ERA PALEOZOICA
Principal fauna do sitio de fósseis canadense de Burgess Shale do período Cambriano
Inicia-se
o período do domínio dos pluricelulares nos mares da terra. Toda a massa de terra
esta migrando para formar um único continente, mas esse seria ainda vazio e
árido. O planeta sai da era anterior diferente, a vida base ediacarana fora
extinta mas deixaria sua descendência que evoluiria de forma rápida com
espécies aprimoradas e outras novas. O planeta esta agora em um estagio
tropical que atinge todas as áreas do globo. A vida esta exuberante, mas nem de
longe lembra o nosso mundo atual, temos no céu uma Lua duas vezes maior que a
vista atualmente uma atmosfera ficando rica em oxigênio e o excedente está
formando uma nova camada gasosa, a de Ozônio.
Mas
então juntamente com o final dos tapetes microbianos á 540 milhões de anos , ocorre uma grande
extinção em massa castigou 45% das espécies. Um dos grupos atingidos fora o dos
arqueociatos, sendo um dos principais motivos da extinção uma queda do nível
dos mares que reduziu a área de águas rasas, habitadas pela maior partes dos
animais.
Arqueociatos
Os arqueociatos são animais conhecidos
apenas em registo fóssil do précambriano, de modo de vida colonial ou
solitário e suportados por um esqueleto interno de natureza carbonatada. foi
reconhecido que pertenciam a um filo próprio, designado então como Archaeocyatha
(do Grego: archaeo, antigo + cyatha, Alguns autores considerarem o grupo como uma classe do filo
Porífera.
O grupo expandiu-se
ao longo do neoproterozóico e diversificou-se ocupando uma vasta distribuição
geográfica. Para o fim desta época, os arqueociatos começam a regredir e a
passagem para o Cambriano é marcada pelo desaparecimento das formas de parede
simples. O grupo extinguiu-se como um todo há cerca de 540 milhões de anos.
Yunnan é a
região da China onde se encontrou como em Ediacara na Austrália muitos dos
fósseis do final do neoproterozóico.
A Biota Edicariana
aguentou bem mesmo na presença de predadores (que ainda não haviam evoluído
dentes ou mesmo ossos), porém a perda dos tapetes microbianos desestabilizou
todo aquele ecossistema, causando extinções. Então quando os herbívoros e carnívoros surgiram quase
simultaneamente e inicialmente não existia nenhuma diferença biológica
importante separando os dois grupos. Embora a biota Ediacarana estivesse no
cardápio de um novo nicho aberto os raros fósseis deste período indica
sobreviventes da grande extinção desta fauna vivos ainda entre 510 a 500
milhões de anos atrás. O que podemos dizer é que os fósseis do período
Edicarano são criaturas enigmáticas que morfologicamente são distintas das
formas de vida posteriores pois fisiologicamente eram discos, tubos, bolsas
cheias de lama ou colchões acolchoados.
Assim alguns dos representantes
do incrível bioma Ediacarano parecem terem vivido lado á lado com algumas das
mais incriveis espécies que surgiram no Cambriano no registro fóssil.
O grande valor
biológico que o período Cambriano tem não é necessariamente a sua explosão
súbita de diversidade, que é questionável, pelo fato de ser resultado de
processos antecessores como no Edicarano.
A sua importância para a biologia se dá pelo
fato de ter promovido uma profunda mudança na vida na Terra, a formação de
partes duras e a determinação dos planos corporais básicos atuais (Celomados e
pseudocelomados, animais segmentados, animais móveis e cavidades).
Obviamente que isso
fomentou a diversificação dos Eumetazoa e Ecdysozoa, uma vez que antes do
Cambriano e do Edicarano os animais eram organismos vivos em geral eram
pequenos, unicelulares e ou multicelulares simples. Organismos multicelulares
complexos gradualmente se tornaram comuns no decorrer dos milhões de anos.
Embora diversas formas de vida prosperaram nos oceanos, a Terra era
relativamente estéril, com nada mais complexo do que uma crosta de solo
microbiana, alguns moluscos animais bilaterais, poríferos e pequenos vermes
possivelmente desde de 600 milhões de anos.
PERIODO CAMBRIANO
Mapa dos continentes no período cambriano.
Começou 542 milhões e terminou 488,3
milhões de anos atrás, o clima do mundo era suave e não houve nenhuma glaciação
registrada, salvo provavelmente no período final do cambriano causando
extinções diversas.
