O bode levaria todas as iniquidades e transgressões do povo.
Nos escritos antigos
da tradição hebraica e na Torá, se comenta que ritualmente eram lançadas sortes
sobre os dois bodes, um como graça por Jave e a outra pelo bode emissário
(Lv. 16.8). Conforme a sorte, um dos bodes era oferecido a Javé em expiação
pelos pecados, e o outro era solto no deserto.
Após o lançamento de
sortes, o bode emissário recebia, pela mão do sacerdote, os pecados do povo e
era afastado para longe, enquanto o outro bode era imolado, fazendo assim a
expiação pelo povo.
Quanto ao bode que
era solto no deserto, como a passagem no hebraico refere-se a “azazel”, alguns
supõem que ele representa um espírito, um demônio ou o próprio Satanás.
A tradição da cabala judaica diz que Israel era salvo das astúcias do Diabo quando este bode lhe era enviado. O bode levaria todas as iniquidades e transgressões do povo. Parte da erudição evangélica moderna tem favorecido essas interpretações, não obstante Levítico 17.7 parecer excluir a ideia de que o bode servia como um sacrifício ‘oferecido a azazel’.
A tradição da cabala judaica diz que Israel era salvo das astúcias do Diabo quando este bode lhe era enviado. O bode levaria todas as iniquidades e transgressões do povo. Parte da erudição evangélica moderna tem favorecido essas interpretações, não obstante Levítico 17.7 parecer excluir a ideia de que o bode servia como um sacrifício ‘oferecido a azazel’.
Voltando ao sentido
que realmente quero expor, e muito comum em diversos povos o dito popular,
baseado no credo religioso, de que na prática o bode expiatório é aquele que
estava inocente entre infratores e acaba por levar a culpa pelos pecados
alheios.
Na vida real os
grupos humanos tem um incrível dom de culpar suas mazelas a povos incapazes de
dispor no momento de meios de se defender.
O ato de criar um
"culpado" para justificar administrações fracassadas, desvios de
conduta e principalmente de recursos foi e ainda é de praxi
entre as elites
dominantes em nosso obre.
Já se culpou os
Índios, latinos, negros, pobres, homossexuais...ativos em evidencia em nossas
memorias, mas nenhum povo, dentro dos registros históricos
se encontra em tão
veemente evidencia e da culpabilidade por tudo desde conspirações até o domínio
financeiro global do que o Povo Judeu.
Aqui vamos expor um
resumo histórico breve desde o final dos reinos de Israel e Judá, da diáspora
ate a fundacional do Estado do Israel moderno.
Boa Leitura.
No Mundo Antigo
A escravidão dos hebreus no Egito.
As primeiras
ocorrências de anti-semitismo ainda são motivos de discussões entre os estudiosos.
Diversos escritores se utilizam de definições diferentes de anti-semitismo. Os
termos "antissemitismo religioso" e "antijudaísmo" foram
utilizados para se referir à animosidade direcionada contra o judaísmo como
religião, em vez de dirigida contra os judeus como povo ou grupo étnico.
Teologicamente, o
xenofobismo e a culpabilidade dos males de uma nação que abrigava Hebreus
( denominação no mundo antigo dos antepassados dos atuais judeus) fora narrada na epopeia de Moisés no império Egípcio. Temos bem evidente nas pragas dos 10 mandamentos como consequência de ter o povo hebraico como cativo. Teoricamente ente ideal de mazelas teria adentrado no cerne dos conquistadores mas não como causa da opressão dos hebreus mas estes como os causadores das consequências nefastas periódicas pelos quais os governos passavam. Isso se fixou no ideário dos dominantes políticos e grupos religiosos de tal forma que passados 03 mil anos ainda são usados como bucha de canhão os judeus para aliviar as tensões sociais violentas contra os detentores do poder.
( denominação no mundo antigo dos antepassados dos atuais judeus) fora narrada na epopeia de Moisés no império Egípcio. Temos bem evidente nas pragas dos 10 mandamentos como consequência de ter o povo hebraico como cativo. Teoricamente ente ideal de mazelas teria adentrado no cerne dos conquistadores mas não como causa da opressão dos hebreus mas estes como os causadores das consequências nefastas periódicas pelos quais os governos passavam. Isso se fixou no ideário dos dominantes políticos e grupos religiosos de tal forma que passados 03 mil anos ainda são usados como bucha de canhão os judeus para aliviar as tensões sociais violentas contra os detentores do poder.
