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terça-feira, 26 de novembro de 2019

TOMO LIII - UM PLANETA MUTÁVEL -PARTE 2


FORMAÇÃO DOS SEDMENTOS
-Ciclo das Águas

Lava vulcânica expelindo toneladas de vapor d’água entre outros gases.



  
“E O ESPIRITO DE DEUS PAIRAVA SOBRE AS AGUAS”




A mais ou menos 3,5 bilhões e anos, depois da solidificação frágil da crosta terrestre, esta se rompe e libera jatos de gases, seja pela pressão interna seja pela influencia da Lua com as marés internas. Toneladas de gases começam a formar nossa atmosfera primitiva. Uma chuva torrencial se iniciaria e duraria por milhões de anos num dilúvio global num processo de auto alimentação até o arrefecimento do planeta.

Boa parte da nossa massa liquida de agua veio das estrelas. Na época da solidificação da crosta, iniciou-se um intenso bombardeamento de cometas pelo sistema solar. Estes astros traziam dentro de si moléculas de água. O ataque cósmico duraria no mínimo 50 milhões de anos e após este período os oceanos nasceram em definitivo em nosso mundo.

Um grande volume de água que a Terra dispõe ficou retido em seu interior, numa profundidade de mais ou menos 1000 km da superfície, no manto esponjoso. Este volume de água é cerca de 02 terços maior que o volume de toda a capacidade pluvial da superfície do nosso planeta.

Mar Lindrebrock.

O mar Lindrebrock realmente existe não necessariamente igual ao do livro “viagem ao centro da Terra”, mas com um volume surpreendente de água.

Nossa superfície terminou por fim sendo coberta por uma camada de água que englobaria todo o planeta. Em um lugar e outro surgiria uma ilha esporadicamente, mas demoraria milhões de anos ainda para formar uma massa expressiva de terra emersa.




Origem das aguas.
A  Lua á 3,5 bilhões de anos atrás nesta ilustração, já havia sofrido os impactos deste período conturbado de chuvas de meteoritos, estes restos do início do sistema solar. Nosso satélite trás marcas que até hoje se perpetuam na  superfície como uma cicatriz por vezes muito profunda!

Neste período geológico a terra continua sendo constantemente bombardeada por meteoritos, algo perturbara a orbita, destes aerólitos que contém cristais de sais como o cloreto de sódio, e dentro deles vem de carona em seu interior pequena gotícula de água. Soma-se teoricamente cerca de 50 milhões de anos de bombardeio ininterrupto para que esta água acaba-se por formar pequenas possas de água inicialmente.


  

As pequenas poças acabaram por se juntar em lagos, os lagos em mares, os mares por fim em oceanos. Toneladas de gases como dióxido de carbono, metano, amônia e vapor d'água fariam que á atmosfera ficasse espessa, gerando uma pressão na superfície gigantesca. 

Em determinado momento começaria a cair chuvas torrenciais que por fim terminaram por preencher as reentrâncias mais fundas da sua superfície ao longo de milhões de anos consecutivos.

A terra se tornara uma bola esverdeada com um oceano global, açoitado por violentas tempestades frutos da proximidade da Lua.


Cenário da terra com seus lagos primitivos se iniciavam assim o enchimento.



  
Primeiros Tsunamis.

A terra após o primeiro dilúvio, o caminho para a vida estava preparado para a vida. A terra disfrutava de um oceano global. Nosso planeta era literalmente uma gota d’agua no sistema solar e pela ação da Lua, bem mais próxima que a atualidade as tempestades assolavam o planeta. Tremores de terra constantes, impacto de meteoritos e a ação do clima geravam enormes paredes de agua que circundavam o planeta antes do surgimento dos primeiros continentes.




MAREMOTOS ou TSUNAMES
Frutos dos fenômenos tectônicos, como deslocamento da crosta ou vulcanismo, os maremotos são um efeito secundário a um tremor de expressão de tão grande impacto quanto o seu agente causador.

As ondas aumentam de tamanho conforme se aproximam da plataforma continental, ou seja, o mar fica mais raso.




Erosão marinha
 A erosão marinha tem grande influencia no transporte de detritos para o fundo oceânico bem como na alteração da configuração dos litorais.

O vento se encontra com a superfície do mar provocando pequenas ondulações, continuamente as ondas terminam por se tornarem mais compridas e altas. Quando o vento para, o efeito é uma ondulação regular que continua mar afora.