Durante o Cambriano,
os continentes estavam divididos em 3 porções de terra menores localizadas nos
trópicos, e uma porção maior (o Gondwana) ao sul, e todos envoltos pelo oceano.
As temperaturas que se elevaram a partir do final do Pré-Cambriano permaneceram
estáveis durante todo o Cambriano.
O
Oxigênio
Mais significativo
para o surgimento desta diversidade de formas de vida além do aumento do
fósforo deve ter sido o gradualmente crescente nível de oxigênio. No inicio do período Cambriano, já havia
atingindo 12,5% (63% do nível atual), bastante frente aos 8% (40% do nível
atual) do período Edicarano. Em termos práticos isto significa que o processo
de metabolização dos alimentos na presença de oxigênio libera muito mais
energia do que a maioria das vias anaeróbicas. Os animais confiam nessa
combustão potente e controlada para impulsionar inovações que consomem muita
energia, como músculos, sistemas nervosos e as ferramentas como conchas
mineralizadas, exoesqueletos e dentes. Organismos que usam mais oxigênio têm a
oportunidade de produzir proteínas mais complexas, fornecendo um modelo para
futuras evoluções. Essas proteínas se traduzem em estruturas maiores e mais
complexas que permitem que os organismos se adaptem melhor a seus ambientes.
Plâncton
O mais interessante
sobre predação, planos corporais e abertura de nichos ecológicos é a esquecida
importância dos chamamos plâncton, uma coleção diversificada de organismos
(animais muito pequenos, bem como protozoários e bactérias). Um dos grupos de
plâncton chamado de fitoplâncton que incluem as algas verdes representa cerca
de 1% da biomassa global, com a importante tarefa de ajudar na oxigenação da
atmosfera antes e durante o cambriano. É aceito que antes do cambriano alguns
animais estavam diminuindo o tamanho e se tornava a base da cadeia alimentar,
algo compensado pela rápida reprodução. (Eles têm seu próprio ecossistema e são
classificados como grupos de produtores, consumidores e recicladores).
Camadas estratigráficas do deposito de solo paleozoico expostas pelo rio Colorado nos EUA.
No entanto a
importância deles vai além da cadeia alimentar e desempenham um papel nos
ciclos biogeoquímicos, incluindo o ciclo do carbono do oceano. Eles ainda não
foram devidamente reconhecidos pela ajuda na construção da enorme teia
alimentar, porem sabemos que eles estavam lá e fizeram a diferença. No fim
esses eventos desencadearam automaticamente a formação de uma série de sistemas
de retroalimentação auto propagáveis de diversificação entre níveis da cadeia
alimentar. A proliferação repentina de teias alimentares complexas formadas por
animais invadindo zonas adaptativas anteriormente vazias produziu uma
diversificação explosiva da vida durante um período de algumas dezenas de
milhões de anos.
Em geral o padrão de aumento de O2 é
consistente com muitas linhagens cambrianas exibindo taxas aceleradas de
evolução morfológica (novamente, a base dos planos corporais já estava
definida) e molecular. Ainda não existe
um consenso se todos os filos surgiram no Edicarano, porém alguns filos podem
ter surgindo no começo do Cambriano. A questão é que no período inicial entre 540 até 520 milhões de anos atrás
ocorreu uma grande diversificação que foi se tornando suave mais tarde, sendo
que o ritmo da evolução foi excepcionalmente rápido no início e daí o icônico
nome de Explosão Cambriana.
A
diversificação
Neste período ocorreu a irradiação de quase todos os grupos que encontramos atualmente, em um período de tempo geologicamente curto.
O numero imenso de
novos animais os fez evoluírem em
direções diferentes, aumentando o número de nichos que poderiam ser habitados.
Aliado aos planos corporais incipientes era a oportunidade perfeita de se
tornar cada vez mais especializados em seus próprios nichos. Nada é mais
exemplar do que a divergência entre Tardigrada e a Opabinia.
A taxa média de
evolução morfológica é cerca de 4 vezes a taxa média após o Cambriano, enquanto
a taxa média de evolução molecular no Cambriano é cerca de 5 vezes a taxa média
após o Ediacarano. Curiosamente, mesmo que o início desta explosão evolutiva
tenha sido estendido para 650 milhões de anos atrás, espalhando essa evolução
ao longo de mais de 100 milhões de anos, as taxas evolutivas permanecem
bastante elevadas.
