Tradutor

quinta-feira, 21 de março de 2019

TOMO XXXVII-2-7 - SISTEMA SOLAR EXTERNO - SATÉLITES MENORES DE SATURNO


Satélites Menores de Saturno

O Senhor dos Anéis Saturno e Seus Satélites principais mais próximos do Planeta.


Saturno tem um séquito de mais de 60 satélites, mas tirando os 05 maiores já trabalhados em outros artigos, os demais não passam de asteroides capturados pelo senhor dos Anéis.
Inclusive muitos desses satélites poderiam ter sido maiores e por ação gravitacional ou colisões acabaram por se dividir como se supõem ser o caso de Jano e Epimeteu. Outros simplesmente deixaram de existir se incorporando aos fragmentos dos anéis do gigante gasoso.
Entre os satélites menores temos os satélites pastores ( Estes são pequenos objetos que tem sua órbita próxima a anéis planetários  e confinam estes anéis através de interações gravitacionais ). Exemplos de satélites pastores de Saturno temos Prometeus e Pandora, satélites de Saturno que pastoreiam os detritos evitando que se dispersem sobre os demais mantendo a integridade do anel F, o estreito e  mais externo anel de saturno.
Aqui mostrarei os mais conhecidos e documentados destes para ilustrarmos que mesmo pequenos estes objetos podem ser bem interessantes.


PANDORA
Uma Rocha em forma de batata.

Pandora é um satélite natural de Saturno. Foi descoberto em 1980 por fotografias feitas pela sonda Voyager 1 e foi provisoriamente chamado de S/1980 S 26. Em 1985 foi oficialmente chamado de Pandora, e é conhecido também por Saturno XVII. Junto com Prometeu é um satélite pastor, do anel exterior de Saturno, o Anel F.
  Pandora ao fundo e Mimas mais abaixo na fotografia da sonda Cassini (NASA)


Jano e Epimeteu

  Jano

                                        Epimeteu                         
Epimeteu e Jano são co-orbitais, ou seja, ocupam essencialmente a mesma órbita ao redor de Saturno.
 O raio orbital de Jano para Saturno é atualmente cerca de 50 km menor que o de Epimeteu. Visto que órbitas internas possuem altas velocidades, os dois satélites inevitavelmente aproximam-se um do outro, e visto que o diâmetro médio de Epimeteu é de 115 km e o de Jano é de 178 km, pareceria à primeira vista que uma colisão se tornaria inevitável.

Mas, quando o inevitável parece ocorrer... ele não ocorre... pois justamente quando o mais interno satélite alcança o  mais externo, a atração gravitacional incrementa o momento do satélite interior  e aumenta sua órbita, enquanto o satélite externo cai para uma órbita inferior. Os dois satélites assim barganham e começam a se mover separadamente de novo, visto que o satélite mais avançado está agora na órbita mais baixa e mais rápida. O mais perto que ambos se aproximam está em torno de 10.000 km.

A troca de orbita ocorre cerca de uma vez a cada quatro anos.

Nesta ocasião da troca, o raio orbital de Jano aumentará em cerca de 20 km, enquanto Epimeteu diminuirá cerca de 80 km; a órbita de Jano é menos afetada porque ele é 04 vezes mais maciço do que Epimeteu. Até onde se sabe, esse arranjo é único no Sistema Solar.
O relacionamento orbital entre Jano e Epimeteu pode ser entendido nos termos do problema dos três corpos, como um caso no qual os dois satélites (o terceiro corpo sendo Saturno) são similares um do outro em tamanho. Outros exemplos do problema dos três corpos incluem os asteroides troianos e os satélites troianos, a órbita ferradura do Cruithne em relação à Terra, e potencialmente dúzias de outros objetos em órbitas similares.
Características físicas de Epimeteu
Existem várias crateras em Epimeteu com mais de 30 km de diâmetro, bem como pequenos e grandes espinhaços e ravinas. O extenso número de crateras indica que Epimeteu deve ser bem antigo. Jano e Epimeteu podem ter se formado da divisão de um único corpo que deu origem a satélites co-orbitais, mas se esse for o caso, a divisão deve ter acontecido muito cedo na história do sistema de satélites. Por sua baixíssima densidade e albedo relativamente alto, parece que Epimeteu é um corpo congelado altamente poroso. Todavia, há ainda muita incerteza sobre estes valores, e isto permanece por ser confirmado.

