Tal como na Europa da Idade Média, atualmente, mais de um quarto dos Cristãos no mundo, ainda culpam os judeus da morte de Cristo.
O A segunda parte da epopeia judaica sobre a mão do antissemitismo passa pela faze medieval de privações e intensificação de agressões. Como um sentimento xenófobo contra uma etnia, uma crença se tornam ódio, e especialmente... o bode expiatório... de todo o mal da face da Terra.
Os detentores do poder usavam os Judeus para fazerem deles seus arautos naquilo que lhes era ilícito a nível cultural e principalmente religioso, a Usura. Lhes privaram das oficinas, da agricultura, da vida social em si para faze los ter de sobreviver com aquilo que lhes fora imputado... o comercio, os negócios e os empréstimos.
Cada vez que cresciam em importância e numero, algo era lhes afligido, seus bens confiscados e famílias inteiras mortas. Assim os controlavam, assim faziam os nobres, comerciantes e até mesmo o clero, sua lavagem de dinheiro ilegal, para burlar os coletores de impostos. Mesmo assim, gracas a sua excelente adaptabilidade se tornaram ótimos em sua forma de sobrevivência.
A mente judaica sempre fora ativa pelo conhecimento, pois em geral não eram analfabetos, e quanto muito obtinham o saber oralmente... mas de práxis ambos. Todos estudavam as suas leis e o conhecimento proibido pela igreja. Deles temos durante mil anos a transferência de saber do mundo Islâmico para o do estado moderno ao final da Era Medieval e o renascimento europeu do conhecimento.
Os judeus e o Islã.
Os primeiros
conflitos entre judeus e muçulmanos se deram ainda quando Muhamad era vivo.No meu próprio blog no artigo Maomé - O início do Islã (http://codicedemarcostoffoli.blogspot.com/2015/03/maome-o-profeta-de-deus.html) conta a visão dos muçulmanos sobre o ocorrido.
Mas resumindo, famílias judias de
Medina foram acusadas de conspirar com os lideres de Meca, contra os cada vez mais numerosos de conversos na cidade de Medina. Verdade ou não ai se
iniciou uma desconfiança por parte dos muçulmanos com os grupos judaicos.
Mas geral foram
tratados como os cristãos, com respeito por serem "povos do Livro" mas também como cidadãos de segunda classe, mesmo assim com total acesso
a vida útil do estado. Eram bem mais protegidos do que em qualquer reino
cristão, e muitos faziam parte das cortes dos dirigentes, corpo diplomático, conselheiros, enquanto estes ainda
eram em sua maioria árabes ou curdos. Com os Turcos e Mongóis a situação mudaria um pouco.
O inicio da expansão
islâmica até o seu apse fora um período de relativa calma alternada com conflitos esporádicos com os
grupos judaicos. As tensões aumentavam geralmente quando os estados muçulmanos
disputavam entre si, por soberania e rotas comerciais. Os judeus visto como pouco
confiáveis por vezes eram alvo de ataques paranoicos conspiratórios.
Logicamente, sempre tem grupos que por insensatez acabam por estimular estes devaneios
do populacho.
Al-Andalus.
Quando os muçulmanos
chegaram à Península Ibérica, a população local era predominantemente cristã,
embora o paganismo e o arianismo ainda persistissem em algumas regiões. Foi
apenas no século X, quando o emirado de Andaluz estava firmemente estabelecido, tanto que
se tornou o maior poder do Mediterrâneo ocidental, (sob o Califa Abderramão III),
que os muçulmanos se tornaram uma maioria na Ibéria. Antes de meados deste
século, ele afirma, a população de Al-Andalus ainda era metade cristã com grupos de famílias judaicas.
A maioria dos
muçulmanos da Península Ibérica, chamados de mouros, não era imigrante do Norte
da África ou árabes, mas descendentes de ibéricos convertidos ao islamismo, os
chamados muladis. A conversão ao islamismo apresentava vantagens: muitos
cristãos se converteram ao islã para evitar ter de pagar a jizia, um imposto
que era cobrado dos não muçulmanos.
A conversão ao islã
também abria novos horizontes aos cristãos e Judeus nativos, aumentava sua posição
social, assegurava melhores condições de vida e ampliava as chances de ter
trabalhos tecnicamente mais qualificados e avançados.
Sob domínio islâmico,
cristãos e judeus como ja comentado, eram considerados cidadãos de segunda classe (status
inferior aos dos muçulmanos), o que leva alguns historiadores a refutarem a tese
de uma "era de ouro" de convivência pacífica entre religiões em
Al-Andalus. Mas o fato, afora alguns momentos ciclísticos de crise (onde os judeus
terem sido perseguidos e mortos como em outras nações), muitos historiadores entre eles judeus, acreditam ter sido o
período de maior opulência e segurança antes do século XX e da criação do
estado de Israel.
Os islâmicos não
odiavam ou perseguiam explicitamente, em muitos aspectos, os não muçulmanos
eram mais bem tratados na Ibéria Islâmica do que se podia esperar de outros
povos conquistados, naquele tempo. Os judeus não eram forçados a viver em
guetos, a se converter
ao islamismo e nem eram impedidos de ocupar postos de trabalho, nem de seguir sua fé, isso tudo, desde que
reconhecessem a autoridade e superioridade islâmica. Muitos Judeus e cristãos
na Ibérica absorveram parte da cultura islâmica, sendo denominados de moçárabes, uma forma cultural sincretizada, pois falavam o árabe, adotaram suas vestimentas e regras sociais além de um misto judaico em nomes
árabes.
Os judeus eram representados por suas próprias autoridades (dentro de seus grupos regiam os seus perante suas próprias regras), e estes juízes o faziam perante as autoridades muçulmanas.
