Gnatostomados (o
Desenvolvimento da Mandíbula)
O início do Período Siluriano foi quando os
vertebrados de mandíbula começaram a se diversificar rapidamente, mas poucos
restos destes peixes foram encontrados.
Na verdade, a maioria das evidências sugere que
peixes sem mandíbula eram muito mais comuns nesta época e que os gnastomados
surgiram dentro da irradiação dos ágnatos comprovada em registros fósseis, não
apenas na posse de maxilas, mas também em muitos outros aspectos. Dos fósseis
de peixes de mandíbula descobertos, muito poucos têm qualquer característica
óssea, pois a maioria é cartilaginosa, semelhante aos tubarões e raias
modernas.
Tradicionalmente,
a diferença entre gnatostomados e ágnatos é descrita como os primeiros
possuindo maxilas, que apresentam dentes na maioria das formas além de dois
conjuntos de apêndices ou nadadeiras pares (peitorais e pélvicas) na maior
parte dos elementos.
Com maxilas que podem agarrar presas, e músculos que
produzem uma sucção poderosa, o estágio para entrar em um novo domínio de
alimentação foi alcançado pelos gnatostomados - atacando presas grandes, que
nadavam ativamente. São bem conhecidos fósseis e assim esses peixes puderam ser
divididos em quatro ciados distintos:
Dois grupos extintos - Placodermos e Acantódios –
Dois grupos que sobrevivem atualmente - Condrictes
(peixes cartilaginosos) e Osteítes (vertebrados ósseos).
Evolução das maxilas dos Vertebrados
a partir dos arcos branquiais mais craniais. As barras indicam elementos do
esplancnocrânio (arcos branquiais e seus derivados).
O plano do corpo dos gnatostomados revela que eles
são caracterizados por muitos outros aspectos, o que implica representam um
passo básico mais elevado nos níveis de atividade e de complexidade a partir de
vertebrados ágnatos.
Estes aspectos incluem progressos nas capacidades
locomotoras e predatórias, e nos sistemas sensorial e circulatório. Assim como
a transição de Cordata não vertebrados para vertebrados foi caracterizada por
uma duplicação do complexo do gene Hox, a transição entre vertebrados ágnatos
para gnatostomados pode ter envolvido um segundo evento de duplicação do gene
poderia ter resultado em uma maior quantidade de material genético, talvez
necessário para construir um tipo mais complexo de animal.
As maxilas dos gnatostomados em geral possuem dentes,
mas evoluíram depois que as maxilas estavam no lugar, o grupo basal Placodermos
não possuíam dentes no siluriano, apesar do grupo já quase em seu final acabou
desenvolvendo dentes, mas de forma paralela aos grupos atuais.
A irradiação de peixes com maxilas, a primeira
conhecida em detalhes a partir do registro fóssil do Siluriano Superior,
incluiu quatro grupos principais. Dois grupos, os condrictes (peixes
cartilaginosos) e as osteítes (peixes ósseos) sobrevivem até hoje.
Os Placodermos foram peixes com armadura,
superficialmente semelhantes aos Ostracodermos em seu aspecto. Eram peixes
altamente especializados, mas parecem ser mais primitivos do que todos os
outros gnatostomados quanto a certos aspectos. Mas nos últimos exemplares
destes peixes já teriam evoluído dentes verdadeiros de modo independente aos
dos outros grupos.
Os Condrictes surgiram ainda no Ordoviciano médios
cartilaginosos, que incluem tubarões, raias e quimeras, evoluíram
especializações distintivas da armadura dérmica, calcificação interna,
mobilidade das maxilas e nadadeiras, além da reprodução.
Os acantoides eram peixes mais diversificados,
provavelmente formando o táxon irmão das osteítes. Eles tinham a característica
peculiar de possuírem múltiplas nadadeiras ventrais em vez do complemento usual
dos gnatostomados a existência de duas nadadeiras pares, as nadadeiras
peitorais e pélvicas. Os acantódios e os peixes ósseos podem ser aparentados
próximos e, algumas vezes, são agrupados como teleósteos.
As osteítes desenvolveram osso endocondral,
um esqueleto cefálico dérmico distintivo que incluía um opérculo recobrindo as
brânquias, e um saco aéreo interno à bexiga natatória.
Os peixes ósseos incluem os peixes de nadadeiras
raiadas (actinopterígios), que compreendem a maioria dos peixes viventes, e os
peixes de nadadeiras lobadas (sarcopterígios). Somente alguns poucos peixes de
nadadeiras lobadas sobrevivem hoje em dia (como os peixes pulmonados e os
Celacantos), e constituíram o grupo que originou os tetrápodes.
No clado apropriado, os Osteítes incluem os
tetrápodes. Os peixes ósseos constituem por si só um grupo parafilético porque
seu ancestral comum também é o ancestral dos tetrápodes, e o mesmo é verdadeiro
para os Sarcopterygii (peixes com nadadeiras lobadas).
Os Sarcopterygii
como o peixe Pulmonado Australiano e um fóssil vivo o Celacantos
A Estruturação do Crânio e Dentes
Há abundância de peixes do Siluriano revelam a
ascensão dos vertebrados com mandíbulas. Mas os dentes devem ter evoluído depois
que as maxilas estavam no lugar, porque os primeiros membros dos peixes
gnatostomados os Placodermos, não tinham dentes embutidos nos ossos das maxilas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário