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sexta-feira, 29 de setembro de 2017

TOMO XXX - PLANETAS TRANSITÓRIOS OCEANICOS



Um planeta transitório Oceânico, seria um obre que por sua composição quinica se formou como um mini Netuno, e por esta condição se manteve durante milênios. Mas algo acaba por perturbar a sua orbita e o planeta acaba migrando pelo sistema planetário até se fixar na zona habitável de sua estrela. Com a proximidade, parte da atmosfera acaba varrida pelos ventos solares, devido a proximidade com a estrela, ficando somente os gases mais homogênicos e estáveis.


Se o planeta está o suficientemente perto da sua estrela poderia ser que sua temperatura aquática atingisse o ponto de ebulição. A água nestas condições de pressão e temperatura, se torna supercrítica e carece de uma superfície definida. Mesmo em planetas mais frios, a atmosfera pode ser muito mais espessa que a da Terra, e composta principalmente de vapor de água, produzindo um efeito estufa muito forte e consequentemente aumento da temperatura global.

Planeta GJ 1214 b 




Gliese  GJ 1214 b, é um planeta extrassolar que orbita a estrela Gliese 1214, a uma distância  aproximadamente 40 anos-luz da Terra, na constelação Ophiuchus. Este mundo  tem 6 vezes a massa da Terra e 2,6 vezes o seu raio.
Acredita-se que o planeta seja formado por 3/4 de água gelada e o restante por rochas. A sua densidade é considerada baixa e a temperatura de sua superfície é de situa-se entre 120–282 °C . Gliese 1214 b dá uma volta completa em sua estrela a cada 38 horas. A espessura de sua atmosfera é de aproximadamente 200 km.

O planeta GJ 1214 b  apesar de possuir uma temperatura relativamente alta para os nossos padrões atuais , possui exatamente a teórica temperatura da Terra nos primórdios do nosso planeta  a 4 bilhões de anos atrás no éon que surgiria a vida primitiva. Este obre possivelmente se formou em zonas mais frias do seu sistema estelar, como um Mini Netuno e migrado para a zona habitável de sua estrela.



Ainda não houve evidência direta da presença de água, os valores de massa e raio são suficientes para afirmar com certeza, que se trata de um planeta oceânico.

Pela avaliação com um espectrômetro, sua composição seria aproximadamente 75% de água e 25% de rocha, e com uma atmosfera de hidrogênio e hélio formando cerca de 0,05% da massa planetária. Por causa da alta pressão na altitude onde a água ocorre, grandes quantidades de água líquida podem persistir, e algumas na forma de gelo.

De acordo com a idade estimada do sistema planetário, os cientistas concluíram que houve uma perda significativa de atmosfera durante a tempo de vida do planeta e que a atual camada gasosa não deve ser a primordial.

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

TOMO XXIX - PLANETAS ETERNOS

Planetas eternos seriam obres que passaram pelas maiores adversidades estas em alguns casos inimagináveis ainda. 

São planetas que sobreviveram desde a formação do seu sistema estelar até o termino desde, não importando a forma como estes fatos ocorreram, mas se mantém ainda com sua forma praticamente  intacta.
Como exemplo temos um destes fosseis estelares situado na constelação de escorpião.

O exeoplaneta em questão fora descoberto em 2003, sendo este uma relíquia do início dos tempos PSR B1620-26 b é um exoplaneta localizado a aproximadamente 12.400 anos-luz de distância na constelação do Escorpião, apelidado de planeta Matusalém.
A maioria dos planetas extras solares se encontra no disco principal da Via Láctea, este mundo está orbitando ao lado da galáxia em um agrupamento de quase 10 000 estrelas primordiais.

