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domingo, 27 de agosto de 2017

TOMO XXVI-13 PLANETAS EXÓTICOS- PLANETA TIPO ÉDEN

Possível aparência de um planeta super-habitável. O tom avermelhado das massas é devido à cor da vegetação.
Um planeta como o título salientou Éden, seria um telúrico classificado como super-habitável, pois seria um tipo de exoplaneta que apresenta condições mais adequadas para o surgimento e evolução da vida do que o nosso próprio planeta. Nos últimos anos, muitos especialistas têm criticado o critério antropocentrista na busca por vida extraterrestre, considerando que há vários pontos onde a Terra não representam o melhor em habitabilidade planetária como o tipo de estrela que orbita, área total, proporção coberta por oceanos (e sua profundidade média), campo magnético, placas tectônicas, a temperatura da superfície, etc. 
Assim, haveria exoplanetas no universo que oferecem os melhores cenários para a vida, permitindo que surja com mais facilidade e que perdure por mais tempo.
Várias são  os fatores para se tornar um planeta muito mais adequado a vida do que a Terra.



A primeira delas tem a ver com a expectativa de vida de um planeta. A Terra é um astro de vida intensa, mas que deve morrer jovem. Nosso planeta nasceu 4,6 bilhões de anos atrás, mas as primeiras centenas de milhões de anos foram bem turbulentas, com frequentes impactos de asteroides rotineiramente derretendo toda a superfície. Há 3,8 bilhões de anos, imediatamente apareceram as primeiras formas de vida, como os registros fósseis nos mostram. A história biológica do nosso planeta, enfim, faz parecer que foi tudo fácil. O segredo, para os cientistas, foi a presença de água em estado líquido. E isso, por sua vez, só foi possível porque a Terra está na distância certa do Sol, nem muito perto, nem muito longe.

Planeta Vênus, o irmão da Terra esta no limite da zona habitável de nossa estrela e isso já e um serio problema para esse planeta. Todo seus mares e oceanos evaporaram, a rotação alem de retrograda e lenta, a atmosfera rica em CO2 fez um efeito estufa catastrófico. Chove chuvas de acido sulfúrico sob um solo com temperaturas em cerca de 500°C, donde  correm rios de lava para lagos enormes da mesma.
Conforme envelhece, o a estrela paulatinamente aumenta seu nível de emissão de radiação. O que quer dizer que a zona habitável está gradativamente se deslocando para mais longe. E em mais 1 bilhão de anos, aproximadamente, a Terra sairá da sua zona de habitabilidade, se tornando algo muito parecido com Vênus.
O nosso Sol, que é uma estrela do tipo anã amarela, não é um hyghlander cósmico.  Mas há estrelas bem menos propensas a morrer cedo com  as anãs vermelhas e as laranja, um pouco menos volumosas. Quanto menor é uma estrela, mais tempo ela vive, e mais devagar sua temperatura aumenta e mais próxima dela é a tal zona habitável.

Um exemplo de anã laranja com sistema planetário.

 Para as anãs vermelhas, com até 60% da massa solar, isso pode ser um problema. Planetas na região certa estariam tão perto dela que provavelmente estariam gravitacionalmente travados, mantendo o mesmo lado voltado para sua estrela. Já as anãs laranja, com massa entre 60% e 90% do solar, vivem até três vezes mais que o Sol e mantêm suas zonas habitáveis a uma distância aprazível, evitando a trava gravitacional.
Na Terra o tempo foi um fator essencial no aumento gradual da biodiversidade. Então podemos supor que mundos em torno de anãs laranja mais velhas que o Sol podem já ter atingido um status de super-habitabilidade. Bem próximo a nós temos Alfa Centauro B, que junto com Alfa A e Alfa C formam o grupo de estrelas mais próximo do Sistema Solar, é uma anã laranja.
 A atividade tectônica também e fundamental, pois produz a reciclagem constante do carbono entre a superfície e o interior do planeta, além da existência de um campo magnético, que protege o obre da radiação cósmica nociva para a vida.
Em ambos os casos, planetas ligeiramente maiores, com até 150% do diâmetro da Terra, parecem se manter mais geologicamente ativos e magnetizados por mais tempo. Então é bem possível que alguns desses planetas rochosos enormes, que os astrônomos chamam de ”super terras”, sejam melhores para a vida que o nosso próprio mundo.
As super-terras  ligeiramente maiores que o nosso planeta conseguirão assegurar uma atmosfera  um pouco mais densa. Mais vento, e as montanhas se aplainam de forma mais efetiva. Um terreno mais regular em escala global pode levar um planeta que tem grandes continentes e oceanos a se transformar num mundo-arquipélago, em que a área terrestre total é basicamente a mesma, mas distribuída em pedaços muito menores e de forma mais homogênea pelo globo.
Um planeta repleto de ilhas, lagos e ou  pântanos seria um oásis para a vida.Foto Niribu...Star Trek Além da Escuridão.