As marés e os ventos em conjunto aceleram e muito a deterioração das zonas litorâneas por vezes adentrando continentes e escavando suas estruturas.

  

EROSÃO PLUVIAL


A chuva associada a caudalosos rios iniciavam a escavação das novas massas de terra emersas que ainda não mereceriam ser chamadas de continentes, Em milhares de anos levando bilhões de toneladas de detritos para as regiões costeiras.

 Estes detritos se acumulavam nos litorais e afundavam a zona costeira a cada ano. Ao passar de milhões de anos o acumulo de material sedimentar reduzia as massas emersas de peso e dimensão, o inverso se dava com os mares costeiros que começavam a ter um aplanamento e consequentemente uma redução da profundidade.

 O peso gerado pelos sedimentos afundava aquela região da crosta enquanto os continentes se elevavam.

Por fim estas regiões acabariam por iniciar o ciclo das rochas sedimentares formada pela compactação e pressão. Com as ações orogênicas estas novas rochas acabariam se tornando o cume das novas montanhas reiniciando o processo erosivo.




  
Erosão glacial


A erosão glacial ocorre quando, em épocas de temperatura muito fria, a água que no verão penetrou entre as rochas se congela, quebrando-as, devido ao aumento do volume.
Também é glacial a erosão provocada pelos blocos de gelo que, desprendidos das geleiras, deslizam pelas encostas atritando-se contra elas e desgastando-as. Esta ação vai acumulando montes de detritos no final de cada geleira bem como arrastando enormes pedras nos vales adentro, no momento de sua expansão, e expondo-os na retração.
Abrasão e atrito



As geleiras não são muito ativas nas primeiras formações continentais e nas cadeias montanhosas da geogênese, por isto tratarei de expor mais detalhes no final do período Hadeano na era da terra bola de neve.

quarta-feira, 20 de novembro de 2019

TOMO LIII - UM PLANETA MUTÁVEL -PARTE 1





Veremos nos artigos seguintes os agentes formadores e reformadores da superfície terrestre. As ações atmosféricas são as modeladoras, destruidoras e criadoras dos continentes. Num paradoxo que durará enquanto a Terra for ativa geologicamente.

Graças a mutabilidade superficial da superfície terrestre e com ela a homogeneização dos elementos químicos pela erosão que a vida se torna possível. Os agentes modeladores são a Erosão Eólica, aquífera bem como formações orogênicas.

A terra inicialmente era composta basicamente de rocha basáltica, cristais e silício entre outros minerais antes dos processos erosivos entrarem e cena.

A ação dos agentes erosivos, primeiramente o pluvial, e depois da formação dos continentes o eólico proporcionaria juntamente com as forças orogênicas da terra a criação de novas rochas. Estava a Terra saindo da infância e adentrando na maturidade geológica.


ROCHAS IGÍNEAS
Rocha com cristais de prata e ouro fruto do vulcanismo terrestre.

As rochas primordiais forma aquelas que se solidificaram quando a crosta esfriou, ou foram expelidas pelo núcleo terrestre em direção a superfície. Como a base granítica dos continentes, as montanhas basálticas expelidas pelos vulcões etc...

Rochas ígneas.


        O Basalto é uma rocha ígnea eruptiva (magmática) de composição máfica, por isso rica em silicatos de magnésio e ferro e com baixo conteúdo em sílica, que constitui uma das rochas mais abundantes na crosta terrestre.

    O Gabro é uma rocha plutônica intrusiva de cor escura com textura fanerítica e granulação média.

    O Andesito é um tipo de rocha magmática cujo nome deriva de Andes, montanhas onde é muito comum. É uma rocha ígnea vulcânica de composição intermediária, calco-alcalina, de cor cinzenta a cinzenta escura ou mesmo negra, com textura afanítica a porfirítica.

     O Diorito é uma rocha ígnea intrusiva. É uma rocha com quantidades intermédias de sílica.

    O Riólito é uma rocha ígnea vulcânica, correspondente extrusiva do granito. É densa e possui uma granulação fina. Também é chamado de quartzo-pórfiro. A sua composição mineral inclui geralmente quartzo, feldspatos alcalinos e plagióclases. os minerais acessórios mais comuns são a biotite e quartzo.

