Tradutor

quarta-feira, 25 de setembro de 2019

TOMO XLVIII-2 OBJETOS TRANSNETUNIANOS - DISCO DISPERSO



Objetos entre o Disco disperso e a Nuvem de Oort interna




A nuvem de Oort interna é a parte entre o disco disperso e a nuvem de cometas propriamente dita. Nela estima-se que deva existir cerca de 900 corpos maiores do que o planeta anão Sedna. Devemos lembrar que a Nuvem de Oort em sí é uma camada de gelo ao redor do Sistema Solar que se inicia talvez a 5.000 UA do Sol, e contém trilhões de cometas, diferentemente da Nuvem de Oort interior.



A população total de objetos na Nuvem de Oort interior, de fato, pode exceder a população do Cinturão de Kuiper e do principal cinturão de asteróides entre Marte e Júpiter, disseram os pesquisadores.

Alguns objetos da Nuvem de Oort interna podem ter tamanhos equivalentes ao da Terra, ou ao de Marte. Isso ocorre porque muitos dos objetos da Nuvem de Oort interior estão tão distantes que mesmo aqueles grandes seriam muito difíceis de serem detectados com a tecnologia atual.



Sedna e 2012 VP113 comparados com a Lua


Objetos situados entre o final do cinturão de Kuiper e a nuvem de oort interna no chamado “disco disperso” acreditava-se serem impossíveis de possuir dimensões significativas pela escassez de matéria nesta região, mas pelo visto são apenas a ponta do Iceberg.

O que auxiliou esta crença fora o fator de que Planetoides distantes como Sedna e 2012 VP113 são incrivelmente difíceis de serem detectados, e os astrônomos só tem uma chance de observá-los quando os corpos estão próximos de sua maior aproximação com o Sol.



SEDNA



Sedna é um objeto transnetuniano que se encontra após o cinturão de Kuiper, foi descoberto em 2003, e está situado cerca de três vezes mais longe do Sol que Netuno. Sua órbita é extremamente excêntrica, com cerca de 144 bilhões de km (ou 960 UA) e um período orbital de cerca de 11 400 anos. 

O ano de Sedna o torna um dos objetos mais distantes conhecidos no Sistema Solar, além de cometas de longo período é claro. Sedna é quase certamente um planeta anão. O problemas é que mesmo com aproximadamente 1 000 km de diâmetro, sua distância do Sol dificulta a determinação de sua forma, então não se sabe se este se encontra em equilíbrio hidrostático, ou se assemelha mais a um objeto vestóide.



Superfície de Sedna




Concepção Sol visto de Sedna



Sedna ao que parece é composto principalmente de uma mistura de gelo de água, metano e nitrogênio com tolinas. Sua superfície é uma das mais vermelhas no Sistema Solar, semelhantemente a de Tritão. Há análise espectral de Sedna, tendendo para o vermelho, indica altas concentrações de material orgânico superficial.


Á analize dos elementos quimicos como o metano em suas fracas bandas de absorção indicam que este é antigo, e não recém-depositado. Pela distãncia estas observações significam que em Sedna deve ser muito frio para o metano evaporar de sua superfície e então cair de novo como neve, como acontece em Tritão e Plutão.
Órbita e rotação


A órbita de Sedna (em vermelho) comparada com as órbitas de Júpiter (laranja), Saturno (amarelo), Urano (verde), Netuno (azul), e Plutão (roxo). Sua orbita em muito se assemelha ao de cometas de longo curso como o Halley.











Sedna visto da Terra.



2012 VP113


O objeto 2012 VP113.



Registrado como 2012 VP113, o objeto com diâmetro estimado em 697km o segundo encontrado na parte interna da Nuvem de Oort.


A órbita do 2012 VP113, que tem um periélio de cerca de 80 UA, fazendo dele o objeto mais distante conhecido e nova “fronteira” do Sistema Solar, e afélio de mais de 452 UA. O ano sideral de 2012 VP113 é de 4178 anos.


Orbita do objeto 2012 VP113.


Mais do que isso, no entanto, o ângulo entre o periélio e o ponto onde o 2012 VP113 e o Sedna cruzam o plano do Sistema Solar é similar e próximo também do verificado nos objetos mais distantes do Cinturão de Kuiper.


Scott Sheppard e Chadwick Trujillo, astrônomos do Instituto Carnegie para Ciência e do Observatório Gemini foram os responsáveis pela descoberta do novo planeta-anão.







As imagens foram coloridas artificialmente em vermelho, verde e azul, o que faz com que o 2012 VP113 apareça como três pontos coloridos distintos, enquanto as estrelas e galáxias ao fundo, que não se mexeram, são brancas devido à combinação das três cores - Scott Sheppard/Carnegie Institution for Science




O 2012 VP113, junta-se ao planeta anão Sedna como um residente confirmado de uma região longínqua e inexplorada que os cientistas chamam de "Nuvem de Oort interior". Além disso, 2012 VP113 e Sedna podem ter tido suas órbitas alongadas por um grande planeta ainda não localizado, mas previsto matematicamente, o Planeta Nove.




Sedna e 2013 VP113 são apenas a ponta do iceberg pois existem em uma parte do Sistema Solar que os astrônomos acreditavam ser quase desprovida de matéria. Isto demonstra o quão pouco realmente sabemos sobre o nosso Sistema Solar e o leque de descobertas que ainda nos aguardam nas próximas décadas.




TOMO LI- OBJETOS INTERPLANETÁRIOS - VISITANTES DE OUTROS SISTEMAS


O Oumuamua foi descoberto em 19 de outubro de 2017. Seu nome, em havaiano, significa mensageiro de muito longe que chega primeiro.

O objeto interplanetário Oumuamua é um objeto interestelar que passou pelo Sistema Solar vindo de outro sistema estelar. Foi descoberto em uma trajetória altamente hiperbólica por Robert Weryk em 19 de outubro de 2017 com observações feitas pelo telescópio Pan-STARRS. Inicialmente classificado como um cometa, foi reclassificado como um asteroide uma semana depois. É o primeiro objeto descoberto de uma nova classe chamada asteroides hiperbólicos.


Passagem de Oumuamua pelo sistema Solar.

 A alta excentricidade do Oumuamua indica que ele nunca esteve gravitacionalmente ligado ao Sistema Solar semdo portanto  um objeto interestelar comprovado pela  sua alta velocidade de entrada. O objeto possui uma inclinação de 123° em relação à eclíptica e uma velocidade orbital de 26,33 km/s em relação ao Sol quando no espaço interestelar, que atingiu o pico a 87,71 km/s no periélio.

Oumuamua realizava uma rotação completa a cada 7.3 horas e a redução drástica em seu brilho durante esta rotação que sugeriu ele ser um objeto alongado. Ele expeliu gases ao se aproximar do sol o que alterou sua orbita de forma sutil como se fosse um propulsor a jato, o fato que indicaria ser sua composição semelhante a de um cometa.

Especulasse que tenha sido formado em um sistema estelar jovem e expulso por forças gravitacionais de diversas causas como interação com outra estrela ou um gigante gasoso.

Inicialmente o objeto de cor avermelhada foi chamado C/2017 U1 porque foi assumido como um cometa, mas foi renomeado para asteroide com o nome de A/2017 U1 depois que nenhuma atividade típica de um cometa fora encontrada. Depois que sua natureza interestelar foi confirmada, foi renomeado para 1I/'Oumuamua. O numero"1" se deve por ser o primeiro objeto  desse tipo a ser descoberto;  a letra "I" para interestelar e "'Oumuamua'" é uma palavra havaiana que significa "um mensageiro de longe que chega primeiro".


A nave Interestelar Rama da obra de Ficção científica de Sir Artur Clark Enigma de Rama.