Na Terra, sabe-se que ilhas são motores de aceleração da biodiversidade. Ao isolarem a vida geograficamente, elas reduzem o tamanho dos nichos ecológicos e fazem com que eles evoluam mais depressa, se diferenciando mais rapidamente. Então, um planeta-arquipélago tem todas as condições de ser super-habitável. Com menos montanhas maior a circulação de ar e da distribuição do calor e frio homogeneamente pelo planeta. teríamos menos tempestades, mais chuvas e clima ameno.
Um planeta rico em biodiversidade com milhares de nichos evolutivos se desenvolvendo ao mesmo tempo

. Até agora, as estatísticas das pesquisas de exoplanetas sugerem que super-terras em torno de estrelas menores são substancialmente mais abundantes em toda a galáxia que os casos análogos da Terra e do Sol. Os astrônomos parecem ter muito mais lugares intrigantes para a busca por vida do que antes era previsto.
A vista de um planeta-satélite super-habitável de seu planeta gigante gasoso.
Aliado a tudo isso este mundo poderia orbitar um planeta gigante gasoso, como Júpiter ou Saturno, só que localizado na zona habitável de uma estrela. Nesta condição o tamanho não seria tão importante, poderia ser do tamanho de Marte ou mesmo da Terra. Este satélite-planeta teria à sua disposição múltiplas fontes de energia além da radiação vinda da estrela:

O satélite-planeta ainda receberia a luz e o calor rebatidos pelo planeta gigante além da mare gravitacional deste que aqueceria a parte interna desse satélite, criando mais condições para a vida em águas profundas, por exemplo. Com tantas fontes de energia, a probabilidade é que surjam mais habitats capazes de abrigar vida do que existem na Terra.

Fonte Wikipédia-Revista Superinteressante.

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

TOMO XXV-3 - PLANETAS TELÚRICOS - PLANETAS SEM NÚCLEO

 Seria um tipo de planeta terrestre que não sofreu diferenciação significativa na formação planetária. Isso o impossibilitaria de formar um núcleo metálico, isto é, o planeta é na verdade, um manto de rocha gigante.
Um planeta ou satélite sem núcleo poderia ser um estágio de formação, ou seja, temporário, como por exemplo na formação planetária. O planeta seria um mundo de lava, como o vivido pela Terra em sua formação orogênica primordial, para após ocorrer a diferenciação estrutural pelo decaimento dos materiais pesados para o centro da esfera planetária.
Estágio de formação planetária tido como convencional
Outros casos poderiam gerar planetas sem núcleo de forma permanente como veremos a seguir:
No primeiro caso o planeta orbita em uma zona muito fria.   Possui acreção de materiais do tipo condricte, completamente oxidados, ricos em água, em que a totalidade do ferro metálico é consolidado na forma de cristais de minerais de silicato. Tais planetas podem se formar além das regiões mais frias, como também, nas mais remotas da estrela central. Em seguida, o planeta aumenta durante sua formação, tanto de água como de materiais metálicos ricos em ferro.
O ferro metálico reage com a água formando óxido de ferro e de hidrogênio, bem como também as temperaturas da nuvem de acreção do obre esfriam rapido demasiado, impedindo assim que ocorra a diferenciação do núcleo de metal. As gotas de ferro geralmente são bem homogêneas, além de pequenas (cerca de 1 cm), o resultado final esperado é que o óxido de ferro acaba ficando preso no manto, assim sendo incapaz de formar um núcleo.
Planeta com um resfriamento muito rápido , onde o s metais como ferro terminam oxidando antes de afundarem no manto liquido em direção ao centro planetário e lá se acumularem.
No segundo caso, também seria formado em zonas frias, constituído de gelo e rocha de uma nuvem de detritos muito homogenia, e dependendo da quantidade de material para a formação planetária poderia criar um obre como a possível constituição do satélite de Saturno, Encélado. Este obre possuiria um núcleo constituído de rocha com um oceano intermediário global salgado envolto de uma crosta superficial sólida de gelo.
um planeta sem núcleo.
No terceiro caso, o planeta teria sido formado por um impacto planetário, onde apenas parte da crosta do planeta doador fosse impactada, e retirada com ela parte do manto e água oceânica. Esta massa de detritos poderia atingir o tamanho variável entre um satélite ou um planeta tipo Marte, dependendo do obre doador.

