A ABUNDANCIA DE ALGAS
Embora tenha havido
uma variedade de plantas marinhas macroscópicas, é geralmente aceito que não
houve plantas terrestres naquela época, embora seja provável que um aglomerado
microbiano compreendendo fungos, algas e, possivelmente, líquens cobriram a
terra.
Com a fragmentação
do supercontinente de Rodínia à 700 milhões de anos atrás, a Terra saiu das
garras de uma era do gelo mundial, deixando a superfície nua e exposta.
Devido a um grande
aumento repentino de fósforo na superfície indo para os oceanos o fosforo
estra, possivelmente vindo do espaço, agiu como uma dose concentrada de
fertilizante, estimularam o crescimento de algas micro e macroscópicas, estas
que por sua vez elevaram rapidamente a taxa de oxigênio no oceano que escapou
para a atmosfera. Assim começando a formação de uma camada de ozônio que
estaria pronta no final do período cambriano.
Os animais podem ter
sido preparados para usar oxigênio extra como forma de abastecer grandes
corpos, usados para devorar outras espécies. Um novo nicho a ser ocupado e
assim que o mecanismo molecular estava pronto foi rapidamente preenchido pelos
animais.
Margaretia
Margaretia
Margaretia é um
organismo frondoso descoberto a partir do Cambriano Médio nos Xistos de Burgess
Suas folhagens atingiam cerca de 10 cm de comprimento e possuíam uma série de
orifícios ovais de comprimento paralelo. A sua interpretação original como uma
alga verde não é segura; Ela lembra também alguns corais alcionários,,
entretanto tendo sua relação com a moderna alga verde Caulerpa é a
classificação mais apoiada até o momento.
FUNGOS CAMBRIANOS
Quitrídios
Os fungos são seres macroscópicos ou microscópicos, unicelulares ou pluricelulares, eucariotas (com um núcleo celular) e heterótrofos. Na biologia, eles fazem parte do Reino Fungi, dividido em cinco Filos: quitridiomicetos, ascomicetos, basidiomicetos, zigomicetes e os deuteromicetos.
Especialistas afirmam que cerca de 1,5 milhão de espécies de fungos habitam o planeta Terra, como os cogumelos, as leveduras, os bolores, os mofos, sendo utilizados para diversos fins: culinária, medicina, produtos domésticos.
Por outro lado, muitos fungos são considerados parasitas e transmitem doenças aos animais e as plantas.
Micrografia do fungo da pelicilina (1-hifa,
2-conidióforo, 3-fiálide, 4-conídios, 5-septos)
Habitat dos Fungos
Os fungos possuem
diversos tipos de habitat visto que são encontrados no solo, na água, nos
vegetais, nos animais, no homem e nos detritos em geral. Poucos suportam
variações termicas muito drasticas ou viver nas zonas polares.
Reprodução dos Fungos
Os fungos podem se
reproduzir de maneira sexuada ou assexuada, sendo o vento considerado um
importante condutor que espalha os propágulos e fragmentos de hifa,
favorecendo, assim, a reprodução e a proliferação dos fungos.
Reprodução Assexuada
Nesse tipo de
reprodução não há fusão dos núcleos e através de mitoses sucessivas, a
fragmentação do micélio originará novos organismos.
Além do processo de fragmentação, a reprodução assexuada dos fungos pode ocorrer por meio do brotamento e da esporulação.
Reprodução Sexuada
Esse tipo de reprodução
ocorre entre dois esporos divididos, em três fases:
Plasmogamia: Fusão de protoplasma;
Cariogamia: Fusão de
dois núcleos haploides (n) para formar um núcleo diploide (2n);
Meiose: Núcleo
diploide se reduz formando dois núcleos haploides.
Saiba mais sobre
Microbiologia e microrganismos.
Os fungos diferentemente das plantas, não possuem clorofila, nem celulose e, com isso, não sintetizam seu próprio alimento. Eles liberam uma enzima chamada de exoenzima, que os auxiliam na digestão dos alimentos.
De acordo com o tipo de
alimentação, os fungos são classificados como Fungos Saprófagos (decompondo organismos mortos, Parasitas(Alimentam-se
de substâncias de organismos vivos) e de Predadores(que se Alimentam pequenos
animais ).
A ciência que estuda
os fungos é chamada de “Micologia”; pois depois de muitas pesquisas, somente em
1969 os fungos foram considerados organismos diferentes das plantas, sendo,
portanto, classificados num reino específico: Reino Fungi;
Dentre a variedade de
espécies de fungos existentes no planeta, a maior parte é classificada como
saprofágica, ou seja, se alimenta de seres em decomposição.
Durante grande parte da era paleozoica, os fungos parecem ter sido majoritariamente aquáticos e consistiriam de organismos semelhantes aos atuais quitrídios, com esporos flagelados. A adaptação evolutiva a um modo de vida terrestre necessitou uma diversificação das estratégias ecológicas para a obtenção de nutrientes, incluindo o parasitismo, o saprofitismo, e o desenvolvimento de relações mutualistas como os liquenização. Os liquens são organismos formados pela simbiose de um fungo (micobionte) e uma alga (fotobionte), baseados numa relação harmônica interespecífica.
Os fungos colonizaram a terra provavelmente durante
o Câmbriano muito antes que as plantas terrestres.
A União faz a força
Fosseis semelhantes a líquens também são observados no cambriano.
A proliferação de
uma alga marinha possibilitou que os primeiros animais microscópicos
evoluíssem, a "explosão" na quantidade de algas nos oceanos, fora o
gatilho que provocou mudanças fundamentais na cadeia alimentar.
As algas ocuparam
uma extensa distribuição, contribuindo consideravelmente com a formação de um
ambiente cada vez mais oxidante, visto que a concentração de oxigênio
gradativamente se elevava à medida que os seres fotossintetizantes se
desenvolviam e multiplicavam, proporcionando indiretamente a estabilidade
climática.
Uma enorme gama de
predadores aquáticos possivelmente estimulou os organismos como as algas e
fungos a se ensaiarem no ambiente terrestre. Primeiramente nas periferias de
mares, rios e lagos, após devido a uma proteção maior dos raios UV devido a
consolidação da camada de ozônio, se aventuraram mais adentro dos continentes e
em lugares menos húmidos, criaram uma parceria entre reinos diferentes criando
a simbiose entre fungos e algas para sobreviverem em locais mais inóspitos.
A evidência mais
antiga de fungo terrestre pode ser um pequeno microfóssil com 635 milhões de
anos, encontrado em uma caverna no sul da China.
Fósseis semelhantes a
líquens foram encontrados na formação Doushantuo no sul da China, datados de há
635 a 551 milhões de anos.
Neste período algumas espécies de algas e fungos hibridas (na forma de liquens) e da família dos fungos semelhantes a cogumelos conseguiam já viver na superfície em regiões pantanosas.
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