Peixes Silurianos:
Anáspidas ("sem escudo")
Jamoytius kerwoodi
Pterygolepis
nitidus
Fora um peixe
ágnato anaspídeo que não possuía mandíbulas, que viveu no Siluriano, já tinha
um cérebro mais complexo e protegido por
um crânio, o corpo destes ágnatos já era suportado por uma espinha dorsal
composta por vértebras.
Os ostracodermos são agnatos de um grupo parafilético
dos agnatos atuais.
Eles apresentavam ossos dérmicos; e impressões na face
interna do escudo cefálico dorsal sugerem que possuíam um trato olfatório
conectando o bulbo olfatório com o prosencéfalo, além de terem um cerebelo no
rombencéfalo.
Os agnatos viventes não possuem cerebelo e seus bulbos
olfatórios estão incorporados junto com o restante do prosencéfalo em vez de
estarem localizados mais na frente e ligados à cabeça via trato olfatório ou
nervo craniano.
Um
anaspídeo (Cephalaspida), e dois Thelodontes.
Os Ostracodermes variavam em comprimento desde cerca de 10 centímetros até mais do que 50 centímetros. Embora não tivessem tido maxilas, aparentemente alguns possuíam diversos tipos de placas orais móveis e, em qualquer vertebrado vivente, não há análogas destas. Estas placas eram dispostas em tomo de uma pequena boca circular que parecia estar localizada mais na frente na cabeça do que uma boca maior capaz de se abrir muito dos vertebrados gnatostomados.Talvez esses agnatos fossem filtradores, mas algumas espécies provavelmente se alimentavam de presas de pequeno tamanho e corpo mole.
Fragmentos de ossos são conhecidos do Ordoviciano, há
cerca de 480 milhões de anos. Isso foi mais ou menos 80 milhões de anos antes
que fósseis inteiros de vertebrados se tomassem abundantes no Siluriano
Superior. Entre o Siluriano Superior e o Devoniano, a maioria dos principais
grupos conhecidos de agnatos extintos coexistiu com os primeiros gnatostomados.
Aproximadamente 50 milhões de anos de coexistência fazem com que seja altamente
improvável que os ostracodermes fossem levados à extinção pela irradiação dos
gnatostomados. Representavam dois diferentes tipos básicos de animais,
explorando diferentes tipos de recursos.
Cephalaspis
Cephalaspis
é um gênero de peixes primitivos que viveram no período Siluriano. Seus fósseis
foram encontrados em diferentes partes da Europa Ocidental. Mediam em torno de
50 centímetros e acredita-se que eram animais detritívoros. Cephalaspis era um
peixe comum em seu período, sendo um agnata. Possuía escamas grossas bem como um escudo ósseo no
crânio. Sua cabeça é o motivo de seu nome (Cephalaspis significa "cabeça
de escudo"). Possivelmente seriam ancestrais dos Placodermos.
Galeaspida
Os Galeaspida ("Elmos couraçados") foram peixes ágnatas
que não possuíam mandíbulas e viveram em águas rasas e frescas das
regiões costeiras entre os períodos Siluriano e Devoniano (430 a 370 milhões de
anos atrás) entre o que hoje vai ente a China, Tibet e o Vietnã.
Possuiam um cérebro
complexo protegido por um crânio bem estruturado suportado por uma espinha
dorsal composta por vértebras. Provavelmente graças a um cerebro melhor desenvolvido ele
pode superar em parte a predação com uma memória. Isso o fez migrar do mar para
os rios e lagos onde era mais seguro para a desova e o crescimento dos
alevinos.
Disparidade morfológica da crista dorsal mediana e espinha em galeaspids
nas vistas anterolateral (A1, B1, C1) e lateral (A2, B2, C2).
A. Polybranchiaspis liaojiaoshanensis; B. Siyingia altuspinosa;
C. Altigibbaspis huiqingae. Abreviaturas como nas Figs. 2, 3 (sem
escala).
A característica definidora de
todos os galeaspídeos era uma grande abertura na superfície dorsal do escudo da
cabeça, que estava conectada à faringe e câmara branquial, e um padrão
recortado das linhas sensoriais. Essa abertura parece ter servido tanto ao
olfato quanto à ingestão da água respiratória semelhante ao ducto nasofaríngeo
dos atuais peixes-bruxa .
Os Galeaspidas também são os
vertebrados que possuem o maior número de brânquias podendo algumas espécies
tinham até 45 aberturas branquiais. O corpo é coberto de escamas diminutas
dispostas em fileiras oblíquas e não há outra nadadeira além da nadadeira
caudal . A boca e as aberturas branquiais estão situadas na região ventral lado
da cabeça,
Hanyangaspis
A boca e aberturas branquiais se
situavam na superfície ventral da cabeça que é achatado e sugere que tinham hábitos bentônicos. Nas formas mais primitivas como o Hanyangaspis, a abertura
dorsal mediana do inalador é ampla e situada anteriormente. Em outros
galeaspídeos, é mais posterior na posição e pode ser oval, arredondado, em
forma de coração ou em forma de fenda.
Sanchaspis(E) e Eugaleaspis(D).
Em alguns galeaspidas do Devoniano
como o Sanchaspis , o escudo é produzido lateralmente e anteriormente em
processos delgados. Algumas espécies como os Os eugaleaspidiformes , como
Eugaleaspis, possuiam um escudo em forma
de ferradura e uma abertura dorsal mediana em forma de fenda, que imita o
aspecto do escudo de cabeça dos ostracodermos.
Fosseis (A−B) e reconstrução (C−D) do Nanpanaspis microculus
Fosseis (A−D) e reconstrução (E−F)
do Eugaleaspis changi
Fosseis
de um Altigibbaspis huiqingae. Uma Couraça completa, holótipo, IVPP V 20843.1 nas vistas
dorsal (A), frontal (B) e lateral (C); um escudo de cabeça incompleto,
parátipo, V 20843.2 em vista dorsal (D), barras de escala = 1 cmbaspis
huiqingae.
Vida
A- Uma moderna arraia
usando seu espiráculo para a ingestão de água respiratória quando enterrada na
areia;
B- O moderno peixe-bruxa do Pacífico usando seu duto nasofaríngeo para a ingestão de água respiratória quando enterrado na lama; ;
C.- Um pteraspídeo heterostracano Doryaspis provavelmente usando sua boca dorsal para a ingestão de água respiratória quando enterrado na areia;
E, F.- Um gumuaspid galeaspid Platylomaspis usando sua abertura dorsal mediana (narina) para a ingestão de água respiratória quando enterrado na areia (B–F ilustrado Dinghua Yang).
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