Ao entrar no imaginativo dos pesquisadores não tem quem não comparou o objeto em uma escala menor com a nave interestelar Rama da série de romances do escritor de ficção cientifica Sri Artur Clark que relata uma nave sonda de imensas proporções que vem ao sistema solar fazer contato com vida inteligente a ponto de viajar pelo espaço.

Ilustração de como seria o interior da hipotética nave sonda Rama.

Bem menor em proporções, o objeto Oumuamua possui cerca de 400 metros de comprimento e 40 metros de largura. Por causa da velocidade que se deslocava, esta mais rápida que o esperado, astrônomos da Universidade de Harvard cogitaram a possibilidade de o objeto ser artificial, tendo origem alienígena e sendo usado para investigar a Terra. Todavia, a maioria dos cientistas da área rechaça essa hipótese. Mesmo não tendo imagem detalhadas do objeto estimou-se que era de origem natural.

Novo Visitante

Novo objeto interestelar é descoberto semelhante a Oumuamua mostra sua cauda de cometa ao se aproximar do Sol. Imagens vermelhas e azuis são a imagem distorcida das estrelas pelo movimento do novo cometa.(foto : Gemini Observatory/NFS/AURA/BBC.)

O novo objeto foi descoberto em 30 de agosto de 2019 no observatório MARGO, Nauchnyy , na Crimeia, pelo astrônomo amador Gennadiy Borisov usando seu telescópio personalizado de 0,65 metros. Veio da direção de Cassiopeia, perto da fronteira com Perseu  e muito perto do plano galáctico . Chegará ao periélio (abordagem mais próxima do Sol) por volta de 7 de dezembro de 2019.
A descoberta do C / 2019 Q4 (Borisov) foi comparada à descoberta de Plutão por Clyde Tombaug pois ambos eram astrônomos amadores que estavam construindo seus próprios telescópios, embora ele descobriu Plutão usando Observatório Lowell 's Astrograph .


Mais um objeto interestelar visitou o sistema Solar.(Orbita em verde Claro de cima para baixo)

Quanto menor o ponto de periélio, menor será a excentricidade. Objetos interestelares podem ter excentricidades muito altas,  porque nunca foram ligados ao Sol e uma pequena alteração na velocidade resultará em uma grande alteração na excentricidade. A velocidade excessiva hiperbólica o novo cometa é de cerca de33 km / s sendo esta indicadora importante de que é de origem interestelar  No espaço interestelar, o  cometa C / 2019 Q4 leva aproximadamente 9000 anos para viajar um ano-luz ao se afastar do sol.

Em 13 de setembro de 2019, o Telescópio das Canarias obteve um espectro visível preliminar (de baixa resolução) do C / 2019 Q4 (Borisov) que revelou que esse objeto tem uma composição de superfície não muito diferente da encontrada nos cometas típicos da Nuvem de Oort .


quinta-feira, 19 de setembro de 2019

TOMO L- OBJETOS TRANSNETUNIANOS - COMETAS E METEOROS


Os cometas

Ikeya

Acredita-se que os cometas se originaram em dois pontos bem diferenciados do Sistema Solar. Os cometas de período curto geraram-se na sua maior parte em no cinturão de Kuiper ou disco disperso que começa a partir da órbita de Plutão 38 UA ( 5,7 bilhões de km ) do Sol e estendem-se até as 100 UA (15 bilhões de km).


Cometa Hale-Bopp.


Os de período longo, como o cometa Hale-Bopp, que demoram milhares de anos ao completar uma órbita, originaram-se todos na nuvem de Oort. O cinturão de Kuiper gera poucos cometas devido à sua órbita estável, ao contrário do disco disperso, que é dinamicamente muito ativo pelas interações gravitacionais.

Os cometas escapam do disco disperso e caem sob os domínios gravitacionais dos planetas exteriores que com o tempo, são enviados mais para dentro do Sistema Solar e tornam-se cometas de período curto.


Os cometas de período curto podem ser divididos em dois tipos: os da família Júpiter e os da família Halley.