E por fim, o período
cambriano e a sua tão famosa explosão Cambriana, onde além do aumento dos e
diversidade dos fosseis também aparecem os planos corporais (filos)
relacionados aos animais modernos. Dos 35 dos planos corporais atuais ao menos
20 deles teve origem no Cambriano, com os demais surgindo depois. No entanto, a
base ou os próprios planos corporais de muitos filos havia surgindo no fim do
Edicarano e é evidente que está longe de serem exaustivos os possíveis
padrões.
Formas de vida bizarras tomaram lugar nos
oceanos, juntamente com trilobitas, crustáceos, moluscos, anelídeos,
equinodermos, e outros filos animais existentes hoje em dia.
As faunas desse período, embora primitivas, apresentavam inúmeros padrões morfológicos, uma imensa variedade de espécies, em sua maioria animais de corpo mole, e novas estratégias ecológicas, como a predação, enterrar-se profundamente no sedimento e construir túneis complexos e ramificados. Também apresentavam alguns animais esqueléticos relativamente grandes, como as trilobitas, braquiópodes, e o anomalocaris, um dos grandes predadores deste período.
Os locais onde afloram as rochas cambrianas contendo os fósseis deste período no mundo são raros, tendo como principais e mais conhecidos o Folhelho Burgess, no Canadá, o Folhelho de Maotianshan, na China, e os argilitos de Emu Bay, na Austrália.
Os animais tratados aqui nesta primeira parte do período Cambriano serao os prostostomios. Uma das características morfológicas observadas durante o estágio de gástrula(estágio posterior à blástula, durante o desenvolvimento embrionário, caracterizado pela presença dos três folhetos germinativos), é a presença de blastóporo, orifício que conecta o meio interno do embrião com o meio externo. Em animais protostômios, essa abertura posteriormente dará origem à boca do indivíduo. Neste grupo em especial se encontra no processo embrionário a maioria dos invertebrados fora os Equinodermos, protocordados e cordados, este ultimo esta incluído os seres humanos.
Principais
sitios de fósseis
As faunas fósseis
que representam a explosão da vida nos mares durante o Cambriano de Chengjiang,
e a do Folhelho Burgess.
Figura 2. Vista de um afloramento do Folhelho Burguess no
topo das Rock Montains canadenses, Yoho National Park. Foto: NorthStarPhotos /
Shutterstock.com
A Fauna Chengjiang
(520 milhões de anos, Cambriano Inferior) ocorre principalmente em afloramentos
de Folhelhos Maotianshan, na China, conhecidos por conter todos os grupos
fósseis encontrados na fauna do Folhelho Burgess, evidenciando a diversificação
dos metazoários ainda no Cambriano Inferior. A fauna é caracterizada por organismos
de corpo mole, bem preservados, e composta por 185 espécies de esponjas a
cordados e 60 artrópodes, tais como o Anomalocáridus, Hallucigenia, Wiwaxia,
Opabinia, trilobitas, entre outros.
Burgess Shalé
é o sitio paleontológico do período Cambriano de melhor preservação e de
vestigios de formas que nunca antes foram vistas e que não se encaixam em
nenhuma filogênia modderna.
A Fauna do Folhelho
Burgess ou Burgess Shale (510 milhões de anos, Cambriano Médio) são os fósseis
de animais invertebrados mais importante do mundo, pois registra um dos
acontecimentos cruciais da história da vida na Terra: o resultado do processo
de diversificação que ocorreu logo após o período de explosão da vida na Terra
(explosão Cambriana). As rochas contendo esta fauna fóssil afloram em rochas
canadenses, e contém fósseis de organismos de corpo mole preservados nos
mínimos detalhes. A fauna evoluiu bastante desde a ocorrência da fauna anterior
(a fauna de Chengjiang), sendo caracterizada por organismos invertebrados, sem
partes resistentes fossilizáveis, e sem correspondentes com organismos da
atualidade. É composta por 140 espécies distribuídas em 119 gêneros, quase um
gênero por espécie, contendo artrópodes diversos (14 gêneros de trilobitas), 30
outros artrópodes (transicionais entre trilobitas e crustáceos), celenterados,
medusoides, polipoides, anelídeos variados e equinodermos holotúroideos.
Animais e o ambiente
O fato é que pela
primeira vez os animais começavam a ter um grande impacto no meio ambiente.
Talvez nada seja mais exemplar de que o tapete microbiano que cobria as
profundezas do oceano e que, apesar de ser pastoreado, servia como barreira
para não escavar mais profundamente. Quando as capacidades de pastoreio melhoraram,
os animais penetraram no tapete e tornaram os sedimentos habitáveis pela
primeira vez, em outras palavras isto foi à descoberta de um novo nicho! Era
acesso a nutrientes anteriormente inexplorados, bem como um refúgio de
predadores. Também é possível que os animais tenham ido à direção oposta,
subindo a coluna d'água, onde níveis mais altos de oxigênio lhes permitiam
gastar energia nadando. A soma de tudo isso permitia ultrapassar um limiar,
finalmente era possível aos animais explorar que permitiu o emprego de uma
vasta gama de formas morfológicas.
Formas
de predação e proteção]
Olhos
compostos de trilobitas
Para isso
melhoramentos como a disseminação dos olhos, também não devemos subestimar o olfato
e a diferença entre morrer ou viver para o predador ou presa, teve grande
impacto nos novos nichos. As primeiras
trilhas de cerca de 555 milhões de anos atrás serpenteiam e cruzam-se ao acaso,
indicando um sistema nervoso pouco desenvolvido que era incapaz de sentir ou
reagir a outros animais nas proximidades. Porém, já no final dos edicarano e
no início do cambriano as trilhas se tornam mais sofisticadas, havia curvas
mais apertadas e linhas paralelas e espaçadas entre si. Em alguns casos, uma trilha
de alimentação curvilínea transita abruptamente para uma linha reta, algo
interpretado como tentativa de escapar de algo. E a própria predação é uma
relação ecológica em que animais predadores se alimentam de outros animais para
obter os recursos necessários para sobrevivência, independentemente se de forma
herbívora ou carnívora, além de evitar a soberania de uma única espécie mais
hábil em um determinado habitat.
A intensidade da
predação parece ter aumentado dramaticamente ao longo do Cambriano conforme
novas "táticas" predatórias surgiam
como esmagamento de conchas, foi onde apareceu o primeiro grande
predador da Terra, o Anomalocaris. Curiosamente se um organismo desenvolvesse algum tipo de
defesa, isto levaria a duas linhagens de predadores, uma que era boa em
perseguir presas e outra que era boa em romper as defesas. No final haveria
duas espécies de predadores! Obvio que a corrida armamentista entre presas e
predadores deixa a desejar, ainda mais quando ainda existiam planos corporais
tomando forma, outras explicações vêm a somar no quadro geral.
No cambriano a
maioria da biomassa animal são dos representantes de corpo mole. Se pesássemos
e confrontássemos os animais de “corpo mole” e de “corpo duro” as estimativas
indicaria que a biomassa dos primeiros seria pelo menos o dobro dos segundos.
Uma questão despercebida é que a falta de partes duras nos organismos de corpo
mole os torna extremamente raros no registro fóssil, porém os espere com 100%
de certeza se existir animais alienígenas.
Impressão de uma trilobita fóssil, do Burgess Shale.
Foto: inEthos Design / Shutterstock.com
Se bem que a sina
dos animais além do corpo mole é ter esqueleto interno ou externo. Não é
novidade que todos animais têm músculos e estes só podem puxar e jamais
empurrar, sendo assim vários animais desenvolveram partes duras que os músculos
só podem puxar, comumente chamadas esqueletos (interno) ou exoesqueleto
(externo).
A
Explosão Cambriana
Marpolia
Marpolia foi interpretada como uma cianobacterium,mas também se assemelha
às modernas algas verdes cladophoran. É conhecido pelos depósitos do Xisto do
Cambriano Médio e dos primeiros depósitos cambrianos da República Tcheca.
Compreende uma densa massa de filamentos emaranhados e torcidos. Pode ter sido
livre flutuante ou fixado em outros objetos, embora não haja evidência de
estruturas de apego. Cerca de 40 espécimes de Marpolia são conhecidos do leito
do Grande Fiópode, onde compreendem 0,08% da comunidade.
Chancelloria
Chancelloria é um
gênero de animais primitivos conhecidos do Xistode Burgess do Cambriano Médio,
o calcário comley, o Xisto wheeler, o Bright Angel Shale e em outros lugares.
Atualmente está colocado no enigmático grupo Coeloscleritophora. Cerca de 178 espécimes da Chancelloria são
conhecidos do leito do Grande Fiópode,onde compreendem 0,34% da comunidade.
By Captmondo - Own
work (photo), CC BY-SA 3.0,
Ctenorhabdotus
Ctenorhabdotus capulus é uma espécie
extinta de ctenophore (ou geleia de pente), conhecida do xisto de Burgess na
Colúmbia Britânica, Canadá. Tem aproximadamente 515 a 505 milhões de anos e foi
equipado com 24 linhas de pente, três vezes mais do que o conhecido dos
ctenoforos modernos.
As superfícies superior e inferior são
relativamente planas. Cada grupo de três pentes se juntam ao lado arbóreo e
formam 8 fios. No lado arbóreo do organismo, há uma estranha estrutura
semelhante a uma cápsula que é teorizada para conter um órgão apical e
estatocistos. Media cerca de 70mm
Vauxia
Vauxia é um
gênero extinto de demosponge que tinha um modo distinto de ramificação de
crescimento. Cada ramo consistia de uma rede de fios. Vauxia também tinha um esqueleto
de esponja (material orgânico flexível) comum às esponjas modernas. Assim como
Choia e outras esponjas, Vauxia alimentada extraindo nutrientes da água.
Vauxia da
Pedreira Walcott do Xisto burgess (Cambriano médio)
Vauxia é
nomeada em homenagem ao Monte Vaux, uma montanha no Parque Nacional Yoho,
Colúmbia Britânica Canadá. Foi descrito pela primeira vez em 1920 por Charles
Doolittle Walcott.
Foronidas
O filo Foronidas é constituído por metazoários que
apresentam como características principais como sendo Lofoforados triméricos,
enterocélicos modificados e vermiformes. Possuem corpo dividido em um protocele
tipo aba, mesocele dotado de lofóforo, e metacele alongado, cada um com um
celoma associado.
Dinomischus
Dinomischus é um raro gênero de invertebrados marinhos extintos do Período Cambriano, na Era Paleozóica. Mediam em média 1 a 2 cm, provavelmente eram criaturas fixas e se alimentavam filtranto a água. Seus fósseis foram encontrados no Folhelho Burgess
Os fósseis Consistiam de um calyx
(ou corpo) em um longo e fino talo, cercado por uma coroa de 18 "pétalas
curtas", que incluiu ambas as aberturas de seu intestino em forma de
U. A presença deste intestino identificou-o
como um metazoano, e a haste insinuou que ele vivia permanentemente preso ao
fundo do mar por um pequeno talo largo o holdfast. Outras ideias modernas,
mesmo que um pouco vagas, incluem uma sugestão de que o organismo pode ter sido
parasita, habitando-se nas carapaças de organismos maiores
As vinte ou mais "pétalas" suportadas por cada organismo eram estruturas sólidas, semelhantes a placas, cerca de dois terços do comprimento do calyx. Especula-se que eles possam ter sido cobertos com cílios - cabelos finos - que teria agitado alimentos em direção à boca do organismo.
Uma série de afinidades foram consideradas,
mas com base em evidências disponíveis não parecia se encaixar em qualquer filo
de filiação. Os organismos mais
semelhantes foram os entoprocts muito menores, mas mesmo esses organismos
modernos são difíceis de classificar.Dinomisco não é o único organismo sessil
perseguido do cambriano, mas não tem parentes óbvios em outros gêneros.
Siphusauctum
O siphusauctum
é um gênero extinto de animais que alimentam filtros que viveram durante o
Cambriano Médio cerca de 510 milhões de anos atrás. Anexado ao substrato por um
holdfast, tinha um corpo em forma de tulipa,chamado de calyx,no qual bombeou
ativamente água que entrava através de poros e filtrava e digeria conteúdo
orgânico. Ele cresceu para um comprimento de apenas cerca de 20 cm
Barra de escala
= 10 mm, inserção = 1 mm. Abreviaturas: Con - Estrutura Cônica, CS - Segmentos
de Pente, ES - Baia externa, H - Holdfast, IS - Tronco Interno, LD - Trato
Digestivo Inferior, LS - Linha de Sutura Longitudinal, OS - Outer Stem, S -
Striae, TG - Sulco Transversal.
Gnathifera
São animais marinhos
microscópicos que se alimentam de fungos e bactérias. Possuem epiderme ciliada
e se locomovem por deslizamento. São considerados uma ponte evolutiva entre
animais semelhantes aos cnidários e os turbelários. Sabe-se que não possuem
sistema circulatório e que seu sistema digestivo é completo. Além disso, são
hermafroditas.
Gnathifera (dos
gnáthos gregos, "mandíbula", e o latim -fera, "rolamento")
é um grupo de animais geralmente pequenos caracterizados por mandíbulas
complexas feitas de quitina. Compreende o phyla Gnathostomulida, Rotifera,
Micrognathozoae Chaetognatha. Também
pode incluir a Cycliophora. Gnathiferans incluem alguns dos filos mais
abundantes. Os rotifers estão entre os mais diversos e abundantes animais de
água doce e os chaetognaths estão entre os plâncton marinho mais abundantes.
Gnathiferos
Amiskwia
Muito poucos espécimes do Amiskwia sagittiformis
foram encontrados tendo seus fósseis 25 mm de comprimento no maximo. A cabeça é
arredondada, inclinada com dois tentáculos, e parece conter um cérebro de
quatrogânglios; o corpo achata e amplia no tronco, que parece ter sido bastante
musculoso.
Onde o tronco encontra a cabeça há uma
pequena abertura tubular, que pode ser interpretada como a boca; o intestino
termina onde o tronco se estreita e encontra a cauda, que é larga e em forma de
remo. A morfologia corporal sugere um nadador energético livre, que pode ser
consistente com a escassez de fósseis (em outras palavras, um animal de natação
livre seria capaz de evitar ser enterrado vivo em um fluxo de lama
regularmente, em comparação com um animal bentonico.
Reconstruções e relações filogenéticas de
Amiskwia sagittiformis. uma visão dorsal (esquerda), ventral (média) e lateral
(direita) da cabeça. b Placa ventral em vista dorsal. c Mandíbulas na visão
ventral. d, e Desenhos de placa basal e mandíbula de filospermoidea
gnathostomulids extasiados; d Cosmognathia aquila, e Haplognathia gubbarnorum.
f cladograma baseado em árbitro. , mostrando possíveis posições filogenéticas
de A. sagittiformis dentro de Gnathifera: (1)gnathiferans de haste ,
(2)gnathostomulids de haste . g Reconstrução artística. Painéis de figuras
(a–e, g) por Brittany Cheung © Royal Ontario Museum.
Os Amiskwia sagittiformis fazem parte do
grupo monofilático Spiralia este morfologicamente diverso de animais
protostome, incluindo dentro de seu número os moluscos, anelidios, platelmintos
e outros grupos. O termo Spiralia é aplicado para designar o grupo de animais
com segmentação espiral do ovo.Tipicamente, esses animais têm determinado a
segmentação, ou seja, o destino de cada blastomer é estabelecido no momento em
que ele se origina pela divisão mitótica.
Segmentação
em espiral em caracol trochus.
Odontogrifaros
Odontogriphus
(literalmente "enigma dentada") é um gênero de animais de corpo mole,
Chegando a 12,5 centímetros (4,9 in) de comprimento, Odontogriphus é
plana, oval bilateral que aparentemente tinha um único pé muscular e um
"escudo" em sua parte traseira, que foi moderadamente rígida, mas de
um material inadequado para a fossilização. Em ambos os lados do aparelho de
alimentação existe uma estrutura circular que é interpretada como glândulas
salivares .
Eles
também encontraram evidência de outras partes do trato digestivo : a garganta
se conecta a parte de trás da boca, um relativamente curto de estômago , e uma reta
por muito mais tempo do intestino , terminando em um ânus perto da parte traseira da parte
inferior. Um par de estruturas de ambos
os lados do intestino e um pouco atrás do estômago pode ter sido gônadas ou
órgãos digestivos.
Orthrozanclus- By
Fangchen Zhao, Martin R. Smith, Zongjun Yin, Han Zeng, Guoxiang Li &
Maoyan Zhu
Os halkieriids são um grupo de organismos fósseis do
Cambriano Inferior ao Médio. Seu gênero homônimo é Halkieria,que
tem sido encontrado em quase todos os continentes. A espécie mais conhecida é Halkieria evangelista, da
Groenlândia.Sua classificação mais aceita seja de um ancestral em comum entre
os moluscos ou wiwaxia, outros pesquisadores os colocam em cassificações
completamente diferente ou próprias.
Halkieria evangelista do Lower Cambrian Sirius Passet, Groenlândia do
Norte. Jakob Vinther
Impressões das esleritas Australohalkieria formando o
exoesqueleto do halkieriid são visíveis. /
Susannah Porter
Os generos de halkieriids
o Halkieria e Australohalkieria possuem diversas
Características compartilhadas. Apenas esleritas semelhantes a armaduras de
Australohalkieria foram encontradas, e grande parte da análise pressupõe que
esses animais eram semelhantes a Halkieria. No entanto, os sclerites são tão
semelhantes que esta suposição parece bastante segura.Em ambos os gêneros, os
sclerites são do tipo chamado "coelosclerites", que têm uma casca
mineralizada em torno de um espaço originalmente preenchido com tecido orgânico,
e que não mostram nenhuma evidência de crescimento adicionando material ao
redor do exterior.
