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terça-feira, 9 de maio de 2017

TOMO XXV-3 - PLANETAS TELÚRICOS AQUECIDOS

 
Planetas telúricos aquecidos, também são uma constante no universo. Podem possuir ou não água em estado líquido em sua superfície. Como exemplo temos o nosso planeta, a Terra representando a própria categoria no nosso sistema solar, e Marte um Subterra representando também a sua própria categoria. No nosso sistema solar não possuímos nenhum Mercurianos aquecido e nenhuma Super-terras.
Podem apresentar diferentes formas e peculiaridades, dependendo do tamanho, massa e tipo de estrela mãe que estes corpos dispõem, mas todos possuem uma característica em comum, se encontram em zonas habitáveis de seus sistema solares!
  
Mercurianos Aquecidos
São planetas rochosos, Superficialmente não possuem atmosfera, quanto muito, podem possuir gases dispersos por vulcanismo ocasionais.
Podem possuir água em estado sólido em crateras de impacto profundas ou nas regiões polares, mais achatadas e menos propensas a incidência direta dos raios solares. Temos como exemplo de comparação no nosso sistema solar, não um planeta, mas um satélite, a nossa Lua.

Ao contrário de seus primos quentes, os representantes de Mercúrio aquecidos devem possuir rotação diferenciada da translação.
Seu aspecto superficial compara-se ao da Lua, repletos de crateras, cadeias montanhosas, planaltos oriundos de plumas, antigos rios de lava e vastas planícies basálticas, frutos de tempos pretéritos, intocadas pela ausência de erosão atmosférica.
Terras Aquecidas

Na ilustração acima verificamos que o planeta terra, pode ter varias formas durante sua evolução geológica, aqui retratamos o período durante o ultimo bilhão de anos. Obviamente desde sua origem ate o final do período pré cambriano tivemos mais ou menos a mesma constituição ou fenômenos geológicos, mas com o diferencial de termos alterado a composição atmosférica de Amônia, CO2 e Metano para a rica em oxigênio. A fazes mais curtas de milhares a milhões de anos que alteram drasticamente a superfície planetária e por vezes até a composição atmosférica, como registradas no intenso vulcanismo oriundo de plumas e super plumas magmáticas que afloram na superfície do obre e cobrem vastas regiões com lençóis de lava. 

A provável aparência da Terra durante a extinção do período Permiano

Planetas do tamanho da Terra, com características geológicas similares. São planetas com aspectos iguais ou diversos ao do nosso planeta, pois como este já possuiu diversas fases de desenvolvimento e por tanto características bem diferentes das que possui atualmente, possivelmente veremos mundos jovens e outros já bem mais avançados geologicamente.
Não podemos nos esquecer da influência da estrela mãe sobre estes obres, bem como sua localização no universo, fatores estes que podem alterar toda a perspectiva que temos até o momento.
Muitos destes planetas são de composição atmosférica diversa da nossa. Como já ocorreu com a Terra no passado, com camada gasosa, rica metano, hidrogênio e amônia ou em CO², bem como carregada de vapores d’água; enfim, diversas combinações que nosso próprio mundo já passou, o poderá ainda passar!

Gliese 581-G

Primeiro planeta tipo Terra descoberto fora do sistema solar pelos astrônomos! É o quarto planeta do sistema e se encontra na zona habitável da estrela anã vermelha Gliese 581  na constelação de Libra a 20, 3 anos luz de distância da Terra.

SUPER-TERRAS AQUECIDAS
Planetas tipo super-terra aquecidas podem possuir aspectos bem peculiares, como exemplo, uma atmosfera densa, compacta recoberta de nuvens, onde gerariam em sua superfície uma luz difusa, sem sombras e de clima tropical, repletas de lagos! A atmosfera espessa serve como uma barreira de ar contra meteoros e raios nocivos emitidos pela estrela mãe.
Geologicamente ativos, devido a maior massa, estes planetas possivelmente teriam um campo magnético forte o suficiente para gerar uma magnetosfera e com isso um escudo ante vento solar.
Sua superfície deve modelar-se constantemente, renovando os compostos químicos do solo, por vulcanismo, orogenia e pela própria ação climática própria de um mundo aquecido.
Na zona aquecida estes planetas podem se tornar oásis para a vida, e ao que parece são abundantes no universo, tanto quanto os planetas tipo Terra.


MUNDOS NEBULOSOS

O exoplaneta GJ 1214b, foi descoberto pela primeira vez em 2009, tem 2,7 vezes o tamanho da Terra, orbita a sua estrela anã vermelha uma vez a cada 38 horas  está relativamente perto de nós, a apenas 42 anos-luz da Terra, os astrônomos não podiam decidir exatamente o que ele era, um mini-Netuno, com uma atmosfera com gases estendida, ou um planeta feito em grande parte de água, com uma atmosfera mais compacta rica em vapor de água.
As novas observações revelaram que GJ 1214b estava definitivamente encoberto com nuvens feitas não de vapor de água, mas sim de cloreto de potássio, ou talvez sulfeto de zinco.
Enquanto é incrível que agora sabemos que GJ 1214b – e, possivelmente, outras super-Terras – está coberto de nuvens, há uma desvantagem: As nuvens obscurecem o que se encontra abaixo. Para detectar vida, os astrônomos provavelmente vão ter que se concentrar em tentar encontrar “bioassinaturas”, tais como oxigênio, mas as nuvens atmosféricas elevadas aparentemente perpétuas de GJ 1214b podem encobrir o oxigênio e outros gases atmosféricos mais baixos.

MUNDOS AQUÁTICOS
 
Temos nesta categoria planetas tipo Terra e Super-terras, podendo ser composto por diversos lagos rasos a um oceano global de grandes profundidades. Tudo isso é claro dependendo da distância que se encontram da estrela mãe, próximo ao centro da zona habitável.

 No fundo do oceano global sob uma pressão de mais de 1000 atmosferas comprime a água liquida para um estado de solides chamado de gelo 07* que possui as moléculas ordenadas, diferente do nosso gelo doméstico.
 

A organização estrutural do gelo 07 assume uma característica diferente do gelo comum de estrutura molecular. Esta forma de gelo lembra um cristal, tipo halita conhecido como Sal de Rocha.
 


 Gliese 581C

Como candidato a possuir um planeta oceano, temos no sistema Gliese 581 que é uma estrela muito menos brilhante que o sol por ser uma Ana Vermelha, Gliese 581c possui sua trajetória orbital na chamada Zona de Habitabilidade. Ficando a 20 anos luz de distância na constelação de virgem, Gliese 581 C é o menor dos planetas tipo Terra, mas ainda com 05 vezes a massa da terra.

 

 É a região em que um planeta não fica nem muito quente, nem muito frio, e pode abrigar água em estado líquido, principal característica essencial à vida.



O grupo de astrônomos liderado por Michel Mayor, do Observatório de Genebra, n
a Suíça, estima que a temperatura média nesse mundo fique entre 0 e 40 graus Celsius, não muito diferente da Terra, cuja temperatura média é de 15 graus.
 “Modelos de analise sugerem que ele pode ser o que se chama de planeta-oceano com muito mais água do que a Terra.” disse o astrônomo.
No Sistema Solar, não existe nenhum exemplo de planeta-oceano, mas um satélite de Júpiter, no caso de Europa. A ocorrência de oceanos congelados na superfície e ao que tudo indica água liquida sob a vasta crosta de gelo. Mas a composição de Europa não se enquadra na dos mundos Telúricos devido a ser uma bola aglomerada de gelo e rocha.


 O segredo para surgir um mundo oceânico é que o planeta ou satélite se formasse mais distante da estrela, onde há mais gelo, e depois migrasse para o interior do seu sistema estelar. Sendo estas migrações, e como veremos,  mais comum do que parecem. 
Uma bela porção da massa total criaria um oceano global, com muitos quilômetros de profundidade.
 *A forma solida da água tem quinze estruturas cristalinas conhecidas, ou quinze fases sólidas, que se formam sob várias condições de temperaturas e pressões. Estas formas de gelo possuem características que se alteram, desde o solides e cristalização a características metálicas de condutividade.

 Mundos Desérticos
 
São planetas tipo Terra ou Super-terras semelhantes a Marte em constituição, arenosos e ricos em carbono, mas ao contrário deste, sua atmosfera é bem mais densa, assim, obviamente, possuindo maior atividades climática.
Seriam planetas coberto de fina poeira, ar pesado e irrespirável sob condições normais, superfície coberta periodicamente por fino nevoeiro de partículas carregadas pelo vento.
 A presença de água liquida é possível, mas sob atenuantes:

 Se muito próximos dos limites quentes, possivelmente a água se concentraria sob a forma de densas nuvens de vapores na atmosfera e pouco ou ocasionalmente se precipitaria sobre a árida superfície, possivelmente se combinaria com outros compostos. Assim como vemos em nossos desertos, nuvens carregadas no ar, e o solo rachado erodido pelo vento.

Tempestades de areia dificultariam mais ainda a umidificação do solo, temperaturas escaldantes, mas não extremas o suficiente para enviar para o espaço seu estoque hídrico planetária.
Se o planeta se encontra próximo à fronteira fria da zona habitável, possivelmente teria água congelada abaixo da superfície, formando uma mistura semelhante a um gel com as partículas de areia e detritos do subsolo, que se moveriam gerando rios e lagos subterrâneos. Sua constante se daria conforme a incidência das estações, bem como pela orogênia, e deriva continental. A formação de calotas polares seria possível separadamente ou sob uma mistura de gelo e dióxido de carbono.
A atmosfera seria bem mais clara pela ausência de umidade no ar e pela menor ação dos raios estrelares sobre o clima, salvo quando ondas de vulcanismo alterassem a composição atmosférica.
 

A composição geológica interna geral dos planetas áridos, possivelmente não tenha um núcleo ferroso liquido  para criar uma magnetosfera totalmente eficaz. A atmosfera desempenharia um papel mais importante de proteção contra os raios UV do que o campo magnético
 Nos mundos áridos sua localização na zona habitável definiria sua temperatura superficial, se próximo da extremidade interna da zona habitável, seria quente, com temperaturas acima dos 30º, sem formação de gelo. Já caso oposto, como Marte, sendo frio possuindo temperaturas próximas ao zero grau ºC, mas ainda sim com possibilidade de água na superfície planetária, na forma de gel de lama ou gelo!












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