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terça-feira, 31 de maio de 2022

TOMO LVIII - PALEOZOICO- PERÍODO ORDOVICIANO - MOLUSCOS - PARTE 2

 

Cefalópodes



Mais abundantes durante o Paleozoico e Mesozoico onde existiram cerca de 7.500 espécies fósseis contra  apenas 650 atuais (grupo em franco declínio). Os principais grupos foram os do Amonites e dos Belemnites, que se extinguem no limite K-T.


Morfologia da concha:


Concha de nautiloide.

Septos dividem o interior da concha em várias câmaras sendo que o animal propriamente dito abita somente a câmara mais externa, As câmaras ligadas entre si pelo sifúnculo que proporciona a manutenção do equilíbrio hidrostático.

Existem/ existiram várias morfologias de conchas, como as Ortocônicas, cirtocônicas, girocônicas, planoespiraladas, evolutas e involutas.

 





 Algumas formas de conchas, enroladas, semienroladas e abertas.

 

Orthoceratoidea

Grupo basal de cefalópodes “ancestrais” surgidos no Cambriano superior e se extinguindo no triassico. Possuem uma  Concha externa orto ou cirtocônica. compreende as ordens Dissidocerida, Ascocerida, Pseudorthocerida, Lituitida e Orthocerida.

Era um molusco semelhante à lula moderna, e  ela, era um molusco com tentáculos eficientes para capturar presas grandes, possuía uma pequena boca escondida entre sua fileira circular de tentáculos, e uma concha reta. Seu corpo teria sido coberto de pele lisa, e principalmente coberto por sua concha dura. 


Há Ortoceras um animal de alimentação planctônica, sugando colônias de plâncton à deriva através da água.

Especificamente as Ortoceras, já foi considerado como um predador de emboscada, alimentando-se de invertebrados; a fim de caçar, ele teria nadado até sua presa, logo antes de proceder para agarrá-los com seus tentáculos e rasgá-los com seu bico. No entanto, nenhuma evidência de um bico duro foi encontrada até 2020, e é provável que sua grande concha teria impedido seu livre movimento, tornando-se um predador incompetente de presa de natação livre. Agora, é teorizado que ele se alimentou de plâncton à deriva perto da superfície, onde os prenderia com os tentáculos e sugaria com a boca.

  

 

Endoceratidas 


 Endoceratidae são uma família de cefalópodes nautiloides de grande porte  pertencentes à ordem Endocerida que viveu durante o Ordoviciano Médio e o Siluriano. Eles incluem os maiores invertebrados paleozoicos conhecidos, representados por Endoceras e Cameroceras.

Um espécime, o Endoceras giganteum no Museu de Zoologia Comparativa mede 3 metros sendo que está parcialmente  preservado.  A estimativa mais recente coloca seu tamanho total em 5,7 metros. Isso o tornaria o maior cefalópode em comprimento no registro fóssil.  Além disso, há um relato não confirmado de um fóssil de 9,1 metros,  mas  que fora  destruído. Endoceras jovens  e adultas eram provavelmente predadores de emboscada que ficavam à espreita no fundo do mar, movendo-se quando necessário para obter vantagem.

 As endoceras possuem um grande sifúnculo , localizado próximo à margem ventral, composto por segmentos côncavos, principalmente nos jovens, mas que podem ser tubulares na fase adulta. Endocones são simples, subcirculares em seção transversal e penetrados por um tubo estreito que pode conter diafragmas que lembram o Ellesmerocerídeo, (um  molusco primitivo do cambriano) antepassado.

 





Cameroceras 



Cameroceras ou Chifre câmara é um gênero de moluscos cefalópodes que viveu no período Ordoviciano, entre 470 e 460 milhões de anos atrás. Media até nove metros de comprimento, junto com a concha, os maiores deviam pesar em torno de 600 quilos.

Foi o maior predador de sua época, assemelhava-se a uma lula, porém com o corpo embutido em uma concha em forma de cone, característica que faz com que ele seja confundido às vezes com o gênero Orthoceras, que era menor.




Possuía olhos primitivos, o que faz os cientistas suporem que se tratava de um animal que vivia em águas profundas e escuras, pois seus olhos deveriam se incomodar com luzes mais fortes. Suas principais presas eram trilobitas (como Asaphus) e escorpiões marinhos (inclusive os maiores como Megalograptus). 