O anti-semitismo
teria sido difundido pela primeira vez pelos gregos, ao espalharem os
preconceitos dos egípcios, que já eram evidenciados pelos escritos antijudaicos
do sacerdote Mâneton. Já na Antiguidade registrou-se a hostilidade comumente
encontrada pelos judeus na diáspora, e o filósofo judo-helênico Fílon
descreveu em sua obra Flaco um ataque aos judeus de sua cidade, Alexandria, em
38, no qual milhares de judeus foram mortos, possivelmente instigado pelas descrições
dos judeus como misantropos( que desprezariam a humanidade fora do seu grupo
étnico religioso). Esta animosidade específica contra os judeus, no entanto,
deve ser diferenciada do preconceito que os gregos já mantinham contra os
grupos e povos que eles consideravam 'bárbaros' incivilizados.
Diáspora Judaica
A primeira Diáspora
(galut bavel)
De acordo com a Torá,
a diáspora é fruto da idolatria e rebeldia do povo de Israel e Judá para Deus,
o que fez com que este os tirasse da terra que lhes prometera e os espalhasse
pelo mundo até que o povo de Israel retornasse para a obediência a Deus, onde
seriam restaurados como uma nação soberana e senhora do mundo. De acordo com a
Moderna História, a diáspora judaica aconteceu pelo confronto do povo judaico
com outros povos que desejavam subjugar sua cultura e dominar o seu território.
No Mundo Babilônico
Geralmente se atribui
o início da primeira diáspora judaica ao ano de 586 a.C., quando Nabucodonosor
II — imperador babilônico — invadiu o Reino de Judá, destruindo a Jerusalém e o
Templo, e deportando os judeus para a Mesopotâmia. Mas esta dispersão se inicia
antes, em 722 a.C., quando o reino de Israel ao norte é destruído pelos
assírios, e as dez tribos de Israel são levadas como cativas à Assíria; Judá
passa a pagar altos impostos para evitar a invasão, o que não será possível
negociar com Nabucodonosor II.
Diáspora na
Babilônica
Cerca de quarenta mil judeus foram deportados para a Babilônia.
Com a conquista de
Judá, cerca de quarenta mil judeus foram deportados para a Babilônia, onde
floresceram como comunidade e mantiveram suas práticas e costumes religiosos, associados
a outros costumes herdados dos babilônios. A assimilação fez com que o hebraico
perdesse sua importância em função do aramaico, que se tornou a língua comum.
Com a queda do poder babilônico e a ascensão do xá aquemênida Ciro II, este
permitiu que algumas comunidades judaicas retornassem para a Judeia, mas a
grande maioria da população judaica preferiria permanecer em Babilônia, onde
tinham uma sociedade constituída, do que retornar às vicissitudes da
reconstrução de um país.
No Mundo Grego
No Mundo Grego
Alguns dos primeiros exemplos
de sentimentos antijudaicos remontam à Alexandria do século III a.C. Hecateu de Abdera, historiador grego,
referindo-se aos Hebreus escreveu que Moisés, "em memória do exílio de seu
povo, lhes instituiu um estilo de vida misantrópico e inospitaleiro."
Segundo Mâneton, sacerdote e historiador egípcio, os judeus seriam leprosos
egípcios que haviam sido expulsos, e que haviam sido instruídos por Moisés a
"não adorar os deuses". Os mesmos temas aparecem nas obras de
Querêmon, Lisímaco, Possidônio, Apolônio Mólon, e até mesmo em Apião e Tácito.
Ptolomeu Lago e seu exército Egípcio.
Agatárquides de Cnido
escreveu sobre as "práticas ridículas" dos judeus e do "absurdo
de sua Lei", fazendo uma referência de zombaria a como Ptolomeu Lago pôde
invadir Jerusalém em 320 a.C. porque seus habitantes estariam observado o sabá.
Com o domínio romano
sobre a Judeia, a maior parte dos judeus que viviam na Judeia retornou para
Babilônia, que se tornou o maior centro comunitário judaico no mundo até o
século XI. Ao vencerem os partas em 226, os persas novamente conquistam a
Babilônia, mas os judeus permanecem com uma relativa autonomia sob a liderança
do exilarca ou Resh Galuta (Príncipe do Exílio), descendente de Davi. No século
IV é compilado o Talmude Babilônico, e tem início a crise caraíta.
A comunidade judaica
na Babilônia perdurou solidamente através da história, influenciando o judaísmo
mundial também na segunda diáspora, e só deixará de existir com a emigração dos
judeus do Iraque no século XX.
Os macabeus fundaram a dinastia dos Asmoneus, que governou de 164 a 37 a.C., reimpuseram a religião judaica, expandiram as fronteiras de Israel e reduziram no país a influência da cultura helenística.
No Mundo Romano
Já se estimou que os
judeus correspondiam a cerca de 10% da população total do império; a partir
desta cifra, calculou-se que se fatores como os pogrons e as conversões não
tivessem ocorrido, existiriam 200 milhões de judeus no mundo atualmente, no
lugar dos atuais 14 milhões.
Quando o reino
judaico foi absorvido pelo Império Romano, as relações entre o povo judeu e os
soberanos romanos passaram a ser cada vez mais problemáticas, e eventos como as
guerras travadas na Judeia ajudaram a gerar uma visão cada vez mais negativa
dos judeus, tanto entre os imperadores como entre o próprio público romano.
As relações entre os
judeus e o Império Romano, que ocupava sua terra, foram inicialmente
antagonísticas, e resultaram em diversas rebeliões e revoltas. De acordo com
Suetônio, o imperador Tibério expulsou de Roma os judeus que haviam emigrado
para a cidade.
Em 19 DC o imperador
expulsou de Roma os judeus estabelecidos na cidade. Suetônio conta que Tibério
"suprimiu todas as religiões estrangeiras… Distribuiu os jovens judeus,
sob o pretexto de servirem ao exército, por todas as províncias notórias pelo
seus climas pouco saudáveis; e expulsou da cidade o resto dos integrantes
daquela nação, bem como aqueles que eram prosélitos, sob pena de escravidão
vitalícia, se se recusassem a obedecer as ordens."
Flávio Josefo, ou Flavius Josephus (37 ou 38 –. 100 ou 103 DC) foi um historiador judeu do século I, com ascendência sacerdotal e real.
Flávio Josefo,
historiador judeu romanizado, em suas Antiguidades Judaicas, também nota que
Tibério "ordenou que todos os judeus fossem banidos de Roma", levando
"quatro mil homens consigo, que enviou à ilha da Sardenha; e puniu um
grande número deles, que haviam se recusado a tornar-se soldados sob o pretexto
de seguir as leis de seus antepassados. Assim os judeus foram expulsos da
cidade …" Dião Cássio também escreveu, sobre Tibério: "À medida que
os judeus começaram a migrar para Roma em grandes números, e converteram muitos
dos nativos aos seus costumes, ele baniu a maior parte deles."
Foram feitas algumas
tentativas de compreensão da animosidade de Tibério em relação aos judeus; sem
entrar em maiores detalhes, Fílon de Alexandria relata que o liberto Sejano,
homem de confiança de Tibério, era um dos principais inimigos dos judeus. Como
esta passagem foi escrita depois da morte de Tibério, e Fílon não teve qualquer
pudor em criticar postumamente o sucessor de Tibério, Calígula, fica ainda mais
evidente o papel que Sejano pode ter tido nestas perseguições.
Guerras
judaico-romanas
Termo genérico que
designa a série de revoltas movidas pelos judeus contra a dominação pelo
Império Romano. Foram três guerras, mas alguns historiadores consideram que houve
apenas duas, descartando a "Guerra de Kitos".
Primeira guerra judaico-romana
Também chamada de
"Grande Revolta Judaica", iniciada em 66 d.C., na província romana da
Judeia, e oficialmente encerrada em 70 d.C., embora a luta tenha se prolongado
até 73 d.C., com a tomada da fortaleza de Massada. Morreram mais de um milhão
de judeus e o Templo de Jerusalém foi destruído, restando apenas o Muro das
Lamentações.
A Segunda Diáspora
A segunda diáspora
aconteceu muitos anos depois, em 70 d.C. A chamada grande revolta, iniciada em 66 d.C, acabou com os romanos
destruindo Jerusalém,e oficialmente encerrada em 70 d.C sufocada pelas tropas
do comandante romano (e futuro imperador), Vespasiano, secundado por seu filho,
Tito. Na pratica a luta se prolongou até
73 d, acarretando isso uma nova diáspora, após a tomada da fortaleza de
Massada. No conflito morreram mais de um milhão de judeus e o Templo de
Jerusalém foi destruído, restando apenas o Muro das Lamentações. Os
sobreviventes fugiram para outros países da Ásia Menor, África ou sul da
Europa.
Segunda guerra
judaico-romana
Também chamada de
"Guerra de Kitos", ocorreu entre os anos 115 e 117, no governo do
imperador Trajano. Consistiu em uma revolta das comunidades judaicas da
Diáspora (judeus que viviam fora da Judeia), disseminando-se, principalmente,
por Cirene (Cirenaica), Chipre, Mesopotâmia e Egito. Foi sufocada pelo
comandante romano Lúzio Quieto.
Terceira guerra
judaico-romana
A Terceira Guerra Judaico-Romana e Bar Kokhba.
Também chamada de "Revolta de Barcoquebas", ocorreu entre os anos de 132 e 135, durante o governo do imperador Adriano, sendo liderada por Simão Barcoquebas, que alguns consideraram ser o Messias davídico esperado pelos judeus. Foi sufocada pelas tropas do comandante romano Sexto Júlio Severo. Para os historiadores que não consideram a "Guerra de Kitos" como uma das guerras judaico-romanos, esta seria a segunda guerra entre romanos e judeus.