Jano
Jano se encontra 30 km mais perto de Saturno do quê a órbita do satélite Epimeteu.
Características físicas de Jano
Jano têm muitas crateras, algumas até com mais de 30 km de diâmetro. A superfície parece ser mais velha que a de Prometeu, porém mais jovem que a de Pandora. Devido à sua baixa densidade e ao seu relativamente alto albedo acredita-se que Jano talvez seja um corpo congelado e poroso.
Anel
Há um pálido anel de poeira ao redor da região ocupada pelas órbitas de Epimeteu e Jano, como revelado por imagens tomadas em luz difusa pela sonda Cassini em 2006. O anel tem uma extensão radial de cerca de 5 000 km. Sua origem é das partículas ejetadas da superfície de ambos os satélites pelo impacto de meteoritos, os quais formam esse anel difuso circundando as trilhas orbitais.

Prometeus
Prometeus


Prometeus provoca oscilações na estrutura do Anel F


Prometeus foi descoberto por S. Collins em 1980, através de fotos enviadas pela sonda espacial Voyager 1. Prometeus é um satélite pastor do limite interior do anel F. Apesar de seu pequeno tamanho, Prometeus provoca oscilações na estrutura do Anel F, que é mantido pela gravidade de Saturno. Recebeu a designação provisória S/1980 S 27, e também é chamado de Saturno XVI.s



Atlas
Atlas

Um pequeno ponto comparado aos anéis.


Atlas é um satélite natural de Saturno. Ele orbita Saturno em volta do anel A. Possui um diâmetro de 30,6km. Provavelmente é um satélite pastor do anel A de Saturno. Foi descoberto por Richard Terrile em 1980 a partir de fotografias da Voyager, durante seu encontro com Saturno, e recebeu a designação provisória S/1980 S 28..






Lembra um sanduíche de presunto.

Pã  ajuda a deduzir os detritos da divisão Encke.


Pã é um satélite natural de Saturno que orbita o interior do anel A e ajuda a deduzir os detritos da divisão Encke. Também chamado de Saturno VIII, possui diâmetro de 28,4 km e orbita o gigante gasoso a uma distância de 133 583 km. Leva 7 horas e 55 minutos para completar uma volta em torno do planeta.

Foi descoberto em julho de 1990 por Mark R. Showalter a partir de fotografias tiradas pela Voyager 2 em 1981, durante seu encontro com Saturno, e foi designado provisoriamente de S/1981 S 13. .

Com certeza lembra um OVNI





terça-feira, 12 de março de 2019

TOMO XXXVII-2-6 - SISTEMA SOLAR EXTERNO - SATÉLITES DE SATURNO - RÉIA



REIA

Reia é a segunda maior satélite natural de Saturno com 1528km de diâmetro e com um período orbital de 4,52 dias ao redor do planeta . 

A temperatura na superfície de Réia é -174 ° C ao Sol, e -200 ° a -220 ° C na sombra. De rotação síncrona em torno de Saturno, portanto o satélite esta sempre o mesmo hemisfério de Saturno, assim como a Lua com a Terra.

Tal como Calisto, as crateras têm pouco relevo marcado como a nossa Lua e Mercúrio. O hemisfério à direita tem uma rede de caminhos claros sobre uma superfície mais escura e com poucas crateras. Estas trilhas podem ter material ejetado por crio vulcanismo, enquanto a água ainda estava líquida abaixo da superfície.


Superfície de Reia. 




Geologia

Um satélite composto de gelo e rochas.

