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quarta-feira, 17 de maio de 2017

TOMO XXVI-2 - PLANETAS EXÓTICOS MEGA-TERRAS

Panetas Mega-Terra
 

O planeta Kepler-10c o "Planeta Godzilla" Com duas vezes o tamanho e 17 vezes a massa da Terra, superou a marca das Super-Terras.

Cientistas da Universidade Harvard anunciaram em Junho de 2014 á descoberta da primeira Mega-Terra, mas o que seria esta nova classificação planetária?
Este planeta Mega-Terra alterou os padrões astronômicos, pois seria um planeta rochoso, que tem  17 vezes a sua massa da Terra, mas com um diâmetro estimado em 29 mil quilômetros, ou pouco mais de duas vezes a largura da Terra. O planeta superou as já conhecidas Super-Terras, que têm entre cinco e dez massas terrestres.



Um ano estelar neste planeta, que está a 560 anos-luz da Terra, na Constelação Draco, dura apenas o equivalente a 45 dos nossos dias. O sistema planetário – que além da mega-Terra abriga pelo menos mais um planeta, Kepler-10b, um vulcânico, com três vezes a massa da Terra tão próximo da estrela que completa uma órbita em torno dela em apenas 20 horas

 O planeta a princípio foi considerado gasoso e classificado como um mini-Netuno, então os pesquisadores utilizaram o  Telescópio Nazionale Galileo, localizado nas Ilhas Canárias, para medir a massa do Kepler-10c e descobriram que era muito maior do que imaginavam, e por ser bastante massivo, o que indica que se trata de um planeta rochoso, tem o potencial de possuir uma densa atmosfera.
Sua possível composição seria principalmente de rocha com cerca de 5-20% de gelo em sua massa. Para efeito de comparação, os oceanos da Terra representam apenas 0,02% da massa do nosso planeta, com um montante adicional potencialmente algumas vezes esta armazenado no manto. A Terra em si, como já foi sugerido por geólogos, teria em seu manto o dobro do volume de seus oceanos, mas em zonas profundas do subsolo diluído em suas camadas. O Planeta Kepler 10b pode ter grandes geleiras devido á maior parte desta água estar sob a forma de fases de alta pressão de gelo quente ( nome dado a outro fenômeno surpreendente no qual a água à temperatura ambiente pode ser transformada em gelo que permanece à temperatura ambiente devido a alta gravidade).
Mas o que mais chamou a atenção dos cientistas por um fator curioso... é muito antigo.

Comparação de tamanho entre a Terra, Kepler 10b e Netuno.

O sistema estelar do qual ele faz parte, o Kepler 10 se formou há 10,6 bilhões de anos, menos de 3 bilhões depois do Big Bang. De acordo com as teorias tradicionais de formação planetária, o Universo inicialmente continha apenas hidrogênio e hélio. Elementos mais pesados, necessários para a formação de planetas rochosos, como ferro e silício, teriam se originado a partir da primeira geração de estrelas que, ao explodir, espalharam esses ingredientes pelo espaço.
Estima-se que esse processo demorou bilhões de anos para acontecer, mas o Kepler-10 mostra que o Universo foi capaz de formar planetas rochosos grandes mesmo durante o período em que os elementos mais pesados eram escassos, acrescentando novas possibilidades as teorias de evolução planetária existentes.

Sistema Kepler 10.

Kepler-10 é uma estrela de Classe-G, localizado a 564 anos-luz da Terra. É 0.895 a massa do Sol e 1.056 o raio, tornando-se ligeiramente menos massivo que o Sol, mas aproximadamente o mesmo tamanho.
Com uma temperatura efetiva de 5627 K°,  Kepler-10 é mais frio do que o Sol. A estrela também é pobre em metais e muito mais antiga: sua metalicidade é medida em [Fe/H] = −0.15 (29% menos ferro do que o nosso Sol). Kepler-10 possui uma magnitude aparente de 11.2, o que significa que a estrela é invisível a olho nu a partir da perspectiva de um observador na Terra

Teorias de formação Orogênica

 
As hipóteses atuais de formação planetária oferecem diversos cenários para o nascimento de mega-terras o mais tradicional é se desenvolverem principalmente devido a fenômenos de acreção.

Os planetas gasosos pode ter grandes núcleos sólidos, como ocorre com HD 149026 b, que pode conter um núcleo rocha e gelo com 60 massas terrestres. Muitos destes gigantes, por orbitarem muito perto das suas estrelas, perdem sua camada gasosa. Sendo assim planetas tipo mega-terra  podem ser núcleos remanescentes (planetas ctônicos) destes gigantes gasosos bem como de anãs marrons, agora sem grande parte de suas camadas superficiais de gás.

É possível que se formem planetas sólidos, com milhares de vezes a massa da Terra em torno de estrelas massivas (tipos B e O da sequência principal, com entre 5 e 120 vezes a massa do Sol), onde o disco protoplanetário tem elementos pesados suficientes. 
Estas estrelas emitem grandes quantidades de radiação ultravioleta e têm fortes ventos estelares que podem foto evaporar o gás do disco protoplanetário, deixando apenas os elementos mais pesados. 

A formação de planetas sólidos massivos também pode ocorrer em sistemas binários compostos por uma anã branca e uma estrela de nêutrons, quando a segunda absorve o material da primeira até transformá-la em um objeto de massa planetária, composto por um núcleo cristalizado de carbono e oxigênio. É possível que o planeta PSR J1719-1438 b seja um planeta com estas características.


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