Durante a Revolta de
Barcoquebas,os soldados romanos assassinaram muitos judeus. Alguns autores
argumentaram que a política romana prefigurou o anti-semitismo europeu, citando
como exemplo o fato de que Roma recusou-se a conceder permissão para que o
Templo de Jerusalém fosse reconstruído, após sua destruição em 70, ocorrido
durante a repressão de uma das muitas revoltas judaicas, além das taxas que
foram impostas ostensivamente aos judeus no mesmo período, para financiar a
construção do templo de Júpiter Capitolino e da alteração do nome da Judeia
para a Síria Palestina.
Após os levantes
judeus de 70, 117 e 135 d.C., todos sufocados pelos romanos da maneira mais brutal possível,
tentou-se pelos romanos eliminar o nome da pátria judaica, mudando o de Jerusalém para
"Aélia Capitolina" e transformando a Judeia em "Palestina
Síria", para que não houvesse mais lembrança dos judeus. Por volta de 160
d.C., Justino, o Mártir, condenou os judeus como "filhos de
meretrizes".
O historiador inglês
do século XVIII, Edward Gibbon identificou um período mais tolerante, que se
iniciou ao redor de 160 trocando o foco da perseguição de um bode expiatório
para um grupo dissidente judaico que crescia em numero e influencia...os
cristãos.
Como exemplo disso
temos que Roma suprimiu revoltas em todos os territórios que conquistou, que a
expulsão decretada por Tibério foi de "todas as religiões
estrangeiras", e que Roma não teve como alvo único os judeus. Não só os
judeus não foram eliminados pelos romanos, como judeus na diáspora recomeçariam
a receber privilégios dentro do império em detrimento ao cristãos do mesmo
período, por exemplo, tinham o direito de manter seus costumes e sua religião,
em vez de serem obrigados a se acomodar aos costumes e religião ditados pelas
cidades nas quais residiam. Existem exemplos de algumas cidades enviando
petições recusadas pelo imperador, solicitando que os privilégios judaicos
fossem rescindidos; embora Adriano tenha banido a circuncisão juntamente com a
castração, considerando-as como formas de mutilação aplicadas normalmente a um
indivíduo sem o seu consentimento. Após protestos, os judeus acabaram por ser
isentos desta lei.
Embora a maior parte
do Novo Testamento tenha sido escrito por judeus genuínos que se tornaram
seguidores de Jesus, existem diversas passagens do livro que foram
interpretadas ( possivelmente "adaptadas" pela nova teologia da
igreja já religião oficial do império) como antissemitas.
Jesus diz, ao falar com um grupo de
fariseus: "Bem sei que sois descendência de Abraão; contudo, procurais
matar-me, porque a minha palavra não entra em vós. Eu falo do que vi junto de
meu Pai, e vós fazeis o que também vistes junto de vosso pai. Responderam, e
disseram-lhe: Nosso pai é Abraão. Jesus disse-lhes: Se fósseis filhos de
Abraão, faríeis as obras de Abraão. (…) Vós tendes por pai ao diabo, e quereis
satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não
se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira,
fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira. Mas, porque
vos digo a verdade, não me credes. Quem dentre vós me convence de pecado? E se
vos digo a verdade, por que não credes? Quem é de Deus escuta as palavras de
Deus; por isso vós não as escutais, porque não sois de Deus." (João
8:37-39, João 44:47)
Estevão, ao falar
diante do conselho de uma sinagoga, pouco antes de sua execução: "Homens
de dura cerviz, e incircuncisos de coração e ouvido, vós sempre resistis ao
Espírito Santo; assim vós sois como vossos pais. A qual dos profetas não
perseguiram vossos pais? Até mataram os que anteriormente anunciaram a vinda do
Justo, do qual vós agora fostes traidores e homicidas; Vós, que recebestes a
lei por ordenação dos anjos, e não a guardastes." (Atos 7:51-53)
"Eis que eu
farei aos da sinagoga de Satanás, aos que se dizem judeus, e não são, mas
mentem: eis que eu farei que venham, e adorem prostrados a teus pés, e saibam
que eu te amo." (Apocalipse 3:9).
Alguns acadêmicos
afirmam que versos como estes refletem as tensões judaico-cristãs que estavam
surgindo no final do século I e início do II, que se originaram no período
posterior à morte de Jesus. Atualmente praticamente todas as denominações
cristãs retiram a ênfase em versos como estes ou interpretam-no de maneiras que
rejeitem o uso que lhes foi feito por antissemitas.
Principais Atos
Cristãos contras os Judeus no Império Romano:
Entre 88 – 97d.c o
papa S. Clemente responsabilizou os judeus pela persecução de Nero aos
cristãos, isso começaria a incitar ódio aos assassinos de cristo.
No Ano de 200 d.c
quando o imperador Severo criou leis impedindo que pagãos, sob pena de severa
punição, abraçassem o Judaísmo, o bispo de Alexandria, Orígenes, escreveu:
“Podemos então asseverar com absoluta certeza que os judeus não retornarão à
sua situação anterior, pois têm cometido os mais abomináveis crimes, formando a
conspiração contra o Salvador da raça humana … Por isso, a cidade em que Jesus
sofreu foi necessariamente destruída, a nação judaica expulsa do seu país e um
outro povo (quer dizer a Igreja) foi chamado por Deus para ser a eleição
abençoada.
Orígenes de Alexandria, 185-254 d.C
Tertuliano escreveu o
primeiro manifesto cristão sistemático contra os judeus. Ele também já tinha
passado a considerar a Igreja como sendo o verdadeiro e eterno Israel. Depois
disso foram publicados muitos outros panfletos anti-judeus por Pais da Igreja. Cipriano, 50 anos
depois, também um dos Pais da Igreja cristã, escreveu: "O diabo é o pai
dos judeus". Mais tarde, essa acusação passou a ser encontrada
constantemente no anti-judaísmo cristão.
Nos anos 300 d.c,
Eusébio, bispo de Cesareia, declarou que os judeus em cada comunidade
crucificaram um cristão no seu festival de Purim como rejeição de Jesus. Usava
a acusação de assassínio ritual feita pelos pagãos Demócrito e Apião, a qual os
romanos fizeram antes contra os primeiros cristãos. Eusébio distinguiu entre
hebreus que eram boas pessoas no Antigo Testamento e judeus que caracterizou
com maus.
O Sínodo Eclesial e
Elvira (Espanha ) no ano de 306 baniu todos os contatos comunitários entre
cristãos e os maus hebreus e estabeleceu que cristãos não podiam casar com
judeus.
Primeiro Concílio Ecumênico. NICEIA (325).
Em 325 d.c, no Concílio de Niceia – pela
primeira vez em um concílio –, não foram convidados bispos judeus-cristãos. A
festa da Páscoa foi transferida para o domingo após pessach (a páscoa judaica)
com a justificativa: "Seria o cúmulo da falta de reverência seguirmos as
tradições dos judeus nesta maior de todas as festas. Não devemos ter nada em
comum com esse povo abominável".
Quando Constantino
chegou a ser imperador, declarou-se cristão e estimulou os seus súditos a se
converterem à Cristandade. Restabeleceu as leis dos seus antecessores que
proibiam aos judeus viverem em Jerusalém e se engajarem em qualquer atividade
de fazer prosélitos.
O Concílio Eclesial
de Niceia, convocado por Constantino, para assentar uma controversa teológica
referente à natureza de Cristo, continuou os esforços de separar a Cristandade
do Judaísmo decidindo que a Páscoa não pudesse mais ser determinado pela páscoa
dos hebreus: "...Porque é demasiadamente imprópria que nestes mais santos
festivais sigamos os costumes dos judeus. De ora em diante, não tenhamos mais
nada em comum com esse odioso povo…"
O imperador
Constantino em 337 d.c declarou: Deixem a minha vontade ser religião e lei da
Igreja! Um dos seus primeiros atos era proibir sob punição de morte o casamento
entre um judeu e uma mulher cristã.
Hilário de Poitiers foi um bispo na cidade romana de Pictávio, atual Poitiers, na Gália, e é um dos Doutores da Igreja. Muitas vezes chamado de "Martelo dos Arianos" pela perseguição a estes.
Entre os anos de 367
e 376 S. Hilário de Poitiers escreveu e falou de judeus como gente perversa
para sempre maldito por Deus. S. Efrem se refere nos seus hinos a sinagogas
como prostíbulos.
Após 378 d.c ocorreu
um alento pois o imperador Teodósio protegeu os judeus das persecuções da
Igreja aos heréticos. Crisóstomo, Gregório de Nissa e Ambrósio de Milão,
todos considerados santo – quiseram
incluir judeus na perseguição.
Outro dos pais da Igreja, João Crisóstomo, a partir de Antioquia (Síria) em 387 d.c
disse, por exemplo, que a sinagoga era "lugar de blasfêmia, asilo do diabo
e castelo de Satanás".
Os judeus são os mais
desvalidos de todos… São os pérfidos assassinos de Cristo. Veneram o diabo, sua
religião é uma doença…". Para São Ambrósio, o fator das sinagogas era herético, ele repreendeu o imperador romano por reconstruir uma sinagoga destruída pelos populares, e ainda propôs que ele mesmo a
queimasse, para não deixar duvidas de sua fé!.
Gregório de Nissa caracterizou judeus como
assassinos de profetas, companheiros do diabo, raça de víboras, sinédrio de
demônios, inimigos de tudo que é belo, porcos e cabras na sua lasciva
grosseria. O Concílio Eclesial de Laodiceia proibiu que cristãos respeitassem o
Sábado Judaico
Nos Dois Impérios Romanos
O Império Romano fora dividido definitivamente após a morte do imperador Teodósio em 395. A unidade politica do Império é definitivamente quebrada com a divisão feita pelos seus dois filhos: Arcádio (Augusto desde 383), o mais velho, obteve o Oriente com sede em Constantinopla; Honório (Augusto desde 393), recebeu o Ocidente com sede em Milão ou Ravena. Divididos territoriamente mas unidos pela fé, e pelo ataque as minorias dissidentes e é claro, aos judeus.
Aparte grega era um pouco mais tolerante aos judeus que convergiam em grupos para seus territórios. Entre 395 e 408 d.c o imperador bizantino Arcádio resistiu ao fanatismo cristão, não permitindo a destruição de sinagogas. Já no lado do ocidente, o Imperador Teodósio II. proibiu que os judeus construíssem novas sinagogas, e outro “santo” o Epifânio caracterizou os judeus como desonestos e indolentes, visão mantida até os dias atuais.
As Duas Romas
Aparte grega era um pouco mais tolerante aos judeus que convergiam em grupos para seus territórios. Entre 395 e 408 d.c o imperador bizantino Arcádio resistiu ao fanatismo cristão, não permitindo a destruição de sinagogas. Já no lado do ocidente, o Imperador Teodósio II. proibiu que os judeus construíssem novas sinagogas, e outro “santo” o Epifânio caracterizou os judeus como desonestos e indolentes, visão mantida até os dias atuais.
Com o império romano
do ocidente desmoronando em 415, o bispo Agostinho de Hipona escreveu que os
judeus carregam eternamente a culpa pela morte de Jesus. Em decorrência, o
monge Barzauma instigou uma perseguição aos judeus em Israel, quando inúmeras
sinagogas foram destruídas. Cirilo, o bispo de Alexandria, incitou o populacho
contra os judeus e os tinha expulsado. O bispo Severo queimou uma sinagoga e
incitou gente a agredirem e apoquentarem judeus nas ruas. Muitos judeus
converteram-se ao Cristianismo por medo. S. Agostinho, bispo de Hipo: O
verdadeiro judeu é Judas Iscariotes, que vende o Senhor por prata. O judeu
nunca pode entender as Escrituras e para sempre vai carregar a culpa pela morte
de Jesus.
O sudeste da velha cidade de Palma de Maiorca - Mapa dos Judeus de Call Menor -bairro judeu medieval da cidade.
O bispo Severo de
Maiorca em 418 d.c forçou judeus a se converterem. Violenta luta de rua
irrompeu com um populacho incitado pelo bispo. A sinagoga foi queimada.
Finalmente, os líderes da comunidade judaica se renderam e 540 judeus foram
convertidos.
S. Jerônimo, que estudara com cientistas judaicos na Palestina e
traduziu a Bíblia ao latim (a Vulgata), escreveu sobre a sinagoga: Se a
chamares um prostíbulo, um covil e vício, um lugar de depravar a alma, um
abismo de qualquer desastre concebível ou qualquer coisa que quiser, estará
ainda dizendo menos do que merece.
São Jerônimo.
As ruínas em Antioquia da Pisídia. Região da atual Turquia onde Existia a Sinagoga que o apostolo Paulo fora discursar para os Judeus e gentios.
Entre 489 e 519 d.c
outros eventos de ataques a grupos judaicos se intensificavam como o de um
populacho cristão que pôs fogo nas sinagogas de Antioquia e jogou os corpos de
chacinados judeus no fogo. Outro grupo cristão agrediu e destruiu a sinagoga de
Dafne perto de Antioquia. A congregação inteira foi chacinada. E por boatos de
praticas demoníacas a população cristã de Ravena agrediu judeus e queimou a
sinagoga.
Em 538 d.c foi vetada
a entrada de judeus nas guildas (associações de mutualidade formada na Idade
Média entre as corporações de operários, negociantes ou artistas), restando à
maioria deles apenas a opção do comércio. Fora proibido ter criados ou escravos
cristãos, o que os efetivamente excluía da agricultura. O Terceiro e o Quarto
Concílios de Orleans proibiram aos judeus aparecerem em público durante os
períodos da Paixão e Páscoa.