Lituites

 




Lituites é um gênero fóssil de cefalópode encontrado em Hunan, província na região central da China, e datado do período Ordoviciano Médio (460 milhões de anos atrás). Se destacam por serem um dos primeiros cefalópodes a poderem nadar livremente e também por sua concha com uma parte reta (onde deveria abrigar o corpo do animal) e outra posterior em espiral (formada por câmaras onde o animal controlava os níveis de líquido e gás para controlar sua profundidade), sua concha mede, geralmente, menos de 30 centímetros. Devido a forma característica de sua concha, alguns o classificam como um Amonites primitivo.



Lituites do Ordoviciano um Amonites primitivo  e o Diplomoceras do Cretáceo são da família dos amonites em pleno retrocesso a forma original da concha, já que por 200 milhões de anos elas foram se enrolando

segunda-feira, 30 de maio de 2022

Aspecto Autista - Sindrome de Aspergers e Mitomania




Autistas também crescem, ficam adultos, envelhecem e morrem anônimos na nossa sociedade. São muitos e estão quem sabe ao teu lado. Eles crescem aprendendo a se camuflar entre os neurotípicos. São aqueles que em geral todo mundo gosta pois escutam bem o que as pessoas falam. Não se intrometem em suas vidas, não costumam visitar sem serem convidados e mesmo quando o são relutam em incomodar. preferem o seu mundinho seguro que não os sobrecarrega cognitivamente.

Além disso, há vários graus diferentes de autismo, e por isso os especialistas preferem o termo “doenças do espectro autista”. A síndrome de Asperger é uma dessas formas mais leves e das mais funcionais, uma das condições menos graves do espectro. Quando crianças, os aspergers aprendem a falar na idade normal, mas têm problemas para se integrar à sociedade. Porém, mesmo dentro do grupo dos que têm essa mesma doença, há diferentes níveis de isolamento.


Asperger e a mitomania



Quem vivencia o Asperger tende a administrar muitos conflitos internos e por vezes constrangedores. Pela dificuldade em socializar e se comunicar (muitas vezes) as pessoas com essa síndrome acabam se isolando e não desenvolvendo tão bem seu repertório de habilidades sociais. Portanto, quando usam a "mentira" para evitar estar em situações que os expõe, em alguns casos, isso se torna um comportamento habitual e repetir sempre que sentir necessidade se tornando uma mitomania. Gerando futuramente uma distorção da realidade, podendo ampliar ainda mais as suas dificuldades na interação social.

Uma das grandes diferenças do mentiroso esporádico ou tradicional para o mitômano, é que no primeiro caso, a pessoa mente para ter proveito ou vantagem em alguma situação, enquanto o mitômano mente com o objetivo de disfarçar a sua própria realidade. Nessa situação, o ato de mentir é para se sentir confortável com a própria vida, parecer mais interessante ou ter assuntos que se encaixe em um grupo social que o mitômano não se sente capaz de entrar. Com o intuito de evitar conflitos e sempre estarem "por dentro" das realidades que não são as próprias  muitos aspergers desenvolvem esta condição para serem aceitos socialmente, sempre se adaptando ao assunto e a situação que se encontram.

O autista mitômano são sente culpa ou medo do risco de ser descoberto; e histórias tendem a ser muito felizes ou muito tristes. Desenvolvem grandes estórias por vezes sem motivo aparente ou ganho e respondem de forma elaborada a perguntas rápidas e fazem descrições extremamente detalhadas dos fatos. Os Asperger em geral por terem geralmente uma boa memória conseguem se manter fieis aos relatos com grande pormenores sem comprometer suas estórias mesmo depois e longos períodos sem tocar naquele assunto. extremo de caso de super dotação de autismo mitômano é o de Frank Abagnale, que dos 17 aos 21 anos incorporou 08 pessoas diferente criando suas vidas e vivendo elas. Fingiu ser Um piloto de Avião da Pan Am, Médico, advogado, professor etc. Exercendo por vezes a profissão apenas com o que observava de forma introspectiva.


Existem alguns Autistas Mitômanos que conseguem romper essa dificuldade de se adaptar, e tem outros em que não têm o que se fazer, não se adaptam nunca. Tudo depende da auto aceitação de suas limitações e de sua condição.

Autismo clássico, aquele de Rain Man, no entanto, não vêm acompanhados dessa outra condição do espectro, pois tem dificuldades em formular mentiras. Nesses casos, o autismo é o problema em si a ser tratado. Já os demais do espectro entram no bolo das doenças do espectro autista que podem desenvolver a mitomania.


Outros problemas relatados aos portadores da condição autista:

 

Sabe-se que os distúrbios gastrointestinais estão entre as condições médicas mais comuns associadas ao autismo. É comum que apareçam constipações (prisões de ventre), diarreias e refluxos gastrointestinais, entre outras condições. Esses problemas intestinais podem afetar pessoas com autismo de qualquer idade. 

O Adulto autista, mesmo com habilidades cognitivas adequadas, tende a isolar-se socialmente devido também a estes distúrbios.

Os autistas que adquirem habilidades verbais podem demonstrar déficits persistentes em estabelecer conversação, tais como falta de reciprocidade, dificuldades em compreender sutilezas de linguagem, piadas ou sarcasmo, bem como problemas para interpretar linguagem corporal e expressões faciais.

Os padrões repetitivos e estereotipados de comportamento característicos do autismo incluem resistência a mudanças, insistência em determinadas rotinas, apego excessivo a objetos e fascínio com o movimento de peças (tais como rodas ou hélices). No adulto autista, há uma melhora na adaptação a mudanças, mas os interesses restritos persistem, e aqueles com habilidades cognitivas adequadas tendem a concentrar seus interesses em tópicos limitados, tais como horários de trens/aviões, mapas ou fatos históricos, etc., os quais dominam.

 Deve-se enfatizar que a principal intenção dos critérios propostos para diagnosticar autismo e distúrbios relacionados deve ser a de reduzir as divergências entre pesquisadores e clínicos a respeito da delimitação desses distúrbios em um nível comportamental (tipologia) ou biológico (etiologia).


Cérebro de um Autista Típico





Estudos de neuroimagem sugerem um padrão anormal de desenvolvimento cerebral em autistas, com um crescimento acelerado durante os primeiros anos de vida seguido por uma desaceleração em algumas regiões do cérebro, enquanto em outras áreas há uma parada do crescimento.

Em um grupo de autistas entre 8 e 46 anos de idade comparado a um grupo controle, foi encontrado aumento no volume cerebral dos autistas entre 8 e 12 anos de idade, mas não naqueles com mais de 12 anos 47. cerca de 90% de meninos autistas entre 2 e 4 anos de idade tinham um maior volume de substância branca cerebral e cerebelar e de massa cinzenta cerebral em relação a controles, o que não foi observado em autistas de mais idade. O aumento do volume cerebral em crianças autistas muito jovens parece seguir um gradiente ântero-posterior: os lobos frontais são os que mostram crescimento maior, e o oposto ocorre nas regiões ocipitais.

Principais Sintomas

 




No comportamento os Aspergers podem ser  agressivos, fazer automutilação, possuir um comportamento antissocial, gritos, hiperatividade, impulsividade, inquietação, isolamento social, movimentos repetitivos ou repetição persistente de palavras ou ações.

Fisicamente o asperger tende a ter incapacidade de coordenar movimentos musculares mais precisos, desenvolver  tique ou falta de jeito para diversas atividades como amarrar um cadarço.

A nivel cognitivo desenvolvem  ansiedade, apreensão, raiva ou solidão que por fim leva a  depressão. Possuem certa dificuldade de aprendizagem auditiva sendo esta mais efetiva visualmente, gagueira, interesse acentuado em um número limitado de coisas. Nos asperger adultos os pesadelos ou sensibilidade ao som, bem como irritabilidade tendem a aumentar com a idade.

Um número significativo portadores da condição relatam tem problemas relacionados com o sono, mas há poucos estudos sobre distúrbios do sono em autismo principalmente em crianças. Um trabalho recente com crianças não-autistas, mas com outros distúrbios de desenvolvimento sugere que há uma relação estreita e quantificável entre alterações na arquitetura do sono e resultados de testes neuropsicológicos que avaliam atenção, concentração, velocidade psicomotora e funções cognitivas altas. O relacionamento entre distúrbios do sono e as manifestações comportamentais e cognitivas do espectro autista é uma área que requer mais pesquisa.

Em adolescentes e adultos, a possibilidade de que movimentos anormais, tiques entre outros  podem ser relacionados ao uso de neurolépticos deve ser considerada. Um estudo mostrou que as estereotipias típicas observadas em autistas não podem ser diferenciadas, com certeza, de discinesias. Este achado salienta a importância de caracterizar e quantificar movimentos anormais antes de se iniciar o uso de medicações.


Mortalidade de Autistas Adultos:



A partir de estudos científicos, começou a se perceber que a população com TEA se mostrava muito afetada pela depressão. Isso se comparada aos demais grupos da população é a maior comorbidade que fataliza pessoas dentro do espectro autista.

Esse percentual varia de estudo para o estudo. No entanto, a média geral é que os autistas são 3 a 9 vezes mais propícios e vulneráveis à depressão do que o resto da população. 

Esse se torna um problema maior para os autistas com maior desenvolvimento intelectual e social como Aspergers e Savants. Afinal, eles possuem consciência de si próprio e também de suas dificuldades de socialização.

Inclusive, a exposição social que o autista recebe pode gerar conflitos de emoções, assim como discriminação e rejeição de seu diagnóstico.

Segundo estudos, os autistas que possuem maiores atrasos sociais e intelectuais tendem a sofrer muito menos com essa doença. Isso indica que quanto maior o intelecto, maior é potencializada a fraqueza emocional que pode levar à depressão.

No autista adulto  o Índice Padrão de Mortalidade (IPM) ocorre quando com ansiedade, um maior risco de arritmias cardíacas. Mas á morte por suicídio entre autistas é quase o dobro que entre os neurotípicos.  Há incidência cumulativa de suicídio na população com autismo foi de 0,17%.na década passada segundo o IBGE.  O número é significativamente maior do que na população geral, que fora estimado em  0,11%.

sexta-feira, 27 de maio de 2022

TOMO LVIII - PALEOZOICO- PERÍODO ORDOVICIANO - MOLUSCOS - PARTE 1

 MOLUSCOS DO ORDOVICIANO

 

Grande diversificação ocorre no limite Cambro-Ordoviciano em uma

radiação atrasada em que os organismos aumentam de tamanho.

 

Durante o Ordoviciano, ocorre uma expansão e diversificação dos animais conchíferos como os Braquiópodes, Bivalves  e Cefalópodes com o surgimento dos moluscos nautiloides como predadores. Nos mares do ordoviciano algumas espécies aumentaram muito de tamanho atingindo vários metros de comprimento se tornando o topo da cadeia alimentar. Podemos, pois considerá-los os reis dos mares do ordoviciano.   As conchas destes cefalópodes eram divididas por septos tal como acontece no atual Náutilos.

 Assemelhados aos moluscos, os braquiópodes constituem um filo de animais exclusivamente marinhos, com cerca de 260 espécies viventes. Foram descritas quase trinta mil espécies fósseis das eras paleozoica e mesozoica, que atingiram seu apogeu na última e, depois, diminuíram rapidamente.

  

Os Primeiros Molúsculos

Calvapilosa kroegeri

No Ordoviciano , há 478 milhões de anos, havia uma grande variedade de gastrópodes em mais de um habitat aquático. No Marrocos foram encontrados no Anti-Atlas vários fósseis de lesmas marinhas, que foram chamados de Calvapilosa kroegeri. 

                                

Calvapilosa kroegeri teria sido uma espécie de lesma, com uma única concha na extremidade da cabeça, um ser ancestral da linhagem dos quítons e dos Gastrópodes. Segundo os especialistas, o número das conchas dos quítons aumentou com o tempo, portanto é provável que o antepassado de todos os moluscos fosse de casca simples e coberto de espinhas como esta lesma.


Os Quítons

São os moluscos da classe Polyplacophora, caracterizados por suas conchas compostas por oito valvas sobrepostas e paralelas, e pelo cinturão muscular à volta de sua concha.

 Os quítons são espécies antigas, primitivas que apareceram pela primeira vez na Terra há mais de 500 milhões de anos e atualmente são seres vivos de aproximadamente 7,5 centímetros de comprimento. Os Quítons vivem exclusivamente em ambientes marinhos. São caracterizados por serem revestidos por uma valva com oito partes sobrepostas na parte dorsal, desprovidos de tentáculos e têm cabeça minúscula desprovida de olhos. A maioria vive em águas relativamente rasas. Alimentam-se de algas e plantas do substrato.


 

Quíton fóssilHá suspeitas que os Kimberella e os Wiwaxia sejam ancestrais Cambrianos dos quítons..