 
O planeta  se encontra fora do disco galáctico em um aglomerado globular com quase 10 000  estrelas de segunda geração após o Big Bang 

 O planeta B162026 ou como é conhecido como planeta Matusalém, pois o agrupamento estelar que se encontra possui pelo menos 12 bilhões de anos.
Aproximadamente 08 bilhões de anos antes da Terra se formar, o planeta Matusalém era um jovem gigante gasoso com sua possível corte de satélites a sua volta.
Os Eons passam, e de um mundo tempestuoso tipo Júpiter temos agora um planeta pacifico como Urano, De início em seu céu havia uma unica estrela mãe. Mas com o passar das eras, eis que surge uma segunda estrela, oriunda de uma outra dupla,que se desfez devido a saída da sequencia principal de um de seus componente,  sendo que uma delas se tornara uma estrela de nêutrons.
 Pela dança cósmica expeliu sua companheira, vindo esta acabando por se filiar a estrela mãe de Matusalém. Algo muito comum em aglomerados estelares este tipo de permuta estelar.
 
 Todos os dias agora á dois nascimento e dois ocasos estrelares no céu de Matusalém, projetando duas sombras.

Com mais eras passadas a estrela mãe de Matusalém começaria a se expandir até se tornar uma gigante vermelha. Com isto parte de sua matéria estelar, devido á proximidade, acaba por ser transferida para sua nova companheira formada por nêutrons.
 
Atualmente Matusalém esta aprisionado pela gravidade dos fosseis estelares destas estrelas que a muito se consumiram. 

A estrela gigante vermelha que outrora fora sua estrela mãe, já não existe, seu único vestígio seria um núcleo morto despido, e o esqueleto magnético de sua companheira pulsante. 
Mesmo em um mar salpicado de estrelas, nosso gigantesco obre vaga frio,  orbitando suas extintas fontes de energia, sendo este a única energia que seu secto de satélites obtém via maré gravitacional.

Matusalém é um sobrevivente, quem sabe ainda possa ser despertado pela captura por um sistema estelar ainda ativo e reviver seus anos de atividade.


segunda-feira, 25 de setembro de 2017

TOMO XXVIII - PLANETAS ERRANTES

 Somente na Via Láctea pode haver mais de 100 000 planetas errantes,  obres sem estrela Esta suposição se dá levando-se em conta atração gravitacional típica da nossa galáxia, e a quantidade de matéria disponível para se originar tais objetos.

São planetas ou planetas anões que giram no espaço interestelar numa dança sem dias nem anos, com temperaturas próximas ao zero absoluto. Se for um planeta rochoso ou um planeta anão, pode ser composto de gelo e rochas como os objetos exteriores do sistema solar, possuindo uma atmosfera congelada, bem como composto de gases caso for um gigante gasoso como Júpiter ou Urano.


Os planetas errantes podem  ter sua origem de diversas formas, tais como:
Sendo expulsos de seu sistema planetário original, possivelmente devido a convulsões internas de sua estrela(s) mãe.
         Por migrações extremas de sua orbita, devido á influencia de outras estrelas ou de outros objetos planetários, estes acabam por ejetar o obre para fora de seus sistemas estelares;
         Pode ter se formado em nebulosas interestelares sem uma estrela propriamente dita para orbitar; ... enfim muitas possibilidades.

Os planetas errantes podem ser atraídos por uma estrela próxima e começar a orbitar a sua volta sem necessariamente se incorporarem ao seu sistema planetário ficando no nosso caso, além da nuvem de Oort de cometas. Também por ventura seriam a causa mais sucessível a migração estelar intestinal.

 

 Se for pequeno, possivelmente sua atmosfera congelou e caiu sobre a superfície do planeta errante, sobrevivendo somente de suas próprias reações térmicas oriundas do decaimento radioativo do núcleo, e ou tectonismo se no caso for um planeta rochoso.
No caso de um gigante gasoso como Júpiter o foco de interesse seria em seu possível sistema de satélites ao seu redor. Devido a fricção gravitacional deste com o interior destes satélites, pode gerar calor suficiente, pelo efeito das marés gravitacionais, para aquecer sua superfície. 

Estes séquito de satélites  podem conter sementes bacterianas da vida e até se desenvolver, em microrganismos mais complexos.

Os microrganismos autóctones ou absorvidos por impacto de cometas podem, mesmo sem uma estrela para lhes proporcionar mais energia via fotossíntese, se alimentar da energia térmica do satélite oriunda de seu solo. A condições semelhantes na terra, onde colônias de bactérias são encontradas bem no fundo de minas, dezenas de quilômetros de qualquer acesso a oxigênio ou luz, e  mesmo assim, sobrevivem inteiramente das substancias geradas do solo que as circundam. Como visto recentemente, a casos também, de organismos extremófilos, que se alimentariam de material radioativo, enfim, uma vez formada , a vida encontra um meio de se perpetuar.
 estes organismos, apesar de vivos, possuem um metabolismo extremamente lento, se reproduzindo em alguns casos, uma vez a cada mil anos.
Para a vida também a outra possibilidade mencionada, a de que, como planetas nômades, vagando em pastagens interestelares, as colisões poderiam espalhar os seus rebanhos de vida microbiana como sementes em outros sistemas estelares. Outra forma de panspermia.
  
Planeta errante CFBDSIR2149

O planeta errante chamado de CFBDSIR2149, é um dos descobertos  no final da década de 2010, ainda sendo estudado para se descobrir mais informações sobre a composição de sua atmosfera. Os cientistas  pretendem ainda, com essas informações, determinar se o planeta se originou de um grupo estelar vizinho, conhecido como AB Dorados, e quando, como e porque este objeto se separou desse grupo.

Astrônomos localizaram o que eles acreditam que seja o planeta errante  mais próximo do Sistema Solar já encontrado, situado a cerca de cem anos-luz da Terra.
Os primeiros planetas errantes como o CFBDSIR2149 foram descobertos na década de 1990 e sua existência já foi descrita em inúmeros artigos científicos. A peculiaridade do atual estudo é a relativa proximidade do corpo celeste, que facilita o seu estudo. mesmo assim, devido a quase nula luminosidade emitida pouco se pode com a tecnologia atual se obter de informações sobre estes obres.

O astrônomo Philippe Delorme, autor principal do estudo sobre o CFBDSIR2149. 
Para  analisar a composição quinica do planeta errante, explicou que é mais fácil estudar um objeto quando ele está isolado. As estrelas acabam sempre ofuscando os planetas que a orbitam. Delorme liderou a pesquisa do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês), projeto que conta com a participação do Brasil.


Assim, a pesquisa serve como uma maneira de melhorar a compreensão sobre como são formados os exoplanetas errantes. As características observadas nestes planetas em especial, podem estar presentes também em planetas que orbitam estrelas, alguns com grande potencial de abrigar vida fora da Terra.

terça-feira, 19 de setembro de 2017

TOMO XXVII - PLANETAS FORA DO BRAÇO DE ÓRION

São planetas que se encontram fora da nossa zona estelar, em outras regiões da Via Lacta e que aos poucos vão sendo descobertos.

Planeta OGLE-TR-56b



Visão artística do planeta extra-solar OGLE-TR-56b. Crédito: Davida A. Aguilar (CfA).

O que torna este planeta tão interessante, quando comparado com as centenas planetas extra-solares já conhecidos, é o fato de se encontrar cerca de 20 vezes mais longe do que qualquer outro da nossa vizinhança local. Seria o único caso conhecido até 2015  de um planeta que se encontra  no braço espiral do Sagitário.


Rastro de matéria deixado pelo  exoplaneta, semelhante a uma causa de cometa. 

Para além disso, este novo planeta orbita a sua estrela a uma distância 50 vezes menor que a distância Terra-Sol, com um período de apenas 29 horas, o que parece uma característica dos planetas tipo Júpiter quentes.
Devido à proximidade da estrela a sua temperatura atmosférica é de cerca de 2000 ºK. Com uma massa igual a 90 por cento da massa de Júpiter, o seu diâmetro foi estimado em cerca de 1,3 vezes o diâmetro deste gigante do sistema solar, o que implica uma densidade semelhante à de Saturno.

Os modelos explicam a existência deste tipo de planeta admitindo que eles se formam longe da estrela, a partir do material primordial existente no disco circundante-estelar quando a estrela é jovem, para depois migrarem para uma órbita muito mais interior. 

O OGLE-TR-56b esta paulatinamente se aproximando de sua estrela mãe, tendo pouco a pouco parte da sua atmosfera arrancada em direção a estrela. Segundo estimativas, parece que o gigante gasoso já perdeu cerca de metade da sua massa original.