A sua principal diferença dos cometas da família Júpiter e os da família Halley está no período; os primeiros tardam menos de vinte anos em completá-lo e têm semi-eixo maior com cerca de 5 UA ou 750 milhões de km, e os segundos tardam mais de vinte anos e o seu semieixo maior costuma ser de mais de 10 UA 1,5 bilhões km.

    Cometas West e Kohoutek.

 Os cometas da família Júpiter têm inclinações orbitais baixas, cerca de 10º de média, enquanto os de tipo Halley têm inclinações orbitais muito desiguais, e geralmente muito pronunciadas, de cerca de 41º de média. Todas estas diferenças ocorrem devido ao sua origem como já observada sendo os cometas da família Júpiter formados no seu maior parte em no disco disperso, enquanto os da família Halley originaram-se na nuvem de Oort. Acredita-se que estes últimos foram cometas de período longo que foram capturados pela gravidade dos planetas gigantes e enviados para o Sistema Solar interior.


Foi observado que a incidência dos cometas nos planetas exteriores é muito maior que nos interiores. O mais provável é que se deva à atração gravitacional de Júpiter, que agiria a modo de barreira, pegando os cometas e fazendo que colidissem contra ele, do mesmo jeito que aconteceu com o cometa Shoemaker-Levy 9 em 1994. Esta barreira natural teria para a vida na terra um fator especial pois criou um escudo contra catástrofes globais como a extinção KT que matou os dinossauros. Sem esta proteção possivelmente a vida na terra ainda seria no nível unicelular!


Manchas resultado do impacto do cometa com a superfície de Júpiter.



Forças das marés galácticas

Assim como a Lua exerce marés sobre os oceanos da Terra, a nuvem de Oort também sofre estas forças de maré; só que do restante da Via Láctea.

As forças de maré ocorrem devido a gravidade que exerce um corpo e decresce com a distância. Do mesmo jeito, a Via Látea exerce estas forças de maré sobre a nuvem de Oort, deformando-a ligeiramente para o centro da galáxia ao qual em sua forma, a nuvem de Oort não é uma esfera perfeita.

 No Sistema Solar interior esta maré galáctica é ínfima, pois a gravidade do Sol sobre os corpos da região predomina, mas quanto maior é a distância ao Sol mais perceptível se torna aquela. Esta pequena força é suficiente para perturbar o movimento de alguns objetos da nuvem, e assim alterando algumas orbitas em direção do Sol.



Composição dos Cometas



Como já observado, a cauda é imensamente maior que o núcleo de um cometa, e composto de gelos e poeira, medindo normalmente de 10 a 40 quilômetros de diâmetro. Quando o cometa entra em contato direto com o vento solar o núcleo é superaquecido em sua parte em contato direto com o sol, sofrendo varias erupções de mini vulcões, assim liberando jatos de poeira e gases ao seu redor.







Sua cabeleira de partículas e gases (também conhecida por coma) se espalha numa área que varia de até três vezes a distância da terra a lua, mas o que chama realmente a atenção em se observar um cometa é a sua cauda.


A cauda de um cometa, se compõe de poeira expelida pelo núcleo. São tão longas como a distância da Terra ao Sol, e na realidade são duas caudas, uma visível e outra de gases ionizados, invisíveis a olho nu.




Sonda Roseta

Cometa 67P/Churiumov-Gerasimenko.

A sonda Rosetta pousou na metade da segunda década do século XXI na superfície do cometa 67P/Churiumov-Gerasimenko, finalizando, assim, a sua missão espacial nos últimos 12 anos. Quarenta minutos depois da sonda ter se prendido ao cometa. ou seja, o tempo que leva para a informação percorrer do espaço ao centro de controle, os cientistas da Agência Espacial Europeia receberam o sinal de fim da missão.


Névoa.

