Matéria Escura
As galáxias são fascinantes não apenas
pelo que é visível, mas também pelo que é invisível no caso a detecção da
matéria escura. A galáxia grande espiral NGC 1232, capturada em detalhes pelo
telescópio de 8,2 metros Antu do complexo Very Large Telescope, é um bom
exemplo. Aqui o visível é dominado por milhões de estrelas brilhantes e poeira
escura, agrupadas nos braços espirais que giram em torno do centro
galáctico.
Crédito:
Stelios Kazantzidis,
Universidade do Estado de Ohio, EUA.
Na
cosmologia, matéria escura (ou
matéria negra) é uma forma
postulada de matéria que só interage gravitacionalmente (ou interage muito pouco
de outra forma). Sua presença pode ser inferida a partir de efeitos
gravitacionais sobre a matéria visível, como estrelas e
galáxias.
Composição e distribuição da matéria e
energia no universo
O modelo cosmológico mais aceito é o da
descrição da formação da estrutura em larga escala do nosso universo, o
componente de matéria escura é fria, isto é, não
relativística. A radiação de fundo de micro-ondas cósmico (uma tênue relíquia
brilhante do denso e quente Universo jovem, como veremos a seguir) diz que seus resultados proporcionam um apoio ao
modelo cosmológico atual do Universo, uma previsão de que a matéria escura e a
energia escura formam cerca de 95,1% de tudo o que existe.
Nesse contexto, a matéria
escura comporia cerca de 26,8% da
densidade do universo, sendo o restante constituído de energia escura, 68,3% e a
matéria bariônica (ou convencional), 4,9%.
Logo
após sua origem, no tempo de Planck, o cosmos se acredita
que havia 72,8% de energia
escura, 22,7% de matéria escura e 4,5% de matéria visível.
Á matéria escura é composta por um material
invisível, ou ainda não detectável, (pois não interage com a radiação
eletromagnética) que só é percebida através de sua influência gravitacional
sobre sua vizinhança.
Agora, dois astrônomos pertencentes a Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM) encontraram
uma indicação de como a matéria escura se comporta na vizinhança de buracos
negros supermassivos que residem nos núcleos das galáxias. Sua correlação com
tais objetos podem gerar fenômenos pelos quais indiretamente poderemos analisar
a matéria escura e obter dados mais seguros sobre seus
atributos.
Candidatos
à matéria escura
A
matéria escura seria formada pelas chamadas WIMPs, de
tipos variados, algumas delas constantemente se anulando mutuamente e decaindo
em outras formas quando colidem. E estes dois caminhos terminam justamente com a
produção de raios gama na faixa de energia do excesso observado pelo telescópio
Fermi, mas não ha certeza de que ele seja proveniente da matéria
escura.
Os
candidatos teóricos mais populares à matéria escura não bariônica são: os axiôns, os
neutrinos estéreis e as partículas massivas que interagem fracamente, do inglês
WIMPs ( weak interacting massive parcticle ou partículas
massivas de interação fraca). É também possível que uma pequena parte da matéria
escura seja bariônica, existentes em forma objetos
massivos compactos, que por emitirem pouca radiação são difíceis de serem
detectados.
Os
cientistas acreditam que a grande maioria do Universo é na verdade feita dessa
Matéria Escura invisível, em vez da matéria ordinária, eles ainda relutam em
teorizar, resumindo, não sabem o que é essa Matéria
Escura.
O mais
aceito mesmo é de que a matéria escura seja feito de neutrinos. Colisões entre
neutrinos devem produzir um grande número de pósitrons de alta energia. Se
poderá comprovar se a Matéria Escura é feita de neutrinos procurando por esse
excesso de pósitrons de alta energia. Existem tentativas de solucionar o
problema da matéria escura propondo-se alterações na gravitação, no entanto, até
o momento, nenhuma delas obteve grande sucesso. Possivelmente o que está acelerando a
expansão do universo seja justamente este enorme adicional de matéria que
circunda as galáxias.
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