Além do aspecto
legal, as autoridades muçulmanas tinham interesse político em manter os grupos
judeus em razão do fator fiscal (obter recursos provenientes da jizia), mas,
mais importante, usados como embaixadores em outras comunidades judaicas de
outras nações, negociar com elas tratados e produtos, pois como grupo coeso os
judeus tinham confiança mercantil com os seus e nem tanto com grupos de fora
de seu âmbito religioso étnico.
Para isso grande
numero era mantido na corte do califa, como consultores, embaixadores, em geral
detentores de altos cargos. Muitas famílias judaicas possuíam um nível de vida
muito superior aos demais súditos muçulmanos, o que também acabaria por levar, nas crises
de guerra e fome, a tê-los como culpados pela sua situação no momento.
Maimônides e a era de
ouro Judaico-islâmica
Maimônides também conhecido pelo acrônimo Rambam.
Foi um Talmid ou seja, estudante Talmudico, de questões minai-as,
questões alakicas, questões probabilísticas e de questões místicas pseudocientíficas. Maimônides foi a figura central intelectual pós judaísmo medieval
e hoje configura como a segunda autoridade no que diz respeito à Lei dada a Moisés no Sinai.
Nascido em Córdoba, no Império Almorávida, antes sob o domínio do califado de Al Andalus,
O judeu sefardita Rambam
recebeu sua influência na era de ouro do mundo intelectual árabe.
Nasceu (na véspera da
Páscoa de 1135-36 ou 38 aproximadamente como data de seu nascimento), exerceu as
funções de rabino, médico e filósofo de cultura marroquina no Egito, país onde morreu em 12 de
dezembro de 1204. O seu corpo foi movido à Galileia, sendo sepultado em
Tiberíades.
Como principal Líder
no rabinato moderno (da história judaica) sua principal obra é Yesod Cabalá
(pedra fundamental na tradição judaica). Sua Mixná Torá (Recapitulação da Lei)
de quatorze volumes ainda carrega significativa autoridade canônica, como uma
Grande obra de decodificação de lei mixnaica-talmúdica.
Ele é conhecido por
alguns como "A Grande Águia (ha-nesher ha-gadol)" em reconhecimento por seu
excepcional expoente fidedigno no que diz respeito à Torá oral e leis judaicas
em geral. Além de ser reverenciado pelos historiadores judeus, Maimônides é
também uma figura muito proeminentemente na história das ciências islâmicas e
arábica, sendo mencionado extensivamente em estudos
acadêmicos. Influenciado por Al-Farabi, Avicena e seus contemporâneos Averróis,
dentre outros proeminentes filósofos e cientistas árabes e muçulmanos.
Maimônides tornou-se um proeminente filósofo e polímata tanto na tradição
judaica quanto na islâmica.
Por um período de
mais de dois séculos judeus do mundo conhecido todo aportavam em Al Andalus
para viverem com suas famílias, um porto seguro que começaria a ruir com a
reconquista cristã na península ibérica.
Cristãos vs Judeus II
Apesar de não ser veemente a perseguição dos judeus até então no Império Bizantino com fora na Europa centro ocidental, No ano de 692 no
Sínodo trulanico do Império Oriental fora emitida uma bula proibindo que cristãos assistissem
festas judaicas, e que tivessem relações amigáveis com judeus mesmo no amparo de médicos
hebreus. O Judaísmo acabaria proscrito no império por Leão III em 722 e os
judeus batizados à força. Alguns foram mortos, por se recusarem e portanto queimados dentro de suas próprias sinagogas.
Entre os anos de 829
e 845, no ocidente após um breve período de calma, o arcebispo de Lion, S.
Agobard, escreveu nas suas epístolas que judeus nasceram escravos, e que
estariam roubando crianças cristãs para vendê-las aos árabes. Os bispos de
Leão, Rheims, Sens e Bourges convocaram o Concílio de Meaux para renovar
restrições antijudaicas. O imperador Charles de Bald recusou implantá-las no
Concílio de Paris (846).
Luís II, rei da
Itália, em 855 expeliu os judeus de efeito em 1o. de outubro de 855. Em sermões
durante o período da Páscoa, a população de Beziers foi encorajada a vingar a
crucificação de Jesus. A nobreza de Toulouse tinha por alguns anos o privilégio
de publicamente esbofetear as orelhas do presidente da comunidade judaica nas
Sextas Feiras Santas. Mais tarde, isso foi mudado para um pagamento anual que
os judeus tinham de fazer.
Entre os anos de 1009
e 1021 começou a se assimilar as perseguições não somente o fato do fator
religioso mas também o étnico, devido a ascensão islâmica ao sul e leste dos
reinos cristãos.
Como resultado da destruição
do Santo Sepulcro em Jerusalém pelos muçulmanos comunidades judaicas foram
atacadas devido serem semitas, por populares em Orleans, Ruão, e Roma. Judeus
que recusaram a conversão foram expulsos de Mogúncia sob o imperador Henrique
II na primeira perseguição séria na Alemanha.
Roma foi golpeado por
um terremoto e um vendaval na Sexta Feira Santa. Vários judeus foram detidos e
acusados de terem metido um prego através duma hóstia no dia anterior, causando
por isso o desastre natural. Sob tortura confessaram profanação de hóstia e
foram mortos por cremação. Profanação de hóstia chegou a ser uma acusação muito
difundida. foi muitas vezes piorada por rumores de que a hóstia sangrara. Para
as incultas e supersticiosas massas, isso confirmava o dogma da Eucaristia.
Estavam se iniciando os patamares para a inquisição católica.
O papa Urbano II
convocou para uma Cruzada da fé cristã contra os profanos pagãos turcos seljúcidas que dominavam então a Asia Menor. O duque de Lorena tentou juntar um
exército para a Cruzada e para coletar mais recursos, espalhou o rumor de que iria
matar os judeus para vingar a morte de Cristo. Os judeus da Renânia lhe pagaram
500 peças de prata como resgate, o mesmo exemplo terminou de forma trágica em Ruão onde estes Cruzados em sua marcha massacraram todos os judeus que encontravam por ali e de outras cidades na Lorena.
Comunidades judaicas do
então império germânico e principados supriram o exército de Pedro o Eremita,
tentando assim evitar os ataques dos Cruzados. Estima-se que 10.000 judeus
foram massacrados na França e na Alemanha.
O cavaleiro Volkmar chegou na Hungria com 10.000 homens para juntar-se ao exército de Pedro o Eremita. Atacou a comunidade judaica em Praga. O bispo Cosmo e líderes a cidade tentaram em vão para os massacres. Quando tentou atacar os judeus em Nitra, os húngaros vieram em sua defesa e derrotaram os cruzados. Gottschalk, um cavaleiro o exército de Pedro o Eremita, chefiou a seção sob seu comando, massacrando a comunidade judaica de Ratisbona.
Contingente de Pedro o Eremita, ou liderados por outros religiosos como Volkmar e Gottschalk lançaram-se em perseguições às comunidades judaicas dos locais.
O imperador Henrique
IV. O soberano mandou que os cavaleiros o seu império não atacassem os judeus, mas na
pratica fora um massacre.
Emico de Leisinger com seu bando de milhares de Cruzados ignorou a ordem do imperador, começando uma campanha e terror contra os judeus. Em Speyer matou doze. O restante da comunidade foi protegido pelo bispo de Speyer que puniu alguns dos assassinos cortando-lhes as mãos. O conde Emico, então, moveu o seu bando a Worms e onde o bispo não podia proteger os judeus na sua diocese.
O arcebispo de Mogúncia Ruthard tendo sabido das ações de Emico, recusou a entrada do grupo na cidade a 25 de Maio, ao mesmo tempo que a comunidade judaica local lhes ofereceu um tributo de ouro para comprar a sua segurança. As autoridades civis deram asilo sagrado aos judeus e fecharam as portas da cidade ao conde Emico, mesmo assim os soldados deste arrombaram as portas e ai que a violência atingiu o máximo, com pelo menos 1100 judeus mortos.
Rota da Cruzadas popular.
Muitos dos habitantes do burgo, principalmente os comerciantes e o bispo, ofereceram abrigo aos seus vizinhos judeus (tal como aconteceu também em Praga), e juntaram-se à milícia do bispo e do burgrave para repelir incursões dos cruzados, mas deixaram de oferecer resistência à medida que os números destes aumentavam cada vez mais.Um judeu de nome Isaac foi forçado a se converter mas depois sentiu-se culpado por ter cedido, matou a sua família e imolou-se dentro de casa. Outra judia de nome Raquel matou os seus quatro filhos para que não fossem mortos pelos cruzados.
O exército do Conde Emico ataca Meseberg. Os cruzados entram em pânico quando várias escadas quebram com o peso dos soldados.
Dos principados
germânicos os judeus vinham fugido. De colônia dois foram mortos e a
sinagoga foi queimada. Quando os bandos moviam-se descendo o vale do Reno, uma
estimativa e 12.000 judeus foram assassinados nas cidades ao longo deste rio.
Bandos e tropas moveram-se pelo vale a Mosela, matando judeus no seu caminho. À
comunidade judaica de Trier foi dada proteção pelo bispo, sob condição de conversão, dos quais muitos pelo terror acabaram batizados, mas a maioria se suicidou. Os que sobreviveram, antes dos ataques os
Cruzados e Guilherme o Carpinteiro, executaram.
Os Cruzados sob Godofredo de Bouillon conquistaram Jerusalém em 1099. Invadiram a cidade santa massacraram todos muçulmanos e levaram os Judeus para dentro da sinagoga e os queimaram vivos. Foi um dia de terror. Em 15 de julho de 1099, milhares de guerreiros loiros entraram em Jerusalém matando adultos, velhos e crianças, estuprando as mulheres. Nenhuma pessoas que não fosse do exercito cruzado sairia viva naquele dia..
Incentivados pelos
ataques coletivos aos judeus se tem registro do primeiro pogrom de judeus em
Kiev. Em 1100 vários distúrbios os populares pilharam lares saquearam o bairro
judaico.
O papa Urbano II em
1120 declarou que os judeus devem ser tolerados. Na sua convocação à nova Cruzada,
falou favoravelmente sobre os judeus. Embora as Cruzadas fossem dirigidas contra
os Islã na Terra Santa, os bandos, que se formaram marchando pelo país
trouxeram incontáveis sofrimentos aos judeus pois, junto com os muçulmanos, eram
vistos como inimigos da Cristandade.
Entre 1140 e 1146 o
antijudaismo se espalharia para as ilhas britânicas onde se registram os primeiros crimes. primeira acusação de assassinato na Inglaterra contra judeus relatada, ocorreu em Norwich,. Líderes judaicos foram mortos.
Na França, Pedro o Venerável de Cluny, tentou fazer voltar-se Luís VII contra os judeus, para que assim, os coagindo, financiassem as novas Cruzadas.
Os atentados como estes se espalham em pontos diversos por todos os reinos centro ocidentais da Europa. O monge cisterciense Rudolf excitou a população local do burgo contra os judeus, isto se intensificou na França e Alemanha. O judeu Simão, o Pio de Trier, e uma mulher judia de Speyer foram mortos quando se recusaram a serem batizados, apesar de tentativas de autoridades civis e eclesiais para proteger os direitos dos judeus.
Na França, Pedro o Venerável de Cluny, tentou fazer voltar-se Luís VII contra os judeus, para que assim, os coagindo, financiassem as novas Cruzadas.