Reia como a Lua possui muitas zonas de impacto em sua superfície, e uma atmosfera muito tênue para oferecer resistência a objetos siderais maiores. As sondas orbitais confirmaram que existia uma crosta gelada, ou seja, a solidez do astro é composta aproximadamente por 60 % de gelo e 40 % rocha. Parece também mostrar que uma parte substancial do gelo derrete sublimando para atmosfera.

A superfície é brilhante devido à sua composição, lembrando muito a de Tritão com sua neve rosada, mas não se sabe com certeza se é feita do mesmo material. Reia apresenta terrenos tipicamente de planícies com baixa densidades de existe um grande número de crateras, mas nenhuma tão grande que sugira que o satélite alguma vez esteve perto da destruição total. As zonas altas suaves e respectivos vales são harmoniosos com o resto da superfície e deverão ter a mesma idade que as a maioria das crateras das regiões onde estas se encontram.



Magnetosfera
A magnetosfera de Saturno protege os principais satélites do Planeta.

A magnetosfera de Reia se encontra na zona de ação do campo magnético de Saturno, e por isso que sua atmosfera, mesmo que rarefeita, obtém  proteção contra o vento solar, e não ser varrida para o espaço.



Atmosfera

Atmosfera rica em Oxigênio

Em 27 de novembro de 2010, a NASA anunciou a descoberta de uma atmosfera tênue (exosfera) em Reia. Ela consiste de aproximadamente 60 porcento de oxigênio e o restante de dióxido de carbono. A densidade da atmosfera na superfície é de cerca de 106 moléculas por centímetro cúbico. Porém, este não é um fator que consolida a hipótese da existência de vida em Reia. Isso é devido ao satélite estar fora da zona de habitabilidade do Sistema Solar. 

A atmosfera de Reia possivelmente é proveniente de geisers de água que acaba sendo decomposta pela radiação  de saturno e do sol.  O satélite devido a sua massa  é possivelmente composto, de gelo difuso em rochas. Esta característica o torna junto com Encelado, astrobiologicamente falando, com grandes chances de vida extraterrestre, ao menos à nível unicelular como algas ou bactérias.





Anéis


Mesmo que rarefeitos é incrível se verificar em um satélite comum ou possivelmente mais anéis orbitais.


No ano 2008, Geraint Jones, um cientista especializado na sonda Cassini, anunciou que Reia possua um sistema de anéis tênue. A sonda Cassini descobriu provas de material em órbita do satélite. Dados levantados por instrumentos da sonda indicam a presença de disco largo de destroços e pelo menos um anel em órbita do satélite. Esta seria a primeira descoberta de anéis em torno de um satélite planetário.

sexta-feira, 8 de março de 2019

AS PESSOAS DE COR AZUL



 Os Na’vi


No filme “Avatar”, os Na’vi têm uma deslumbrante pele azul; outros azuizinhos temos os simpáticos anõezinhos da TV e cinema os "Smurfs" e do Universo Marvel personagens como O Fera possuem esta coloração.  Mas na vida real, as pessoas podem realmente ter essa cor de pele?  Sim, acontece, e uma família que vive em Apalache, estado do Kentuky nos Estados Unidos, tem essa cor de pele, mas neste caso, a pele azul foi causada por uma doença genética rara chamada metemoglobinemia. 


Os Fugates

Em 1820, um órfão francês chamado Martin Fugate chega à cidadezinha de Troublesome Creek, no leste do estado do Kentucky, Estados Unidos. Ali, ele planeja começar uma família com sua nova esposa,  chamada Elizabeth Smith, uma senhora ruiva notável por sua extrema palidez. Já Fugate tem uma característica ainda mais estranha: ele possui uma condição genética rara, que faz com que sua pele seja extremamente azul. O casal teve sete filhos, sendo quatro deles azuis como o pai. 





Os Fugates

A condição rara é chamada de meta-hemoglobinemia, que faz com que os níveis de meta-hemoglobina nas células sanguíneas sejam de mais de 1%, deixando a pele azul, os lábios roxos e o sangue marrom. A doença pode ser desencadeada pela exposição a alguns químicos em particular, como benzocaína e xilocaína. Nesse caso, no entanto, a condição foi genética e produto de um gene falho, que provavelmente causou uma deficiência em uma enzima chamada citocromo-b5 meta-hemoglobina reductase. Felizmente, não há problemas de saúde associados à pele azul. Os Fugates inclusive foram bastante longevos, alguns vivendo entre os 80 e 90 anos de idade. 