Em ambos os gêneros possuem sclerites de três formas
diferentes:
-Palmate, plana e em forma de uma folha de bordo, que
geralmente são as menores;
-Cultrate, plana, mas em forma de lâminas de faca;
-Siculato", que são do mesmo tamanho dos
cultrates, mas são em forma de coluna e como cilindros bastante esmagados.
Tanto na Halkieria quanto na Australohalkieria, os
eslerites palmato e culto têm costelas proeminentes, e são bastante planas,
exceto por curvas de 90° nas bases, que indicam que eles se encaixavam feio
contra os corpos dos animais. Os siculatos em sua maioria carecem de costelas e
parecem ter projetado longe do corpo em ângulos entre cerca de 45° e 90°.
Halkieria evangelista
Os animais pareciam lesmas medindo entre 1,5 centímetros
a 8 centímetros de comprimento,
bilateralmente simétrico,achatado de cima para baixo e não mais na parte
inferior. Muito perto de cada extremidade há uma placa de concha com linhas de
crescimento proeminentes como os anéis de crescimento das árvores. O resto da
superfície superior foi coberta com cerca de 2.000 sclerites(Nos artrópodes, os
escleritos são placas de quitina que fazem parte do seu revestimento, unidas
por suturas ou sulcos) que que se
sobrepuseram uns aos outros como telhas e formaram três zonas com sclerites de
diferentes formas:
-Palmatas, em
forma de folhas de bordo, corriam ao longo do centro da parte de trás entre as
placas de concha;
-Cultrates em forma de lâmina estavam em ambos os lados
dos palmatas e apontando para o meio da superfície superior; e finos
-Siculados, em forma de foice cobriam as bordas externas.
Os sclerites tinham uma ampla cavidade central, e (pelo
menos em alguns espécimes) canais laterais mais finos. À medida que os animais cresciam, as placas
de concha cresciam adicionando material às bordas externas. Os esclerites
individuais permaneceram do mesmo tamanho; uma vez que os eslerites cultos
formam um padrão que é constante em todos os espécimes bastante completos, os
antigos que eram muito pequenos podem ter sido derrubados e substituídos por
outros maiores à medida que os animais cresciam. Os sclerites parecem ter
crescido por secreção basal. Há traços de saliencias finas entre os sclerites e
a pele.
As placas de concha e os sclerites eram provavelmente
feitos de carbonato de cálcio originalmente; sugerindo com base em como eles
foram preservados que eles podem ter sido totalmente orgânicos, mas isso é
menos provável, uma vez que fósseis de organismos não calcificados são
geralmente filmes finos, enquanto os fósseis de Halkeieria são tridimensionais
como os de trilobitas. Na verdade, vários espécimes mostram curvatura no plano
horizontal, o que sugere que os músculos associados aos sclerites ainda estavam
presentes no momento do soterramento.
É difícil determinar as funções das conchas em forma de
tampa em cada extremidade do animal, pois os sclerites parecem ter oferecido
proteção adequada.
A sola era macia e provavelmente musculosa. Como Halkieria não tinha anatomia para nadar e não tinha adaptações óbvias para escavação, ela deve ter vivido no fundo do mar, "caminhando" fazendo sua ondulação muscular. Os sclerites siculados de projeção para trás podem ter melhorado sua aderência, impedindo-o de escorregar para trás. Alguns espécimes foram encontrados parcialmente enrolados, e nesta posição os eslerites cultos projetaram para fora, o que provavelmente dissuadiu os predadores.
É difícil
determinar as funções das conchas em forma de tampa em cada extremidade do
animal, pois os sclerites parecem ter oferecido proteção adequada. Cicatrizes
na superfície interna da concha frontal podem indicar que ela forneceu um
acessório para órgãos internos. Em um espécime, a concha traseira parece ter
girado cerca de 45° antes da fossilização, o que sugere que havia uma cavidade
por baixo, que pode ter abrigado brânquias.
Traços de um intestino foram encontrados nas metades
traseiras de alguns fósseis. Partes de um
espécime foram interpretadas como uma radula, A rádula é uma estrutura que se
situa na base da boca dos moluscos com a qual estes raspam o seu alimento. É
constituída por filas de pequenos dentes curvos, mas neste espécime a borda da
camada de sclerites, é dobrada e a radula
pode ser um grupo de sclerites siculados deslocados.