 A temperatura da alta atmosfera de OGLE-TR-56b é, teoricamente, compatível com a formação de nuvens, mas não de vapor de água, ao invés, temos nuvens de átomos

 de ferro! Assim sendo, tal formação de nuvens significa que este planeta possui um clima exótico, com chuvas de ferro! 

O planeta possui um clima exótico com chuvas de ferro. 

Os  astrônomos, D. Sasselov do Centro Harvard-Smithsonian para a Astrofísica (CfA, EUA) e M. Konacki do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech, EUA), publicaram a matéria, que este artigo foi baseado, na edição de 23 de Janeiro de 2003 da revista Nature. 

TOMO XXVI-17 PLANETAS EXÓTICOS - PLANETAS DE SISTEMAS BINÁRIOS DUPLOS

Sistema binário duplo de estrelas anãs laranjas. Voluntários de um projeto científico (Planet Hunters) fazem parte da descoberta, ao lado de pesquisadores da Universidade de Yale.


Encontrar planetas que orbitam mais que uma estrela é algo muito comum. No entanto, encontrar um planeta que orbita 4 estrelas é uma proeza.
A descoberta viola algumas teorias sobre a formação de planetas, já que um sistema planetário com quatro estrelas deve ser muito mais instável do que os binários simples para permitir a existência de um planeta ali.


Sistema 30 ARI seria um sistema quadruplo de estrelas com um só planeta, até o momento pelo menos, este orbita um dos pares do sistema.
Teoricamente seriam mundos onde quaisquer formas de vida teriam dantescas dificuldades para prosperar além da vida microbiana. Seus climas devido as enormes alterações orbitais, bem como oscilações gravitacionais, expulsão, captura ou ciclicamente os dois pelos grupos estelares levaria ao caos a qualquer sistema climático. Bem como a possíveis bombardeios de objetos interestelares e de outros próprios planetas deste sistema planetário instáveis, mas não foi o que que verificou, aparentemente apesar de todos os contras, ainda assim, ele aparenta ter uma órbita estável.


Através de dados públicos enviados pelo Kepler, da NASA, foi descoberto o PH1 localizado à 05 mil anos-luz da Terra, o PH1 é o primeiro planeta descoberto que orbita quatro estrelas. Ele orbita o sistema binário KIC 4862625 que por sua vez orbita outra dupla de estrelas, fazendo com que o PH1 tenha quatro sois.  O gigante gasoso é pouco maior que Netuno (e seis vezes maior que a Terra) orbitando o sistema estelar binário  a cerca de cada 137 dias. 

domingo, 17 de setembro de 2017

TOMO XXVI-16 PLANETAS EXÓTICOS - PLANETAS NEGROS


O exoplaneta WASP-12b possui uma particularidade única até agora descoberta pelos astrônomos, a maior parte da luz que se dirige para ele não aparece novamente, tornando-o um gigante do gás preto.