   O Granito é um tipo comum de rocha ígnea ou rocha magmática, intrusiva ou plutônica de textura (cristais) fina não metamórfica, média ou grosseira, composta essencialmente pelos minerais: quartzo, mica e feldspato.

Traquito.

      Os Traquitos são rochas vulcânicas explosiva, ricas em feldspatos alcalinos e com um teor ponderal em sílica elevado. 

A formação das rochas ígneas vem do resultado da consolidação devida ao resfriamento do magma derretido ou parcialmente derretido.
Elas podem ser formadas com ou sem a cristalização, ou abaixo da superfície como:

-Rochas intrusivas (plutônicas)
Se originam nas camadas profundas da litosfera, sem contato com a superfície. Elas só apareceram à superfície depois de removido o material sedimentar ou metamórfico que a recobria. Em geral, o resfriamento é lento e ocorre a cristalização de todos os seus minerais.
-Rochas Filonianas
São rochas de transição, estão entre as rochas vulcânicas e as rochas plutônicas. Sem atingir a superfície, aproximam-se muito dela e podem preencher as fissuras da crosta terrestre. Umas formam-se por resfriamento do magma numa fissura, outras formam o recheio das fissuras e fraturas, devido à presença de soluções hidrotermais (de águas térmicas) que aí precipitam os minerais. Todas as rochas filonianas se encontram em relação direta com o magma, isto é, com rochas intrusivas.

As rochas intermediárias geralmente são de textura porosa com um misto de grandes cristais rodeados por pequenos.

-Rochas extrusivas (vulcânicas).
Podem ocorrer  próximo à superfície, sendo oriundas do magma pode ser obtido a partir do derretimento parcial de rochas pré-existentes no manto ou na crosta terrestre. O resfriamento é rápido, o que faz a que estas rochas, por vezes, apresentem material vítreo, logo, possuem uma textura vidrosa (vítrea), ou seja, uma textura que não apresenta cristais (a olho nu) ou até mesmo uma textura semicristalina, isto é, apresenta alguns cristais no seio de uma massa amorfa.  Normalmente, o derretimento é provocado por um ou mais dos três processos: o aumento da temperatura, diminuição da pressão ou uma mudança na composição. Já foram descritos mais de 700 tipos de rochas ígneas, sendo que a maioria delas é formada sob a superfície da crosta da Terra com diversas propriedades, em função de sua composição e do modo de como foram formadas.



OS MINERAIS


Silício cristalino

Dióxido de silício, com 0,063 a 2 mm, finamente dividido em grânulos forma a Areia de todos os mares e praias da Terra. O silício é o segundo elemento mais abundante do planeta. A areia forma-se à superfície emersa  da Terra, ou nos mares pela fragmentação das rochas por erosão, por ação do vento (rochas expostas ao ar) ou da água. O silício esta presente na composição do quartzo e do feldspato e em diversos outros minerais.

Feldspato





Feldspato é o mineral mais abundante do planeta com cerca de 65% do volume. O feldspato se cristaliza do magma tanto em rochas intrusivas quanto extrusivas; os feldspatos ocorrem como minerais compactos, como filões, em pegmatitas e se desenvolvem em muitos tipos de rochas metamórficas. Também podem ser encontrados em alguns tipos de rochas sedimentares.



Quartzo



O quartzo é o segundo mineral mais abundante da Terra (aproximadamente 12% vol.), seguindo-se aos feldspatos. Possui estrutura cristalina trigonal composta por tetraedros de sílica (dióxido de silício, SiO2).

Mica
O grupo de micas inclui diversos minerais proximamente relacionados, do grupo dos filossilicatos, que têm a divisão basal altamente perfeita. Todos são cristais monoclínicos, com tendência para pseudo-hexagonal, e são similares na composição química. A divisão altamente perfeita, que é a característica mais proeminente da mica, é explicada pela disposição hexagonal de seus átomos ao longo de planos sucessivamente paralelos.



Granada
As diversas variedades de granada podem incorporar diversos elementos químicos na sua estrutura, principalmente cálcio, magnésio, alumínio, ferro, cromo, manganês e titânio.

Ferromagnesianos
Olivina

Mineral com teores expressivos de Fe e de Mg (olivinas, piroxênios, anfibólios..) e que são constituintes essenciais das rochas ferro-magnesianas ou máficas e ultramáficas. O termo aplica-se também para rochas magmáticas ou delas derivadas.

Os minerais e as rochas ferromagnesianos são mais densas e, com raras exceções, mais escuras do que os félsicos.


Outros minerais



ROCHAS SEDMENTARES
Já nos primeiros processos de solidificação da crosta terrestre já observaríamos deteriorações de alguma forma, pois mal se consumava uma massa de terra, já era tragada pelos rios de lava preteridos.
Com a solidificação da crosta as primeiras chuvas e tempestades a mãe natureza começava a sua remodelação da paisagem com os agentes da erosão.




quinta-feira, 14 de novembro de 2019

TOMO LII- O PRIMEIRO ÉON DA TERRA-PARTE 4



A DANÇA DAS PLACAS TECTÔNICAS

As fronteiras entre as placas tectônicas são conhecidas como falhas, onde ocorrem a maioria dos terremotos e se concentram os vulcões.

As placas tectônicas em seu movimento além de representar uma constante renovação de elementos na superfície libera gases e vapores para a atmosfera.

A movimentação também proporciona nas terras emersas variação de posição e consequentemente ora são favoráveis a vida na superfície ora são adversas. A ação orogênica somente seria evidenciado pelo efeito nas formas de vida com magnitude no final da era e pré-cambriana, na Terra bola de neve. 

 Abaixo veremos os três tipos de falhas mais importantes.







OS TERREMOTOS     

Vários são os relatos desde a antiguidade de tremores e convulsões da crosta que agiram na história humana. O afundamento de Atlântida, narrado por Platão, mesmo se mostrando uma lenda nos transmite o temor e respeito canalizados neste tipo de fenômeno.

Civilizações caíram mediante a estas ações da natureza, citando a cretense como um exemplo, mas em épocas imemoriáveis com certeza foram agentes que moldaram da vida em nosso planeta.

São os mais comuns os de movimentação de placas tectônicas por fricção, lateral ou por assentamento, e os não tão menos destrutivos como os por vulcanismo e os de movimentação de massa ígnea profunda.


O movimento tectônico libera grandes quantidades de gases e lava na crosta terrestre ate os dias de hoje.


 SUPERCONTINENTES



Supercontinente é quase o mesmo que um continente, com a diferença de serem os mesmos continentes atuais bilhões de anos no passado, quando tinham outra forma, supostamente unidos ou completamente diferentes. 

Esse fato ocorre devido a movimentação das placas tectônicas, onde se localizam os continentes, o que fazem estes se movimentarem junto e mudarem de lugar. Mas acontecem muito lentamente, as placas se movimentam no máximo 10 centímetros por ano, e assim continuam a moldar a face de nosso planeta.




No passado, os supercontinentes foram: Vaalbara, Kenorland, Columbia, Rodínia, Pannotia, Pangeia, Laurásia e Gondwana, com vários continentes menores surgidos de seus desdobramentos e junções.







terça-feira, 12 de novembro de 2019

TOMO LII- O PRIMEIRO ÉON DA TERRA-PARTE 3

Os Continentes
As primeiras massas de terra surgiram pelo vulcanismo na terra. No meio do mar global salpicavam ilhas vulcânicas que iam crescendo pelo acréscimo ígneo do interior da terra. Com o tempo estas massas se tornaram enormes e aos poucos foram sendo erodidas e substituídas por rochas diferenciadas das basálticas originais. O movimento tectônico aliado aos sedimentos depositado no leito marinho acabaria por formar o Granito, base dos continentes e toda uma gama nova de rochas que o constituiriam as massas emersas.
A crosta terrestre se fratura diversas vezes e dela afloram vulcões e plumas vulcânicas que por sobreposição começam a gerar ilhas por toda a superfície do planeta, pelo movimento tectônico das placas estas ilhas aos poucos iriam formar os primeiros continentes.
Vista da terra na formação continental, os continentes mais leves afloram acima do nível do oceano global.


Na atualidade os continentes se caracterizam por terem:
-Altas elevações se comparado a crosta oceânica;
-Amplo intervalo de rochas ígneas siliciosas, metamórficas e sedimentares;
-Crosta espessada e estruturas com baixa velocidade de ondas sísmicas comparadas a crosta oceânica;
-Limites bem definidos ao redor de áreas grandes suficientes para ser considerado um continente.