Os atentados como estes se espalham em pontos diversos por todos os reinos centro ocidentais da Europa. O monge cisterciense Rudolf excitou a população local do burgo contra os judeus, isto se intensificou na França e Alemanha. O judeu Simão, o Pio de Trier, e uma mulher judia de Speyer foram mortos quando se recusaram a serem batizados, apesar de tentativas de autoridades civis e eclesiais para proteger os direitos dos judeus.
Massacres correram em
Colônia, Worms, Speyer e Estrasburgo. Os arcebispos de Mogúncia e Colônia
solicitaram Bernardo de Clairvaux que silenciasse o monge Rudolf, e a ordenar o povo a não
molestarem os judeus. Como isso não tivesse efeito nenhum, Bernardo finalmente
veio à Alemanha e mandou Rudolf de volta ao clausuro de seu mosteiro. Embora Bernardo se opunha
ao matar os judeus, acabou por demonizá-los também ao convocar a Segunda Cruzada.
.
Representação de uma aldeia eslava. Praticavam a agricultura, plantando especialmente centeio, trigo e linho.
São William de Norwich
OOs crimes de assassinato ritual onde se afirmaram ter sido cometidos por judeus começaram a se espalhar pelas ilhas britânicas. Por ocasião da celebração da Páscoa judaica temos em Norwich, Inglaterra, um ritual tido como satânico onde as autoridades eclesiásticas afirmaram ter sido realizado por judeus, que confessaram(sob tortura e claro) o crime. Ocorreu no ano de 1137, aconteceu com um menino de doze anos de idade chamado William.
Ondas de Cruzados marcharam em 1147, eles saiam da Alemanha para o oriente médio e para os reinos eslavos da Europa
oriental. No caminho oficialmente assassinaram 20 judeus em Würzburg, e em Belitz,
todos os judeus foram cremados.Sorte melhor não teveram os 150 judeus assassinados na Boêmia.
Novamente acusações
de assassinatos rituais, se espalharam entre 1170 e 1188. Em Blois, na França, os boatos instigaram os populares a matar toda a comunidade judaica da região, esta composta de 34 homens
e 17 mulheres. Todos foram torturados e queimados. Também a mesma acusação de
assassinato ritual na Inglaterra em cidades como Bury, St. Edmund, o mesmo em Bristol e no ano de 1192
em Winchester.
Na ultima década dos
anos 1100, na Inglaterra, quando Ricardo I foi coroado, populares atacaram a comunidade
judaica em Londres e York. O novo rei puniu os desordeiros e permitiu aos judeus
batizados à força retornar à sua fé.
O rei Ricardo era
capaz de proteger os judeus contanto que estivesse no país. Quando o deixou para
uma nova Cruzada, os agregados e auxiliares dos cruzados que ficaram na Inglaterra atacaram comunidades
judaicas. Os bairros do Port of Lynn em Norfolk foram queimados e os judeus
massacrados. Judeus de Norwich refugiaram-se no castelo real, a mesma sorte não tiveram em York onde 1.500 judeus
foram assassinados. A comunidade em Stanfort foi pilhada e os judeus que não
alcançaram o castelo foram mortos.
As famílias judaicas em Londres
tinham de pagar o triplo da importância que cidadãos cristãos ingleses tinham
de pagar para o resgate de Ricardo coração de Leão após sua capitulação nas
cruzadas.
Na França, após 1190
a cidade de Bray foi cercada pelo rei Filipe. Os judeus tinham escolha entre
batismo e morte levando toda a comunidade a cometer suicídio. Filipe queimou
cerca de 100 judeus, e somente as crianças menores de 13 foram poupadas.
O presbítero, Fulk
of Neuilly, que queria reformar a Igreja romana , pregou através da França inteira contra
usura e exigiu que os usurários devolvessem os seus ganhos, como forma de penitencia, aos pobres. As populações usavam seus sermões para justificar os ataques a judeus. Os barões os usavam o mesmo discurso para expulsar os
judeus dos seus reinos mandatarios e confiscar as suas propriedades.
Na Cruzada contra os albigenses
(considerados como uma heresia cristã) em 1209, mais de 20.000 pessoas,
inclusive toda a comunidade judaica, foram massacradas quando a cidade de
Bezziers foi tomada de assalto.
As identificações
Depois do quarto Concílio de Latrão, a situação dos judeus não melhora, e estes passam à condição de servos da Casa Real.
No ano de 1215 se
iniciaria para o judaismo com as primeiras formas de identificação. Estas se davam por marcações ou apetrechos em seu vestuário perante o mundo cristão. No quarto Concílio
do Latrão, presidido pelo papa Inocêncio III, este ordenou que os judeus usassem um
distintivo amarelo em forma de um anel. Isso era a primeira vez no ocidente que
se exigiu dos judeus que se distinguissem do resto da população por seu
vestuário. Dizemos no ocidente pois o Código de Omar, que fora decretado algo similar, muito antes no mundo islâmicos. Aos judeus não era permitido vestir os seus melhores roupas aos domingos ou
andar em público em dias especiais como Páscoa.
A estes sinais distintivos de vestuário acrescentou-se depois o uso obrigatório de um chapéu pontiagudo, o "chapéu judeu".
O rei Henrique II em
1218 transformou esse decreto conciliar para um secular, ordenando a todos os
judeus na Inglaterra usar um distintivo identificador de sua fé, em area visivel de suas roupa o tempo todo. No ano de 1222 durante o Concílio de Canterbury, os
bispos ingleses emitiram uma injunção impedindo que cristãos vendessem
provisões a judeus. Para neutralizar isso, o judiciário do rei, Hubert de
Burgh, emitiu uma ordem que proibiu aos súditos do rei, sob pena de prisão,
recusar-se a prover judeus com as necessidades da vida.
A "Santa" Inquisição
Em 1021, Roma foi
sacudida por um terremoto bem no dia da Sexta-Feira da Paixão. Em consequência, judeus
foram presos e acusados de terem furado uma hóstia com um prego. Eles foram
torturados e queimados em fogueiras. Isso fez com que o fanatismo do clero
aliado a expropriação dos bens dos hereges para o fundo não tão comum da igreja
católica, fizesse com que os lideres religiosos que censuravam os atos hostis
mas faziam vistas grossas a violência mudassem sua opinião quanto a perseguição
aos não cristãos...
A caça às bruxas da Santa Inquisição teve seu início no ano de 1184, em Verona, com o Papa Lúcio II.
O bode expiatório
passaria a ser todos que agissem contra a Santa Se não importando se pagãos,
muçulmanos, judeus ou mesmo cristãos como Hurritas, Arianos, coptas e ortodoxos.
Na visão da igreja, as seitas cristãs como assim chamavam todas que não eram a Católica eram Justificadas sua existência pelo fato do inimigo estar dentro das trincheiras da fé.. os Judeus. Eles eram considerados arautos do Islã dentro do mundo cristão... serviçais do demônio que mataram a cristo....tudo que dava errado era por influencia ou causa direta dos desviados da palavra de Deus.
Na visão da igreja, as seitas cristãs como assim chamavam todas que não eram a Católica eram Justificadas sua existência pelo fato do inimigo estar dentro das trincheiras da fé.. os Judeus. Eles eram considerados arautos do Islã dentro do mundo cristão... serviçais do demônio que mataram a cristo....tudo que dava errado era por influencia ou causa direta dos desviados da palavra de Deus.
O papa Gregório
estabeleceu a Inquisição em 1231 como já dito, para contrabalançar muitas heresias cristãs
que brotaram devido as maiores liberdades que aos poucos iriam sendo consentidas e que explodiria no renascimento nos países europeus.
Provocaram a autoridade da Igreja Romana. A Inquisição, era para desarraigar estas heresias antes e que se espalhassem às massas. Tribunais, compostos pela maior
parte e monges, serviam de polícia, prossecução, juiz e júri e as vezes como carrasco. Em geral as autoridades
seculares executaram as torturas e queimações para os impenitentes hereges,
pois os inquisidores queriam evitar derrame de sangue, agindo literalmente como Pôncio Pilatos.
O papa Gregório em
1232 reclamou aos bispos da região Alemã, que os judeus nestas terras estariam sendo tratados
demasiadamente bem. Proibiu relações amistosas entre cristãos judeus, e que estes vivessem separados, mesmo assim insistia que nenhum mal
lhes fosse feito.
Inquisição judaica na Ibérica Cristã
No inicio da
reconquista cristã quando soldados na sua marcha atacaram comunidades judaicas
durante a guerra para expulsar os sarracenos da Espanha 1063, o papa Alexandre
II preveniu os líderes franceses dos exércitos a não fazer mal a estes.
A calmaria duraria
pouco tempo, mesmo sobre a boa fé dos primeiros. O poder da igreja entrava em ação,
pois já em 1078 o papa Gregório VII decretou que judeus não pudessem ocupar
cargos públicos ou ser superiores de cristãos. Em 1081, Afonso VI de Toledo, foi repreendido pelo papa por apontar judeus em cargos de estado. Os judeus neste período tinham de pagar taxas extras para sustentar a Igreja.
Um debate houve em
Barcelona, Espanha, diante do rei Tiago I, nobreza, bispos e líderes monges.
Rabino Moisés Ben Naleman teve de defender o talmude contra um judeu convertido,
Pablo Christiani, que tentou provar a eficiência da Cristandade a partir do
talmude. O rei Tiago ordenou apagar passagens do talmude, que eram objetáveis a
cristãos em 1263. No ano de 1281 a
maioria dos judeus espanhóis foram presos nas suas sinagogas num Sábado durante o mês de janeiro, depois foram soltos com a promessa de pagar uma grande importância de dinheiro
de resgate.
Na Espanha em 1285, afora as extorsões financeiras os judeus foram forçados a ouvir sermões de conversão de monges nas suas
próprias sinagogas. Fanáticos populares agrediram judeus contra as ordens das
autoridades civis.Aos poucos as agressões aumentariam e por fim milhares de judeus
foram assassinados por populares ao redor de Estella no ano de 1328, novamente devido ao fanatismo de um monge que pregou infamantes sermões antijudaicos.
Inquisição Judaica na Franca
No ano de 1236, as comunidades
judaicas em Anjou ,Poitou, Bordeaux e Angouleme foram atacadas por
cruzados. Cerca de 500 judeus escolheram a conversão forçada e mais que 3.000 foram
assassinados por não renunciarem a sua fé. O papa Gregório IX, que
originalmente convocara a Cruzada, ficou escandalizado sobre essa brutalidade,
criticando o clero por não a prevenisse e por final até a estimulasse.
Em Paris, no ano de
1240, por ordem do papa Gregório IX, todas as cópias do Talmude tiveram de ser
entregues às ordens dos franciscanos e dominicanos para serem examinadas mas
que ao todo 24 carroções de cópias do talmude acabaram queimadas.. Essa foi a
primeira queima oficial de escritos judaicos pela igreja católica.
Parece que o decreto
papal foi executado somente na França, e por isso o papa Inocêncio IV parou as
confiscações e mandou devolver as cópias de talmude, embora não sem expurgar as
passagens que pareciam objetáveis à Igreja.
Sob Filipe IV, todos
os judeus do seu reino, aproximadamente 100.000, foram presos em 22 de julho de
1306. Foi lhes dito que deixassem o país dentro de um mês. Não podiam levar
senão suas roupas e provisões para um dia. Suas propriedades deixadas atrás
foram usada por Filipe para reencher a tesouraria real, esta que tivera sido
exaustada pelo seu feudo com o papa e sua guerra contra os flamengos.
Juramento de vassalagem de Eduardo I de Inglaterra a Filipe IV após a sua coroação, pelos territórios ingleses em França, a 5 de junho de 1286.
