Jápeto
Jápeto possui abeto diferenciado durante sua orbita ao redor de Saturno, pois tem variação de magnitude em até 10 vezes quando observado da Terra.
Jápeto ou Iapetus é o terceiro maior satélite de Saturno com 1.436,0 km de diâmetro. O período de rotação de Jápeto é igual ao da translação, (como acontece com outros satélites de Saturno, e a nossa própria Lua) onde uma face de Jápeto está sempre de frente ao gigante gasoso, portanto, desta forma, o dia do satélite é mais de 79 dias terrestres.
Orbita de Jápeto ao redor de Saturno.
Atmosfera de Jápeto
Pequena névoa observável sobre a superfície de Jápeto
Jápeto possui uma tênue atmosfera, que possivelmente é origem da evaporação superficial pelo Sol, ao que parece Metano em maior proporção.
No entanto, pensa-se que, provavelmente, a matéria da superfície do hemisfério frontal a saturno (pois sua rotação é igual a sua translação) sejam moléculas orgânicas de caráter complexo, talvez abastecido de outro satélite como Febe, ou produzido pela radiação ultravioleta solar, agindo no metano congelado do hemisfério rebocado. A rápida evaporação do metano e também o transporte de partículas de matéria do hemisfério condutor para o rebocado é possivelmente realizado por impactos de micrometeoritos, assim explicando a razão de tal assimetria de brilho entre os hemisférios.
Geologia de Jápeto
O seu lado frontal a Saturno é extremamente escuro, enquanto que o hemisfério oposto é brilhante, dez vezes melhor refletor.
Jápeto possui uma densidade semelhante à de Rea, indicando que tem uma pequena quantidade de materiais rochosos. O seu lado frontal a Saturno é extremamente escuro, chamada de Cassini Regio tendo sua natureza e origem desconhecidas, refletindo apenas uma pequena percentagem de luz solar incidente. Enquanto que o hemisfério oposto é brilhante, dez vezes melhor refletor. Isto torna Jápeto o corpo celeste conhecido com maior variação de brilho no Sistema Solar.
Jápeto e considerado um esferoide o que não combina com seu tamanho.
Jápeto vem demonstrando que teve uma lenta solidificação superficial ou uma colisão cataclísmica a tal ponto que as distorções gravitacionais de Saturno ou outro objeto de grande massa, se acham evidentes em sua forma atual. Planetas anões e satélites adquirem a forma esférica a partir de 400 km de diâmetro, dependendo é claro de sua massa contida em sua formação. Jápeto mesmo com 1 400 km tem um formato muito irregular para seu tamanho e composição.
A superfície escura de Jápeto.
A superfície escura é composta por matéria que tanto pode ter sido capturada do espaço ou ejetada do interior do satélite. Sua matéria escura pode ser uma fina camada de matéria orgânica talvez semelhante às substâncias complexas encontradas nos meteoritos mais primitivos. No entanto, não há crateras com arestas vivas no hemisfério escuro. Se a camada de material escuro é fina, deve ser constantemente renovado porque o impacto de um meteoro iria penetrar através da camada e revelar o material mais brilhante da superfície.
A teoria inicial sobre da origem das diferentes composições químicas seria a de que impactos de micrometeoritos poderiam ter expelido material do satélite Febe, (situado entre Jápeto e Saturno), que seria então capturado por Jápeto. Mas a teoria começa a ruir por alguns fatores chaves como veremos agora.
Possíveis gêiseres de metano e amônia recomporiam a quase inexistente atmosfera de Jápeto.
Primeiro o satélite Febe tem uma cor ligeiramente diferente da cor da superfície escura de Jápeto. O fato de o material estar no hemisfério da frontal a Febe parecia suportar esta teoria, mas a matéria escura parece estar concentrada no interior das crateras. Isto poderia indicar uma origem interna.
Segundo, devido a Jápeto estar tão longe de Saturno, sua composição interna poderia ser de gelo de metano e de amônia. A matéria escura pode ser explicada por erupções de metano do seu interior. Esta teoria é suportada pelo anel escuro de matéria com cerca de 100 quilômetros de diâmetro que atravessa a borda entre os hemisférios frontal e oposto a Saturno de Jápeto. Anéis deste tipo formaram-se igualmente na Lua e em Marte quando matéria escura vulcânica preencheu as crateras de impacto à volta do pico central.
A crista
Crista longitudinal de 1300 km.
Uma outra característica notável de Jápeto é a existência de uma espécie de “crista” próximo ao equador, tratando-se de uma cadeia montanhosa que chega a ter mais de 10 km de altura, 20 km de largura e se estende por 1.300 km na região escura do satélite.
A crista equatorial em Jápeto
As teorias da origem da crista são de que o cume formado como um "anel", foi criado durante a sua formação por causa da "esfera de Hill", ou uma esfera de influência gravitacional de um corpo celeste, que comparada com as perturbações de outro corpo , de massa maior, em torno da qual orbita, criou a crista equatorial em Jápeto. A terceira hipótese é que o inchaço na lua de Saturno é o resultado de uma antiga reversão geológica convectiva.
Crateras de Jápeto
Qualquer semelhança é mera coincidência. O “olho de Japeto” e uma Death Star do Império de Star Wars.
Foram descobertas crateras de impacto no início da década de 1980 pela sonda interplanetária da NASA Voyager. As crateras foram observadas no hemisfério claro de Jápeto, mas não no que comanda o movimento do satélite. A matéria no hemisfério oposto a Saturno possivelmente seja composta de gelo de água, misturado com metano congelado e outros tipos gelos, como o de amônia. Segundo as análises quase todo o satélite é, essencialmente, composto por gelo, por isso possui a densidade baixa registrada.
A maior cratera e vista como um círculo ao qual chamara de "Olho de Jápeto" e que se situa no limite de ambos os hemisférios possuindo cerca de 200 km de diâmetro.
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