67P/Churyumov-Gerasimenko é um cometa do Sistema Solar com um período orbital atual de 6,45 anos. A sonda espacial Rosetta, que foi lançada pela Agência Espacial Europeia em 2 de março de 2004. Em 6 de agosto de 2014 a sonda encontrou-se com o 67P, passando a segui-lo em órbita no espaço. Em 12 de novembro do mesmo ano, a Philae, o pousador da Rosetta, tornou-se o primeiro objeto construído pelo Homem a pousar na superfície de um cometa.

O Cometa 67P/C-G passou pelo periélio em 13 de agosto de 2015, a cerca de 186 milhões de quilômetros do Sol. O período correto de observação era crucial já que aumentava significativamente a atividade no interior do cometa, assim revelando aos instrumentos informações sobre o ciclo de vida do cometa e dados preciosos a respeito da origem do Sistema Solar.

Este cometa apresenta algumas peculiaridades. possivelmente como o cometa Halley, este se originava do sistema solar exterior ou da nuvem de Oort e ao poucos teve sua orbita alterada por Júpiter. Antes de 1840 seu periélio era de 600 milhões de Km ou 4,0 UA então não seria possível observá-lo da Terra.

Neste ano o cometa acabou se movendo para o interior do Sistema Solar, após um encontro com o planeta Júpiter, fazendo seu periélio cair para 450 milhões de km (3,0 UA). Durante um século, o periélio foi gradualmente diminuindo até atingir 415,5 milhões de Km (2,77 UA). Então, em 1959, novamente ele reencontrou-se com Júpiter diminuindo seu periélio em apenas 193.50 milhões de Km (1,29 UA). Atualmente este cometa completa a sua translação em torno do Sol em 6,57 anos.

O cometa Churyumov-Gerasimenko é um objeto incomum bastante ativo por um curto período e apresenta frequentemente, cauda no seu periélio.

Locau previsto e local do pouso de fato.

Após o pouso da Philae em 12 de novembro de 2014, algumas propriedades do cometa foram inicialmente descobertas como a constatação da existência de moléculas orgânicas na superfície. Equipamentos do pousador como o SESAME e o MUPUS também descobriram a existência de gelo duro e alta compactação pouco abaixo da poeira que recobre seu solo. O resultado destes estudos pode ajudar a revelar uma antiga suposição da comunidade científica, que os cometas de fato trouxeram para a Terra parte da água e dos elementos básicos para a existência da vida, como aminoácidos.

Estudos posteriores concluíram que a densidade do cometa é bem inferior à imaginada, cerca de apenas 470 kg/m³, sendo portanto menor do que a densidade da água, devido ao objeto possuir um interior poroso.


Jatos de Vapor espelidos pelo cometa ao se aproximar do Sol.

O cometa Churyumov-Gerasimenko também é um cometa mais escuro do que o anteriormente previsto. A quantidade de luz refletida por sua superfície é de apenas 6% com relação à recebida, metade do refletido pela Lua, o que o faz um dos mais escuros objetos do Sistema Solar. Isto também indica que há pouco gelo exposto em sua superfície. A escuridão provavelmente é provocada por minerais como sulfeto de ferro e compostos à base de carbono que o cobrem.




Detalhes da Superfície do Cometa!

Um estudo de 2015 sugere que as crateras são, na verdade, dolinas criadas de uma forma similar às da Terra quando a camada de superfície do solo sofre colapso súbito. Embora essas cavidades podem ajudar a mapear o terreno do cometa, elas também representavam um risco para o módulo de pouso Philae.

Em 2015, dados enviados pela Philae indicam que o cometa poderia ser habitado por vida alienígena microbiana. A evidências demonstram que várias características do cometa, como sua crosta negra orgânica, são melhores explicadas pela presença de organismos vivos sob a sua superfície gelada. 

A sonda espacial Rosetta também confirma ter pego estranhos aglomerados de material orgânico que se assemelham a partículas virais e , em 2016, cientistas anunciaram que a nave espacial Rosetta fez várias detecções do aminoácido glicina, usados pelos organismos vivos para produzir proteínas, na nuvem de gás e poeira circundando o cometa.


Mapeamento da Superfície do Cometa.

