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terça-feira, 25 de julho de 2023

TOMO LIX PALEOZOICO- PERÍODO SILURIANO - A CONQUISTA VERDE DA TERRA PARTE V

 Licófitas

 

Licófitas atuais.

As Licopodiofitas (frequentemente designadas por licófitas) são uma das várias classes de plantas vasculares que formaram a vanguarda na Terra entre os períodos Siluriano e Devoniano. São a linhagem de traqueófitas vivas mais antiga que se conhece com representantes bem desenvolvidos, como o gênero Baragwanathia, já há 425 milhões de anos atrás.


Baragwanatia.

Um fóssil do siluriano australiano de Baragwanatia mostra inúmeras peculiaridades para o período Siluriano. A presença de uma planta tão complexa, com folhas e um sistema vascular totalmente desenvolvido, mostravam já um grande desenvolvimento para o esperado desta época, então certamente plantas vasculares com certeza teriam se originado ainda no período Ordoviciano.

 

Fóssil de Baragwanathia

 A Baragwanathia, como qualquer espécie desbravadora, encontrou novas oportunidades que exigiam novas soluções e uma vez superados os desafios estas licófitas prosperaram quase sem concorrência. Enquanto nos oceanos daquele tempo o oxigênio, a água e nutrientes se encontravam misturados numa amalgama de substancias pós extinção do Ordoviciano-silúrico.

 Os benefícios ofertados pela terra dispunham de uma estrutura em camadas com água e minerais no solo e abundante radiação solar. A radiação era mais intensa que a encontrada dentro do mar, e poderia proporcionar mais energia, mas também um grande risco em danos genéticos.

Sem água, a dessecação profunda torna-se um fato, e mais estruturas são necessárias para resistir ao peso resultante da ação da gravidade sem o sustento parcial do meio líquido.

Muitas das adaptações das licófitas podem ser explicadas como respostas a essas condições as quais elas foram pioneiras em sanar.

 

As Lycopodiophyta atingiram a sua máxima diversidade no Carbonífero Superior, particularmente os gêneros Lepidodendro e Sigilaria, que dominavam as zonas úmidas tropicais.

 

As Licófitas continuaram o seu desenvolvimento e especializaram raízes para extrair nutrientes do solo e desenvolveram apêndices caulinares semelhantes a folhar (microfilos) para fotossíntese e trocas de gases com a atmosfera e desenvolvendo estruturas vasculares no caule para transporte. Uma cutícula encerada ajuda a reter umidade, e estômatos permitem a respiração. O vulnerável gametófito meiótico é protegido da radiação pelo seu reduzido tamanho e pelo uso de micro rizoma subterrâneo para sua fonte de energia no lugar da fotossíntese.

Diferentes das plantas arbóreas modernas, as folhas cresciam por toda superfície dos troncos e ramos, mas caíam à medida que a planta crescia, deixando somente um pequeno conjunto de folhas no topo. Diferente dos primeiros exemplares e das plantas atuais, alguns licófitas extintos cresciam muito, chegando por vezes a 50 metros de altura.



Marcas fósseis de onde brotavam e se prendiam as folhas das Licófitas.

 

Os seus remanescentes orgânicos formaram muitos dos depósitos de carvão mineral fóssil, onde os caules apresentam marcas semelhantes a cicatrizes em forma de diamante nos locais onde as folhas brotavam dos caules.

Licófitas modernas.

 



O Lycopodium surgiu no período siluriano da Austrália, à cerca de 420 milhões de anos atrás.

 

As licófitas vivas são geralmente plantas pequenas que crescem em ambientes úmidos a úmidos encharcados ou em galhos de outras plantas. Os licófitas não possuem sementes; possuem folhas e raízes simples, tecido vascular e utilizam esporos para se reproduzir.

 

Reprodução das Licófitas atuais.

 

  

 

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