 

 Os olhos de um Quíton

                                   

No registro fóssil se comprova que, no entanto a cerca de 25 milhões de anos, os quítons começaram a desenvolver estruturas semelhantes á olhos. Estes animais possuem centenas de estruturas semelhantes a um olho padrão, mas suas lentes são elaboradas com aragonita – um tipo de rocha.

os olhos do quíton ainda são uma anomalia na evolução da visão. As retinas são estruturalmente similares às retinas de caracóis e lesmas. Mas, as retinas de caracóis e lesmas respondem ao aparecimento de luz, enquanto as retinas de quíton só podem responder à remoção de luz, uma diferença que talvez valesse a pena dar um enfoque a sua vida bentônica, preso as rochas no fundo marinhas.

Em experiências fora visto que grande parte das estruturas oculares é formada por células com proteínas e quitina. Apesar de poderem identificar a presença de objetos, os cientistas acreditam que existam limitações quanto à nitidez das imagens.

Olhos dos Moluscos


Os gastrópodes

 

Poleumita do limite ordovice-silúrico.

Os gastrópodes (univalves) eram caracóis marinhos que se difundiram nos mares da Era Paleozoica depois da revolução cambriana até a extinção K-T. Após o início da era Cenozoica ocuparam os ambientes aquáticos de água salgada, doce e úmidos terrestres, ocupando nichos entre os dois círculos polares.

Os gastrópodes (pé na barriga) são conhecidos popularmente como Lapas, lesmas, caracóis e caramujos, sendo o grupo de moluscos mais numeroso e diversificado atualmente. Estes invertebrados inclui a maior parte das espécies do filo dos Moluscos, do qual é a classe mais diversificada com 65 000 a 80 000 espécies vivas.

 No Ordoviciano, há 485 milhões de anos, havia uma grande variedade de gastrópodes em mais de um habitat aquático. No entanto, restos fósseis tão antigos não estão em condições boas o suficiente para que os pesquisadores os identifiquem corretamente. Isso não os impediu de descrever espécies do passado, particularmente do Paleozoico; por exemplo, sabemos de quinze espécies diferentes pertencentes ao gênero Poleumite, datando de 444 milhões de anos, no limite do Ordoviciano-Siluriano.

 


Os gastrópodes modernos como as lesmas de couro e os caracóis de jardim, mantém ainda em sua família, espécies com a concha vestigial em diversas fazes de crescimento e ou redução de tamanho, principalmente nas espécies terrestres. Ao certo podem ser o caso de espécies que saíram do mar no Ordoviciano convergentemente para o ambiente úmido continental.


 

Lingulada



Lingulada é uma classe de braquiópodes, entre os mais antigos de todos os braquiópodes que existem desde o período Cambriano. Eles também estão entre os mais morfologicamente conservadores dos braquiópodes, tendo durado desde a primeira aparição até o presente com muito poucas mudanças de forma.

No Ordoviciano grupo atinge maior diversidade e se torna um componente secundário dos ecossistemas deste então, se mantendo inalterado e sobrevivido as 05 grandes extinções.

Tem sido um fóssil-vivo por quase todo o Fanerozoico, muito devido a habitar áreas restritas à outros organismos.

 

Lingulada fóssil.

 

Braquiópodes

    




Braquiópodes são animais que apresentam um órgão especial para captura de alimento, o lofóforo, em torno da boca e com numerosos tentáculos ciliados. Como os moluscos, possuem um manto que segrega uma concha calcária com duas valvas. Nos braquiópodes, entretanto, as valvas ficam nas partes dorsal e ventral do corpo, enquanto nos bivalves elas se colocam lateralmente. Na maioria das espécies, a valva ventral é maior do que a dorsal e apresenta um pedículo que a fixa ao substrato. Certos gêneros, como Discinisca, têm a valva dorsal plana, de modo que o animal é achatado.


Reconstrução paleosinecológica da Formação Inajá considerando o hábito de vida dos braquiópodes  e  bivalves  que  compõem  a  comunidade.  1.  Sanguinolites  pernambucensis e  S. rochacamposi  (respectivamente  da  esquerda  para  direita).  Semi-infaunal  ou  infaunal  rasa, susupensívoro;  2. Leptodesma  (Leptodesma) langei.  Semi- infaunal,  suspensívoro;  3. Cypricardella petrolandensis.  Infaunal  escavador;  4.  Lingula  aff.  scalprum.  Infaunal,  suspensívoro; 5.  Edmondia philipi. Infaunal, suspensívoro; 6. Nuculites aff. oblongatus. Infaunal, sedimentívoro; 7. Hamburguia ? sp. Epifaunal séssil  pedunculado, suspensívoro; 8. Orbiculoidea sp. Epifaunal fixo, suspensívoro; 9. Spathella brevis. Epifaunal, suspensívoro; 10.  Camarotoechia jatobensis. Epifauna séssil penduculado, suspensívoro; 11. Streblopteria antiqua. Epifaunal bissado, suspensívoro.

 

Os braquiópodes são animais marinhos, bentônicos e sésseis. Sua fixação ao substrato pode ser feita através do pedúnculo ou por cimentação direta. Algumas espécies, entre elas a Lingula, vivem em substratos enterrados, arenosos ou moles. São animais filtradores que recolhem as partículas nutritivas da água através do lofóforo.

 Os braquiópodes atuais estão limitados a águas frias, no fundo dos oceanos ou perto dos polos, embora no passado geológico tenham ocupado outros nichos ecológicos. Os braquiópodes articulados surgiram no Cambriano e tornaram-se bastante diversos e abundantes no ordoviciano. Ó Lingula já existia no período ordoviciano, e manteve-se quase inalterado desde a era paleozoica.

 


Também por analogia com as formas vivas, estes animais poderiam controlar a profundidade a que se encontravam bem como nadar ativamente. Noutras formas, as conchas parecem indicar que algumas formas foram predadores bentônicos ativos não podendo nadar livremente na coluna de água.

Os Braquiópodes surgiram no período Cambriano Inferior e depois disso teriam sempre os mais abundante registro  dos macro fósseis do período Paleozoico.

 


Strophomenida

          




Grupo de braquiópodes que surgira no Ordoviciano e se extinguiu no Jurássico, Frequentemente as formas fósseis são cimentadas ao substrato. Sua extinção não fora totalmente gradual, e no limite do Permo-Triássico já apresentava uma grande redução da diversidade de sua espécie.

Com a grande extinção do permiano por fim á maioria dos grupos e espécies de moluscos acabaram sendo extintos por completo.

Outros Braquiópodes.

Spiriferida(Ordoviciano–Jurássico): Braquídio em forma de espiral (derivação do nome)

 



Rhynchonellida(Ordoviciano–Recente):Dobra dorsal e sulco ventral bem marcados

Comissura denteada

 

  


O Terebratulida representa  bem a maior parte dos braquiópodes viventes com o Deltírio (abertura triangular da valva peduncular pela qual o pedúnculo protrui) geralmente fechado pelas placas deltidiais e um pedículo funcional que emerge pelo forâmen umbonal.


 

 Bivalves

Pojetaia runnegari-South Austrália

Formas primordiais dos bivalves do Cambriano são minúsculas cerca de 5 mm, mas no Ordoviciano já atingem tamanhos variados em  centímetros, e tendem a aumentar de tamanho durante o Paleozoico inferior. Sua concha é formada pelo mineral de aragonita ou calcítica. O Plano simétrico passa entre as valvas (que entretanto podem ser distintas).

Morfologia dos Bivalves.

 


Concha aragonítica ou calcítica.

Plano de simetria passa entre as valvas (que entretanto podem ser distintas)


Todos grandes grupos dos Bivalves surgem no Ordoviciano onde tem uma Explosão adaptativa, onde invadem as águas continentais no Devoniano. Possuem pouca diferenciação desde então e sobrevivem até a atualidade.

No Paleozóico os braquiópodes se destacam mas com preferência por mares epicontinentais rasos, mas não avançaram nos continentes. Essa exclusão talvez fora  devido à competição com bivalves.

 

 

Rostroconquia

Os Rostroconchia provavelmente tinham uma vida sedentária. Havia provavelmente mais de 1000 espécies desta classe.

 

Rostroconquia é uma classe extinta de moluscos que datam do começo do período cambriano até o fim do permiano. Foram inicialmente incluídos na classe Bivalvar, mas acabaram ganhando sua própria classe. Eles normalmente têm uma concha pseudo-bivalva guardando o manto e o pé. A parte anterior da concha provavelmente tinha um vão por onde o pé emergia.