Impacto de um corpo celeste com ejeção da crosta e do manto planetário.
A esfera que se formaria poderia seguir seu caminho ao redor da estrela mãe, se tornar um sistema planetário duplo ou, dependendo logicamente da massa do planeta doador, se tornar seu satélite.

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

TOMO XXVI-13 PLANETAS EXÓTICOS - MINI NETUNOS

Um planeta chamado de  mini Netuno é classificado como um anão gasoso ou planeta de transição; é um planeta como o próprio nome diz, menor do que Urano e Netuno, com até 10 massas terrestres.

 Estes planetas têm atmosferas espessas de hidrogênio e hélio, provavelmente com profundas camadas de gelo e rocha ou oceanos líquidos (constituídos de água, amônia, uma mistura de ambos, ou elementos mais pesados e voláteis). 
Os planetas anões possuem pequenos núcleos feitos de compostos voláteis de baixa densidade. 
Quando não possuem uma espessa atmosfera, acabam por serem classificados como planetas oceânicos. 



Estima-se que a linha divisória entre um planeta rochoso e um planeta gasoso é de cerca de dois a três raios da Terra.

 De fato, as observações empíricas mostram que planetas maior do que cerca de 1,6 raio da Terra e mais maciços do que cerca de 6 massas terrestres, contêm quantidades significativas de gases voláteis como o Hidrogênio e o Helio.
Estes planetas parecem ter uma diversidade de composições que não está bem explicado por uma única massa em relação ao raio como a encontrada em planetas rochosos. 
 Quanto a massa, o limite inferior pode variar bastante para diferentes planetas, dependendo de suas composições; dividindo a massa pode variar de tão baixo quanto uma massa terrestre como para tão alto como 20 massas terrestres. 
Vários exoplanetas foram descobertos que são possivelmente anões de gás, com base em massas e densidades conhecidas como:
 Kepler-11f 
Kepler-11f possui uma massa de 2,3 massas terrestres, mas a sua densidade é a mesma que a de Saturno, o que implica que é um anão gasoso com um oceano líquido rodeado por uma espessa atmosfera de hidrogênio e hélio e apenas um pequeno núcleo rochoso. 
Kepler-138d
O planeta Kepler-138d possui um diminuto diâmetro para a categoria, tendo apenas a mesma massa da Terra. O planeta é também um suspeito planeta gasoso, devido ao seu diâmetro relativamente grande de aproximadamente 20500 km e, consequentemente, a sua baixa densidade.  
Tais planetas não orbitam muito perto de suas estrelas mãe, caso contrário, suas atmosferas gasosas espessas, seriam evaporadas pelo calor ou soprada pelos ventos estelares. É demonstrado que os planetas internos do sistema Kepler-11 têm densidades mais elevadas do que planetas mais longes.

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

TOMO XXVI-12 PLANETAS EXÓTICOS - PLANETAS DE NEBULOSAS PLANETÁRIAS




Pulsar, um farol cósmico.

As nebulosas planetárias, apesar do nome dado pelos astrônomos, pois estes achavam que eram sistemas planetários em formação. depois acabaram sendo decifradas como restos de uma estrela que deixou a sequencia principal e esta no final da vida, mas o nome já havia pegado, e assim ficou conhecida estes resíduos estelares.
Desta nebulosa descobriu-se que era o resto das camadas de uma estrela gigante, e que detinha no seu interior não uma jovem estrela, mas uma estrela moribunda. O tipo de estrela que reside no seu centro pode variar dependendo da massa estelar da estrela original, sendo uma anã branca, uma estrela de nêutrons ou até mesmo um buraco negro.
 Não se presumiria que se ali existiriam planetas, pois estes teriam sido pulverizados pelas convulsões de sua estrela mãe, mas a natureza age rápido e em poucos milênios ali estavam novos obres orbitando a estrela moribunda.
 
Estágios de um pulsar
Fora observado na primeira década do século 21 na constelação  70 de Virgem numa nebulosa planetária um planeta orbitando uma estrela de nêutrons.

O pulsar chama-se PSR B1257+12, e se encontra a 980 anos-luz da Terra. O raio do pulsar é aproximadamente 0,00002 o raio do Sol, ou seja, de apenas 15 km. Acredita-se que o pulsar PSR B1257+12 seja orbitado por quatro planetas extra-solares. Entre eles encontra-se o primeiro planeta extra-solar descoberto. 


Este planeta tem cerca de 4,3 vezes a massa da Terra, tendo assim um raio muito superior ao da estrela  da qual orbita. Não nos esquecendo que, mesmo com um raio tão pequeno esta estrela moribunda ainda tem massa semelhante a do nosso Sol, e por tanto gravidade semelhante.
Não se imaginava como estes astros teriam sobrevivido a fase  de super nova da estrela original, mas por fim foi chegada a outra conclusão. 
Os planetas que estariam localizados dentro da nebulosa planetária não seriam sobreviventes de um cataclísmico, mas uma nova geração de planetas que se formou dos resíduos da estrela original.



 Mas infelizmente talvez já sejam  planetas que já nasceram mortos, sem possibilidade de abrigar vida,  devido aos altos índices de radiação gama recebido da estrela de nêutrons. 
O céu diurno deve ser muito escuro, iluminado periodicamente pelo flash luminoso dos jatos de energia, além de ter  sua atmosfera (se existir alguma) bombardeada pela intensa radiação produzida pelo pulsar.

    
Vista do pulsar na superfície do planeta.
As radiações emitidas pelo cadáver estelar quebram qualquer molécula orgânica na superfície dos planetas. Energizada primeiramente por potentes jatos de energia e segundos após um vácuo de energia. Nada se mantém intacto na superfície de qualquer planeta deste sistema planetário.

Os planetas do Pulsar
Possível tamanho dos planetas do sistema PSR B1257+12 comparados com a Terra.

Em 1992, os astrônomos Aleksander Wolszczan e Dale Frail descobriram que o pulsar teria dois planetas.  Este sistema pode ter um cinturão asteroides ou um cinturão de Kuiper. Acredita-se que os planetas sejam os núcleos rochosos de gigantes de gás anteriores, ou o resultado de um segundo evento de formação planetária desse sistema oriundos dos restos da supernova.  Com o aprimoramento das observações se descobriu a possibilidade de terem não dois, mas quatro planetas ao redor do pulsar.


Se forem os restos dos planetas gigantes que orbitavam a estrela antes da supernova, seriam em teoria gigantes de gás com grandes núcleos rochosos, mais afastados e cujas atmosferas foram retiradas pela supernova, e espiralaram para dentro assumindo suas órbitas atuais.
Deve-se anotar que os planetas de PSR B1275+12 estão designados de A a D mas no sentido contrário dos planetas em torno das estrelas normais.  


PSR B1257+12 A
PSR B1257+12 A é o planeta mais próximo do pulsar, que orbita o pulsar em uma distância de 0,19 UA com um período orbital de aproximadamente 25 dias. Em 1997, reivindicou-se que este planeta era no facto um artefacto causado pelo vento solar. É aproximadamente duas vezes mais massivo que a Lua.

PSR B1257+12 B
PSR B1257+12 B é o segundo planeta que orbita o pulsar em uma distância de 0,36 UA com um período orbital de aproximadamente 66 dias. O planeta é quatro vezes mais massivo que a Terra. Como o planeta B e o planeta C têm órbitas muito próximas, perturbações mensuráveis são causadas em suas órbitas. Este fenômeno fornece evidência gravitacionais fortes, estas comprobatórias para a existência de ambos os planetas.

 PSR B1257+12 C
PSR B1257+12 C é o terceiro planeta que orbita o pulsar em uma distância orbital média de 0,46 UA com um período orbital de aproximadamente 98 dias. É quase quatro vezes mais massivo que a Terra.

Alem disso no ano de 1996, um possível gigante como Saturno (massa de 100 Terras) foi anunciado orbitando o pulsar em uma distância de aproximadamente 40 UA. este seria o quarto planeta no sistema, sendo então designado PSR B1257+12 D. Entretanto, a descoberta não fora conclusiva e confirmada por outros grupos astronômicos, logo sendo retratada mais tarde. Pensa-se agora que o sinal tenha vindo de um objeto menor que um planeta.