O rei Luis X chamou de volta os judeus que tinham sido expulsos da França no ano de 1315. Eles, em troca, puseram condições, que foram atendidas, mesmo assim outra vez tinham de usar distintivos.
O papa João II em 1320 ordenou a inquisição em Toulouse e em Perpignan, nestas cidades o talmude foi queimado. Durante a Cruzada dos Pastores, 40.000 pastores e camponeses marcharam de Agen a Toulouse, matando qualquer judeu que não era disposto a ser batizado. Em Verdun, 500 judeus fugiram a uma torre. Quando foram assediados, cometeram suicídio, no total 120 comunidades judaicas no sul da França e no norte da Espanha foram exterminadas.O bispo João de Dirpheim incentivou o massacre de judeus em Estrasburgo no aniversário da Conversão de S. Paulo em 1338.
O bispo de
Estrasburgo, João de Dirpheim, inquiriu todos os judeus da região de Sulzmatt e Rufach na Alemanha, por
acusação de profanação de hóstia. Foram queimados vivos em 1308.
.
Inquisição Judaica na Inglaterra
Livros judaicos e o
talmude foram apreendidos também na Inglaterra,ocorrendo também cremação de
livros. Em Londres, no ano de 1244 grupos de judeus foram acusados de assassínio ritual e
como fiança foram taxados com uma alta importância de dinheiro. Quanto a acusação
de assassínio ritual, esta chegou a ser muito difundida, fonte e causa de muitas atrocidades. Por isso o papa Inocêncio ordenou uma investigação das acusações, chegando a conclusão de que nada mais era que uma
invenção antijudaica.
Uma das acusações de assassinato ritual se referia ao pequeno S. Hugo de Lincoln. O corpo foi descoberto numa fossa sanitária perto da casa de
uma família judaica em 1255. Sob tortura obviamente um dos judeus confessau que Hugo tivera
sido assassinado para um ritual. O rei Henrique III ordenou seu enforcamento
depois de arrastado vivo pelas ruas, atado num cavalo. Um grupo de 100 judeus
fora levados a Londres para julgamento. Destes, 18 foram enforcados
sem processo, 02 foram perdoados e um absolvido.
O Período de 1261 e
1264 fora o apse das perseguições na inglaterra, estas toleradas pelos mandatários, á grupos judaicos. Alguns estudantes, juntamente com presbíteros e monges de Canterbury atacaram o bairro judaico enquanto a população saqueava a seção judaica de Londres. Oito anos depois, em 1272, a sinagoga
principal de Londres foi fechada.Há razão apresentada e de que o canto e orações judaicas pertubavam a devoção dos monges na vizinhança. Os judeus tinham de reunir-se em casas
particulares, mas até isso era restrito por ordem do bispo de Londres.
O Statutum Judeismo
criado no ano de1275 foi aplicado na Inglaterra sob o rei Eduardo I. A lei proibiu os judeus
a cobrarem juros, restringiu a área onde pudessem viver, mandou judeus, a partir
de sete anos, a usar o distintivo e exigiu que os acima de doze pagassem uma taxa
anual na Páscoa. Mas a lei permitiu também que judeus, pela primeira vez,
arrendassem terra para lavoura e se tornassem comerciantes e artesãos.
No ano de 1278, o rei Eduardo
I os judeus de moedeiros, de acumular lucros dos juros, e autorizou buscas de casa a casa por todos os
condados em qualquer lugar que fosse pela Inglaterra inteira. Mediante estas novas campanhas antissemíticas, cerca de 680 judeus foram jogados da Torre de Londres. Muitos foram enforcados e tiveram sua propriedade incorporada pela coroa.
Em 18 de julho de
1290, o rei Eduardo I, em Concílio, implementou um ultimato, que enviou a todos os judeus de seu reino. Sob pena de
morte caso desobedecessem, eles teriam de deixar o país até o dia primeiro de novembro do mesmo ano. Nem todos conseguiriam sair a tempo da efetivação legal.
Inquisição judaica na Europa Centro-Oriental
Em 1267 o Sínodo de
Viena decretou que cristãos fossem proibidos a atender cerimônias judaicas.
Judeus eruditos foram proibidos a discutir com cristãos simples. Os judeus
tinham de usar chapéus com chifres, chamados de pileum cornutum. As pessoas
realmente criam que os judeus tinham cornos que estavam escondendo embaixo
desses chapéus, sendo filhos do diabo omo achavam. Tomas de Aquino (1226-1275) disse que
os judeus não poderiam ser tratados como vizinhos, mas deveriam viver em
perpétua servidão.
Sinagoga Staronová em Praga, foi construída em 1270, sendo a mais antiga da Europa. Judeus foram
massacrados por toda a Alemanha neste ano. Cidades como Weissenberg, Magdeburg,
Sinzig, Erfurt entre outras. Em Sinzig, a comunidade foi trancada na sinagoga
no dia do Sábhat e queimada viva.
Na Polônia em 1280,
autoridades civis tentaram atrair judeus, e com eles suas finanças e a pratica da usura, que era proibida aos cristãos, mas não aos hebreus.Estabelecendo a vida judaica numa base
racional, em todo o reino, mas, mesmo assim a Igreja insistiu que os judeus ficassem isolados do
resto da população. O Sínodo de Buda introduziu o distintivo judaico quase como o conhecemos na atualidade.
Entre os anos de 1283 e 1285,
foram metódicos os ataques a judeus. Dez judeus foram assassinados por
populares em Mogúncia, depois de terem sido acusados de assassínio ritual( o de praxe). Ao todo cerca de 26
judeus foram mortos como resultado duma acusação de assassínio ritual em
Bacharach. Outros 40 judeus foram assassinados depois duma acusação de assassínio ritual
em Oberwesel. Em Munique, 180 judeus foram queimados vivos na sinagoga local depois
duma acusação de assassínio ritual no ano de 1298.
