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quinta-feira, 25 de novembro de 2021

TOMO LVII - PALEOZOICO- PERÍODO CAMBRIANO - EXPLOSÃO DE VIDA PARTE XII - FLORA

 A ABUNDANCIA DE ALGAS


A abundancia da algas no período Cambriano.

 

Embora tenha havido uma variedade de plantas marinhas macroscópicas, é geralmente aceito que não houve plantas terrestres naquela época, embora seja provável que um aglomerado microbiano compreendendo fungos, algas e, possivelmente, líquens cobriram a terra.

Com a fragmentação do supercontinente de Rodínia à 700 milhões de anos atrás, a Terra saiu das garras de uma era do gelo mundial, deixando a superfície nua e exposta.

Devido a um grande aumento repentino de fósforo na superfície indo para os oceanos o fosforo estra, possivelmente vindo do espaço, agiu como uma dose concentrada de fertilizante, estimularam o crescimento de algas micro e macroscópicas, estas que por sua vez elevaram rapidamente a taxa de oxigênio no oceano que escapou para a atmosfera. Assim começando a formação de uma camada de ozônio que estaria pronta no final do período cambriano.

Os animais podem ter sido preparados para usar oxigênio extra como forma de abastecer grandes corpos, usados para devorar outras espécies. Um novo nicho a ser ocupado e assim que o mecanismo molecular estava pronto foi rapidamente preenchido pelos animais.

  

Margaretia


Margaretia

 

Margaretia é um organismo frondoso descoberto a partir do Cambriano Médio nos Xistos de Burgess Suas folhagens atingiam cerca de 10 cm de comprimento e possuíam uma série de orifícios ovais de comprimento paralelo. A sua interpretação original como uma alga verde não é segura; Ela lembra também alguns corais alcionários,, entretanto tendo sua relação com a moderna alga verde Caulerpa é a classificação mais apoiada até o momento.

 

FUNGOS CAMBRIANOS

Quitrídios

Os fungos são seres macroscópicos ou microscópicos, unicelulares ou pluricelulares, eucariotas (com um núcleo celular) e heterótrofos. Na biologia, eles fazem parte do Reino Fungi, dividido em cinco Filos: quitridiomicetos, ascomicetos, basidiomicetos, zigomicetes e os deuteromicetos.

 Especialistas afirmam que cerca de 1,5 milhão de espécies de fungos habitam o planeta Terra, como os cogumelos, as leveduras, os bolores, os mofos, sendo utilizados para diversos fins: culinária, medicina, produtos domésticos.

 Por outro lado, muitos fungos são considerados parasitas e transmitem doenças aos animais e as plantas.

 

Micrografia do fungo da pelicilina (1-hifa, 2-conidióforo, 3-fiálide, 4-conídios, 5-septos)

 

Habitat dos Fungos

Os fungos possuem diversos tipos de habitat visto que são encontrados no solo, na água, nos vegetais, nos animais, no homem e nos detritos em geral. Poucos suportam variações termicas muito drasticas ou viver nas zonas polares.

 

Reprodução dos Fungos

Os fungos podem se reproduzir de maneira sexuada ou assexuada, sendo o vento considerado um importante condutor que espalha os propágulos e fragmentos de hifa, favorecendo, assim, a reprodução e a proliferação dos fungos.

 

Reprodução Assexuada

Nesse tipo de reprodução não há fusão dos núcleos e através de mitoses sucessivas, a fragmentação do micélio originará novos organismos.

 Além do processo de fragmentação, a reprodução assexuada dos fungos pode ocorrer por meio do brotamento e da esporulação.

 

Reprodução Sexuada

Esse tipo de reprodução ocorre entre dois esporos divididos, em três fases:

 Plasmogamia: Fusão de protoplasma;

Cariogamia: Fusão de dois núcleos haploides (n) para formar um núcleo diploide (2n);

Meiose: Núcleo diploide se reduz formando dois núcleos haploides.

Saiba mais sobre Microbiologia e microrganismos.

Os fungos diferentemente das plantas, não possuem clorofila, nem celulose e, com isso, não sintetizam seu próprio alimento. Eles liberam uma enzima chamada de exoenzima, que os auxiliam na digestão dos alimentos.

 

 


De acordo com o tipo de alimentação, os fungos são classificados como Fungos Saprófagos (decompondo organismos mortos, Parasitas(Alimentam-se de substâncias de organismos vivos) e de Predadores(que se Alimentam pequenos animais ).

 

A ciência que estuda os fungos é chamada de “Micologia”; pois depois de muitas pesquisas, somente em 1969 os fungos foram considerados organismos diferentes das plantas, sendo, portanto, classificados num reino específico: Reino Fungi;

Dentre a variedade de espécies de fungos existentes no planeta, a maior parte é classificada como saprofágica, ou seja, se alimenta de seres em decomposição.

 Durante grande parte da era paleozoica, os fungos parecem ter sido majoritariamente aquáticos e consistiriam de organismos semelhantes aos atuais quitrídios, com esporos flagelados. A adaptação evolutiva a um modo de vida terrestre necessitou uma diversificação das estratégias ecológicas para a obtenção de nutrientes, incluindo o parasitismo, o saprofitismo, e o desenvolvimento de relações mutualistas como os liquenização. Os liquens são organismos formados pela simbiose de um fungo (micobionte) e uma alga (fotobionte), baseados numa relação harmônica interespecífica.


 O
s fungos colonizaram a terra provavelmente durante o Câmbriano muito antes que as plantas terrestres.

 

 

A União faz a força

Fosseis semelhantes a líquens também são observados no cambriano.

 

A proliferação de uma alga marinha possibilitou que os primeiros animais microscópicos evoluíssem, a "explosão" na quantidade de algas nos oceanos, fora o gatilho que provocou mudanças fundamentais na cadeia alimentar.

As algas ocuparam uma extensa distribuição, contribuindo consideravelmente com a formação de um ambiente cada vez mais oxidante, visto que a concentração de oxigênio gradativamente se elevava à medida que os seres fotossintetizantes se desenvolviam e multiplicavam, proporcionando indiretamente a estabilidade climática.

Uma enorme gama de predadores aquáticos possivelmente estimulou os organismos como as algas e fungos a se ensaiarem no ambiente terrestre. Primeiramente nas periferias de mares, rios e lagos, após devido a uma proteção maior dos raios UV devido a consolidação da camada de ozônio, se aventuraram mais adentro dos continentes e em lugares menos húmidos, criaram uma parceria entre reinos diferentes criando a simbiose entre fungos e algas para sobreviverem em locais mais inóspitos.

A evidência mais antiga de fungo terrestre pode ser um pequeno microfóssil com 635 milhões de anos, encontrado em uma caverna no sul da China.

Fósseis semelhantes a líquens foram encontrados na formação Doushantuo no sul da China, datados de há 635 a 551 milhões de anos.

 

Neste período algumas espécies de algas e fungos hibridas (na forma de liquens) e da família dos fungos semelhantes a cogumelos conseguiam já viver na superfície em regiões pantanosas.

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