Um Cometa?


Suspeita-se que um asteroide, planeta anão ou um cometa esteja orbitando PSR B1257+12 a uma distância orbital média de 2,6 UA com um período orbital de aproximadamente 3,5 anos. O objeto é tão pequeno que não se considera ser um planeta, mas também é o primeiro objeto não planetário conhecido fora do cinturão de Kuiper, este em nosso sistema solar. É possível que este objeto seja o membro maior, como Ceres, de um cinturão de objetos menores em torno do pulsar. Tem um diâmetro de aproximadamente 700 km . Entretanto, este objeto não foi confirmado em todos os meios tecnológicos atuais, sendo citado às vezes como a PSR B1257+12 D.


sábado, 12 de agosto de 2017

TOMO XXVI-11 PLANETAS EXÓTICOS -PLANETA AURÉLIA



São possivelmente os mais abundantes dos planetas da nossa galaxia devido justamente 
a quantidade das suas estrelas mãe. Aqui reproduzimos o hipotético planeta Aurélia ou olho de Tigre, que se tornou real em 2014, o  Gliese 581C. Aurélia, foi assim batizado, em homenagem ao documentario que tratava de um planeta fictício com as mesmas características.
 A vida nestes planetas como a conhecemos só seria possível em pequenas faixas entre as áreas limítrofes do dia e da noite. 
Possuem condições de abrigar a vida, com tamanho, massa e proximidade da estrela dentro da zona habitável, mas com duas ressalvas:
-Orbitam uma estrela anã vermelha na extremidade interior da zona habitável...
O problema desta localização, próxima da estrela, como já observado, é que o planeta fica com o eixo de rotação lento, como Vênus ou paralisado, ou seja, com a mesma face sempre voltada  para a estrela, como Mercúrio. Assim o planeta em questão mesmo tendo atmosfera e água em estado líquido, as possuiria propícias a vida como a conhecemos em zonas  específicas, sendo o resto do planeta detentor de zonas climáticas extremas.

O lado oposto a estrela,  passaria por um clima glacial imerso numa noite eterna, o frontal a esta, teria um clima tórrido, longe mais agressivo que o deserto mais severo da terra, envolto num dia sem fim. 
Se possuísse oceanos, estes seriam vaporizados na zona diurna em terríveis tempestades, e no lado noturno teríamos tempestades de neve e glaciares imensos.

A vida só poderia se originar, como a conhecemos, nas zonas intermediarias entre o deserto escaldante e as geleiras congelantes.
Nesta zona haveria água em estado liquido e os ventos oriundos das regiões opostas dosariam o clima, temperando-o! 

Tempestades descomunais ocorreriam periodicamente, mas geralmente seria um local acolhedor.
- Instabilidade estrelar
As estrelas anãs vermelhas, apesar de pequenas, e possuírem uma vida na sequencia principal extremamente longa, parecem possuir com bastante frequência tempestades solares. Estes picos de tempestades estrelares são muito mais intensas e corriqueiros do que estrelas como o nosso Sol.
Instabilidades climaticas causadas pelas tempestades estelares frequentes
As tormentas estelares, poderiam destruir a vida fora do meio liquido ou sem local de proteção, devido a radiação nestes períodos de instabilidade da estrela.
O planeta possivelmente não possuiria um campo magnético devido a frenagem gravitacional, o que o tornaria indefeso as partículas do vento estelar.


-Ponto a favor. 

Mesmo com a rotação congelada,  o solo e atmosfera, assim mesmo, poderia ser renovado pelo vulcanismo e orogenia corriqueiros como o ocorrido na Terra e em Vênus. Este por sinal mesmo tendo a rotação retrograda e muuuito lenta e não possuir magnetosfera, tem a atmosfera mais densa dos planetas telúricos do sistema Solar, justamente devido ao seu intenso vulcanismo.

Ao contrario do observado em nosso planeta, não pelo núcleo em movimento, mas pela ação das marés gravitacionais gerados pela proximidade com a estrela  mãe, se encarregariam de gerar elementos renováveis no solo e gases para a continuidade atmosférica. Temos exemplos clássicos no sistema solar dos satélites de grande massa próximos aos planetas gigantes, estes corpos tem uma orogenia sempre ativa mesmo em mundos congelados superficialmente como Encelados e Europa.