
anos já não existia mais um supercontinente e á 2.515 bilhões de anos existia
um oceano entre os crátons Kola e Karelia. A evidencias que em algum momento
durante a separação, que o escudo do lago do Escravo e crátons do lago
Superior, no atual Canadá, não faziam mais parte do Kenorland. Anteriormente teriam sido duas massas
diferentes, como um supercratons, em ambas extremidades opostas do Kenorland.
Subsequentemente viriam a se unir os crátons do Escravo e do Superior formando as porções noroeste e
sudeste do atual Escudo Canadense.
A fragmentação do
continente Kenorland foi contemporânea com a glaciação Huroniana, que persistiu
por 60 milhões de anos. Uma das primeiras
glaciações registradas. As formações ferríferas bandadas (BIF) mostram
sua maior extensão neste período, indicando um aumento maciço no acúmulo de
oxigênio de 0,1% da atmosfera para 1%. O aumento nos níveis de oxigênio causou
o desaparecimento virtual do gás metano do efeito estufa (oxidado em dióxido de
carbono e água) e assim a terra ficaria azul.
A ruptura
simultânea de Kenorland provavelmente aumentou a precipitação continental em
todas as suas regiões, aumentando assim a erosão e reduzindo ainda mais o
dióxido de carbono e outros gases de efeito estufa. Com a redução dos gases de
efeito estufa, e com a produção de energia solar sendo inferior a 85% de sua
potência atual (devido à juventude de nosso sol), a Terra foi levada a um
cenário do primeiro caso de “Terra bola de Neve”, o próximo seria registrado
somente com o supercontinente Rodínia. As temperaturas médias em todo o planeta
despencaram abaixo de zero, e apesar da anóxia indicada pelo BIF, a
fotossíntese continuou, estabilizando os climas em novos níveis para o planeta,
durante a segunda parte da Era Proterozoica.
O primeiro registro da Terra bola de neve fora quando Kenorland se fragmentara, durou 60 milhões de anos mas não derrotaria a vida que continuava ativa.