Mosaico onde se pode observar o imperador Justiniano com o bispo Maximiano, governador de Ravena, a par com a sua guarda pessoal e membros da corte.
Sob o imperador
Justiniano, em 528 d.c a Lei Romana foi sistematizada e codificada como Corpus
Iuris Civilis, também conhecido como o Código Justiniano. A Lei e doutrina
Eclesiais chegaram a ser política de estado. Aos judeus não era permitido
testemunhar contra cristãos. Não podiam celebrar Pessah antes da Páscoa e não
lhes era permitido senão uma versão prescrita da Escritura nas suas sinagogas,
e lhes era proibido usar orações consideradas anti-trinitárias.
As limitações de
incorporações sociais por parte dos judeus se intensificava através do Sínodo
Eclesial de Clermont em 535 d.c se decretou que judeus não pudessem ocupar
cargos públicos ou ter autoridade sobre cristãos.
O bispo Avito de
Averna em 554 d.c tentou converter judeus sem resultado. Então incitou o povo a
destruir as sinagogas. Os judeus tiveram de escolher entre batismo e expulsão.
Um judeu se converteu. Durante a procissão depois do seu batismo, um judeu o
borrifou com óleo rançoso. Isso enfureceu o populacho e muitos judeus foram mortos.
500 judeus permitiram ser batizados. Os restantes fugiram para Marselha na
Franca. Mas em 561 o bispo de Uzes forçou os judeus na sua diocese a decidirem
entre batismo e expulsão.
Na Espanha se
apertava o cerco e em 589 d.c o rei espanhol Sisebuto restringiu severamente os
direitos dos judeus no seu reino. Estes não tinham permissão de possuir ou
cultivar terra ou de operar em determinados negócios. Mais tarde editou um
ultimato a todos os judeus: converter-se ou ser exilados. Espanha e Franca
estavam se tornando portos não seguros as famílias judaicas.
As ondas de
violências faziam os grupos judaicos migrarem constantemente para manter suas
vidas, no império romano do Oriente João de Éfeso transformou sete sinagogas em
igrejas. Enquanto sob o rei merovíngio Chilperico, todos os judeus no seu reino
tinham de escolher entre a conversão ou ter os seus olhos arrancados.
A primeira revolta judaica contra o Império Bizantino e contra Heráclio, foi uma forma de aproveitamento de ocasião que quase deu certo. O golpe foi uma insurreição articulada contra o Império Bizantino por toda a região do da asia menor e parte do Oriente Médio. Os judeus á fizeram em apoio ao Império Sassânida e suas promessas de um estado federado Judeu ao seu Império. O apoio ocorreu durante a Guerra bizantino-sassânida de 602-628. A revolta começou com a Batalha de Antioquia em 613, culminando com a conquista de Jerusalém em 614 pelas forças persas e judaicas e o estabelecimento da autonomia judaica. A revolta terminou com a retirada das tropas persas e a posterior rendição dos rebeldes judeus aos bizantinos em 625 (ou 628).
Após a retirada persa e a derrota dos rebeldes o imperador Heráclio ordenou e forçou a conversão de todos os judeus no seu império e renovou os códigos de Adriano e Constantino que barravam os judeus de Jerusalém. Centenas foram torturados e mortos, mesmos os grupos que não participaram da sublevação. Dagoberto, o rei merovíngio, seguiu o exemplo e Heráclio, forçando os judeus no seu reino sob ameaça de morte a se converterem à Cristandade.
imperador Heráclio
Após a retirada persa e a derrota dos rebeldes o imperador Heráclio ordenou e forçou a conversão de todos os judeus no seu império e renovou os códigos de Adriano e Constantino que barravam os judeus de Jerusalém. Centenas foram torturados e mortos, mesmos os grupos que não participaram da sublevação. Dagoberto, o rei merovíngio, seguiu o exemplo e Heráclio, forçando os judeus no seu reino sob ameaça de morte a se converterem à Cristandade.
Guerra Bizantino - Sassânida
.Os judeus do norte
da África (sefardins) migram após a segunda diáspora para a península Ibérica.
Em 613 foi dado um ultimato a todos os judeus da Espanha: batismo ou desterro,
O Terceiro Concílio
de Toledo decidiu contra conversões compulsórias. Contudo, judeus que no
passado foram convertidos à força não podiam voltar ao Judaísmo, tendo de
separar-se das comunidades judaicas. Crianças judaicas foram tiradas dos seus
parentes e criadas em mosteiros. Nem a judeus, nem a convertidos à Cristandade
era permitido ocupar cargos públicos. O Concílio era presidido por Isidoro,
bispo de Hispalis (Sevilha).
