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quarta-feira, 27 de julho de 2022

TOMO LVIII - PALEOZOICO- PERÍODO ORDOVICIANO - A SEGUNDA MAIOR MORTANDADE

 

A extinção do ordovício-silúrico

A atmosfera da Terra se reorganizando depois de ter sido destruída por raios cósmicos, cobrindo o globo com densas nuvens e auxiliando no resfriamento do planeta.


A extinção do Ordoviciano foi o segundo maior evento de extinção em massa na história da Terra em termos de porcentagem de gêneros extintos. O evento de extinção ocorreu entre cerca de 450 a 440 milhões de anos atrás, e que serviu de delineador entre o Ordoviciano e o Siluriano, e compreendeu dois eventos de extinção, separados por um milhão de anos entre si.

Na época, praticamente toda a vida conhecida estava confinada nos mares e oceanos. Nenhum grupo especifica foi atingido e a extinção fora generalizada, incluindo várias famílias de animais.

Essa extinção se caracterizou  pelo esgotamento rápido e generalizado de oxigênio nos oceanos globais. Dois possíveis fatores distintos foram os possíveis responsáveis por ativar esta extinção.

    

Frio letal

 









A principal causas física foram o brutal arrefecimento global (glaciação), e a consequente queda do nível do mar, que  interrompeu ou eliminou habitats ao longo das plataformas continentais. A evidência para a glaciação foi encontrada em depósitos no deserto do Saara.

Os animais foram forçados a se comprimirem numa estreita faixa ao longo do equador. Só os mais capacitados conseguiram sobreviver à violenta competição por alimentos.

Mais de 60% dos invertebrados marinhos foram extintos, bem como dois terços de todas as famílias de braquiópodes e briozoários. A causa imediata de extinção parece ter sido o movimento de Gondwana para a região polar sul.

 Raios da Morte



Não se tem provas astronômicas consistentes até o momento para a comprovação efetiva desta catástrofe, mas uma teoria fora proposta para um evento destrutivo antes da glaciação, que alterou a atmosfera da terra e os níveis de oxigênio dos mares. A teoria de uma explosão de uma supernova próxima ao sistema solar não é nova, e se ocorrido de fato, teria enviado raios gama em direção a Terra, e assim disparado, a primeira fase da segunda maior extinção conhecida na história da Terra.


Um fluxo de raios gama de uma supernova faria novas combinações químicas atmosféricas além de destruir a camada de Ozônio.

 Esse fenômeno disparador teria destruído a nossa atmosfera, desorganizando os seus elementos, o que deixaria livre a superfície para os raios ultravioleta(UV) que atingiriam  o plâncton da superfície marinha e consequentemente a base da cadeia alimentar, Isso alterou todo o ecossistema marinho.

 


A extinção do Ordoviciano que ocorreu a 440 milhões anos atrás foi o primeiro dos chamados cinco grandes eventos de extinção, e é considerado por muitos como o segundo maior.

Após o evento inicial a atmosfera se reorganizou em uma mistura nociva de gases opacos que ocultaria o Sol por anos levando o planeta a um resfriamento acentuado.

 

Como se processou

 


GRBs( sigla em inglês para Explosões de Raios Gama)  são breves explosões intensas de radiação eletromagnética de alta frequência. Essas explosões emitem tanta energia como o sol durante todo o seu tempo de vida de 10 bilhões de anos em intervalos de milissegundos para minutos. Os cientistas acreditam que as explosões de raios-gama podem ser causada por explosões estelares gigantes conhecidas como hipernovas, ou por colisões entre pares de estrelas de nêutrons.

 Se uma GRB explodisse dentro da Via Láctea, poderia causar estragos imensos se fosse apontado diretamente para a Terra, mesmo a uma distância de milhares de anos luz. Embora os raios gama não penetrem a atmosfera da Terra o suficiente para queimar o chão, eles iriam danificar quimicamente a atmosfera, destruindo a camada de ozônio que protege o planeta dos raios ultravioletas prejudiciais, provocando assim extinções em massa. É também possível que as GRBs emitam raios cósmicos, que são partículas de alta energia que podem criar uma experiência semelhante a uma explosão nuclear para aqueles no lado da Terra que recebeu a emissão de raios gama, causando doenças oriundas da radiação.

Explosões de raios gama são tradicionalmente divididos em dois grupos – longas e curtas – dependendo se eles duram mais ou menos de 2 segundos. GRBs longas são associadas com a morte de estrelas massivas, enquanto GRBs curtas são provavelmente causadas pelas fusões de estrelas de nêutrons.

A maior parte das GRBs longas acontecem em galáxias muito diferentes da Via Láctea, galáxias anãs com baixas quantidades de metais (em astrofísica, designa-se metal para qualquer elemento mais pesado que o hélio), As GRBs são as que realmente oferecem perigo para  a  vida como a conhecemos na Terra, e esta só poderia sobreviver com certeza  na periferia da Via Láctea, a mais de 32.600 anos-luz do núcleo galáctico.

Os cientistas sugerem que nosso tipo de vida só poderia ter se desenvolvido nos últimos 05 bilhões de anos. Antes disso, as galáxias eram menores, menos metalizadas e explosões de raios gama foram, quando perto suficiente, propícias á causar extinções em massa de todos os planetas potencialmente favoráveis para abrigar a vida.

  

Luta por alimentos

  



 

Os Belemnites gigantes, pela fome atacavam escorpiões marinhos forçando estes à se deslocarem mais para os litorais e assim adentrariam os rios em busca de alimentos.

 




A única forma animal que prosperava era a dos primeiros peixes, que fadados anteriormente a um papel secundário ou a extinção acabaram por se espalhar, devido a sua alta capacidade de se alimentar de tudo que caia no lodo marinho. Eles evoluíram se adaptando as aguas de rios e lagos, possivelmente para fugir do massacre dos mares e oceanos com falta de recursos e oxigênio. Avançaram continente adentro colonizando os estuários doces e salobros.

 

Caça predatória entre os Cefalópodes e os Euripterídeos.

 

Houve também, o surgimento e o desenvolvimento de grupos que sobreviveram ao cataclismo global, e foram evoluindo até o presente, além da flora primitiva, que inicia a transição para o ambiente terrestre.  Os trilobitas, que dominaram os mares durante o Cambriano, também evoluíram, e passaram a dividir os mares com toda essa biodiversidade maior de invertebrados e vertebrados marinhos.


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