Em 2006 fora descoberto um planeta tipo Júpiter quente muito próximo de sua estrela, o TrEs 2b, com uma orbita ao redor de sua estrela a cada 2 dias. Mas o que realmente impressionou fora uma característica impressionante, era tão negro como asfalto, mesmo estando tão próximo de sua estrela. A principio parecia um caso excepcional mas logo se descobriria outros com as mesmas características,
Esta classe de planeta, o dos Júpiter Quentes são amplamente estudados pela astronomia. A proximidade com sua estrela mãe, facilita a obtenção de dados sobre estes planetas bem como sua composição atmosférica. 
São ovais devido a ação gravitacional intensa do astro rei; alguns deixando um rastro de matéria, oriunda do topo atmosférico, este varrida pelos ventos estelares formando uma imensa cauda como um cometa. Grande parte da matéria acaba sendo drenada pela estrela,  o que no caso do exoplaneta TrEs 2b, terminaria por absorve-lo dentro de 10 ou 20 milhões de anos. Não somente devido a ação do vento estelar como também pela absorção pela estrela direta da parte exposta a luz do planeta, restando por fim apenas o núcleo rochoso do gigante gasoso.
Um destes exoplanetas em especial, por sinal, o mais observado até o momento devido a suas características peculiares será tratado a seguir. O planeta, descoberto em 2008, está 1400 anos-luz da Terra na constelação de Auriga, e tornou-se um dos mais estudados fora do nosso sistema solar.
O planeta é 40 vezes mais maciço do que Júpiter e sua orbita é muito próxima da sua estrela hospedeira, onde se completa uma órbita em pouco menos de um dia terrestre.
Situa-se a apenas 3,2 milhões de quilômetros do astro mãe,  e sua rotação corresponde à sua órbita, isso significa que um lado está sempre de frente a sua estrela, um lado perpetuamente no dia, e o outro  sempre de noite.
E os pesquisadores descobriram que este exoplaneta é negro, pois absorve pelo menos 94% da luz em sua atmosfera, De fato, os astrônomos calcularam o albedo ( ou seja, o índice de reflexão do objeto) do astro e obtiveram o valor incrível de 0.0064% ou seja, é equivalente ao do carvão. Para se ter uma ideia , o albedo da Terra é de 0,39% e o da Lua 0,12%
A figura acima mostra um gráfico semelhante para WASP-12b . É imediatamente evidente que a amplitude do efeito é muito menor,  sendo assim, apesar de termos uma fracção cada vez maior do lado diurno do planeta até ao eclipse secundário, a luz proveniente do sistema varia muito pouco, cerca de 6.5 ppm (partes por milhão).
 “Nós não esperávamos encontrar um exoplaneta tão escuro”, disse Taylor Bell, o pesquisador principal e da Universidade McGill e do Instituto de Pesquisa sobre Exoplanetas no Canadá. “Normalmente, os Júpiter quentes refletem cerca de 40% da luz das estrelas”, concluiu.
A sua temperatura do topo da Atmosfera no lado frontal a estrela, segundo as estimativas dos astrônomos, seria de aproximadamente 2600 °C.  Nesta situação as moléculas de hidrogênio são divididas em hidrogênio atômico, fazendo com que este lado do planeta se comporte mais como a de uma estrela de baixa massa, sendo sua alta atmosfera provavelmente desprovido de nuvens refletoras. Devido à elevada temperatura da sua atmosfera, consequência da forte irradiação a que está submetido pela estrela hospedeira, o planeta brilha sutilmente no espaço, tal como uma brasa negra numa lareira.


segunda-feira, 11 de setembro de 2017

TOMO XXVI-14 PLANETAS EXÓTICOS - CIRCUM- PRIMÁRIOS, SECUNDÁRIOS E TERCIÁRIOS

 Circum-primário

Em observação em raios X do Chandra, exoplaneta HD 189733b 

Um planeta circumprimário é um astro localizado em um sistema de estrelas múltiplas e que orbita somente ao redor da estrela principal (a estrela primária, a mais massiva) e não em torno de outras estrelas. Obviamente qualquer planeta encontrado em um sistema planetário que consiste em uma única estrela é necessariamente um planeta circumprimário.

HD189733b


Planeta HD189733b - fonte www.nasa.gov/
É um planeta extrassolar gigante, parecido com Júpiter situado a cerca de 63 anos-luz da Terra. Recentemente foi descoberta a existência de vapor de água em sua atmosfera.
A massa de HD 189733b é cerca de 15% maior que a de Júpiter. Em 2013 o telescópio espacial Hubble revelou que o exoplaneta HD189733b é azul,  mas que não vem da reflexão de um oceano, mas sim de uma atmosfera gasosa e turbulenta, composta principalmente por hidrogênio e carregada por partículas de silicato, transmitindo assim luz azul.

Planetas circum-secundários
Hipotético planeta ao redor da estrela menos massiva de um sistema binário.
Quando o planeta está orbitando a estrela secundária do sistema ou seja, a menos massiva no caso de um sistema de estrelas binárias ou multiplas, é denominado de planeta circum-secundário. Até 2016 achava-se que um planeta um pouco maior que a Terra orbitava ao redor de Alfa Centauro B, mas ao que parece fora uma especulação baseada em um erro de cálculo. 

Planetas Circum-terciários


Gliese 667

São planetas que orbitam a estrela menos massiva de um sistema de  três estrelas  que se mantem em orbita estável o suficiente para não ser ejetado ou absorvido por outro astro do sistema.
Como exemplo temos dois sistemas capazes de abrigar vida como á conhecemos, o primeiro o de GJ 667, ou Gliese 667. E o mais próximo da terra, o de Alfa Centauro contendo um planeta orbitando a estrela Próxima Centauro.

GJ 667C 
Uma estrela anã vermelha classe M que reside em um sistema estelar tríplice distante 22 anos-luz da Terra na direção da constelação do Escorpião (GJ 667, Gliese 667, Gl 667, 142 G. Scorpi ou HR 6426).

A anã vermelha é de classe M, GJ 667 C tem cerca de 31% da massa do Sol e 0,3% da luminosidade. GJ 667 C está acompanhada de um par de estrelas anãs laranjas:
 GJ 667 A (com 73% da massa do Sol) e GJ 667 B (69% da massa do Sol). 
O sistema tríplice possui conteúdo metálico bem inferior ao do Sol e isto nos intriga os astrônomos, de  como pode ser formar um exoplaneta neste sistema nestas condições ou fora capturado d uma orbita errante e anexado ao sistema.


Agora,  uma super-terra foi lá descoberta orbitando dentro da zona habitável de sua estrela mãe. Esta descoberta de uma super-terra em sistema pobre em metais levanta novas questões sobre as teorias que tentam entender os processos de formação planetária.

Sistema Alfa Centauro 


 

Os dois componentes principais do sistema são denominados Alfa Centauro A e  Alfa Centauro  B, e juntos podem ser denominados como o sistema binário AB. 

Elas orbitam seu centro de massa comum em um período orbital de 80 anos isso equivale a uma separação média de 23,2 UA entre elas. 
Considerando sua moderada excentricidade orbital elas se aproximam a até 11 UA uma da outra no periastro e se afastam a 35 UA no apoastro.
 O último periastro ocorreu em 1955. Em relação ao plano do céu, a órbita está inclinada em 79,3°.



Ambos os componentes são estrelas da sequência principal parecidas com o Sol. Alfa Centauro A é uma anã amarela, Alfa Centauro B, é uma anã laranja, sendo ela mais fria. 
Devido à sua proximidade e semelhança ao Sol, Alfa Centauro A e B são alvo frequente de estudos de física estelar e planetas extrassolares, e seus parâmetros estelares estão entre os mais bem conhecidos para qualquer estrela exceto o Sol. As massas das estrelas, determinadas a partir da solução orbital, são de 1,10 e 0,93 vezes a massa solar para os astros A e B respectivamente.  As estrelas estão brilhando com 1,5 e 0,5 vezes a luminosidade solar e têm temperaturas efetivas de 5795 e 5231 graus ºK.


O sistema Alpha Centauro é mais velho que o Sol, com estimativas diversas dando idades variando entre 5 e 7 bilhões de anos. 

Apesar de ter uma luminosidade menor,  Alfa Centauro  B emite pelo menos duas vezes mais energia na faixa de raios X que o componente A.
 As emissões de raios X de Alfa Centauro B são variáveis a longo prazo, o que indica que a estrela apresenta um ciclo de atividade estelar semelhante ao ciclo solar; as observações são consistentes com um ciclo de 8,8 anos.



 Em Alfa Centauro A foi observada grande variação na luminosidade de raios X pela primeira vez a partir de 2003, indicando que este foi um evento irregular ou que um ciclo, se existir, tem período de 3,4 anos. Observações de raios X de Alfa Centauro B detectaram também um fraco evento eruptivo na estrela em 2004.





Alfa Centauro A e B visualizadas pelo Hubble.


 As duas estrelas têm uma metalicidade, a abundância de elementos que não são hidrogênio e hélio, superior à solar, com átomos de ferro de 82% e 66% do valor solar para α Centauro A e B respectivamente.

Próxima Centauro

 
O terceiro membro do sistema é Proxima Centauri, uma anã vermelha  que está mais próxima da Terra por cerca de 7 800 UA, a uma distância de 4,24 anos-luz sendo a estrela mais próxima do Sol.

