Possível aparência de um planeta
super-habitável. O tom avermelhado das massas é devido à cor da vegetação.
Um planeta como o título salientou Éden, seria um telúrico classificado como super-habitável, pois seria um tipo de exoplaneta que apresenta condições mais
adequadas para o surgimento e evolução da vida do que o nosso próprio planeta.
Nos últimos anos, muitos especialistas têm criticado o critério
antropocentrista na busca por vida extraterrestre, considerando que há vários
pontos onde a Terra não representam o melhor em habitabilidade planetária como
o tipo de estrela que orbita, área total, proporção coberta por oceanos (e sua
profundidade média), campo magnético, placas tectônicas, a temperatura da
superfície, etc.
Assim, haveria exoplanetas no universo que oferecem os
melhores cenários para a vida, permitindo que surja com mais facilidade e que
perdure por mais tempo.
Várias são os
fatores para se tornar um planeta muito mais adequado a vida do que a Terra.
A primeira delas tem
a ver com a expectativa de vida de um planeta. A Terra é um astro de vida
intensa, mas que deve morrer jovem. Nosso planeta nasceu 4,6 bilhões de anos
atrás, mas as primeiras centenas de milhões de anos foram bem turbulentas, com
frequentes impactos de asteroides rotineiramente derretendo toda a superfície.
Há 3,8 bilhões de anos, imediatamente apareceram as primeiras formas de vida,
como os registros fósseis nos mostram. A história biológica do nosso planeta,
enfim, faz parecer que foi tudo fácil. O segredo, para os cientistas, foi a
presença de água em estado líquido. E isso, por sua vez, só foi possível porque
a Terra está na distância certa do Sol, nem muito perto, nem muito longe.
Planeta Vênus, o irmão da Terra esta no limite da zona habitável de nossa estrela e isso já e um serio problema para esse planeta. Todo seus mares e oceanos evaporaram, a rotação alem de retrograda e lenta, a atmosfera rica em CO2 fez um efeito estufa catastrófico. Chove chuvas de acido sulfúrico sob um solo com temperaturas em cerca de 500°C, donde correm rios de lava para lagos enormes da mesma.
Conforme envelhece,
o a estrela paulatinamente aumenta seu nível de emissão de radiação. O que quer
dizer que a zona habitável está gradativamente se deslocando para mais longe. E
em mais 1 bilhão de anos, aproximadamente, a Terra sairá da sua zona de
habitabilidade, se tornando algo muito parecido com Vênus.
O nosso Sol, que
é uma estrela do tipo anã amarela, não é um hyghlander cósmico. Mas há
estrelas bem menos propensas a morrer cedo com as anãs vermelhas e as
laranja, um pouco menos volumosas. Quanto menor é uma estrela, mais tempo ela
vive, e mais devagar sua temperatura aumenta e mais próxima dela é a tal zona
habitável.
Um exemplo de anã laranja com sistema planetário.
Para as anãs
vermelhas, com até 60% da massa solar, isso pode ser um problema. Planetas na
região certa estariam tão perto dela que provavelmente estariam
gravitacionalmente travados, mantendo o mesmo lado voltado para sua estrela. Já
as anãs laranja, com massa entre 60% e 90% do solar, vivem até três vezes mais
que o Sol e mantêm suas zonas habitáveis a uma distância aprazível, evitando a
trava gravitacional.
Na Terra o tempo foi
um fator essencial no aumento gradual da biodiversidade. Então podemos supor
que mundos em torno de anãs laranja mais velhas que o Sol podem já ter atingido
um status de super-habitabilidade. Bem próximo a nós temos Alfa Centauro B, que
junto com Alfa A e Alfa C formam o grupo de estrelas mais próximo do Sistema
Solar, é uma anã laranja.
A atividade
tectônica também e fundamental, pois produz a reciclagem constante do carbono
entre a superfície e o interior do planeta, além da existência de um campo
magnético, que protege o obre da radiação cósmica nociva para a vida.
Em ambos os casos,
planetas ligeiramente maiores, com até 150% do diâmetro da Terra, parecem se
manter mais geologicamente ativos e magnetizados por mais tempo. Então é bem
possível que alguns desses planetas rochosos enormes, que os astrônomos chamam
de ”super terras”, sejam melhores para a vida que o nosso próprio mundo.
As super-terras ligeiramente maiores que o nosso planeta conseguirão assegurar uma
atmosfera um pouco mais densa. Mais vento, e as montanhas se aplainam de
forma mais efetiva. Um terreno mais regular em escala global pode levar um
planeta que tem grandes continentes e oceanos a se transformar num
mundo-arquipélago, em que a área terrestre total é basicamente a mesma, mas
distribuída em pedaços muito menores e de forma mais homogênea pelo globo.
Um planeta repleto de ilhas, lagos e ou pântanos seria um oásis para a vida.Foto Niribu...Star Trek Além da Escuridão.
Na Terra, sabe-se
que ilhas são motores de aceleração da biodiversidade. Ao isolarem a vida
geograficamente, elas reduzem o tamanho dos nichos ecológicos e fazem com que
eles evoluam mais depressa, se diferenciando mais rapidamente. Então, um
planeta-arquipélago tem todas as condições de ser super-habitável. Com menos
montanhas maior a circulação de ar e da distribuição do calor e frio homogeneamente
pelo planeta. teríamos menos tempestades, mais chuvas e clima ameno.
Um planeta rico em biodiversidade com milhares de nichos evolutivos se desenvolvendo ao mesmo tempo
. Até agora, as
estatísticas das pesquisas de exoplanetas sugerem que super-terras em torno de
estrelas menores são substancialmente mais abundantes em toda a galáxia que os
casos análogos da Terra e do Sol. Os astrônomos parecem ter muito mais lugares
intrigantes para a busca por vida do que antes era previsto.
A vista de um planeta-satélite super-habitável de seu planeta gigante gasoso.
Aliado a tudo isso
este mundo poderia orbitar um planeta gigante gasoso, como Júpiter ou Saturno,
só que localizado na zona habitável de uma estrela. Nesta condição o tamanho
não seria tão importante, poderia ser do tamanho de Marte ou mesmo da Terra.
Este satélite-planeta teria à sua disposição múltiplas fontes de energia além
da radiação vinda da estrela:
O satélite-planeta
ainda receberia a luz e o calor rebatidos pelo planeta gigante além da mare
gravitacional deste que aqueceria a parte interna desse satélite, criando mais
condições para a vida em águas profundas, por exemplo. Com tantas fontes de
energia, a probabilidade é que surjam mais habitats capazes de abrigar vida do
que existem na Terra.
Fonte Wikipédia-Revista Superinteressante.