No entanto sob condições especiais estes fenômenos observados podem se originar sem necessariamente de origem biológica. Detectando diretamente compostos orgânicos essenciais em um cometa, reforça a noção de que esses objetos celestes entregaram tais blocos de construção química para a vida há muito tempo atrás para a Terra e todo o sistema solar.

Ciclos de Extinção

Ao estudarem as extinções na Terra os cientistas advertiram um padrão que se repete cada certo tempo. Observaram que aproximadamente cada 26 milhões de anos na Terra desaparece uma percentagem de espécies considerável, e várias são as teorias para justificar.

Há vários mecanismos capazes de enviar cometas para o Sistema Solar interior, como os campos gravitacionais das estrelas próximas ou das grandes nuvens moleculares. Por vezes, durante a sua órbita através da galáxia, o Sol aproxima-se a outros sistemas estelares.


Teoria da Passagem pelos braços da Via Láctea




Outra causa seria a passagem do Sol pelos braços espirais da galáxia, os quais, além de encontrar uma multidão de nuvens moleculares que perturbam a nuvem de Oort, também estes braços abrigam numerosas gigantes azuis, cujo tempo de vida é muito curto ao consumirem mais depressa o seu combustível nuclear e em questão de cerca de poucos milhões de anos explodem violentamente originando supernovas.

Teoria dá Maré Galáctica


Cometa tipico Próximo ao Sol.

Outras hipótese, mais provável seja a maré galáctica para explicar estes ciclos de extinções. O Sol gira à volta do centro da Via Látea, e na sua órbita passa pelo plano galáctico com certa regularidade. 

Quando o nosso astro fica fora do plano galáctico, a força de maré provocada pela galáxia é mais fraca; do mesmo jeito, quando cruza o plano galáctico a intensidade desta força chega ao seu máximo, resultando num acréscimo da perturbação da nuvem de Oort e, portanto, do envio de cometas para o Sistema Solar interior até um fator de quatro. 

Acredita-se que o Sol passa através do plano galáctico cada 20-25 milhões de anos. Contudo, alguns astrônomos creem que a passagem do Sol pelo plano galáctico não pode explicar por si só o aumento do envio de cometas, argumentando que atualmente o Sol fica perto do plano galáctico e, no entanto, o último evento de extinção aconteceu apenas 15 milhões de anos atrás.

Estrela de Scholz


Orbita da a estrela de Scholz

Há estrela de Scholz é um sistema estrelar binário localizado entre 17 e 23 anos-luz do Sol, na região sul da constelação de Monoceros, próximo ao plano galáctico. A estrela primária é uma anã vermelha que possui aproximadamente 86 vezes a massa de Júpiter.

A cerca de 70 mil anos a estrela de Scholz passou por dentro da nuvem de Oort gerando uma enorme pertubação de cometas e muitos foram lançados dentro do Sistema Solar. Coincidência ou não, neste mesmo período se iniciou uma grande era do gelo na terra que ameaçou toda a vida de pequeno e médio porte na Terra, e depois desta era o Homo Sapiens sairia como espécie dominante na Terra

Gliese 710


Orbita de Gliese 710 daqui a 1.6 milhões de anos.

A anã vermelha Gliese 710 é uma estrela na constelação de Serpens Cauda. Tem uma magnitude aparente de 9,66, sendo invisível a olho nu. Com base em dados de paralaxe estaria atualmente localizada a uma distância de 62,1 anos-luz da Terra.

Calculou-se que durante os próximos 10 milhões de anos esta seria a estrela conhecida com maiores possibilidades de afetar a nuvem de Oort é Gliese 710. Acredita-se que nos próximos milhões de anos transitará próximo á nuvem de Oort, aumentando até em 50% a taxa de expulsão de cometas. Este processo também dispersa os objetos fora do plano eclíptico, explicando a distribuição esférica da nuvem.