Orthrozanclus
A parte inferior
do animal era macia e desarmada, mas as superfícies voltadas para cima eram
blindadas por: uma pequena concha, perto da extremidade frontal; três zonas de
sclerites. ou placas de armadura, que se encaixavam perto do corpo e uma das
quais correu todo o caminho em volta do animal; 16 a 20 espinhas longas e
curvas em cada lado do corpo. Os sclerites e espinhos não foram mineralizados,e
tinham cavidades internas que parecem ter sido circulares em seção transversal.
A concha era
convexa e em forma de triângulo com cantos arredondados. Tinha uma
protuberância na frente, uma borda traseira elevada e um cume ao longo do meio
que se incendiou em direção à traseira. Também tinha anéis finamente espaçados
que indicam crescimento por adição de material ao redor das bordas, e cumes
mais grosseiros que podem indicar que o animal era metamédico,ou seja,
construído a partir de módulos repetidos. A função da concha possivelmente
fosse para abrigar as branquias do animal.
O Orthrozanclus claramente vivia no fundo do mar, e
acredita-se que tinha um pé musculoso como o de um caracol. Viveu no cambriano
médio á cerca de 505 milhões de anos atrás com seus fósseis encontrado xisto
Burgess Shale.
MOLUSCOS CAMBRIANOS
Nectocaris
pteryx Nectocaris é uma espécie de possível de cefalópodes, conhecido desde a metade do Cambriano,
tinha o corpo estruturado como nos siris e caranguejos só que sem os
apêndices(pinças), e a disposição do corpo semelhante a de um cordado grupo que
da origem aos peixes na próxima e ra um animal nadador, de limpeza marinha ou
predador, possivelmente ocupando um nicho semelhante ao verme seta (predadores
vermes marinhos que são um importante componente do plâncton em todo o mundo) .
Seu nome : Nectocaris significa
"camarão natação.
Fóssil do Nectocaris
Pteryx de Bugres Chale.
Strepsodiscus
Strepsodiscus é um gênero extinto de
moluscos fósseis muito primitivos da parte inicial do Cambriano Tardioda
América do Norte. As conchas enroladas e ligeiramente assimétricas têm cerca de
3 cm de altura. Não se sabe se são conchas de gastropodes (caracóis marinhos)
ou monoplacophorans,que são moluscos mais primitivos.
Os primeiros gastrópodes como o Strepsodiscus
surgiram em ambiente marinho, no Cambriano superior e diversificaram-se rapidamente.
No ordoviciano o grupo estava já presente numa grande variedade de ambientes
aquáticos, incluindo de água salobra e doce, mas ao longo de todo o Paleozóico
a classe dominante de moluscos foram os bivalves.
Diraphora
Diraphora é um gênero extinto de
braquiópode que viveu no Cambriano. Seus restos mortais foram encontrados na
Austrália e na América do Norte. 664 espécimes de Diraphora são conhecidos do
leito do Grande Fiópode,onde compreendem 1,26% da comunidade.
Lingulella
Alguns espécimes do braquiópode preservam
o pedículo intacto, que era longo e fino.
Acredita-se que o braquiópode tenha sido um generalista, visto que
aparece consistentemente em todos os estratos do leito do Filópode Maior.
Fósseis de Lingulella
Micromitra
Micromitra é um gênero de braquiópodes conhecido do Xisto de Burgess do Cambriano
Médio. 160 espécimes de Micromitra são conhecidos do leito do Grande
Fiópode,onde compreendem 0,3% da comunidade.
Haplophrentis
O Haplophrentis possuia uma concha longa e cônica, com a extremidade aberta
protegida por um operculum, do qual dois braços carnudos chamados helens se
projetavam para os lados. Estes braços serviram para elevar a abertura das
conchas acima do fundo do mar, agindo como palafitas.
Haplophrentis
carinatus
Sua anatomia macia compreende
tentáculos em numero de 12 (H. carinatus) a 16 (H. reesi) ligados a um
lophophore em forma de ferradura. Um par de estruturas amplas de função incerta
estendem-se ao longo do comprimento da concha cônica. Uma casca larval é
anexada ao ápice da concha.
Haplophrentis possuia alimentador de filtros, usando seu lophophore para extrair matéria orgânica da passagem da água do mar. Espécimes de Haplophrentis foram encontrados no intestino do predador Ottoia.