Alfa Centauro C é consideravelmente menor que Alfa Centauro A e B,  com uma massa de 12,21%, raio de 15,42% e brilho de apenas 0,155%  a do nosso Sol.  Alfa Centauro  é uma estrela eruptiva, apresentando aumentos repentinos na luminosidade devido a atividade magnética.
 
Sua órbita ao redor de α Cen AB tem um período muito longo, de cerca de 550 000 anos. 

Próxima alcança uma distância de 4 300 UA de Alfa Centauro AB no periastro e o apoastro ocorre a 13 000 UA. Atualmente, está muito próxima do apoastro, a uma distância de 12 947 UA do par central. 



 Zonas habitáveis possíveis no par principal do sistema triplo de Alfa centauro

Em agosto de 2016, foi anunciada a descoberta de um planeta ao redor de Próxima Centauro , denominado  Próxima Centauro B, em zona considerada propícia ao surgimento da vida. 


 Vista ilustrada do Planeta ao redor de Próxima Centauro


Esse planeta tem uma massa mínima de 1,27 massas terrestres e orbita a estrela a uma distância média de 0,0485 UA ou 7,25 milhões de Km, levando 11,2 dias para completar uma órbita.


OBS:
        Alguns planetas são distinguidos dos planetas acima mencionados e dos circum-múltiplos. Como os planetas circumbinários(ou seja, orbitam duas estrelas ao mesmo tempo), planetas circum-ternários orbitam simultaneamente em torno de três estrelas, etc,. São planetas que estão por sua vez orbitando várias estrelas ao mesmo tempo e que pode incluir outras estrelas adicionais em torno do qual esses planetas não orbitam.
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sábado, 9 de setembro de 2017

TOMO XXVI-15 PLANETAS EXÓTICOS - PLANETAS CIRCUMBINÁRIOS

Planetas Extra-solares de Sistemas binários
Sóis gêmeos fornecem não apenas espetaculares efeitos visuais mas também fariam com que as mudanças climáticas nos mundos de sistemas binários sejam dramáticas. Credito: Lynette R. Cook.

São aqueles planetas extra-solares que  orbitam o centro de gravidade de duas estrelas próximas entre si. Como representante comprovado temos o sistema Kepler-16b, um planeta extra-solar que orbita duas estrelas na forma de um sistema binário, distante cerca de 200 anos luz de distância.
Esta conformação difere da clássica situação onde um planeta extra-solar orbita somente uma das estrelas de um sistema binário ou multiplo como o de Próxima Centauro. O planeta Kepler-16b foi, na ocasião, considerado interessante, mas altamente incomum, por causa das dificuldades físicas em se estabelecer órbitas estáveis ao redor de um par de estrelas binárias próximas entre si.

Ilustração do planeta extra-solar Kepler-16b e seus dois sóis.O planeta extra-solar, que pode ser visto no plano da frente, foi descoberto pela missão Kepler da NASA. Crédito: NASA/JPL-Caltech

O planeta é semelhante com Saturno, com massa e composição quase iguais. Orbita suas estrelas praticamente na mesma distância que Vênus orbita o Sol, a cada 229 dias. As estrelas do sistema possuem uma massa de 20% e 69% a massa do Sol, portanto, se combinadas, elas se tornam bem mais frias que o Sol, o que coloca o planeta em uma região além da zona habitável.
  
Outros dois novos sistemas com planetas ao redor de um sistema binário, descobertos no final da primeira década do século XXI foram o Kepler 34b e o Kepler 35b.
A descoberta de novos sistemas como o descrito acima contestam a tese de que exoplanetas circumbinários (assim também chamados os planetas que orbitam sistemas duplos de estrelas), seriam raros.

 
Pôr de sóis gêmeos em mundo alienígena. Crédito: NASA/JPL


Os criativos escritores de ficção científica como Isaac Asimov, diretores de cinema como George Lucas além de artistas espaciais descrevem frequentemente uma encantadora paisagem do pôr de sóis gêmeos, onde um par de estrelas binárias se oculta atrás do horizonte (lembramos de Star Wars). 

Tatooine
Embora saibamos que possam existir planetas extra-solares em tais sistemas binários orbitando em ressonância, isto só aparece como certo para extra-solares já completamente formados.