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quarta-feira, 16 de agosto de 2017

TOMO XXVI-12 PLANETAS EXÓTICOS - PLANETAS DE NEBULOSAS PLANETÁRIAS




Pulsar, um farol cósmico.

As nebulosas planetárias, apesar do nome dado pelos astrônomos, pois estes achavam que eram sistemas planetários em formação. depois acabaram sendo decifradas como restos de uma estrela que deixou a sequencia principal e esta no final da vida, mas o nome já havia pegado, e assim ficou conhecida estes resíduos estelares.
Desta nebulosa descobriu-se que era o resto das camadas de uma estrela gigante, e que detinha no seu interior não uma jovem estrela, mas uma estrela moribunda. O tipo de estrela que reside no seu centro pode variar dependendo da massa estelar da estrela original, sendo uma anã branca, uma estrela de nêutrons ou até mesmo um buraco negro.
 Não se presumiria que se ali existiriam planetas, pois estes teriam sido pulverizados pelas convulsões de sua estrela mãe, mas a natureza age rápido e em poucos milênios ali estavam novos obres orbitando a estrela moribunda.
 
Estágios de um pulsar
Fora observado na primeira década do século 21 na constelação  70 de Virgem numa nebulosa planetária um planeta orbitando uma estrela de nêutrons.

O pulsar chama-se PSR B1257+12, e se encontra a 980 anos-luz da Terra. O raio do pulsar é aproximadamente 0,00002 o raio do Sol, ou seja, de apenas 15 km. Acredita-se que o pulsar PSR B1257+12 seja orbitado por quatro planetas extra-solares. Entre eles encontra-se o primeiro planeta extra-solar descoberto. 


Este planeta tem cerca de 4,3 vezes a massa da Terra, tendo assim um raio muito superior ao da estrela  da qual orbita. Não nos esquecendo que, mesmo com um raio tão pequeno esta estrela moribunda ainda tem massa semelhante a do nosso Sol, e por tanto gravidade semelhante.
Não se imaginava como estes astros teriam sobrevivido a fase  de super nova da estrela original, mas por fim foi chegada a outra conclusão. 
Os planetas que estariam localizados dentro da nebulosa planetária não seriam sobreviventes de um cataclísmico, mas uma nova geração de planetas que se formou dos resíduos da estrela original.



 Mas infelizmente talvez já sejam  planetas que já nasceram mortos, sem possibilidade de abrigar vida,  devido aos altos índices de radiação gama recebido da estrela de nêutrons. 
O céu diurno deve ser muito escuro, iluminado periodicamente pelo flash luminoso dos jatos de energia, além de ter  sua atmosfera (se existir alguma) bombardeada pela intensa radiação produzida pelo pulsar.

    
Vista do pulsar na superfície do planeta.
As radiações emitidas pelo cadáver estelar quebram qualquer molécula orgânica na superfície dos planetas. Energizada primeiramente por potentes jatos de energia e segundos após um vácuo de energia. Nada se mantém intacto na superfície de qualquer planeta deste sistema planetário.

Os planetas do Pulsar
Possível tamanho dos planetas do sistema PSR B1257+12 comparados com a Terra.

Em 1992, os astrônomos Aleksander Wolszczan e Dale Frail descobriram que o pulsar teria dois planetas.  Este sistema pode ter um cinturão asteroides ou um cinturão de Kuiper. Acredita-se que os planetas sejam os núcleos rochosos de gigantes de gás anteriores, ou o resultado de um segundo evento de formação planetária desse sistema oriundos dos restos da supernova.  Com o aprimoramento das observações se descobriu a possibilidade de terem não dois, mas quatro planetas ao redor do pulsar.


Se forem os restos dos planetas gigantes que orbitavam a estrela antes da supernova, seriam em teoria gigantes de gás com grandes núcleos rochosos, mais afastados e cujas atmosferas foram retiradas pela supernova, e espiralaram para dentro assumindo suas órbitas atuais.
Deve-se anotar que os planetas de PSR B1275+12 estão designados de A a D mas no sentido contrário dos planetas em torno das estrelas normais.  


PSR B1257+12 A
PSR B1257+12 A é o planeta mais próximo do pulsar, que orbita o pulsar em uma distância de 0,19 UA com um período orbital de aproximadamente 25 dias. Em 1997, reivindicou-se que este planeta era no facto um artefacto causado pelo vento solar. É aproximadamente duas vezes mais massivo que a Lua.

PSR B1257+12 B
PSR B1257+12 B é o segundo planeta que orbita o pulsar em uma distância de 0,36 UA com um período orbital de aproximadamente 66 dias. O planeta é quatro vezes mais massivo que a Terra. Como o planeta B e o planeta C têm órbitas muito próximas, perturbações mensuráveis são causadas em suas órbitas. Este fenômeno fornece evidência gravitacionais fortes, estas comprobatórias para a existência de ambos os planetas.

 PSR B1257+12 C
PSR B1257+12 C é o terceiro planeta que orbita o pulsar em uma distância orbital média de 0,46 UA com um período orbital de aproximadamente 98 dias. É quase quatro vezes mais massivo que a Terra.

Alem disso no ano de 1996, um possível gigante como Saturno (massa de 100 Terras) foi anunciado orbitando o pulsar em uma distância de aproximadamente 40 UA. este seria o quarto planeta no sistema, sendo então designado PSR B1257+12 D. Entretanto, a descoberta não fora conclusiva e confirmada por outros grupos astronômicos, logo sendo retratada mais tarde. Pensa-se agora que o sinal tenha vindo de um objeto menor que um planeta.

Um Cometa?


Suspeita-se que um asteroide, planeta anão ou um cometa esteja orbitando PSR B1257+12 a uma distância orbital média de 2,6 UA com um período orbital de aproximadamente 3,5 anos. O objeto é tão pequeno que não se considera ser um planeta, mas também é o primeiro objeto não planetário conhecido fora do cinturão de Kuiper, este em nosso sistema solar. É possível que este objeto seja o membro maior, como Ceres, de um cinturão de objetos menores em torno do pulsar. Tem um diâmetro de aproximadamente 700 km . Entretanto, este objeto não foi confirmado em todos os meios tecnológicos atuais, sendo citado às vezes como a PSR B1257+12 D.


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