ESTRELAS
ANÃS MASSIVAS
ESTRELAS
BLUE STRAGGLERS
Essas estrelas incomuns são conhecidas como blue stragglers (algo como errantes azuis) e são comuns em formações estrelares como os aglomerados globulares (como o M53), geralmente se diferenciando por ser uma estrela aparentemente mais nova, de maior massa, ou as duas coisas somadas. Salientando-se das estrelas já envelhecidas mais avermelhadas que o Sol ao seu redor.
Qualquer estrela com esta característica já teria morrido a bilhões de anos por ser supermassiva, ou já muito envelhecidos como as demais nesses aglomerados. Sua origem possível seria de um sistema binário de estrelas (de pouca massa ambas ou uma do par ), com idade avançada, que entraram em uma espiral gravitacional e acabaram por se fundir em uma estrela mais massiva.
Em vários casos as estrelas não colidem simplesmente, mas
batem e rebatem algumas vezes até se fundirem em um maior e mais maciça
estrela. Esta estrela será mais luminosa e quente tendo
por tanto, uma cor mais azulada, o que a torna distinta entre tantas avermelhadas.
Estrelas anãs brancas intermediárias
Estrela de Kapteyn uma Sub Anã.
Também conhecidas
como estrelas Sub Anãs, cunhado por Gerard Kuiper em 1939, se referindo a uma
série de estrelas com espectros anômalos que haviam sido previamente
denominadas anãs brancas intermediárias. As
sub-anãs se dividem em 02 tipos as frias e as quentes.
Sub-anãs frias OU TIPO A
Sub anã fria SSSPM
J1930-4311 (sdM7)
Tal como as estrelas da seqüência
principal, as sub-anãs frias (das classes espectrais de G a M) produzem a
energia através da fusão do hidrogênio. São estrelas sub anãs frias as de
luminosidade abaixo do esperado para estrelas sub anãs. É observada uma baixa
metalicidade dessas estrelas além de serem pobres em elementos mais pesados que
o hélio. A metalicidade mais baixa das sub-anãs frias diminui a opacidade de
suas camadas mais externas, o que reduz a pressão de radiação, resultando em
uma estrela menor e mais quente para determinada massa.
Essa baixa opacidade também
permite que elas emitam uma porcentagem maior de luz ultravioleta para o mesmo
tipo espectral relativo a uma estrela de População I, uma característica
conhecida como excesso de ultravioleta. Essas estrelas são, de maneira geral,
membros do halo da Via Láctea; elas freqüentemente possuem altas velocidades
espaciais em relação ao Sol.
ESTRELAS
DE MASSA DEGENERADA
ESTRELAS SUB-ANÃS
QUENTES OU TIPO B
Essas
estrelas representam um estágio tardio na evolução de algumas estrelas, quando
uma estrela gigante vermelha perde suas camadas de hidrogênio externas antes de
o núcleo começar a fundir o hélio. As razões da ocorrência dessa perda de massa
não são claras, mas acredita-se que a interação das estrelas em um sistema de
estrelas binárias seja um dos principais mecanismos. Sub-anãs quentes
solitárias podem ser o resultado da fusão de duas anãs brancas.
Sendo
mais luminosas que as anãs brancas, constituem um importante componente na
população de estrelas quentes em velhos sistemas estelares, como aglomerados
globulares, galáxias em espiral, bulbos e galáxias elípticas. Essas
estrelas se destacam em imagens em ultravioleta. Prevê-se que as sub-anãs B se
tornem anãs brancas sem passar por nenhum outro estágio de estrela gigante.
Essas estrelas possuem massas de aproximadamente 0.5 massas solares, e elas
contêm apenas 1% de hidrogênio, sendo o restante composto por hélio. O raio
dessas estrelas varia de 0.15 a 0.25 raios solares, e a temperatura de 20000 a
40000 ºK .
ANÃS
BRANCAS
Embora
este núcleo seja mil vezes mais luminoso que o Sol e com uma temperatura
efetiva que pode chegar a 150 000 K, ele não tem uma fonte de energia adicional
e irá gradualmente irradiar sua energia e esfriar. O núcleo, sem o suporte
contra o colapso gravitacional oferecido pelas reações de fusão termonucleares,
torna-se extremamente denso.