Em 638 d.c o Quarto
Concílio de Toledo decretou que crianças judaicas batizadas como cristãs não
sejam evolvidas aos seus pais de sangue. Convertidos tinham de ser
rigorosamente supervisionados pelas autoridades eclesiais. Judeus tinham de
jurar que teriam abandonado a Lei e prática judaicas. Punições estendiam-se de
açoites, perda de membros, confisco de propriedade a ser queimado na estaca. Os
bispos de Sevilha e de Toledo, Isidoro e Juliano, escreveram documentos
polêmicos contra os judeus.
Entre 638 e 642 d.c
os não católicos foram expulsos da Espanha visigoda.
O Oitavo Concílio de
Toledo em 653 d.c concordou com o rei
Recesvindo da Espanha que apareceu perante o Concílio chamando o Judaísmo de
uma poluição do seu país e pediu a remoção de todos os infiéis. Os judeus
tiveram de assinar um juramento (placitum) que tornou a prática do Judaísmo
quase impossível. Violações foram punidas por cremação ou apedrejamento.
Dois anos depois O
Nono Concílio de Toledo prescreveu que judeus convertidos passassem todas as
festas judaicas e cristãs na presença dum bispo.
O rei Erviges da
Espanha proibiu que judeus praticantes entrassem em portos do mar no ano de 681
d.c. e ordenou que todos os judeus fossem batizados. Os convertidos tinham de
ouvir sermões cristãos e não tinham permissão observar as leis dietéticas. O
Duodécimo Concílio de Toledo confirmou as ordens do rei que decretaram queimar
o Talmude e outra literatura judaica.
Entre 693 e 694 d.c
nos Décimo Sexto e Décimo Sétimo Concílios de Toledo, presidido pelo rei Egiza
e o sucessor do bispo Juliano, Félix, restringiram outra vez severamente os
direitos dos judeus, acusando-os de minarem a Igreja, de massacre de católicos,
de conspiração com mouros e de destruição do país. Judeus foram declarados
escravos, sua propriedade foi confiscada e suas crianças forçosamente educadas
em famílias católicas ou mosteiros.
Prova do sincretismo Arabe-Judeu esta na Sinagoga de Córdoba, onde Arabescos estão misturados a escrita Hebraica.
Até 710 d.c houve muita repreensão e
assassinatos principalmente na península Ibérica e anatólia, mas algo nestas regiões iria mudar... foram ouvidos os gritos de Allah Akbar e com auge do renascimento científico e cultural entre Judeus e Muçulmanos. Os muçulmanos como decodificadores e inovadores e os judeus a ponte de intercambio para o mundo cristão, isso por mais de 700 anos. Os Judeus sob o crescente viveriam de forma mais segura, principalmente em na Andaluzia. Isso por um lado aumentaria o desprezo e desconfiança do cristianismo Papal e Patriarcal europeu. Se inicia o período
Islâmico sob mais da metade do antigo Império Romano.
Fontes:
Schweidson-Jacques: Judeus de Bombachas e Chimarrão.
Sirkin-Marie: Livro Golda Meir Golda Meir.1975
Ebbam-Abba: História do Povo de Israel; 1969. um glossário etimológico de nomes da história judaica, por Salomão Serebrenick.
Phillips; Ellen-A Marcha do Islã 600-800-Coleção Historia Em Revista. . Ano: 1992 Editora: Abril Livros-Time Life
Phillips; Ellen-Campanhas Sagradas Ano 1100 a 1200-Coleção Historia Em Revista. . Ano: 1992 Editora: Abril Livros-Time Life
Fonte : INPR -Texto inglês em A Short Review of a Troubled History, by Fritz B. Voll
See also: Paul E. Grosser and Edwin G. Halperin, Anti-Semitism: The Causes and Effects of a Prejudice. Secaucus, NJ: Citadel Press, 1979 (1976) / Don Mills, Ontario: George J. McLeod Ltd. and bibliography.
www.morasha.com.br/comunidades-da...1/cordoba-berco-da-idade-de-ouro.html
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Inscripci%C3%B3n_en_hebreo_en_la_Sinagoga_de_C%C3%B3rdoba_(Espa%C3%B1a).jpg
https://www.esbocandoideias.com/2011/09/o-que-significa-bode-expiatorio-na-biblia.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_do_antissemitismo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pogrom
http://www.morasha.com.br/comunidades-da-diaspora-1/a-cordoba-judaica.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Idade_de_Ouro_da_cultura_judaica_no_Al-Andalus
https://pt.wikipedia.org/wiki/Maim%C3%B4nides
http://www.morasha.com.br/historia-judaica-na-antiguidade/judeus-durante-a-primeira-cruzada.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_bizantino-sass%C3%A2nida_de_602%E2%80%93628
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http://culturahebraica.blogspot.com/2010/06/o-anti-semitismo-historico.html
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