Os continentes são constituídos por:
- crátons ou escudos: grandes áreas continentais estáveis e planas com história geológicas variadas vistas serem muito antigas;
- plataformas: sequências sedimentares de origem marinha que cobrem os crátons;
- cadeias montanhosas: consequência da colisão entre duas placas litosféricas. Quando se dá entre a crusta continental e a oceânica, a segunda, por ser mais densa, subducta por baixo da primeira, deformando as rochas. A parte que subducta pode entrar em fusão originando atividade vulcânica.
  
Os fundos oceânicos são constituídos por:
- plataforma continental: extensão do continente que entra pelo oceano, partilhando características com o continente;
- talude continental: zona pouco extensa de declive acentuado;
- planície abissal: entre os taludes continentais;
- crista médio-oceânica: tem no centro um rifte (onde há criação de nova litosfera) que é intersectado por falhas transformantes;
- fossa oceânica: perto da base do talude continental, onde ocorre a subducção.
Durante o processo de arrefecimento de rocha no rifte(onde a crosta terrestre e a litosfera associada sofrem uma fratura), minerais ferromagnéticos adquirem a orientação do campo magnético vigente no momento da sua formação chamado de paleomagnetismo.Em ambos os lados do rifte, a polaridade está simétrica. Numa anomalia magnética, o Polo Sul geográfico coincide com o norte magnético e vice-versa.
Granitos tem composição félsica (minerais ricos nos elementos químicos leves, como silício, alumínio e alcalinas) e são mais comuns e recentes no tempo geológico em contraste à antiga história ígnea ultramáfica (baixo teor de sílica) da Terra. Rochas félsicas são menos densas que rochas máficas e ultramáficas, e, portanto, tendem a escapar da subducção, enquanto rochas basálticas ou gabroicas tendem a afundar no manto abaixo das rochas graníticas dos crátons continentais. Portanto, rochas graníticas formam o embasamento de todos os continentes terrestres.
  
Os Crátons
Crátons são unidades geológicas bastante antigas da crosta continental, tendo se mantido relativamente estáveis por no mínimo 500 milhões de anos. Por estabilidade entende-se que estes se mantiveram preservados e foram pouco afetados por processos tectônicos de separação e amalgamação de continentes ao longo da história geológica do planeta.

São formados por rochas muito antigas, com até 4,5 bilhões de anos de idade. São compostos por dois tipos de rochas: as magmáticas, que se formam com o resfriamento e a cristalização do material magmático; e as metamórficas, rochas preexistentes, que foram alteradas pela ação da pressão e das elevadas temperaturas geradas tanto nos deslocamentos das placas, quanto nos vulcanismos.
Quando falamos que os crátons são estáveis, não significa que estamos dizendo que eles não passam por transformações. Porém, neles, os agentes endógenos ou internos de transformação do relevo praticamente não atuam. Por isso, as rochas são, externamente, muito desgastadas, em virtude da ação dos agentes externos ou exógenos, tais como a água, o vento e o clima.
 Por essas razões, o relevo das áreas onde se localizam os crátons costuma abranger, em geral, regiões de planaltos com baixas altitudes e algumas depressões relativas.

Os crátons são divididos em dois tipos principais de estruturas: os escudos cristalinos e as plataformas.

Escudos Cristalinos: são também chamados de maciços antigos e caracterizam-se por serem compostos por rochas cristalinas (magmáticas e metamórficas). São tipos de crátons que afloraram na superfície, ou seja, não foram recobertos por outros tipos de estruturas geológicas.

Plataformas: são composições de crátons recobertas por outras formações estruturais, geralmente por camadas de sedimentos, as bacias sedimentares. São também conhecidas por embasamentos cristalinos e geralmente são formadas por regiões de depressões relativas, salvo quando a cobertura sedimentar é muito extensa.


Diques Máficos em Cristalinos.
Em geral, os crátons possuem uma grande importância para os estudos referentes à estrutura e ao passado geológico do planeta, pois apresentam uma elevada riqueza em termos de tipos e quantidades de minerais metálicos, como o ferro, o cobre, o alumínio e o estanho. Além disso, os crátons, por serem formações constituídas há muito tempo e estáveis, apresentam as mais antigas rochas do planeta.


Cráton no período Arqueano.



Configuração dos Crátons durante a era Mesozoica.