Seu
estado condensado implica que a mesma quantidade de matéria está compactada em
um volume tipicamente 01 milhão de vezes menor que o do Sol, o que faz com que
sua densidade média seja 01 milhão de vezes maior que a densidade média do Sol
ficando a matéria está em um estado degenerado.
O colapso
gravitacional da anã branca é barrado apenas pela pressão de degenerescência
eletrônica. A matéria degenerada comporta-se de um modo levemente
contra-intuitivo; por exemplo, quanto maior é a massa de uma anã branca, menor
ela será e maior será sua densidade. Nos anos de 1930, isto foi explicado por
meio da mecânica quântica: o peso de uma anã branca é suportado pela pressão de
degenerescência eletrônica, a qual depende da densidade e não da temperatura. O
modelo do gás de Fermi ajuda a compreender melhor este efeito.
A
estrela se contrai pela ação da gravidade até agrupar a massa de eletros, mesmo
que os elétrons se repilam mutuamente, freando a desintegração, e ainda gerando
energia suficiente para ainda continuar brilhando por inúmeros bilhões de anos.
A maior
massa de uma anã branca, além da qual a pressão da matéria degenerada não pode
mais suportá-la, é em torno de 1,4 a Massa do sol. Uma anã branca com massa
maior do que este limite (conhecido como limite de Chandrasekhar) pode explodir
em uma supernova.
Esquema evolutivo de uma estrela até se tornar uma
anã branca.
À medida
que esfriam, as anãs brancas passam pelas chamadas faixas de instabilidade
assim começam a pulsar, tornando-se anãs brancas pulsantes.
Como as
anãs brancas esfriam vagarosamente, seriam necessárias centenas de bilhões de
anos para que uma anã branca esfriasse o suficiente para deixar de ser visível,
se transformando em anãs negras. Como a idade do universo é atualmente estimada
em 13,7 bilhões de anos, elas ainda não tiveram tempo suficiente para esfriar a
ponto de deixarem de ser visíveis. Mesmo as anãs brancas mais velhas do disco
de nossa galáxia ainda estão visíveis, com luminosidades acima de 3x10-5 a
luminosidade do sol e temperaturas superficiais efetivas da ordem de 3700 K.
Uma anã
branca típica tem cerca de 0,6 massas solares, com um tamanho algumas vezes
maior que a Terra, o que faz das anãs brancas uma das formas mais densas de
matéria (em média 109 kg/cm3; em alguns casos, pode chegar a 10.000
kg/cm3!), superadas apenas pelas estrelas de nêutrons, buracos
negros, e pelas hipotéticas estrelas de quarks. Quanto maior a massa de uma anã
branca, menor seu tamanho.
Existe um
limite máximo para a massa de uma anã branca, o limite de Chandrasekhar (cerca
de 1,4 vezes a massa do Sol). Se esse limite é excedido, a pressão exercida
pelos elétrons deixa de ser suficiente para contrabalançar a força
gravitacional, e a estrela colapsa para uma estrela de nêutrons. As anãs
brancas de carbono/oxigênio evitam esta fatalidade através de uma reação de
fusão nuclear que leva a uma explosão de supernova tipo Ia, antes de atingir o
limite de massa.
Apesar
deste limite, a maioria das estrelas termina suas vidas como anãs brancas,
desde que elas tendem a ejetar mais massa no espaço antes do colapso final,
freqüentemente gerando uma espetacular nebulosa planetária. É por causa disso
que mesmo estrelas com 0,8 massas solares terminarão como anãs brancas, esfriando
gradualmente durante bilhões de anos até tornarem-se anãs negras.
ANÃ
NEGRA
Uma estrela anã negra é um objeto estelar
hipotético: uma anã branca é uma estrela tão velha que esfriou o suficiente
para não mais emitir luz. Para a idade do universo estimada atualmente em 13,7
bilhões de anos, não se espera que nenhuma anã branca tenha tido tempo
suficiente para esfriar a tal ponto. Mesmo se estrelas anãs negras existissem,
elas seriam extremamente difíceis de serem detectadas, desde que, por
definição, elas emitiriam pouquíssima radiação, pois sua temperatura
superficial estaria não muito acima da temperatura da radiação de fundo do
universo algo entorno de 3 Kº.
Seriam
apenas detectáveis indiretamente, através de sua influência gravitacional sobre
objetos próximos.
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