Em cerca de seis meses queimou e massacrou um número estimado de 100.000 judeus em cidades como Würzburg, Ratisbona, Nuremberga, Augsburg, Heilbronn e Rottingen.
Severas repercussões
tomaram lugar na Francônia, Bavária e na Áustriano ano de 1298, quando um nobre alemão, de nome
Rindfleisch (era chamado de Judenschlächter, na tradução literal, o açougueiro de judeus). Este nobre juntou um
pequeno exército e começou a matança sistemática de judeus indo de cidade em cidade. Em cerca de
seis meses, ele queimou e massacrou um número estimado pelos historiadores e cronistas contemporâneos em cerca de 100.000 judeus por mais de 140
comunidades.medievais.
Da Peste Negra ao Final da Idade Média
Em 1348 a "peste
negra" (peste bubônica) se alastrava pela Europa, dizimando um terço da
população do continente. Os judeus foram acusados de envenenar as fontes de água, causando a
epidemia.
O papa Clemente VI
expediu uma bula em que declarava todos os judeus eram inocentes dessa acusação, mas
não foi possível impedir que, em quase todas as localidades nas quais havia uma
comunidade judaica, irrompessem "pogroms" contra os judeus.
. Na França, Espanha
e Suíça, judeus foram assassinados porque o povo cria que estes teriam envenenado os
poços, se não o fizeram ainda, pretenderiam isto fazer. O papa Clemente VI exortou o clero a proteger os
judeus e até excomungou assassinos. Mas os populares não podiam ser retidos, então ao todo 10.000 judeus foram assassinados por ordas populares de poloneses nas cidades fronteiras da
Alemanha. Mesmo com a proteção real dada pelo rei polonês kasimir(Casimir). O prefeito de
Estrasburgo, Konrad von Winterthur, junto com outras autoridades, defendeu os
judeus contra os ataques de populares e as acusações dos clérigos e do próprio bispo. Os conselhos de
outras cidades tentaram o mesmo.
São frequentes os relatos de massacres de judeus, que foram acusados de serem os causadores da peste. Foram exterminadas numerosas comunidades judaicas na Europa
Em geral os judeus tinham hábitos higiênicos bem mais eficazes que as comunidades cristãs, onde um simples banho poderia se anual, para não tirar a proteção de Deus sobre a pele. Viviam em grupos coesos e isolados, mesmo dentro das urbes medievais, alimentação mais adequada e controlada. Isto os fazia adoecer menos e como efeito a caírem na desgraça dos cristãos que os tinham como causadores dos sofrimentos.
A comunidade judaica da Basileia em 1349 foi queimada morta numa estrutura especialmente construída.
O nascimento germânico do Ódio ao judaísmo
Entre os Anos de 1345 e 1356 os ataque continuavam, mesmo que diminuíssem de intensidade pela morte em massa dos agressores. Nos reinos alemães cerca de 2.000 judeus pereceram em Estrasburgo e em Worms, 400 judeus foram queimados vivos.
A comunidade judaica da Basileia em 1349 foi queimada morta numa estrutura especialmente construída.
O nascimento germânico do Ódio ao judaísmo
Visão popular dos judeus ultrajando Cristo. Kremsmünster, séc. XIV
Entre os Anos de 1345 e 1356 os ataque continuavam, mesmo que diminuíssem de intensidade pela morte em massa dos agressores. Nos reinos alemães cerca de 2.000 judeus pereceram em Estrasburgo e em Worms, 400 judeus foram queimados vivos.
Para evitar o pior das torturas e humilhações em Oppenheim, os
judeus queimaram-se a si mesmos, e o mesmo exemplo fora seguido em
Frankfurt. Na Mogúncia, 6.000 judeus foram queimados vivos, quando a população
pôs fogo nas suas casas. Em Erfurt e em Breslau a comunidade judaicas somadas em mais de 3.000 almas foi
massacrada. Todos os judeus pereceram, até mulheres e crianças.
Em Viena, os judeus cometeriam, como nas outras localidades já comentadas, o suicídio. Foram aconselhados por seu rábino, também para evitar tortura entre outras atrocidades. As comunidades judaicas de Augsburg, Würzburg e Munique acabariam por serem destruídas. Em outras regiões eles foram simplesmente expulsos, lancados a própria sorte como em Heilbronn, e os de Nuremberga, destas eles conseguiram fugir.Já os que foram para Königsberg foram massacrados. Grandes levas de judeus infelizmente foram queimados vivos, num lugar que desde então é conhecido como Judenbühl.
Judenbühl
Em Viena, os judeus cometeriam, como nas outras localidades já comentadas, o suicídio. Foram aconselhados por seu rábino, também para evitar tortura entre outras atrocidades. As comunidades judaicas de Augsburg, Würzburg e Munique acabariam por serem destruídas. Em outras regiões eles foram simplesmente expulsos, lancados a própria sorte como em Heilbronn, e os de Nuremberga, destas eles conseguiram fugir.Já os que foram para Königsberg foram massacrados. Grandes levas de judeus infelizmente foram queimados vivos, num lugar que desde então é conhecido como Judenbühl.
Quando a peste voltou
outra vez na Franconia no ano de 1357, os judeus foram outra vez incriminados
de terem envenenado os poços e alimentos novamente. A peste, também chamada a Morte Negra, matou
milhões. Durante esse tempo, o mito de conspiração judaica que dizimou grande parte da Europa era proeminente na memoria fictícia européia. Um mito
esse que, apesar das suas absurdidades, continua sendo acreditado por muitos,
até hoje!
Cerca de 12 000 judeus foram massacrados na cidade de Toledo.
Quando a guerra civil na Espanha cristã entre os anos de 1366 e 1369, ocorria
entre os reis Pedro e Henrique de Trastamora, muitos judeus foram massacrados por
mercenários empregados por ambos os lados. Mesmo apos os conflitos vários grupos
judaicos seriam assassinados entre os anos de 1384 e 1410, no apse do antissemitismo Ibérico .
Em Nördlingen todos
os judeus foram massacrados. No ano de 1389 grupos de camponeses assassinaram
milhares de judeus em Praga.
No ano de 1399 em
Posen, Polônia, um rabino e 13 anciãos da comunidade judaica foram lentamente
queimados à morte, acusados de terem apunhalado a hóstia e a jogado numa cova.
Rumores circularam que a hóstia teria sangrado, o que, naturalmente, confirmava
o dogma da Eucaristia. Dois anos depois em Schaffhausen na Suíça, foram
queimados vivos 48 judeus.
Uma bula papal editada entre 1427 e 1429 pelo papa Martinho V, proibiu os capitães do mar de transportarem judeus à Terra Santa. No entanto, numa outra bula, o papa exigiu a proteção dos judeus, estabelecendo direitos da comunidade, entre estes permitindo aos judeus estudarem em universidades.Uma acusação de assassínato ritual em 1431 levou à destruição de comunidades judaicas alemãs nas cidades de Ravensburg, Überlingen e Lindau. Isto levaria um ano mais tarde á expulsão de os judeus da Saxônia.
O Concílio de Basileia (1431-7).
Entre os anos de 1431 e 37 ocorreu
o Concílio de Basileia, e este determinou que os judeus tinham de viver
separados dos cristãos. Desse modo surgiram em muitas cidades os bairros
judeus, mais tarde chamados de "guetos". Durante o concílio em 1434, presidido pelo papa Eugênio IV, revogou as liberdades que Martinho V tinha conferido ao povo judaico. Os judeus seriam obrigados a viver em bairros separados das cidades, atender sermões de conversão e não tinham permissão de frequentar as universidades. Fora viver separados, no ano de 1443 os judeus de Veneza tinham de usar o distintivo amarelo para identifica-los como tal.Este se perpetuaria até a idade contemporânea.
A Cruzada contra os cristãos Hussitas na Boêmia e Morávia, organizada em 1422, causaram muito mal a
comunidades judaicas. Na sua marcha a Praga, o exército do imperador alemão
Segismundo, juntamente com mercenários holandeses, destruiu comunidades judaicas inteiras ao longo
do rio Reno, como na Turíngia e na Bavária, tudo para vingar o insultado Deus dos
cristãos.
O papa Nicolau V,
numa bula de 1451, confirmou as velhas exclusões de judeus da sociedade cristã
e de todas as profissões tidas por ele como honestas. João de Capistrano foi
apontado pelo papa para orientar a Inquisição dos judeus. Nos seus sermões
repetia as acusações de assassínio ritual e profanação de hóstia, o que levou a
perseguições na cidade de Breslau sob o rei Ladislau da Silésia polonesa.
O exército polonês, Ordem Teutônica, prussianos e o clero, foram incitados pelos sermões de
Capistrano na Polônia. Este culpava a tolerância Real para com os judeus, pela
calamidade que ocorriam em seus reinos. Por fim, os direitos judaicos foram
retirados em 1454 e massas de populares atacaram comunidades judaicas.
Tropas polonesas em
marcha à Cruzada de 1457 contra os turcos que poucos anos antes aviam tomado
Constantinopla, como outras o fizeram, atacaram os judeus, no caso os de
Cracóvia, atando cerca de 30 pessoas em sua ira.
Da inquisição aos “Novos cristãos espanhóis e a
reconquista Ibérica”
A diáspora judaica no velho mundo da destruição de Jerusalém a expulsão da Espanha pelos reis Católicos.
Em 1391 a Inquisição
virou-se contra os judeus que se tinham convertido à Cristandade nos reinos ibéricos. Em muitos
casos, estes continuaram secretamente praticar o Judaísmo, sendo por isso considerado
heréticos. Por toda a Inquisição na península, um número estimado e 50.000 judeus foram
mortos, e outros 160.000 batizados à força. Em muitas cidades da Espanha,
sinagogas e mesquitas foram transformadas em igrejas, e comunidades judaicas
sofreriam terríveis perseguições. Depois que cerca de 300 judeus foram assassinados ou
cometeram suicídio em Barcelona, outros 11.000 se permitiram o sacramento do batismos. Ficando conhecidos como os Marranos, como veremos no terceiro tomo.
No ano de 1407 os
fogosos sermões do monge e reformador Vicente Ferrer causaram opressivas ações
contra os judeus na Espanha e agressões de populares. É creditado com 20.000
forçados batismos em Castela e Aragão.
Dom Fernando de
Aragão convocou debates em Tortosa realizados entre 1413 – 1415. Estes foram
imaginados para facilitar a conversão judaica à Cristandade. Os líderes
judaicos de Aragão foram forçados a debater com um judeu convertido, Jerônimo
de Santa Fé. As disputas prolongaram-se por um ano e nove meses, com resultados
negativos para as comunidades judaicas.
Papa Martinho V
Ossadas judaicas em uma vala comum em Portugal
A era moderna se iniciaria com o beneficiamento de novos impérios com estes seus novos cidadão...os sobreviventes do massacre da intolerância de uma igreja cristã que estava se fragmentando. Turcos, holandeses e posteriormente os Ingleses evoluiriam, um século depois as potencias ultramarinas lusitana e espanhola cederiam lugar as companhias das Índias Orientais e Ocidentais e de Viena para o sudeste europeu todos os reinos se tornariam vassalos dos mandatários turcos. Coincidências as parte o estremo oeste europeu cairia em forca e prestigio mesmo com as enormes riquezas obtidas nas Américas.
Muito esse histórico das condições e dos primórdios das perseguições, com motivos tão mal dissimulados, que fica sempre a sensação que nunca acabará!
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