Hipótese do Segundo Sol



Em 1984 astrônomos, sugeriram a possibilidade de que o Sol pudesse ter uma companheira estelar que o orbitasse. Este objeto hipotético recebeu o nome de Nêmeses, que seria provavelmente uma anã marrom e orbitaria muito perto donde se acredita que se encontra a nuvem de Oort.




Esta estrela possuiria uma órbita elíptica, pelo qual cada 26 milhões de anos passaria através da nuvem de Oort, jogando muitos cometas para o Sistema Solar interior, o que explicaria a periodicidade das extinções na Terra. Um ano depois foi sugerido que o objeto companheiro do sol fosse um pequeno buraco negro,  e em 2002 nova teoria formulada diria que talvez fosse um planeta gigante muito distante, um planemo capturado pelo Sol.

Nêmesis poderia ser também um mini buraco negro.

Hipótese do Planeta 9 Gigante Gasoso
Hipotético gigante gasoso com massa semelhante a Netuno Orbitando além do cinturão de Kuiper.


Por enquanto o planeta ainda é hipotético, mas, se existir o sistema solar passará a ter novamente nove planetas como já comentado em artigo anterior dos objetos transnetunianos. Tudo indica sua existência, mas ainda carece de


O ainda hipotético planeta 9 estaria localizado na Nuvem de Oort, entre cometas e asteroides e a cada 23-26 milhões de anos adentraria até proximo ao cinturão de Kuiper.

Supoe-se que poderia ser semelhante a Netuno e quem sabe tão ativo quanto este mesmo a temperaturas externas próximas ao zero absoluto. Bem acompanhado possivelmente também pelo seu proprio sécto de planetas anões que viraram seus satélites.  

Alguns astrônomos acreditam que o planeta Nove poderia ser um de vários planemos (assunto já comentado em artigo anterior sobre planetas sem estrelas) que andam pelo espaço interestelar.

Teoricamente, um planeta do tamanho de hipotético do Nove deveria perturbar seriamente os cometas na Nuvem de Oort, o que pode se encaixar no período de extinções regulares de 23 milhões de anos que se observa na vida da Terra.


Hipótese do Planeta 9 Superterra
Superficie gelada da hipotética superterra do Sistema Solar
Se teoriza que à nuvem de Oort abrigue cerca de 900 objetos com mais de mil quilômetros de diâmetro, talvez inclusive uma SuperTerra  com 10 vezes o tamanho de nosso planeta que seria o proverbial “Planeta 9”, dentro de um grupo de objetos que ultrapassa a população tanto do Cinturão de Kuiper quanto do cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter.
 Alguns destes objetos da parte interna da Nuvem de Oort poderiam rivalizar com o tamanho de Marte e mesmo da Terra. Isso acontece porque muitos dos objetos da parte interna da Nuvem de Oort estão tão distantes que mesmo os maiores teriam um brilho muito tênue para serem detectados com a atual tecnologia. Assim somente pelo efeito de sua interação gravitacional sobre os demais objetos do Cinturão de Kuiper e disco dispersos podemos teorizar sobre sua massa a tamanho, mas não forma e constituição!

Os Meteoritos
Os meteoritos são pequenos pedaços de rocha, metais ou ambos resultados da fragmentação de meteoros ou cometas, possuem tamanhos variados que alternam desde partículas de poeira á objetos com dezenas de metros. 

A grande parte dos objetos da Nuvem de Oort e cinturão de kuiper são compostos por estes pequenos fragmentos de colisões entre meteoros ou simplesmente os detritos que restaram da formação do sistema solar. 

Estes objetos pululam o espaço  interplanetários do sistema solar e apesar de invisíveis praticamente a olho nu, são um risco para as sondas e quem sabe possíveis viagens a borta exterior da nuvem de oort.

Os seres humanos tomaram primeiramente o conhecimento de sua existencia pelas As chuvas de meteoritos! Estas ocorrem quando a terra passa pelo rastro de nuvem de partículas de poeira deixado por um cometa, a grande maioria se fragmenta ao penetrar os gases atmosféricos da terra, poucos são grandes o suficiente para chegar ao solo!