Não é preciso dizer que a família foi muito discriminada na época e, por conta disso, eles se isolaram. De 1890 a 1960 praticamente não tinham contatos com o mundo exterior a seu local de residencia. Esta medida acabou piorando ainda mais a situação, já que a meta-hemoglobinemia é geralmente causada pela endogamia, ou seja, a geração de filhos por membros da mesma família. 

Assim, as pessoas azuis foram tomando conta de Troublesome Creek. Nos anos 60, o doutor Madison Cawei chega à cidade para estudar os Fugates. Ele e a enfermeira Ruth Pendergrass começaram a examinar essas pessoas e chegaram à conclusão de que elas tinham a deficiência genética chamada meta-hemoglobinemia. Com isso, eles também trouxeram a cura: uma dose de azul de metileno de tempos em tempos, que fazia com que os Fugates ficassem rosados e vivessem normalmente, sem a vergonha que tinham por serem azuis. 

 Arvore genealógica dos Fulgates


A condição ficou cada vez mais rara, com a integração da família à sociedade. Porém, nos anos 70, nasce Benjamin Stacy, que tem parentesco com os Fugates do século XIX. Embora na época as pessoas azuis do Kentucky já fossem apenas uma memória, Stacy herdou a cor da família. Ele, no entanto, cresceu normalmente. Especialistas acreditam que isso se deve ao fato de que ele carregava apenas um gene defeituoso – e não dois, como seus antepassados.
Depois de adulto o desenvolvimento da tonalidade azul novamente trouxe a mídia para a meta-hemoglobinemia.


Paul Karason



“A mudança ocorreu tão gradualmente que eu não percebi o que estava acontecendo. Nem as pessoas de maior proximidade notaram. Foi tão gradual que ninguém realmente notou. Até que um amigo que não me via a alguns meses me viu e perguntou o ‘O que você fez?’” Disse Paul.

Paul Karason, viveu toda a vida como uma pessoa tipica e aos 57 anos começou a sofrer uma transformação que o deixou com a pele azul. Mas foi de uma forma bem diferenciada dos Fugates.



Paul Karason

 Karason usou uma substância chamada prata coloidal, que é extraída do metal com mesmo nome. Ela é extraída e diluída na água através de uma corrente elétrica, e após ingerida pela pessoa. A prata coloidal é considerada por muitos como uma substância purificadora e que tem o “poder” de curar vários males.

No entanto Karason não acredita que bebendo a poção de prata coloidal ficou despigmentado, mas que isso aconteceu porque ele esfregou esse produto no rosto para tratar um problema de pele. Uma condição medica chamada Argyria é atrelada ao sintoma da descoloração desde os tempos remotos, onde a prata era usada como antibiótico.

A principio se imaginou que a prata coloidal teria causado a alteração de pigmentação ds pele de Karason, ou por ingestão ou pelo contato prolongado, mas que provavelmente seria devido á interação de ambos os casos. Mas após varias analises realizadas por laboratórios diferentes, nada ficou comprovado que o agente desencadeador da alteração seria a substancia prata coloidal.



 Fontes: 
IFLScience - via ABC News e All That Is Interesting

http://www.jornalciencia.com/voce-sabia-que-humanos-podem-ter-pele-azul/
https://noticias.r7.com/hora-7/fotos/era-chamado-de-smurf-homem-fica-com-a-pele-azul-apos-tentar-tratar-doenca-bizarra-no-rosto-16062018#!/foto/1
http://vidamineral.com.br/a-fraude-do-homem-azul/
https://m.megacurioso.com.br/genetica/37506-voce-sabia-que-existe-uma-condicao-genetica-capaz-de-deixar-a-pele-azul-.htm